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Filme do Dia: 1900 (1976), Bernardo Bertolucci

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1900 ( Novecento , Itália, 1976) Direção: Bernardo Bertolucci. Rot.Original: Franco Arcalli, Guissepe & Bernardo Bertolucci. Fotografia: Vittorio Storaro. Música: Ennio Morricone. Montagem: Franco Arcalli. Com: Robert de Niro, Gerard Depardieu, Dominique Sanda, Stefania Sandrelli, Francesca Bertini, Donald Sutherland, Burt Lancaster, Werner Brunhs,  Romolo Valli, Laura Betti, Sterling Hayden, Alida Valli, Paolo Pavesi, Roberto Maccanti.             Itália. Idos do século XX. O velho patriarca latifundiário, Alfredo (Lancaster), comemora o nascimento do neto de mesmo nome. Este nasce poucas horas após o nascimento do filho bastardo de uma jovem camponesa, Olmo. Os dois crescem e tornam-se grandes amigos, sendo Alfredo (Pavesi) quase sempre vítimas das brincadeiras de Olmo (Maccanti). Descobrem juntos a própria sexualidade e dividem a cama com uma mulher que tem um ataque epiléptico. Vão para a Iª Guerra Mundial. Permanecem amigos após a guerra, embora a amizade pareça cada ve

Manha De Carnaval (Morning Of The Carnival) - Luiz Bonfa

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Filme do Dia: Habemus Papam (2011), Nanni Moretti

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Habemus Papam (Itália/França, 2011). Direção: Nanni Moretti. Rot. Original:Nanni Moretti, Francesco Piccolo & Federica Pontremoli. Fotografia: Alessandro Pesci. Música: Franco Piersanti. Montagem: Esmeralda Calabria. Dir. de arte: Paola Bizzari. Figurinos: Lina Nerli Taviani. Com: Michel Piccoli, Nanni Moretti, Jerzy Stuhr, Renato Scarpa, Margherita Buy, Ulrich von Dobschütz, Camillo Milli, Roberto Nobile. No Vaticano a decisão da escolha do papa, após algumas prévias, recai sobre a figura de um cardeal aparentemente sereno (Piccoli). Porém, no momento no qual se prepara para a primeira declaração junto aos fiéis, ele entra em crise de pânico. Um psicanalista (Moretti) é convidado e  fica, como os demais cardeias, recluso no Vaticano, até que o papa eleito se conduza publicamente aos fiéis. Ele, no entanto, observa o subterfúgio de se encontrar com uma psicanalista (Buy) fora dos muros do Vaticano e foge da vigilância cerrada. Rodando a esmo pela cidade, aloja-se em um pension

Ozzy Osbourne sings John Lennon's "How?"

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Filme do Dia: Aniki Bóbó (1942), Manoel de Oliveira

Aniki Bóbó (Portugal, 1942). Direção:  Manoel de Oliveira. Rot. Adaptado: Manoel de Oliveira, baseado no romance de Rodrigues de Freitas. Fotografia: Antonio Mendes. Música: Jaime Silva Filho. Montagem: Manoel de Oliveira & Vieira de Sousa. Cenografia: José Porto. Com: Feliciano David, Nascimento Fernandes, Fernanda Matos, António Palma, Armando Pedro, António Santos, Horácio Silva, António Soares.      As aventuras de um grupo de crianças e as figuras fantasmáticas, do mundo adulto, que as perseguem. Um dos garotos, sonhando em ganhar as graças de uma garota da sua idade, que se encontra apaixonada por um amigo seu, acaba roubando uma boneca de um armarinho. Pouco depois, para complicar sua situação, todos os garotos pensam que ele empurrou o rival, que escorregou do despenhadeiro e se encontra em situação grave no hospital. Porém, o dono da loja acabará descobrindo toda a verdade. O garoto tentará lhe devolver a boneca, que lhe é dada de presente pelo dono e seus amigos e a

Tony Renis-QUANDO QUANDO QUANDO(1962)

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A Expulsão de Adão e Eva do Paraíso, 1791

