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Filme do Dia: Nelson Filma (1971), Luiz Carlos Lacerda

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  N elson Filma (Brasil, 1971). Direção: Luiz Carlos Lacerda. Fotografia: André Palluch & Marco Fernando. Curta um tanto anódino e pouco inventivo e que tampouco tem seu título justificado, pois não se acompanha as filmagens de algum projeto contemporâneo de  Nélson Pereira dos Santos , antes um panorama nada auspicioso, menos pela narração ou pela própria trajetória do realizador, mas pela forma como é abordado, do cineasta. Afirmações como a que com  Fome de Amor  “o Cinema Novo alcançou sua maturidade técnica e formal” soam um tanto quanto parciais e passionais.    Alex Viany surge ao início afirmando de sua sintonia com Nelson, “apesar da diferença de idade de dez anos”. Soma-se isso alguns trechos de filmes do realizador, sobretudo  Vidas Secas  e    algumas frases de alguns colaboradores de Nelson do qual apenas escutamos o áudio, algumas inserções a la  Godard  de letreiros através de planos curtos e cortes abruptos e se tem uma malfadada tentativa de apresentar um curta doc

Guia Crítico de Diretores Japoneses#3: Seijun Suzuki

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  SUZUKI, Seijun (n. 24 de maio de 1923)* 鈴木清順 Suzuki conquistou fama internacional tardiamente, um quarto de século após a extravagância visual de seus filmes de gangsters e sua demissão por um estúdio indignado pelas liberdades que tomava com material de gênero, que lhe proporcionou uma reputação cult entre os estudantes no Japão. Nos anos 90, a exploração auto-consciente e auto-paródica de motivos de filmes de gêneros  em películas como Tóquio Violenta ( Tōkyō nagaremono , 1966) e A Marca do Assassino  ( Koroshi no rakuin , 1967) pareciam antecipar o ethos do pós-modernismo; como Mark Schilling observou "a visão de mundo estetizada e absurda de Suzuki, no qual o código do rapaz durão é transmitido através de grotesca coreografia, antecipa o curso de muito da cultura popular das próximas três décadas no Japão, e no Ocidente." Sob contrato na Nikkatsu, Suzuki inicialmente dirigiu tarefas em uma variedade de gêneros, incluindo musicais, filmes jovens, e adaptações literária

Filme do Dia: Ave, César! (2016), Ethan & Joel Coen

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  A v e, César! ( Hail Caesar , EUA/Reino Unido/Japão, 2016). Direção, Rot. Original e Montagem: Ethan & Joel Coen. Fotografia: Roger Deakins. Música: Carter Burwell. Dir. de arte: Jess Gonchor, Cara Brower &  Dawn Swiderski. Cenografia: Nancy Haigh. Figurinos: Mary Zophres. Com: Josh Brolin, George Clooney, Alden Ehrenreich, Ralph Fiennes, Scarlett Johansson, Tilda Swinton, Frances McDormand, Channing Tatum, Jonah Hill, Veronica Osorio, Max Baker. Anos 50. Eddie Mannix (Brolin) é o profissional do estúdio contratado para resolver todos os obstáculos referentes ao trabalho na companhia. Seus dias não são exatamente tranquilos quando tem que lidar com o sequestro do astro do épico Ave, Cesar! , história de Jesus contada a partir da perspectiva de um centurião romano, Baird Whitlock (Clooney), as fofoqueiras gêmeas Thora e Thessaly Tacker (Swinton) que pretendem divulgar rumores a respeito de Whitlock e da atriz de filmes de nado sincronizado DeeAnna Moran (Johansson). Ou ainda

