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Filme do Dia: Moolaadé (2004), Ousmane Sembene

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Moolaadé (Senegal/França/Burkina Faso/Camarões/Marrocos/Tunísia, 2004). Direção e Rot. Original: Ousmane Sembene. Fotografia: Dominique Gentil. Música: Boncana Naiga. Montagem: Abdellatif Raïss. Dir. de arte: Joseph Kpobly. Com: Fatoumata Coulibaly, Maimouna Hélène Diarra, Salimata Traoré, Dominique Zeïda, Mah Compaoré, Aminata Dão, Stéphanie Nikiema, Mamissa Sanogo. Num vilarejo muçulmano senagelês regido pela tradição e pela força do patriarcalismo, a ousada Collé (Coulibaly) consegue dividir a comunidade, com sua acolhida a quatro meninas que iam ser “purificadas” numa cerimônia de castração, algo que já havia suscitado quando decidira que sua filha adolescente, Amasatou (Traoré) não seria castrada. Ainda que Amasatou tenha sido prometida ao bem sucedido membro da comunidade recém-chegado de Paris, o casamento é proibido por seu pai, por conta da garota não ser purificada. Para refugiar as meninas, Collé invoca a Moolaadé, rito sagrado que impede as sacerdotisas de entrarem em

Yes - America (Simon & Garfunkel)

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Filme do Dia: O Desprezo (1963), Jean-Luc Godard

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O Desprezo ( Le Mépris , França/Itália, 1963). Direção: Jean-Luc Godard. Rot. Adaptado: Jean-Luc Godard, baseado no romance Il Disprezzo, de Alberto Moravia. Fotografia: Raoul Coutard. Música: Georges Delerue. Montagem: Agnés Guillemot & Lika Lakshmanan. Figurinos: Janine Autre. Com: Brigitte Bardot, Michel Piccoli, Jack Palance , Giorgia Moll, Fritz Lang.              Paul Javal (Piccoli) é um roteirista que vive um momento de crise com sua esposa, Camille (Bardot) na produção de uma adaptação da Odisséia por Fritz Lang (Lang), a ser rodada na Itália. Inseguro da relação desenvolvida entre Camille e o produtor do filme, Jeremy Prokosch (Palance), ele passa a uma postura defensiva, recusando-se a escrever o roteiro e sendo gradativamente desprezado por Camille, que parte com Jeremy. O  casal morre em um acidente na auto-estrada, enquanto Paul despede-se de Lang, com planos de retornar à Roma e escrever para o teatro.       Godard , característica já prenunciada em Acossa

Caetano Veloso O estrangeiro

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Filme do Dia: Os Agentes do Destino (2011), George Nolfi

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Os Agentes do Destino ( The Adjustment Bureau , EUA, 2011). Direção: George Nolfi. Rot. Adaptado: George Nolfi, a partir do romance The Adjustment Team , de Philip K. Dick. Fotografia: John Toll. Música: Thomas Newman. Montagem: Jay Rabinowitz. Dir. de arte: Kevin Thompson & Steven H. Carter. Cenografia: Susan Bode. Figurinos: Kasia Walicka-Maimone. Com: Matt Damon , Emily Blunt , Michael Kelly, Anthony Mackie, John Slattery, Lisa Thoreson, Florence Kastriner, Phyllis MacBride. David Norris (Damon) é um forte candidato a uma brilhante carreira política que vê sua vida subitamente transformada ao encontrar no banheiro masculino a bela Elise (Blunt). David descobre a existência de uma corporação subterrânea que direciona os destinos das pessoas e faz de tudo para que os dois permaneçam separados, pois só assim Elise se tornará um das mais brilhantes coreógrafas e bailarinas de seu tempo e Norris chegará a assumir a Casa Branca. Com  a ajuda de Harry Mitchell (Mackie), David cons

Filme do Dia: Crac! (1981), Frédérick Back

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Crac! (Canadá, 1981). Direção: Frédérick Back. O que parece ser a história de uma família se trata na verdade da história de uma cadeira que pertenceu a um inspirado pintor e, por ironia, acabará seus dias, muitos anos após, em um museu de arte moderna, aonde se torna sucesso entre as crianças e, no escuro, relembra seus dias de glórias em animadas festas. O mais interessante dessa animação são seus traços simples mas bem definidos e seu expressivo uso de cores compondo um visual semelhante ao dos desenhos com lápis de cores. Entre seus defeitos se encontra em parte alguns momentos de sua trilha sonora que podem soar por demais adocicados ou mesmo pouco apropriados, como a música que acompanha os créditos finais.  Não possui diálogos. Ganhador do Oscar da categoria. Societé-Radio-Canada. 15 minutos.

A Classe Média Vai ao Paraíso

Os jornais fazem nesta segunda-feira (16/3) o balanço das manifestações realizadas no domingo em todos os Estados. A data coincide com os trinta anos da posse do primeiro presidente civil após a ditadura, e a imprensa usa esse fato para comparar os eventos de 2015 com os de 1985. Jornalistas gostam de datas redondas. Não há qualquer relação possível entre o período da redemocratização após os anos da ditadura militar e o protesto contra um governo eleito democraticamente, mas a comparação serve para legitimar a adesão à campanha produzida pela mídia. As divergências quanto ao número de participantes superam a casa das centenas de milhares: o  Globo  e o  Estado de S. Paulo  aceitam a avaliação da Polícia Militar, que viu 1 milhão de pessoas na região da Avenida Paulista, enquanto o Datafolha calculou a multidão em 210 mil. A curiosa dança dos números já havia acontecido na sexta-feira, quando centrais sindicais levaram à mesma avenida 40 mil pessoas, segundo o Datafolha, e