Poemas





novamente é verão abaixo do equador 
novamente veremos debaixo do sol
as variedades dos filmes antigos
saberemos o nome dos ventos
sorrisos muito brancos
dores coloridas
amores impossíveis
segundo os almanaques
olhem-se feijão milho abóbora e manga
não se cortam madeiras
nem se deitam galinhas ou outras aves
as ruas avenidas e ônibus
tornam-se insuportáveis
como já sabiam os índios daqui
que não faziam cidades

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não há trem noturno que não chegue atrasado
e noves fora meu coração ainda é o mesmo
não há brinquedo
não há segredo
não há pecado
que não seja para ti
as alfaces ainda estão na geladeira
e na minha gaveta tenho dois passsaportes
que não passsariam em nenhuma alfândega
entre a ilegalidade e uma salada
me resta a esperança da tua chegada












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