Filme do Dia: The Good Loser (1953), Herk Harvey
The Good Loser
(EUA, 1953). Direção: Herk Harvey. Rot. Original:
Margaret Travis. Fotografia: Norman Stuewe. Montagem: Chuck Lacey. Com: Gene
Hardtarfer.
Ray Medford (Hardtarfer), Jovem
estudante acostumado a vencer todas as disputas oratórias em que se envolve,
treina uma recém-ingressa aluna, Marilyn Jackson, que se torna a vencedora em
um concurso de oratória, com Ray em segundo, após ter ganho em dois anos
consecutivos, gerando ressentimento por parte dele e uma sensação de derrota para
Marilyn.
Pateticamente encenado, como a maior
parte dos curtas “educacionais” do realizador, com pausas do orador no momento
em que uma dupla na plateia comenta ou no modo pouco natural com que os
“atores” adentram em cena como, por exemplo, os que vão cumprimentar o orador
que venceu a disputa do grêmio colegial. As ações encenadas não dispensam
ocasionais comentários over ou mesmo
a presença “didática” de um comentador que se dirige diretamente à câmera, ele
próprio também parte da ação encenada, como o professor que apresenta Ray a uma
garota. Não parece haver nenhuma sombra de sexualidade nesses corpos
perfeitamente disciplinados e docilizados, bem de acordo com um ethos afim aos
anos de Eisenhower e da crescentemente afluente classe média americana. O filme
termina com uma interrogação sobre o rosto de seu protagonista, assim evitando
a “conversão imediata – e inverossímil, diga-se de passagem – de Ray após
escutar os conselhos do professor/treinador e, ao mesmo tempo, jogando para o
espectador a indagação sobre como reagiria a tal situação. Não se observa,
portanto, o pedido de desculpas de Ray por ter agido de forma grosseira com Marilyn
desde a competição. Harvey se
especializou na direção de tal tipo de documentário e dirigiu vários ao longo
da década, embora seja hoje mais lembrado pelo cult de ficção B O Parque Macabro (1962). Centron para Young America Prod. 13 minutos e 9
segundos.
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