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Por volta de 1779, Benjamin West havia concebido a "grande obra" de sua vida, pretendendo reconstruir a Capela Real do Castelo de Windsor como um santuário da Religião Revelada. Após patrocinar o projeto que havia sido elaborado por duas décadas, George III subitamente o cancelou em 1801. Apesar do projeto como um todo ter sido abandonado, muitas pinturas individuais,incluindo a  Expulsão , de quase três metros, foram completadas. O Livro do Gênesis não indica como o primeiro homem e mulher foram expulsos do Éden, mas os artistas geralmente retrataram o arcanjo Miguel como agente do ódio divino. Os pecadores vestem robes de peles porque Deus os vestiu com "casacos de peles" para que não se sentissem envergonhados diante de sua presença. A serpente, agora amaldiçoada dentre as criaturas, desliza sobre sua barriga comendo poeira. O feixe de luz que se sobrepõe as cabeças refere-se a "espada flamejante" no Gênesis. A Expulsão de West contém dois motivos

Filme do Dia: Vereda Tropical (1977), Joaquim Pedro de Andrade

Vereda Tropical (Brasil, 1977). Direção:   Joaquim Pedro de Andrade . Rot. Adaptado: Joaquim Pedro Andrade, a partir do conto de Pedro Maia Soares. Fotografia: Kimihiko Kato. Montagem: Eduardo Escorel. Cenografia e Figurinos: Pedro Nanni. Com: Cláudio Cavalcanti, Carlos Galhardo, Cristina Aché. Acadêmico que se encontra escrevendo sua tese de pós-graduacão é tarado por melancias e conta sobre suas aventuras amorosas a uma amiga também pós-graduanda. Ao final, acaba convencendo sua amiga a também se tornar adepta do sexo com legumes e frutas. Curioso episódio realizado para longa-metragem de igual título, cuja dimensão paródica permanece um tanto quanto obscura – sátira a inocuidade do mundo acadêmico diante da ditadura? Ao cinema romântico pausterizado guiado pelo cânone melodramático? Mais importa, no entanto, seu nonsense construído a partir de situações de dialogo aparentemente realistas ou a hilária seqüência inicial do ato sexual precoce com a melancia ou ainda a afetação homo

Cine e Tecnologia #1: A Crab Dollie

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Muito do estilo visual fluido que proporcionou as longas tomadas e o que André Bazin chamou de "montagem em movimento",  proporcionando juntamente com a profundidade de campo um visual diferenciado no cinema norte-americano dos anos 1940 - sobretudo do pós-guerra - em relação ao que lhe antecedeu, deve-se as chamadas crab dollies , tendo sido a Huston, a primeira (foto menor) criada,  em 1946, seguida pela Selznick (do lendário produtor David Selznick), em 1948. Em relação as suas anteriores, as crab dollies possuem um sistema bem mais dinâmico, proporcionando que seja feito sem interrupções um travelling para frente, por exemplo, seguido imediatamente de um acompanhamento lateral a 90 graus do percurso original.

Filme do Dia: Latitude Zero (2000), Toni Venturi

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Latitude Zero (Brasil, 2000). Direção: Toni Venturi. Rot. Adaptado: Di Morettti, baseado em peça de Fernando Bonassi. Fotografia: Jacob Solitrenick. Montagem: Idê Lacreta. Dir. de arte: Andréa Velloso. Cenografia: Helcio Pugliese. Com: Jane Duboc, Cláudio Jaborandy. Lena possui um posto comercial em uma região desértica e na qual os caminhões nunca param. Grávida de oito meses, ela recebe a inesperada visita certo dia de Vilela (Jaborandy), foragido de um assassinato cometido. Inicialmente sujeitando-o a todo tipo de humilhações, Lena começa aos poucos a se interessar por ele. Ele arruma e torna o local mais atraente para os caminhoneiros que, no entanto, nem por isso passam a freqüentá-lo. Quando Lena se encontra prestes a parir, ele foge com o dinheiro que ela acumulava para sair do local. Desesperada, Lena quebra todos os seus utensílios e tem o seu parto sozinha. Depois de alguns meses, Vilela reaparece. A partir de agora ele se torna o verdadeiro chefe da casa, chegando a

Early Sunday Morning, Edward Hirsch

I used to mock my father and his chums for getting up early on Sunday morning and drinking coffee at a local spot but now I’m one of those chumps. No one cares about my old humiliations but they go on dragging through my sleep like a string of empty tin cans rattling behind an abandoned car. It’s like this: just when you think you have forgotten that red-haired girl who left you stranded in a parking lot forty years ago, you wake up early enough to see her disappearing around the corner of your dream on someone else’s motorcycle roaring onto the highway at sunrise. And so now I’m sitting in a dimly lit café full of early morning risers where the windows are covered with soot and the coffee is warm and bitter.
Proust foi dolorosamente tocado pela descoberta de que a realização de qualquer desejo chega no fundo tarde demais: enquanto o homem a ela aspira como uma meta, o tempo o modifica, e a realização não mais encontra nele o desejo, mas cai sempre no vazio. Por isso, segundo Proust, só o não previsto, aquilo que nunca foi objeto de desejo, pode verdadeiramente trazer a felicidade. Peter Szondi, Teoria do Drama Moderno , pp. 142-3.

