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Filme do Dia: Luz de Verão (1943), Jean Grémillon

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L uz de Verão ( Lumière d’Été , França, 1943). Direção: Jean Grémillon. Rot. Original: Pierre Larroche & Jacques Prevert. Fotografia: Louis Page. Música: Roland Manuel. Montagem: Louisette Hautecouer. Dir. de arte: Leon Barsacq & Max Douy. Com: Madeleine Renaud, Pierre Brasseur, Madeleine Robinson, Paul Bernard, Georges Marchal, Léonce Corne, Charles Blavette, Jane Marken, Henri Pons, Gérard Lecomte, Marcel Lévesque. Michèle (Robinson) chega a um hotel sem hóspedes a certo tempo e algo distante de qualquer cidade, nas montanhas da Provença. Quando se encontrava caminhando para lá ganha uma carona de Patrice (Bernard). Ele fica encantado com a beleza de Michèle, mas Cri-Cri (Renaud), a dona do hotel, observa todos os gestos do amante. Julien (Marchal) chega no hotel e lhe enviam para o mesmo quarto de Michèle, doze, acreditando ser ele o homem que ela tanto esperava. Quando ele entra é beijado por Michèle. Tempos depois chega ao hotel o estabanado artista (pintor, ator?)

Filme do Dia: Os Últimos Dias de Pompéia (1913), Mario Caserini & Eleuterio Rodolfi

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O s Últimos Dias de Pompéia ( Gli Ultimi Giorni di Pompeii , Itália, 1913). Direção: Mario Caserini & Eleuterio Rodolfi. Rot. adaptado: Mario Caserini, a partir do romance de Edward George Bulwer-Lytton. Com: Fernanda Negri Pouget, Eugenia Tettoni Fior, Ubaldo Stefani, Antonio Grisanti, Cesare Gani Carini, Vitale Di Stefano, Carlo Campogalliani, Ercole Vaser. Nidia (Pouget) é uma pobre cega e escrava maltratada que é comprada por Glaucus (Stefani), o mais belo aristocrata de sua geração. A dívida de Nidia para com Glaucus se transforma em amor. Ela recorre ao feitiço de Arbace (Grisanti) para conquistar Glaucus, enamorado da bela e também aristocrata Jônia (Fior). Grisanti, no entanto, tomado de amor por Nidia, realiza uma poção que deixa Glaucus confuso e o acusa do assassinato de Apoecides (Carini), um discípulo de Arbace que pretendia revelar seus podres. Glaucus, é condenado a enfrentar os leões no coliseu. No último momento, no entanto, Nidia revela a verdade a Claudius

Filme do Dia: Crônica de um Verão (1960), Jean Rouch & Edgar Morin

C rônica de um Verão ( Chronnique d´un Été , França, 1960). Direção: Jean Rouch e Edgar Morin.  Fotografia: Michel Brault, Raoul Coutard, Roger Morillière & Jean-Jacques Tarbès. Montagem: Néna Baratier. Nesse belo documentário, Rouch e Morin buscam entrevistar pessoas, partindo da pergunta: “Você é feliz?”. A partir desta singela interrogação, vários indivíduos se vêem confrontados em refletir sobre questões diversas de suas próprias existências como o trabalho explorador em uma fábrica, o peso de carregar um passado nos campos de concentração no qual seus pais foram eliminados, a solidão e a falta de sentido da vida ou o choque com uma nova realidade por parte de um africano emigrado. Mais que permanecer nos depoimentos isolados (como foi o caso de Coutinho em seu  Edifício Master ), Rouch partiu, em certos momentos, para a apresentação de uns indivíduos aos outros, resultando em momentos nos as quais diferentes subjetividades se viram confrontadas em suas próprias construções de

Filme do Dia: A Febre do Rato (2011), Cláudio Assis

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A   Febre do Rato (Brasil, 2011). Direção: Cláudio Assis. Rot. Original: Hilton Lacerda. Fotografia: Walter Carvalho. Música: Jorge du Peixe. Montagem: Karen Harley. Dir. de arte: Renata Pinheiro. Figurinos: Joana Gatis. Com: Irandhir Santos, Nanda Costa, Matheus Nachtergaele, Tânia Moreno, Maria Gladys, Juliano Cazarré, Jonas Melo, Ângela Leal. O poeta Zizo (Santos) é inconformado com a pasmaceira da vidinha individualista de todos. Com sua alma de artista, ele grita suas provocações pelas ruas e ocasionalmente faz sexo com uma mulher mais velha. Seu melhor amigo é Paizinho (Nachtergaele), que vive uma relação de amor e ocasional conflito com a travesti Vanessa (Moreno). A situação muda de figura quando ele se apaixona pela jovem Eneida (Costa), que não se rende a seus encantos e por quem nutre uma paixão que não consegue ultrapassar a dimensão platônica. Quando finalmente ele consegue tê-la a seu lado e literalmente se despem um para o outro no meio da rua, em uma manifesta

