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Filme do Dia: Para Roma, com Amor (2012), Woody Allen

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P ara Roma, com Amor ( To Rome, with Love , EUA/Itália/Espanha, 2012). Direção e Rot. Original: Woody Allen. Fotografia: Dharius Kondji. Dir. de arte: Anne Seibel & Luca Tranchino. Cenografia: Raffaella Giovanetti. Figurinos: Sonia Grande. Com: Jesse Eisenberg, Flavio Parenti, Alison Pill, Robert Benigni, Alessandro Tiberi, Judy Davis, Woody Allen, Ellen Page, Alec Baldwin, Alessandra Mastronardi, Fabio Armiliato, Alec Baldwin, Penélope Cruz, Ornella Muti, Antonio Albanese, Greta Gerwig. Americana recém-chegada a Roma, Haylay (Pill) apaixona-se a primeira vista pelo italiano Michelangelo (Parenti) e recebe os pais, Phyllis (Davis) e Jerry (Allen) para apresenta-los ao noivo. Jerry fica obcecado pelo talento do pai de Michelangelo, Giancarlo (Armiliato), que canta como possante tenor no chuveiro. Leopoldo (Benigni) é um homem comum que leva uma vida comum até ser praticamente sequestrado para uma entrevista de TV em que a apresentadora, como todos os jornalistas que o segue

Filme do Dia: Matou a Família e Foi ao Cinema (1969), Júlio Bressane

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M atou a Família e F oi ao Cinema (Brasil, 1969). Direção e Rot. Original: Júlio Bressane. Fotografia: Thiago Veloso. Montagem: Geraldo Veloso. Com: Márcia Rodrigues, Renata Sorrah, Antero de Oliveira, Vanda Lacerda, Paulo Padilha, Rodolfo Arena, Carlos Eduardo Dolabella, Guará Rodrigues. Um rapaz de classe média resolve matar os pais e ir assitir um filme no cinema. Duas garotas passam a se relacionar em uma casa de campo em Petrópolis. O assassino é vítima da tortura policial. Duas mulheres de classe média baixa possuem sua relação de amor condenada pela mãe de uma delas, que é assassinada pela própria filha. Um pai de família mata a esposa e o filho. As duas garotas da casa de campo matam uma a outra, num ritual de prazer e morte. Esse breve e sensível filme de Bressane pode ser considerado como uma das mais tocantes e originais realizações da cinematografia nacional, sendo um clássico do Cinema Marginal, ao lado de O Bandido da Luz Vermelha . Para tanto colaboram sua apa
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Filme do Dia: Hasta Después de Morta (1916), Ernesto Gunche & Eduardo Martinez de la Pera

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H asta Después de Morta (Argentina, 1916). Direção: Ernesto Gunche & Eduardo Martinez de la Pera. Rot. Original: Florencio Parravicini. Com Argentino Gómez, Silvia Parodi, Florencio Parravicini, Pedro Quartucci, Orfilia Rico, Enrique Serrano, María Fernanda Ladrón de Guevara. Jovem Elvira (Parodi), recém-empregada como secretária, procura a pensão de uma senhora (Rico), onde se apaixona por um dos dois irresponsáveis acadêmicos de medicina, Luis. Porém, enquanto Luis se envolve por interesse com uma filha de um milionário, Garramuño, seu colega de quarto, apaixona-se de fato por Elvira.  Bêbado, certa noite após chegar de uma recepção na casa de sua rica pretendente, Luis tenta forçar um encontro amoroso com Elvira. A dona da pensão e Garruño acodem. Por amor a Luis, Elvira chega a roubar o seu próprio patrão e é demitida. O dinheiro serve para que Luis compre um caro regalo para sua noiva. Garruño, ao saber de tudo, consegue dinheiro com a dona da pensão e o devolve ao es

The Film Handbook#91: Carl Th.Dreyer

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Carl Th.Dreyer Nascimento: 03/02/1899, Copenhague, Dinamarca Morte: 20/03/1968, Copenhague, Dinamarca Carreira (como diretor): 1919-64 A ortodoxia crítica observa Carl Theodor Dreyer como um dinamarquês melancólico, um austero metafísico cristão lidando ininterruptamente com crises de fé e perseguição. Tal percepção, no entanto, ignora a fundamental humanidade de sua obra, para não mencionar seu estilo experimental, sua preocupação com a condição das mulheres na sociedade e suas  sucessivas análises das alegrias e tristezas do amor terreno. É verdade, sua educação foi luterana, ainda que tanto seus empregos iniciais (como pianista em um café, jornalista esportivo, crítico teatral e de cinema) e seus primeiros filems, realizados após uma aprendizagem como roteirista desmente a imagem simplista de um comentarista cristão,. Influenciado por Sjöström e Griffith   - Páginas do Livro de Satã , em quatro partes, é uma resposta ao Intolerância  do último - Dreyer acerta o passo com

