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Filme do Dia: Ménilmontant (1926), Dimitri Kirsanoff

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Ménilmontant (França, 1926). Direção, Rot. Original e Montagem: Dimitri Kirsanoff. Fotografia: Léonce  Crouan & Dimitri Kirsanoff. Com: Nadia Sibirskaia, Yolanda Beaulieu, Guy Belmond, Jean Pasquier, Maurice Ronsard. Duas jovens irmãs (Sibraskaia e Beaulieu) partem para Paris, após o assassinato de seus pais. Lá o breve período de esperança e alegria logo cede a dificuldade de levar a vida. A irmã mais jovem (Sibraskaia) se enamora de um homem (Belmond), que aparentemente somente quer seus favores sexuais. Após um tempo afastada de casa, depois de flagrar seu homem com a irmã, vagando pelas ruas e com um filho recém-nascido, ela retorna as imediações do prédio onde morara e descobre que a irmã se tornou prostituta. Enquanto as duas se reencontram emocionadamente, o homem é assassinado por um rival. Pérola virtualmente pouco conhecida do cinema silencioso, o filme de Kirsanoff abdica dos entretítulos para se fazer valer de sua excêntrica mescla entre cinema narrativo e de v

Filme do Dia: Two-Lip Time (1926), Otto Mesmer

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Two- Lip Time (EUA, 1926). Direção: Otto Mesmer. Nesse episódio Felix, perseguindo um rato, acaba entrando em um navio e segue para a Holanda. Lá se apaixona a primeira vista por uma garota que vê da escotilha. Para além da graça do desenho e do carisma do personagem, um dos destaques é a própria paixão representada de forma sexualizada, com o gato beijando a garota na boca a certo momento e não apenas como objeto de devoção ou de estimação como seria de se supor na produção de animação posterior. Numa Holanda que só existe moinhos e personagens vestidos em trajes típicos, o galanteador Felix – que retira uma parte de sua própria cabeça para cumprimentar sua paixão -  curiosamente trata por vezes seu objeto de paixão como mera criança que é, passando o dedo em seu queixo no gesto de “bilu-bilu” típico ao que é feito aos bebês. A forma com que Felix cumprimenta a garota, assim como a sequencia de maresia do herói – aliás bastante extensa para os padrões da animação comercial poste

Filme do Dia: Duralex (1926), Lev Kulechov

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Duralex ( Po Zakonu , URSS, 1926). Direção: Lev Kulechov . Rot. Adaptado: Lev Kulechov & Viktor Shklovsky, baseado no conto de Jack London. Fotografia: Konstantin Kuznetsov. Dir. de arte: Isaak Makhlis. Com: Aleksandra Khohlova, Sergei Komarov, Vladimir Fogel, Pyotr Galadzhev, Porfiri Podobed. Um grupo de estrangeiros reúne esforços a margem do rio Yukon em busca de ouro. Michael Dennin (Fogel), desprezado por todos, encontra uma pepita. Porém, nem assim ele ganha reconhecimento do grupo, que parte atrás do ouro sem convidá-lo. Cansado de ser vítima de risos do grupo, Michael assassina a sangue frio dois deles, Harky (Galadzhev) e Dutchy (Podobed). Os sobreviventes, a inglesa Edith (Khoklova), bastante apegada a religião e o sueco Hans Nelson (Komarov), conseguem dominar Dennin. Porém, o degelo do Yukon faz com que a casa trafegue por semanas a fio à deriva. No dia do aniversário de Edith algumas concessões são feitas ao prisioneiro que lhe dá um presente. Por várias vezes

Filme do Dia: Moonland (1926), Neil McGuire & William A. O´Connor

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Moonland (EUA, 1926). Direção: Neil McGuire & William A. O´Connor. Fotografia: Edward Gheller. Essa pequena joia esquecida do cinema de fantasia demonstra toda sua criatividade a partir de seus parcos recursos. Um garoto sonha em conhecer o homem da lua. E acaba efetivamente o conhecendo, escudado por seu cachorro e enfrentando lugares obscuros e personagens sinistros, que consegue dobrar com seu sorriso. O trabalho de cenografia, longe de ser uma atração apenas por si próprio, como na já decana fantasia de Méliès, Viagem à Lua (1902), acaba se integrando bem ao próprio universo alucinatório e onírico que perpassa a integridade do filme. O garoto que o protagoniza, providencialmente desdentado, motivo para mais uma identificação bastante plausível com o público-alvo ao qual se destina, é outra atração, embora não precise fazer mais nada do que agir como criança. E consegue. Antecipa, em chave mais luídca e menos direcionada pelos apelos de grande produção, universos de fan

Filme do Dia: O Falcão Negro (1926), Tod Browning

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O Falcão Negro ( The Blackbird , EUA, 1926). Direção: Tod Browning. Rot. Original: Waldemar Young, com intertítulos de Joseph Farnhan, sob argumento de Browning. Fotografia: Perce Hilburn. Montagem: Eroll Taggart. Cenografia: Cedric Gibbons & A. Arnold Gillespie. Com: Lon Chaney, Owen Moore, Renée Adorée, Doris Lloyd, Andy MacLennan, William Weston, Lionel Belmore, Peggie Best, Frank Norcross. No mal afamado subúrbio londrino de Limehouse, dois irmãos possuem fama inversa. Um, Blackbird (Chaney), como rei das trapaças e dos malandros locais. Outro, Bispo (Chaney), como um caridoso bem feitor para com os mais necessitados. Tratam-se, na verdade, da mesma pessoa. Blackbird se apaixona pela artista de vaudeville francesa Fifi (Adorée), por quem o também trapaceiro, porém elegante, Bertie (Moore), apaixona-se. Fifi passa a ser cortejada por Bertie e fazem planos de casamento. Bertie decide abandonar seu passado criminoso em nome do amor, porém Blackbird, algumas vezes travestido