Filme do Dia: Uma Aventura na Noite (1946), Joseph L. Mankiewicz

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U ma Aventura na Noite (Somewhere in the Night , EUA, 1946). Direção: Joseph L. Mankiewicz . Rot.Adaptado: Howard Dimsdale & Joseph L. Mankiewicz, baseado no conto The Lonely Journey de Marvin Borowsky. Fotografia: Norbert Brodine. Música: David Buttolph & Emil Newman. Montagem: James B. Clark. Dir. de arte: James Basevi &    Maurice Ransford. Cenografia: Thomas Little. Figurinos: Key Nelson. Com: John Hodiak, Nancy Guild, Richard Conte, Lloyd Nolan, Josephine Hutchinson, Fritz Kortner, Whit Bissell, Houseley Stevenson, Margo Woods.             George W. Taylor (Hodiak) recupera-se dos ferimentos de guerra que lhe provocaram amnésia. Ele retorna para os EUA, sem ter a menor lembrança sobre o passado. A única indicação que tem é uma mensagem de um suposto amigo seu Larry Calvart. Porém a investigação que faz sobre Calvart lhe leva a crer que ele é um perigoso elemento do submundo do crime. Perseguido pelos asseclas de Anzelmo (Kortner), refugia-se no camarim da artis

Filme do Dia: HMO2 (2008), Elias Feghali & Ziad Feghali

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H MO2 (Líbano, 2008). Direção, Rot. Original: Elias Feghali & Ziad Feghali. Montagem: Ziad Feghali & Tania Khalaf. Com: Elias Feghali, Ziad Feghali. Jovem homossexual não sabe como agir e dar continuidade a sua relação com um homem mais velho, temendo as reações de sua família nesse curta em forma de flagrante que nada traz de interessante em termos de estilo ou qualquer elaboração dramática mais apurada, parecendo ser antes um segmento de um filme mais longo.    Curiosamente interpretado e dirigido por dois irmãos. ZR Animation Studio Presents. 6 minutos e 20 segundos.

Filme do Dia: Boca de Lixo (1993), Eduardo Coutinho

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B oca de Lixo (Brasil, 1993). Direção: Eduardo Coutinho. Fotografia: Breno Silveira. Música: Tim Rescala. Média metrage m que aborda pessoas que retiram sua sobrevivência do lixo que catam em um grande aterro situado em São Gonçalo, região metropolitana do Rio de Janeiro. Esse interessante documentário de Coutinho parece se enocntrar a meio termo entre Cabra Marcado para Morrer (1984) e uma produção crescentemente focada estritamente no depoimento tal como O Fim e o Princípio (2005). Do filme anterior ainda persiste uma certa manipulação com a montagem, ainda que em bem menor monta, quando se trata justamente do eixo de elaboração do outro, como quando os depoentes falam de algo ou alguma coisa e as imagens sobre o qual se referem acabam sendo inseridas – e aqui até mesmo a música de Roberto Carlos, torna-se   tema de um breve exercício de montagem que, ao som da música em questão, parece convidar o espectador a incluir seus personagens e ambiente sem o olhar sociológico, ex

Filme do Dia: Faca na Água (1962), Roman Polanski

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F a ca na Água ( Noz w wodzie , Polônia, 1962). Direção: Roman Polanski. Rot. Original: Jakub Goldberg,  Roman Polanski &  Jerzy Skolimowski. Fotografia: Jerzy Lipman. Música: Kryzstof Komeda. Com: Zygmunt Malanowicz,  Leon Niemczyk,  Jolanta Umecka.         Andrzej (Niemczyk) e Krystyna (Umecka) são um casal típico de classe média polonesa que já passa a desfrutar de alguns valores materias como um carro particular e um pequeno iate. Quando se dirigem para um dia de lazer no iate, quase atropelam um jovem andarilho (Malanowicz), que surge no meio da estrada. O casal, que já vinha discutindo, passa agora a integrar o rapaz em sua relação conflituosa. Embora extremamente aborrecido com a atitude do rapaz, Andrzej demonstra uma certa simpatia pelo jovem, chamando-o para passar o dia com eles. Ao longo do dia, uma série de situações de conflito são decorrentes do exibicionismo que o homem tenta impor sobre o rapaz, já que ele conhece os dotes de navegação, de quem o outro não