Filme do Dia: Law and Order (1969), Frederick Wiseman

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L aw and Order (EUA, 1969). Direção, Rot. Original e Montagem: Frederick Wiseman. Fotografia: William Brayne. Documentário produzido para a TV e que segue, de forma mais radical que alguns de seus antecessores, tais como aqueles sob a égide de Robert Drew ( Primárias , Por Trás de um Compromisso Presidencial ) e mais próximo talvez, em seu radicalismo observacional de filmes contemporâneos como Caixeiro-Viajante , dos Maysles Mesmo que maciçamente focado em seu estilo observacional tal como aquele – e que aqui diz respeito a pessoas que tem suas residências invadidas pela polícia ou sofrem alguma acusação policial, mas também momentos em que a polícia se apresenta como mediadora de conflitos ou como reforço assistencial, como é o caso da pequena garota negra que se perdeu de seus responsáveis – o filme, tal como o dos Maysles , não se escusa em fazer uma forte incisão pela montagem. Bem mais forte, em sua carga ideológica, que a presente no filme dos Maysles. Naquele, observa-

Filme do Dia: Eu Me Lembro (2005), Edgar Navarro

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E u Me Lembro (Brasil. 2005). Direção e Rot. Original: Edgar Navarro. Fotografia: Hamilton Olilveria. Música: Tuzé de Abreu & Edgar Navarro. Montagem: Jefferson Cysneiros & Edgar Navarro. Dir. de arte: Moacyr Gramacho & Shell Jr. Figurinos: Moacyr Gramacho. Com: Lucas Valadares, Fernando Neves, Arly Arnaud, Valderez Freitas Teixeira, Wilson Mello, Rita Assemany, Fernando Fulco, Analu Tavares, Dantlen Mello, Victor Porfírio. Guiga (Porfírio) é um garoto que cresce temente do sexo e da religião. Sua habitação é repleta de parentes, agregados e empregados. Aos poucos, enquanto cresce, ele vê desaparecer algumas de suas figuras de infância, como o tio que parte numa noite (Fulco), a irmã que vai ao convento e a própria mãe (Arnaud), que falece. Os conflitos com o pai se tornam crescentes quando Guiga se torna jovem adulto (Valadares), até que uma noite o pai sugere um “pacto de não agressão”. Morando sozinho, em pleno auge da repressão militar, Guiga descobre as drogas

Que país é esse?...

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...em que a maior rede de televisão prefere passar receitas de ovo cozido do que à transmitir ao vivo o pronunciamento histórico de defesa da presidente da república eleita pelo voto democrático? Enquanto não tivermos uma mídia minimamente equilibrada em suas colorações políticas não se conquistará nem um arremedo de democracia. Por enquanto, a grande mídia apenas representa os que moram na Vieira Souto, Av. Atlântica, Av. Paulista, todos os nichos da elite citados sintomaticamente pelo jurista Miguel Reale Jr. a ainda tem idiotas, como os do blog "JornalismoLivre" ou algo do tipo, com milhares de aspas possíveis que não creem ver nenhuma relação digna de nota entre uma coisa e outra e chama de psicodélica a defesa de uma senadora que citou "a Globo do nada" no episódio na tribuna do Senado. o ideal seria um ovo cozido ao centro não? será que alguém já fez o meme?

