Filme do Dia: Powaqqatsi (1988), Godfrey Reggio

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Powaqqatsi (EUA, 1988). Direção: Godfrey Reggio. Rot. Original: Godfrey Reggio & Ken Richards. Fotografia: Grahan Berry & Leonidas Zourdoumis. Música: Philip Glass. Montagem: Iris Cahn, Miroslav Janek & Alton Walpole.
Segundo episódio inspirado na cultura Hopi que compõe a trilogia dirigida por Reggio, após Koyaanisqatsi (1982). Enquanto no primeiro o foco era nas mudanças na geografia e nas cidades provocadas pela cultura industrial provocando um verdadeiro “mundo em desordem”, aqui o documentário, centrado na mesma articulação entre música e imagens, destaca as mudanças de culturas tradicionais de países subdesenvolvidos provocadas pelo seu processo de industrialização. Algumas das estratégias visuais permanecem, como as transições em que motivos semelhantes se superpõem – o verde ondulante de um gramado dá lugar as ondas verdes do mar – ainda que Reggio tenha abdicado quase completamente da aceleração de movimento que havia tornado célebre seu documentário anterior. Talvez como conseqüência das prováveis críticas que sofreu por seu longa anterior, o realizador procurou sem sucesso dar uma face menos abstrata a sua crítica romântica que procura filtrar o mundo moderno sob a ótica da cultura Hopi cujo idioma fornece os títulos da trilogia. Mesmo com um evidente viés político mais forte que seu antecessor, ao escolher como opção apenas países em desenvolvimento para suas locações (Brasil, Índia, Egito, Peru, Nepal, China, Quênia) tal dimensão acaba sendo neutralizada pela evidente estilização das misérias que retrata e pelo olhar sobre um mundo “excêntrico” de culturas “não-ocidentais”. A trilha de Glass, tão importante para a estruturação do sentido do filme quanto a produção anterior, aqui procura incorporar motivos da cultura musical das regiões filmadas. Institute for Regional Education. 99 minutos.

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