Filme do Dia: Martyrs of the Alamo (1915), Christy Cabanne

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M artyrs of the Alamo (EUA, 1915). Direção: Christy Cabanne. Rot. Adaptado: Christy Cabanne, baseado no romance de Theodosia Harris. Fotografia: William Fildew. Música: Michael Boldt. Com: Sam De Grasse, Allan Sears, Walter Long, Alfred Paget, Fred Burns, John T. Dillon, Douglas Fairbanks, Juanita Hansen. Texas, anos 1830. Um pequeno grupo de texanos faz de uma missão sua fortaleza para ressistir aos avanços dos mexicanos. Eles são derrotados e os sobreviventes do massacre são levados ao paredão. Pouco tempo depois, quando os mexicanos já se dão por vitoriosos e Santa Anna (Long), seu líder, entrega-se as orgias, um grupo de americanos, devidamente avisados por Silent Smith (De Grasse), toma de assalto o acampamento mexicano e os derrota na Batalha de Jacinto, impelindo Santa Anna a assinar um acordo que torna livre o Texas, em 1836. Mesmo que em menores proporções, inclusive em termos temáticos, trata-se de uma versão local do Nascimento de uma Nação , que foi lançado no me

Filme do Dia: African Diary (1945), Jack Kinney

African Diary (EUA, 1945). Direção: Jack Kinney. Rot. Original: Bill Peet. Música: Oliver Wallace.        Pateta vai a África e embarca em um safári que somente acaba, de forma radical, com a presença de uma furiosa especime de rinoceronte, que os expulsa não apenas da expedição como do próprio continente africano.       Narrado, ao menos inicialmente, sob um formato que faz evidente menção aos exploradores africanos do século XIX e seus célebres diários, o filme tampouco deixa de reforçar imageticamente clichês associados a tais expedições como revisitados, igualmente, pela produção cinematográfica de ação ao vivo, sobretudo em sua primeira metade. Assim, os nativos africanos são representados enquanto uma versão idêntica do Pateta porém trajando adereços e sendo demasiado subservientes em relação ao norte-americano, observados tais como pulgas atravessando as montanhas. Com relação a essa última representação, pode-se atenuar tal traço quando se observa uma certa massificação da

Filme do Dia: Sem Evidências (2013), Atom Egoyan

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S em Evidências ( Devil’s Knot , EUA, 2013). Direção: Atom Egoyan. Rot. Adaptado: Paul Harris Boardman & Scott Derickson, a partir do romance The Devil’s Knot: The True Story of the West Memphis Three . Fotografia: Paul Sarossy. Música: Mychael Danna. Montagem: Susan Shipton. Dir. de arte: Phillip Barker & Thomas Minton. Cenografia: Melinda Sanders. Figurinos: Kari Perkins. Com: Colin Firth, Reese Whiterspoon, Alessandro Nivola, James Hamrick, Seth Meriwheter, Kristopher Higgins, Amy Ryan, Robert Baker, Collette Wolfe, Rex Linn. Memphis, idos dos anos 90. Três crianças saem para passear de bicicleta e não retornam as suas casas. Seus corpos são encontrados posteriormente, nus e amarrados pelos cordões dos sapatos. Uma quarta criança, que aparentemente sobreviveu ao massacre, comenta que foram vítimas de um ritual de magia negra cometido por três jovens. Um advogado, Ron Lax (Firth), não acredita na tese que imputa culpa aos jovens, sobretudo Damien Echols (Hamrick). P

Filme do Dia: Juventudes Roubadas (2014), James Kent

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J uventudes Roubadas ( Testament of Youth , Reino Unido/Dinamarca, 2014). Direção: James Kent. Rot.Adaptado: Juliette Towhidi, a partir da autobiografia de Vera Brittain. Fotografia: Rob Hardy. Música: Max Richter. Montagem: Lucia Zuchetti. Dir. de arte: Jon Henson & Christopher Wyatt. Cenografia: Robert Wischhusen-Hayes. Figurinos: Consolata Boyle. Com: Alicia Vikander, Taron Egerton, Kit Harrington, Colin Morgan, Dominic West, Emily Watson, Joanna Scanlan, Miranda Richardson. 1914. Vera Brittain (Vikander) é uma jovem impetuosa de família de posses que não deseja o piano nem o pretendente que a família lhe almeja, Roland (Harington), mas sim ir estudar em Oxford e se tornar escritora. O irmão, a quem é muito próximo, Edward (Egerton), consegue convencer o pai (West) que ela vá estudar em Oxford. Ela não passa a primeira vez que tenta os exames, mas posteriormente sim. Porém sua alegria logo virá a ser ensombrecida pelo deflagrar da I Guerra Mundial e a partida de Edwa

