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Filme do Dia: Marlene (1984), Maximilian Schell

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  M arlene (Al. Ocidental, 1984). Direção: Maximilian Schell. Rot. Original: Maximilian Schell & Meir Dohnal. Fotografia: Henry Hauck, Pavel Hispler & Ivan Slapeta. Música: Nicolas Economou. Montagem: Heidi Genée & Dagmar Hirtz. Dir. de arte: Hanz Eickmeyer & Zbynek Hloch. Documentário que propõe um “contrato” a Marlene Dietrich para entrevista-la, ainda que a atriz, com idade já bastante avançada, tenha imposto que sua imagem não será apresentada na tela. Trechos de filmes, comentários – em sua maior parte impertinentes – da atriz e imagens de seus filmes e apresentações musicais compõe basicamente o documentário, que também apresenta os bastidores da montagem do cenário onde Dietrich será “gravada”. Curiosamente, após defenestrar com um de seus maiores sucessos, O Anjo Azul , Dietrich afirma que uma das cenas que mais gosta é aquela na qual canta, flerta e beija uma mulher da plateia em seu primeiro filme americano, Marrocos . Marlene, a certa hora, desfia elogios r

Filme do Dia: Sham Battle at Pan American Exposition (1901)

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  S ham Battle at Pan American Exposition (EUA, 1901). No ultimo dia da Exposição Pan-Americana foi encenada essa batalha que reconstitui a luta de seis tribos norte-americanas contra o Exército. O caráter espetacular do evento tanto é evocativo do teatro melodramático contemporâneo quanto – e ainda mais – sugere uma antecipação das próprias batalhas que seriam reproduzidas pelo cinema posteriormente como as presentes nos filmes de Griffith, com um esmero de produção ainda impossível de ser seguido pelo cinema de então – para efeito comparativo basta se observar, por exemplo, filmes como Advance of Kansas Volunteers at Caloocan , do ano anterior. A grandiosidade do evento certamente foi responsável por uma montagem bastante além dos padrões habituais de então. No prólogo do filme ocorre uma parada dos índios montados em seus cavalos, o que não deixa de ser curioso, no sentido de que não são os cavaleiros que ganharam essa honra ou pelo menos se também o foram não se encontram represe

O Dicionário Biográfico de Cinema#209: Delphine Seyrig

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  Delphine Seyrig (1932-90), Beirute, Líbano Q uão bela foi Delphine Seyrig? O que ela parecia? Foi ela, inaudível, observada à distância, em 1967, em Accident [ Estranho Acidente ]? Por que tão fascinante atriz restringiu tanto seu trabalho no cinema? Por que sabia que a memória viceja melhor em fragmentos? S ua carreira hesitante e desconexa - pontas aqui, intensidade inovadora e extraordinária lá - é parte da calma abstrata a se debruçar sobre ela. Foi incapaz de investir em pequenos gestos com um enorme trem imaginário. Como afirmou de si própria:  Tive que criar uma inteira história passada para ela/eu (uma personagem). Se ninguém providenciou, eu a criei para mim. Inventei-a. Não posso trabalhar de outra forma. O ato de mover, digamos, um cigarro acesso, não me interessa em si próprio; o que me interessa é como movê-lo, como o personagem o faria. Penso que a razão real que se ama interpretar reside nesta concepção do gesto, no limite da personalidade. Penso que mesmo atores que n

Filme do Dia: O Discreto Charme da Burguesia (1972), Luis Buñuel

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  O   Discreto Charme da Burguesia ( La Charm Discrete du Burgeoisie , França/Itália/Espanha, 1972). Direção: Luis Buñuel. Rot. Original: Luis Buñuel & Jean-Claude Carrière. Fotografia: Edmond Richard. Montagem: Hélène Plemiannikov. Dir. de arte: Pierre Guffroy. Figurinos: Jacqueline Guyot. Com:  Fernando Rey , Paul Frankeur,  Delphine Seyrig , Bulle Ogier, Stéphane Audran, Jean-Pierre Cassel, Julien Bertheau, Milena Vukotic, Michel Piccoli. Um grupo de amigos que compreende o embaixador de uma republiqueta sul-americana, Don Rafael Acosta (Rey), seu amigo o Sr. Thevenot (Frankeur) e sua esposa, Simone (Seyrig), a irmã dessa Florence (Ogier), e o casal Alice (Seyrig) e Henri Sénéchal (Cassel), sempre são inusitadamente interrompidos, quando decidem finalmente realizar uma refeição. A partir de um complexo entrelaçar de sonhos dentro de sonhos,  Buñuel  articula um filme que, a exemplo de uns poucos outros, como  O Fantasma da Liberdade , nessa fase, não chegam a apresentar uma linh

