Filme do Dia: Sisak (2016), Faraz Ansari

 


Sisak (Índia, 2016). Direção e Rot. Original: Faraz Ansari. Fotografia: Saurabh Goswami. Música: Dhawal Tandon. Montagem: Akshara Prabhakar. Dir. de arte: Syed Ali Arif. Figurinos: Inderjit Nagi. Com: Jitin Gulat, Aparna Sud.

Jovem que se encontra no metrô sente-se atraído por um homem que entra no vagão. O homem também demonstra interesse nele. A determinado momento, o homem desce em uma estação, e o jovem continua.

O que mais se destaca nessa produção, voltada para um tema único, o da abordagem entre dois desconhecidos – no curta argentino Anochecer, entre conhecidos –é o quão a homossexualidade ainda deve permanecer um tabu gigantesco na sociedade que o produziu, para que o filme, emblematicamente mudo, tenha que fazer uso de toda uma série de eventos entre a fantasia e a realidade, em busca de expressar a atração entre os dois homens. Mesmo em um vagão, contando com a licença poética da fantasia, em que apenas os dois se encontram! E não muito diferente das telenovelas no Brasil não muito tempo atrás, o que erige como expectativa, é se haverá ou não o contato entre ambos – ainda que no campo da fantasia, aparentemente! Algo que as cartelas finais, que dizem respeito à descriminalização da homossexualidade na Índia em 2018 (portanto, acrescentadas dois anos após a realização do curta) confirmam tanto quanto a atração entre os homens continuar até o final restrita somente aos olhares. Como na produção argentina, a música, e talvez nesse caso ainda mais,  menos ajuda que atrapalha. É anunciado ocasionalmente como primeiro curta de temática LGBTQ o que, como todas reivindicações de pioneirismo no cinema, é, no mínimo, questionável.  Lotus Visual Prod.  15 minutos e 25 segundos.

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