Filme do Dia: Maestro Pernalonga (1949), Chuck Jones

 


Maestro Pernalonga (Long-Haired Hare, EUA, 1949). Direção: Chuck Jones. Rot. Original: Michael Maltese. Música: Carl W. Stalling.

Giovanni Jones, cantor lírico tem suas aulas de canto interrompidas pelo som do banjo de Pernalonga. Ele vai até lá e destrói o instrumento. Volta a estudar, mas agora Pernalonga o interrompe com uma harpa. Ele destrói a harpa e ataca seu músico. Para se vingar Pernalonga provoca uma verdadeira catarse na apresentação do cantor no Hollywood Bowl.

Esse desenho, uma das referências na série do personagem, talvez se torne ainda mais interessante por satirizar com as ambições de aproximar a animação da Grande Arte efetivada anos antes com Fantasia, da Disney. A certo momento, Pernalonga se traveste de Leopold Stokowski, o célebre maestro conhecido por suas associações ao mundo do cinema (tendo sido o coordenador musical de Fantasia) e  por suas apresentações no Hollywood Bowl, explorando o virtuosismo de seu tenor que acaba fazendo a concha acústica literalmente desabar. Do desabamento, que afeta igualmente o cantor, surge novamente Pernalonga e seu banjo, reafirmando a força de uma música/animação popular contra as pretensões da erudição pomposa. O momento mais hilariante, sem dúvida, é o que todos os músicos reconhecem e gelam com a presença de Stokowski no ambiente, sendo que a primeira medida que Pernalonga travestido de maestro fará será quebrar as baquetas do regente até então, característica associada a preferência de Stokowski por reger somente com as mãos. Na trilha as canções A Rainy Night in Rio e My Gal is a High-Born Lady e trechos de Rossini (O Barbeiro de Sevilha), Franz Von Suppé, Herman Hupfeld, Donizette e Wagner.Warner Bros. 7 minutos e 34 segundos.

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