Filme do Dia: La Cifra Impar (1962), Manuel Antin

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L a Cifra Impar (Argentina, 1962). Direção: Manuel Antin. Rot. Adaptado: Manuel Antin & Antonio Ripoli, baseado no conto Cartas de Mamá , de Júlio Cortazar. Fotografia: Ignacio Souto. Música: Virtú Maragno. Montagem: Antonio Ripoli. Dir. de arte: Ponchi Morpurgo & Federico Padilla. Com: Lautaro Murúa, María Rosa Gallo, Sergio Renán, Milagros de la Vega, Maurice Jouvet, José María Fra. Triângulo amoroso entre os irmãos, Luis (Murúa), Nico (Renán) e Laura (Gallo), acaba provocando a morte do elo mais frágil da corrente, Nico. Mudando-se de Buenos Aires para Paris, Luis e Laura não conseguem, no entanto, exorcizar o fantasma de Nico, que volta a ser evocado nas cartas da mãe senil (Vega). Antin consegue um resultado bem interessante, entre os arroubos do melodrama e a frieza distanciada do cinema moderno, sobretudo francês, que lhe deve ter igualmente inspirado, o que traduz, de certa maneira, à época em que o filme foi produzido. Os diálogos por vezes se tornam por demais

Filme do Dia: Eureka (1983), Nicolas Roeg

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E ureka (Reino Unido/EUA, 1983). Direção: Nicolas Roeg. Rot. Adaptado: Paul Mayersberg, baseado no livro Who Killed Sir Harry Oakes . Fotografia: Alex Thomson. Música: Stanley Myers & Hans Zimmer. Montagem: Tony Lawson. Dir. de arte: Michael Seymour & John Beard. Cenografia: Michael Seirton. Figurinos: Marit Allen. Com: Gene Hackman, Theresa Russell, Rutger Hauer, Jane Lapotaire, Mickey Rourke, Ed Lauter, Joe Pesci, Helena Kallianiotes.                 Jack McCann (Hackman) é um obstinado garimpeiro que, após quinze anos de incursões infrutíferas pelo inóspito frio canadense, consegue encontrar sua fortuna em 1925. Porém a fortuna lhe trará a inimizade mortal de seu sócio, Charles Perkins (Lauter) e do ganancioso advogado Aurelio (Rourke). Por outro lado, sentir-se-á traído pela própria filha, Tracy (Russell), quando esta decide viver com o sedutor Claude (Hauer), que ele acredita estar interessado apenas na fortuna da família. Os embates entre Jack e Claude se torna

Filme do Dia: Alice Gets in Dutch (1924), Walt Disney

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A lice Gets in Dutch (EUA, 1924). Direção: Walt Disney. Com: Virginia Davis, Mrs. Hunt, David F. Hollander, Marjorie Sewell, Spec O’Donnell. Alice e seus colegas de sala resolvem se vingar da inflexível e ríspida professora, a Sra. Hunt, enchendo o interior de um balão de tinta. Quando a professora percebe o balão e com olhar sádico, afirma que eles sabem qual será o destino do mesmo, os alunos imediatamente também sabe qual será o destino dela após o balão: ficar com o rosto e parte das vestes completamente sujas de tinta. Alice vai para o canto de castigo e com chapéu de burro. Lá, sonha com um mundo no qual interage pacificamente com os animais até ser perseguida pela Sra. Hunt e seus asseclas, livros. Quando se encontra numa situação difícil, sendo molestada pela Sra.Hunt, é acordada pela própria. Se em termos de técnica a mescla entre animação e ação ao vivo se encontra a anos-luz de distância da qualidade e tampouco se direciona para a inteligente auto-reflexividade posta

O Mestre Perguntador morre desencantado com o jornalismo

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Por Luiz Cláudio Cunha O jornalismo brasileiro ficou mais obtuso, medíocre, raso, frio, casmurro e sem respostas nesta segunda-feira, 22 do agosto sempre aziago. Perdemos o Geneton. Geneton Moraes Neto morreu no Rio de Janeiro aos 60 anos, vencido pelas complicações de um aneurisma na aorta sofrido três meses antes. Na autoapresentação de seu blog, criado em 2004, ele já avisava: “Nasci numa sexta-feira 13, num beco sem saída, numa cidade pobre da América do Sul: Recife. Tinha tudo para fracassar. Fracassei”. Bela mentira. Em quatro décadas de jornalismo, o Geneton do beco e da sexta-feira 13 tornou-se, para sorte de todos nós, um exemplo de sucesso e uma referência para todos os repórteres que tentam ser fiéis ao compromisso irrevogável de uma imprensa dedicada à verdade, à memória, à história e ao dever de consolar os aflitos e afligir os consolados. Geneton Moraes Neto Ele começou como repórter em sua terra, no Diário de Pernambuco  e na sucursal local de  O Estado de S