Filme do Dia: O Homem Forte (1926), Frank Capra

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O Homem Forte ( The Strong Man , EUA, 1926). Direção: Frank Capra. Rot. Original: Hal Conklin, Robert Eddy & Arthur Ripley. Fotografia: Glenn Kershner & Elgin Lessley. Montagem: Harold Toung & Arthur Ripley. Com: Harry Langdon , Priscilla Bonner, Gertrude Astor, William V. Mong, Robert McKim, Arthur Thalasso, Brooks Benedict. Paul Bergot (Langdon), soldado belga nas trincheiras da I Guerra Mundial, recebe uma foto de uma garota, Mary Brown (Bonner), que ele nunca viu. Com o término da guerra ele parte para os Estados Unidos. Lá tenta trabalhar no teatro de variedades com Zandow (Thalasso), outro emigrado. Bergot, no entanto, quase se torna vítima da astúcia da ladra, Lily (Astor), que se faz passar por Brown. Ao partir para o interior, para lá se apresentar com Zandow, Bergot conhece a verdadeira Mary Brown, que é cega, e se apaixona por ela. Um movimento religioso liderado pelo pastor Joe (Mong) pretende banir o teatro de variedades e com as confusões armadas por Berg

Filme do Dia: A Montanha Sagrada (1926), Arnold Fanck

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A Montanha Sagrada ( Der Heilige Berg , Alemanha, 1926). Direção, Rot. Original e Montagem:  Arnold Fanck. Fotografia: Sepp Algeir, Albert Benitz, Helmar Lerski & Hans Schneeberger. Música: Edmund Reisel & Edmund Reisch. Dir. de arte: Leopold Blonder. Com: Leni  Riefensthal, Luis Trenker, Ernest Petersen, Frida Richard, Hannes Schneider. Diotima (Riefensthal) é uma garota do litoral que vai até as montanhas apresentando um número de dança que empolga a todos, particularmente os amigos Karl (Trenker) e Vigo (Petersen). Karl, mais velho, decide se unir a Diotima, e iniciá-la nos esportes de inverno. Sua velha mãe (Richard), não aprova a relação entre ambos, embora tolere Diotima. Karl passa o dia praticando alpinismo, única atividade que não permite que Diotima o acompanhe. Enquanto isso, Diotima acompanha as vitórias do jovem Vigo, que se encontra apaixonado por ela. Ao retornar para casa, Karl encontra um homem com a cabeça deitada no colo de sua amada. Ele não sabe se tra

Filme do Dia: Três Homens Maus (1926), John Ford

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Três Homens Maus ( 3 Bad Men ,  EUA, 1926). Direção: John Ford. Rot. Adaptado: John Stone, a partir do romance de Herman Whitaker. Fotografia: George Schneiderman. Figurinos: Sam Benson. Com: George O’Brien, Olive Borden, Lou Tellegen, Tom Santschi, J. Farrell MacDonald, Frank Campeau, Priscilla Bonner, Otis Harlan, Jay Hunt, Alec B. Francis. Em 1876, o velho Nat Lucas (Hunt), acredita ter encontrado ouro em território Sioux, provocando uma grande corrida em busca de ouro e terras.  No meio da corrida, Lee Carlton (Borden) e seu pai ficam para trás, porque sua carroça quebrou a roda. Dan O’Malley (O’Brien) os auxilia e flerta com Lee. Depois de se despedirem de Dan, a dupla enfrenta um grupo de ladrões de cavalos, com a cumplicidade do corrupto xerife Layne Hunter (Tellegen). O pai de Lee é morto, e ela e os cavalos somente são salvos porque um trio de ladrões de cavalos, liderados por “Bull” Stanley (Santschi) intervém. Juntamente com os parceiros bêbados “Spade” Allen (Campeau)

Filme do Dia: Beijo Ardente (1926), Henry King

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Beijo Ardente ( The Winning of Barbara Worth , EUA, 1926). Direção: Henry King . Rot. Adaptado: Rupert Hughes & Frances Marion, baseado no romance de Harold Bell Wright. Fotografia: George Barns & Gregg Toland. Música: Ted Henkel. Montagem: Viola Lawrence. Dir. de arte: Carl Oscar Borg. Com: Ronald Colman , Vilma Bánky, Charles Lane, Paul McAllister, Gary Cooper , E.J. Ratcliffe, Clyde Cook, Erwin Connely. O grande empresário James Greenfield (Ratcliffe) é saudado como a solução para a seca do Colorado, região desértica em que Barbara Worth (Banky) foi adotada por Jefferson (Lane), que a encontrou criança nas mãos da mãe morta pelas condições adversas, falta de água e tempestades de areia. Um dos empregados de Greenfield, Willard Holmes (Colman) se apaixona por Barbara, despertando os ciúmes de Abe Lee (Cooper), que cresceu junto a ela. Aos poucos não apenas Lee, como toda os trabalhadores, dão-se conta que Greenfield é um grande oportunista, que após ter feito uso