Filme do Dia: Baionetas Caladas (1951), Samuel Füller


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Baionetas Caladas (Fixed Bayonets, EUA, 1951). Direção: Samuel Füller. Rot. Adaptado: Samuel Füller, baseado no romance de John Brophy. Fotografia: Lucien Ballard. Montagem: Nick DeMaggio. Dir. de arte: George Patrick & Lyle R. Wheeler. Cenografia: Thomas Little & Fred J. Rode. Figurinos: Charles Le Maire. Com: Richard Basehart, Gene Evans, Michael O’Shea, Richard Hylton, Craig Hill, Skip Homeier, Henry Kulky, Paul Richards, Tony Kent, Neile Morrow, David Wolfson.
Nas trincheiras de guerra na Coréia, o inseguro cabo Denno (Basehart), que não acredita ser capaz de liderar o grupo, assiste como um pesadelo a morte de seus superiores, o Tenente Gibbs (Hill), o Sargento Lonergan (O’Shea) e o Sargento Rock (Evans), que designa-o como líder ao morrer. Pouco antes de assumir, embora Denno não tenha tido coragem de matar outro homem, demonstrara coragem ao invadir um campo minado, após a morte do médico (Morrow) que fora salvar Linguarado (Wolfson). A partir do momento que torna-se o líder, Denno consegue impor respeito ao restante da tropa. Depois de muitas provações, como o bombardeio à caverna onde se refugiavam e muitas outras baixas, o grupo consegue atingir sua missão, através de uma estratégia de Denno que, ao mesmo tempo, consegue superar seu pânico de matar outro ser humano.
Mesmo que superficialmente o filme pareça enquadrar-se dentro da já excessivamente explorada história da iniciação de um jovem sensível no universo da bravura masculina, na essência trata-se menos disso do que da comprovação, em termos menos de heroísmo ou covardia, que da necessidade de sobrevivência, fazendo com o que o homem supere limitações que nem mesmo ele acreditava poder superar. Ainda que realista, o filme também não deixa de ser uma fábula moral sobre a impossibilidade do ser humano de se esquivar de tomar atitudes em determinados momentos. Utiliza-se, com bom resultado, de elementos de suspense, como na cena em que o protagonista atravessa o campo minado. Füller, veterano de guerra, demonstrou uma obsessão pelo tema, tendo realizado imediatamente antes desse Capaçetes de Aço (1950) e, no final de sua carreira, Agonia e Glória (1981), o mais autobiográfico de todos. James Dean aparece como figurante.  20th Century-Fox. 92 minutos.

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