Filme do Dia: L' ami y'a Bon (2005), Rachid Bouchareb

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L ’Ami y’a Bon (França, 2005). Direção: Rachid Bouchareb. Esse curta animado sem ter exatamente um personagem central, embora seu foco em determinada família se ressalte no início e final, destaca os senegaleses que se alistaram no Exército francês, lutaram, foram derrotados e muitos foram enviados a campos de concentração na Alemanha e tiveram como recompensa serem massacrados ao reivindicarem o soldo que não lhes foi pago ao final da trágica experiência. Desde o início torna-se praticamente impossível não se efetuar uma comparação com o longa de ação ao vivo, Dias de Glória , e se descobre que tal semelhança não é casual, já que ambos foram dirigidos pelo mesmo Bouchareb, servindo esse curta quase como um ensaio para sua realização do ano seguinte. Destaque para a qualidade dos desenhos, quase todos em p&b. Tal como no longa, aqui se observa a passagem dos anos através das tradicionais inserções de letreiros, assim como aquele final, que ira provocar o arremate destinado à

Filme do Dia: La Otra Cuba (1984), Orlando Jiménez-Leal

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L a Otra Cuba (Itália/EUA, 1984). Direção: Orlando Jiménez-Leal. Rot. Original: Carlos Franqui, Valerio Riva, Orlando Jiménez-Leal & Jorge Ulla. Fotografia: Orlando Jiménez-Leal, Emilio Guede, Erich Kollmar, Henry Vargas, Ramón Carthy & Ramón Suárez. Documentário que não poupa espaço, tempo ou imagens para criticar ferozmente o regime cubano. O que Jiménez-Leal também expressou em outros documentários seus, de forma mais focada (o contemporâneo Mauvaise Conduite lida exclusivamente com a perseguição aos homossexuais, 8-A , de 1993, com o julgamento do general Arnaldo Ochoa Sanchez). Se o cinema ficcional cubano encontrou brechas para criticar o regime   sob   determinada perspectiva, ainda que leve e humorística e se o filme de propaganda do regime provavelmente baniu qualquer dimensão crítica, esse filme sinaliza em seu extremo oposto, em que praticamente nenhuma vírgula é dita a respeito de positivo em relação ao mesmo, algo compreensível, em se tratando de uma produ

Filme do Dia: The Toll of the Sea (1922), Chester M. Franklin

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  T he Toll of the Sea (EUA, 1922). Direção: Chester M. Franklin. Rot. Original: Frances Marion. Fotografia: J.A. Ball. Montagem: Hal C. Kern. Com: Anna May Wong, Kenneth Harlan, Beatrice Bentley, Priscilla Moran, Etta Lee, Ming Young. Descobrindo um homem desacordado em meio as rochas que margeiam o mar, Flor de Lótus (Wong) se afeiçoa de sua “descoberta”, um homem branco e de grande poder e influência, Allen Carver (Harlan). Allen responde a seu entusiasmo e, em pouco tempo, veem-se casados. Porém, como um homem mais velho da comunidade já lhe havia alertado, pessoas que são trazidas pelas ondas não carregam boa sina e, como mais praticamente as fofoqueiras (Lee e Young) lhe lembraram, os americanos com quem se uniram, rapidamente as esqueceram ao voltarem para os Estados Unidos. Lótus pensa que sua sorte será distinta, mas logo ouve da boca do próprio marido, que prefere que ela permaneça na China. Nos Estados Unidos, Allen reata com uma conhecida de infância, Barbara

Filme do Dia: Medo e Desejo (1953), Stanley Kubrick

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M edo e Desejo ( Fear and Desire , EUA, 1953). Direção, Fotografia e Montagem: Stanley Kubrick . Rot. Original: Howard Sackler. Música: Gerald Fried. Dir. de arte: Herbert Lebowitz. Com: Frank Silvera, Kenneth Harp, Paul Mazurksy, Stephen Coit, Virginia Leith, David Allen. Quarto soldados acuados diante das tropas inimigas, lidam com a situação limítrofe de formas diferenciadas, que vão da completa histeria a uma certa resignação cínica. O grupo consegue avançar sobre a base inimiga e assassinar seu principal líder, dois deles conseguindo fugir de avião. É mais que provável que esse fosse um filme que Kubrick se envergonharia de ter dirigido. Trata-se do primeiro de seus 13 longas e o seu início, inundado pela magistral e vaporosa fotografia em p&b, assim como por uma decupagem excêntrica e pouco convencional, parecendo ser a consecução de um gênio idiossincrático à altura de outros filmes marcantes do período, por sua originalidade e diferença em relação à produção mass