Filme do Dia: Um Domingo no Campo (1984), Bertrand Tavernier

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  U m Domingo no Campo ( Un Dimanche à la Campagne , França, 1984). Direção: Bertrand Tavernier. Rot. Adaptado: Bertrand Tavernier & Colo Tavernier, baseado no romance Monsieur Ladmiral Va Bientot Mourir, de Pierre Bost. Fotografia: Bruno de Keyzer. Música: Louis Ducreux, Gabriel Fauré &  Marc Perrone. Montagem: Armand Psenny. Dir. de arte: Patrice Mercier. Figurinos: Yvonne Sassinot de Nesle.   Com Louis Ducreoux, Sabine Azéma, Michel Aumont, Geneviéve Mnich, Monique Chaumette, Thomas Duval, Quentin Ogier, Katia Wostrikoff. Monsieur Ladmiral (Ducreoux) é um pintor impressionista viúvo que vive no início do século tendo como companheira Mercedes (Chaumette), que toma conta da casa há anos. Todos os domingos seu filho, Gonzague (Aumont) visita-o com a família, composta da mulher, Marie-Therése (Mnich) que Ladmiral nunca acreditou ser adequada para o mesmo e que também possui suas reservas quanto ao sogro, e os netos. Menos freqüentemente também recebe a visita da filha Irène (

Filme do Dia: Taking President Mckinley's Body from Train at Canton, Ohio (1901)

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    T aking President McKinley’s Body from  Train at Canton, Ohio (EUA, 1901). Esse filme em seis planos apresenta a chegada do féretro do presidente norte-americano assassinado (cujo assassino seria representado recebendo a pena capital no célebre Execution of Czolgosz with Panorama of Auburn Prison , produzido no mesmo ano). Parece demonstrar que a articulação de planos em ângulos diversos em ambientes contíguos se deu primeiro no enfrentamento com registros do mundo histórico mais que no universo mais restrito e controlado dos estúdios, que aparentemente se beneficiou de tais práticas – boa parte dos cineastas de “ficçã”o iniciou sua carreira realizando “vistas” e flagrantes de eventos históricos. O segundo plano, a partir de um ângulo recôndito e o mais breve dos seis, talvez seja o mais curioso, parecendo quase flagrar às escondidas um fragmento do evento. Outra curiosidade é o corte do terceiro para o quarto plano, que aproxima a imagem do caixão sendo carregado. Variação qu

Filme do Dia: Serguei Íntimo (2014), Luciana Cavalcanti

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  S erguei Íntimo (Brasil, 2014). Direção, Fotografia e Montagem: Luciana Cavalcanti. Durante a comemoração de seus 80 anos, o roqueiro Serguei desfia uma série de declarações desencontradas e calcadas em boa parte em celebridades que teve breve contato, como Marlene Dietrich, sem esquecer, evidentemente, a sempre lembrada Janis Joplin. Embora aparentando certa jovialidade nos cabelos escuros e desgrenhados e nas vestimentas, ele adormece em meio a uma das filmagens e acorda comentando que é algo que acontece com frequência, devido a idade. Quase completamente filmado em sua própria casa, à exceção de uma comemoração pública festejando o aniversário do roqueiro. 15 minutos.

Filme do Dia: Breakfast on the Grass (1987), Priit Pärn

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  B reakfast on the Grass ( Eine Murul , União Soviética, 1987). Direção e Rot. Original: Priit Pärn. Fotografia: Janno Põldma. Música: Olav Ehala. Montagem: Irja Müür. Dir. de arte: Miljard Kilk & Priit Pärn. À habitual proximidade de visões do absurdo a partir do cotidiano, um tanto surrealistas, o estoniano Pärn nesse curta também experimenta com os formatos narrativos, no terceiro segmento (sendo quatro ao todo, cada um como nome do personagem em questão) se fazendo valer de recortes dos anteriores (assim como seus respectivos temas musicais), no momento em que mãe e filha se encaminham para o bosque, assim como o tempo, tornando-os conscientes de quando ocorreu o acidente de carro que ouvimos ao início do primeiro segmento. Uma representação dos efeitos do totalitarismo pode ser percebida em vários dos segmentos, senão todos, porém de uma forma bem menos explícita que em alguns curtas da produção da Escola de Zagreb. Próximo ao final a uma brincadeira com o quadro impression