Filme do Dia: Last Days of Coney Island (2015), Ralph Bakshi

 



Last Days of Coney Island (EUA, 2015). Direção e Rot. Original: Ralph Bakshi. Música: Mark Taylor. Montagem: Zak Wittstruck.

Uma memorabilia alucinada compreende esse curta de uma das referências da animação independente norte-americana, e aparentemente, mais que nunca, produzida quase artesanalmente (por ele e o irmão). A história se passa no Brooklyn dos anos 60 que, engenhosamente, é evocado numa mescla entre edifícios e revistas e imagens de ação ao vivo – como o momento do assassinato de Kennedy em que sua cabeça é explodida por uma bala, ou, próximo do final, o assassinato de seu pretenso assassino -, demonstrando o quão a mídia também repercute na elaboração dessa memória. Como característico em boa parte das obras de Bakshi, aqui existe um tema animado com um pano de fundo pintado na maior parte das cenas. E o seres humanos parecem um tanto insignificantes diante da opressão da informação e das estruturas urbanas que se encontram inseridos. E há escatologia. Com Max se transformando em uma massa de merda após uma crise de incontinência de flatos. Alguns momentos são puro deleite visual. Como o que Max e Louise interagem em um bar decadente, cuja madeira gasta e detalhada de piso e paredes em tons monocromáticos contrapõe-se aos personagens coloridos e a textura completamente distinta da imagem do ambiente fora do bar. Bakshi Prod./Cinco Dedos Peliculas. 22 minutos.

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