Filme do Dua: Fire! (1901), James Williamson

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Fire! (Reino UNido, 1901). Direção e Fotografia: James Williamson.        Um policial busca reforços dos bombeiros, que logo depois  tentam dominar o fogo que se espalha em um edifício. Um homem desesperado que se encontra no interior do prédio é salvo, mas se encontra desesperado pois sua filha ainda se encontra no interior do prédio, sendo salva pouco tempo depois por um outro bombeiro. Posteriormente, um homem consegue se salvar pulando na rede de aparo dos bombeiros.      Este filme de Williamson se torna interessante quando pensado em relação retrospectiva dos avanços na representação de uma história, por mais distanciada que o fosse de uma narração efetuada pelo cinema clássico. Nesse sentido, o filme, por exemplo, não faz uso da comum estratégia de montagem (presente em  Vida de um Bombeiro Americano ) de apresentar sobre perspectivas diferenciadas a mesma ação, mesmo que não de forma entremeada (montagem paralela) mas sim sucessiva (encavalamento). Aqui se observa o bomb

Filme do Dia: Way Back When a Nag Was Only a Horse (1940), Dave Fleischer

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W ay Back When a Nag Was Only a Horse (EUA, 1940). Direção: Dave Fleischer. Rot. Original: Joe Stultz. Música: Sammy Timberg. A loja de departamentos (tal como fora o hotel em Granite Hotel ) serve ainda mais aos propósitos de uma narrativa que, mesmo sendo motivada primordialmente por gags, muitas delas vinculadas aos anacronismos, não deixa de apresentar um padrão menos fragmentado e mais linear, apresentando um típico casal pré-histórico indo às compras. O motivo do casal em compras proporciona um fluxo narrativo menos refém das gags por si sós. Soma-se a isso uma maior dinâmica no uso de recursos, incluindo uma voz over de estilo sociológico-documental empostando uma seriedade que se choca de forma evidente com as primeiras imagens, de uma das tiradas anacrônicas mais felizes, apresentando um garoto entregando os jornais matutinos com seu velocípede a base de esqueleto de algum animal. Ou   seja, é a partir   da mediação de um meio de comunicação de   massa que anuncia uma li

Filme do Dia: Ostrov (1973), Fyodor Khitruk

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O strov (URSS, 1973). Direção: Fyodor Khitruk. Rot. Original: Fyodor Khitruk. Fotografia: Mikahil Druyan. Música: Shandor Kallosh. Dir. de arte: Eduard Nazarov & Vladimir Zuikov. Um ilhéu solitário que sofre todas as vicissitudes e explorações possíveis por parte dos mais diversos representantes de sociedades diversas (exército, igreja, jornalismo, comerciantes, exploradores de petróleo,   turistas, jet-set) que, no entanto, pouco estavam ligando para ele, que sempre acaba largado à sua própria sorte. Ao final junta-se a outro nadador solitário e decidindo enfrentar o oceano. Premiada em Cannes, essa parábola sob o formato de animação que aponta para uma solução emergindo da união dos desvalidos, realizada com traços básicos e no formato da animação convencional, mesmo que distante de um padrão mais clássico de desenho, possui um certo charme sendo, no entanto, prejudicada por sua excessiva metragem, inversamente proporcional à sua pretensão humorística. Soyuzmultfilm. 9 mi

Filme do Dia: Coming! Snafu (1943), Chuck Jones

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C oming!! Snafu (EUA, 1943). Direção: Chuck Jones. Longe do compromisso comercial de exibição para um público amplo e também de um caráter mais institucional-oficial de outros curtas que dirigiria posteriormente (notadamente Drafty, Isn´t It? e A Hitch in Time ), Jones dirige (mas não assina) o primeiro da série que apresenta muito da dimensão sarcástica associada ao estilo Warner de animação e pouco caráter instrutivo, algo que será reforçado em episódios posteriores. Snafu – personagem idealizado pelo cineasta Frank Capra - aqui parece como um genérico, tanto é que são diversas figuras que o encarnarão, sendo talvez um dos dois momentos que nem sequer seriam produzidos numa série como Merry Melodies o que se apresenta o significado de Snafu, acrônimo popular entre as tropas então, cujo significado original (“Situação normal: todos fodidos”) é aqui suavizada para “todos alimentados”, embora marotamente as duas últimas letras tremulem e o narrador hesite em traduzi-las, deixan