Filme do Dia: Jackson Pollock 51 (1951), Hans Namuth
Jackson Pollock 51 (EUA, 1951).
Fotografia: Hans Namuth. Música: Morton Feldman.
Curta que apresenta o nome do
Expressionismo Abstrato mais célebre em ação. Tendo realizado anteriormente um
projeto em que apresentava fotos fixas dele em p&b, agora se trata de um
filme em cores – embora o desbotado da imagem que foi proporcionado pelo tempo
e o fato de ter sido provavelmente filmado em bitola 16 mm não auxiliem. Na
banda sonora se escuta acordes do tema musical
composto por Feldman, em que a ênfase se trata mais em termos de ritmo,
pois executado apenas por um único instrumento de cordas e uma voz over
do próprio Pollock, afirmando algo brevemente sobre sua trajetória no passado,
quando esteve em uma escola de arte por dois anos no final dos anos 20 e dos
materiais que faz uso (incluindo areia e vidro pisado) e do seu gosto por
pintar grandes telas que são postas deitadas, fazendo uso ocasionalmente de um
pincel, mas habitualmente preferindo uma vareta. E também seu gosto por pintar
em casa e não em espaços amplos, como o divisado no curta. Antes de iniciar o trabalho o observamos
calçar os sapatos escuros já salpicados de tinta. Com um cigarro na boca
enquanto efetua o seu trabalho. Realiza uma primeira obra diretamente sobre o
vidro – provavelmente a pedido dos realizadores do curta, e que mesmo não sendo
exatamente uma novidade nos filmes sobre artistas, teria como um de seus
marcos, O Mistério Picasso,
realizado somente meia década após – da qual, de forma não muito distinta da de
Picasso no filme, e aqui ainda mais radicalmente, não apenas será diminuída por
seu autor como literalmente apagada, afirmando ele que “perdeu contato com a
obra.” Por ser um dos poucos registros filmados do artista, imagens dele foram
sucessivamente sendo incluídas em produções posteriores. 10 minutos.
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