Filme do Dia: O Estado das Coisas (1982), Wim Wenders

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O Estado das Coisas ( Der Stand der Dinge , Alemanha/Portugal/EUA, 1982). Direção: Wim Wenders. Rot. Original: Wim Wenders, Robert Kramer & Josh Wallace. Fotografia: Henri Alekan, Fred Murphy & Martin Schäfer. Música: Jim Jarmusch & Jürgen Knieper. Montagem: Jon Neuburger, Peter Przygodda & Barbara von Weitershausen. Figurinos: Maria Gonzaga. Com: Patrick Bauchau, Samuel Füller, Allen Garfield, Monty Bane, Paul Getty Jr., Viva, Isabelle Weingarten, Rebecca Pauly, Jeffrey Kime, Geoffrey Carey, Camilla More, Alexandra Auder. Friedrich “Fritz” Munro (Bauchau) é um diretor de cinema que é obrigado a parar a realização o filme de ficção-científica que dirige em Portugal por falta de negativos. Enquanto a equipe técnica e o elenco se vê completamente sem ter o que fazer e começam a especular sobra a situação, Fritz viaja a Los Angeles a procura do produtor do filme, Gordon (Garfield). Acaba o encontrando por acaso, travestido de cego em um fast-food . Gordon afirma que o
"Aqui sim está o cerne de todo o mal! Nas palavras! Todos trazemos dentro de nós um mundo de coisas; cada um seu mundo próprio! E como podemos nos entender, meu senhor, se coloco nas minhas palavras o sentido e o valor das coisas que estão em mim; ao passo que aquele que as ouve só pode apreendê-las segundo o sentido e valor de seu mundo? Acreditamos nos entender, mas não nos entendemos nunca!" "Para mim, meu senhor, o drama consiste pura e simplesmente nisso:  em sua consciência cada um acredita ser 'um', mas é, na verdade, 'muitos'. Conforme a todas as possibilidades de ser que existem dentro de nós: 'um' com este, 'um' com aquele outro - inteiramente diferente! E isso sempre na ilusão de ser 'um para todos', e até mesmo sempre 'aquele um' pelo qual nos tomamos a nós mesmos em todas as nossas ações. Isso, porém, não é verdade! Não é verdade! Só percebemos isso quando nos vemos de repente, por alguma infelicidade, presos

Filme do Dia: Três Homens Maus (1926), John Ford

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Três Homens Maus ( 3 Bad Men ,  EUA, 1926). Direção: John Ford. Rot. Adaptado: John Stone, a partir do romance de Herman Whitaker. Fotografia: George Schneiderman. Figurinos: Sam Benson. Com: George O’Brien, Olive Borden, Lou Tellegen, Tom Santschi, J. Farrell MacDonald, Frank Campeau, Priscilla Bonner, Otis Harlan, Jay Hunt, Alec B. Francis. Em 1876, o velho Nat Lucas (Hunt), acredita ter encontrado ouro em território Sioux, provocando uma grande corrida em busca de ouro e terras.  No meio da corrida, Lee Carlton (Borden) e seu pai ficam para trás, porque sua carroça quebrou a roda. Dan O’Malley (O’Brien) os auxilia e flerta com Lee. Depois de se despedirem de Dan, a dupla enfrenta um grupo de ladrões de cavalos, com a cumplicidade do corrupto xerife Layne Hunter (Tellegen). O pai de Lee é morto, e ela e os cavalos somente são salvos porque um trio de ladrões de cavalos, liderados por “Bull” Stanley (Santschi) intervém. Juntamente com os parceiros bêbados “Spade” Allen (Campeau)

somebody to love-jefferson airplane

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Serenata, Cecília Meireles

Permita que eu feche os meus olhos, pois é muito longe e tão tarde! Pensei que era apenas demora, e cantando pus-me a esperar-te. Permita que agora emudeça: que me conforme em ser sozinha. Há uma doce luz no silencio, e a dor é de origem divina. Permita que eu volte o meu rosto para um céu maior que este mundo, e aprenda a ser dócil no sonho como as estrelas no seu rumo