Filme do Dia: Felix Gets the Can (1924), Otto Mesmer


 

Felix Gets the Can (EUA, 1924). Direção Otto Mesmer.

Felix se impacienta com a ausência de fisgadas e resolve mergulhar nas águas em que pesca, enquanto um peixe sai da água e passa a liberar as minhocas guardadas para seus companheiros, abocanhando o restante. Quando volta à terra, descobre, para seu desespero, encontrar-se sem iscas. Desiludido,  vai à cidade, e lá observa dois peixes sobre um balcão de um restaurante, e quando vai filar um deles, o dono do negócio chega e o expulsa com uma lata de...salmão. Com um trenó improvisado e levado por salsichas, Felix parte ao Polo Norte, onde o homem do rótulo da lata de salmão afirma existir espécimes enormes. Após uma acidentada passagem por um clube noturno, Felix parece ter encontrado o caminho das pedras: a rota para a pesca de salmões. Ele tenta subir as corredeiras como os salmões, mas percebe que não é fácil. E observa a pesca industrial à distância puxar redes repletas de salmões. Enquanto pensa sobre o que fará, tem um contato com uma aranha que vive em uma árvore. Felix pensa em fazer uso de uma grande rede feita pela aranha mas é, pelo contrário, capturado pela rede do pescador em meio aos peixes. E desce a esteira como os peixes, sendo enlatado como estes e retornando a sua terra natal, e servido em um restaurante.

A trilha sonora jazzística adicionada a este filme mudo soa como feita originalmente para ele. No mais, o habitual desprezo surreal pela verossimilhança faz com que rapidamente Felix invente uma forma de se mandar para o Alasca. Cabe ainda um comentário sobre o retorno cíclico da lata que faz menção ao título, primeiro jogada contra ele e despertando a motivação da viagem e depois servindo como passaporte para seu heterodoxo retorno. Há apenas um furo, mesmo para os padrões aloprados da série, que é o da lata de conserva ser aberta em um restaurante e não numa residência.|Pat Sullivan Cartoons para Margaret J. Winkler. 8 minutos e 21 segundos.

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