Dicionário Histórico de Cinema Sul-Americano#90: Luiz Carlos Barreto

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  BARRETO, LUIZ CARLOS (Brasil, 1928). Mais conhecido como o pai de dois realizadores bem sucedidos, Bruno  e Fabio Barreto, e talvez o mais importante produtor do Cinema Novo , Luiz Carlos Barreto tem trabalhado igualmente como diretor, roterista e, mais notavelmente, diretor de fotografia. Forneceu as imagens "secas, ásperas", frequentemente estouradas (super-expostas) para Vidas Secas  (1963), e compartilhou a função de cinegrafista com Dib Lutfi em Terra em Transe   (1967). Robert Stam e Randall Johnson indicam que Barreto foi "creditado como 'inventando' uma espécie de luz apropriada ao cinema brasileiro. [1982, p. 125]. Foi também um dos produtores de Vidas Secas e, antes deste, do documentário em longa-metragem que desconstruía o futebol e talvez a primeira obra do Brasil  do "cinema direto", Garrincha, Alegria do Povo   (1963), dirigido por Joaquim Pedro de Andrade . Desde os primórdios, produziu filmes sobre a bandeira da sua produtora, Luiz Ca

Filme do Dia: Reel (2013), Jens Choong

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  R eel (Suécia, 2013). Direção e Rot. Original Jens Choong. Fotografia Petrus Sjövik. Com Fanny Ketter, Toft Hervén, Norin Lindgren, Madeline Mofjärd, Emelie Fahlman, Hilda Nestander, Inga  Tolocka. Dois garotos, Robert Ketter) e Victor (Hervén), muito próximos, sentem que algo mais os une, após fugirem da polícia, que recebeu uma chamada de uma transeunte   que os viu vandalizando uma área abandonada, juntamente com o colega Anton (Lindgren). Os sentimentos se expressam no teto de um prédio na noite que é véspera da partida de Victor para Estocolmo. Sentimentos homo-afetivos entre crianças ou adolescentes raramente são temas de filmes, longas ou curtas, temerosos certamente de polêmicas ou questões judiciais, e este curta o faz de forma singela e direta, mas ao mesmo tempo atenta aos detalhes – que são talvez seu maior trunfo -  das mãos a se tocarem, por vezes em planos quase bressonianos. Tudo, claro, sem os arroubos mais físicos e/ou gráficos que um longa como Você Não Está

Filme do Dia: Testemunha de Acusação (1957), Billy Wilder

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  T estemunha de Acusação ( Witness for the Prosecution , EUA, 1957). Direção Billy Wilder. Rot. Adaptado Billy Wilder, Harry Kurnitz & Lawrence B. Marcus, a partir da peça de Agatha Christie. Fotografia Russell Harlan. Música Matty Malneck. Montagem Daniel Mandell. Dir. de arte Alexandre Trauner. Cenografia Howard Bristol. Figurinos Edith Head, Joe King & Adele Parmenter. Com Tyrone Power, Marlene Dietrich, Charles Laughton, Elsa Lanchester, John Williams, Henry Daniel, Iain Wolfe, Norma Varden, Una O’Connor. Leonard Vole (Power), busca o renomado advogado de defesa Sir Wilfrid (Laughton), para ajuda-lo em um julgamento pelo assassinato da viúva Sra. French (Varden), de quem se tornou próximo, embora aparentemente casado com a sensual alemã Christine (Dietrich). Wilfrid, que possui uma força-tarefa preocupada com sua saúde, personalizada na figura de uma enfermeira, a Srta. Plimsoll (Lanchester), que não consegue driblar os arranjos do patrão, decide aceitar o caso. Vole tem