Postagens

Mostrando postagens de agosto, 2019

Filme do Dia: Eine Aufregende Jagd (1907), Johann Schwarzer

Imagem
E ine Aufregende Jagd (Áustria, 1907). Direção: Johann Schwarzer. A se fiar em algumas filmografias, é curioso observar o quanto a disposição dos filmes de Schwarzer não apresentam necessariamente uma “evolução” em termos da presença mais constante ou menos do corte. Aqui, por exemplo, observa-se um de seus filmes mais complexos até então, senão o mais. O que inicialmente aparenta ser apenas mais uma situação bastante comum em seus filmes – jovem senhora burguesa se despe e entra em lago – torna-se próximo de um filme de perseguição. É curioso observar o quanto a pose burguesa que ostenta certos valores – no caso ela inicia a leitura de um livro – é rapidamente deixada de lado quando se vê só, após a criada se afastar (e literalmente sair para sempre de cena, diga-se de passagem). Não menos curioso é se observar a curta panorâmica que se antecipará ao casal de ciganos, cuja mulher se apropria das vestimentas da senhora burguesa. A partir de então, observa-se a figura de um guarda

Filme do Dia: Delírio de Loucura (1956), Nicholas Ray

Imagem
D elírio de Loucura ( Bigger than Life , EUA, 1956). Direção: Nicholas Ray . Rot. Adaptado: Cyril Hume, Richard Maibaum, a partir do artigo de Burton Roueche. Fotografia: Joseph MacDonald. Música: David Riskin. Montagem: Louis R. Loeffler.  Dir. de arte: Jack Martin Smith & Lyle R. Wheeler. Cenografia: Stuart A. Reiss & Walter M. Scott. Figurinos: Mary Wills. Com: James Mason, Barbara Rush, Walter Matthau, Robert F. Simon, Christopher Olsen, Roland Winters, Rusty Lane, Rachel Stephens. O professor Ed Avery (Mason), marido e pai exemplar, começa a apresentar transtornos de personalidade após se medicar com cortisona para combater uma grave doença que o acometeu. Suas principais vítimas são sua própria mulher, Lou (Rush) e o filho Richie (Olsen). Lou é aconselhada pelo amigo Wally (Matthau) a internar Ed, mas acredita que agindo assim acabaria com sua carreira e decide enfrentar o desafio de lidar com seu comportamento cada vez mais estranho em casa. No auge de seu delírio,

Filme: Sal para Svanetia (1930), Mikhail Kalatozov

Imagem
S al para Svanetia ( Jim Shvante (marili Svanets ), URSS, 1930). Direção: Mikhail Kalatozov. Rot. Adaptado: Mikhail Kalatozov, a partir do artigo de Sergei Tretyakov. Fotografia: Shalva Gegelashvili & Mikhail Kalotozov. Dir. de arte: Davit Kakabadze. Esse documentário encenado, impressionante em suas imagens épicas do esforço de toda uma população em torno da escassez do sal – tópico que, na verdade, só vem a ser aprofundado com o filme já bastante avançado, pode ser considerado legítimo herdeiro de uma tradição documental então recente que remete direto a Flaherty ( Nanook, o Esquimó ), afastando-se desse na composição das imagens, demasiado épicas e empostadas como as da ficção soviética contemporânea, notadamente Eisenstein , e negando qualquer concessão à alegre trivialidade que por vezes acompanha igualmente a rotina do esquimó de Flaherty . Aliás, a ausência do humor é uma característica notável, mesmo em se tratando de uma comunidade marcadamente tradicional. A respo

Filme do Dia: Gonzales' Tamales (1957), Friz Freleng

Imagem
G onzalez Tamales’ (EUA, 1957). Direção: Friz Freleng. Rot. Original: Warren Foster. Música: Milt Franklin & Carl W. Stalling. Montagem: Treg Brown. Nessa que é uma das primeiras animações com o personagem Ligeirinho, criado 4 anos antes,  encontra-se tanto o humor fortemente fincado na caricatura de motivos associados à cultura mexicana quanto o habitual dilema cão-caça-gato (no caso aqui, gato caça rato), a partir da situação em que Frajola adentra a narrativa. Existe dois momentos de fato, o que ocorre somente no ambiente “entre mexicanos”, no qual Gonzales é tido como o grande rival de todos os outros “homens” do local, por sua rapidez se encontrar em completa inversão com a malemolência local e, quase Deus Ex Machina , o momento no qual Frajola é “alertado” pelos rivais mexicanos de Ligeirinho através de uma maliciosa carta escrita por eles próprios de desafio ao gato,como tendo sido escrita por aquele. A partir de então, o que ocupa a maior parte do desenho passa a ser a

Filme do Dia: Cinco Covas no Egito (1943), Billy Wilder

Imagem
  C  inco Covas no Egito ( Five Graves to Cairo , EUA, 1943) Direção: Billy Wilder. Rot.Adaptado: Billy Wilder&Charles Brackett, baseado em peça de Lajos Biro. Fotografia: John F. Seitz. Música: Miklos Rozsa. Montagem: Doane Harrison. Com: Franchot Tone, Anne Baxter, Akim Tamiroff , Erich von Stroheim , Fortunio Bonanova, Peter Van Eyck. Segunda Guerra. Soldado John J. Bramble (Tone) recobra os sentidos a tempo de abandonar um tanque desgovernado em pleno Saara egípcio. Todos os seus companheiros se encontram mortos. Consegue arrastar-se até uma cidade próxima, onde chega no hotel em momento inoportuno, quando os alemães passam a tomar posse do local. Escondido pelo dono do hotel, um egípcio e escapando por pouco de não ser entregue aos oficiais alemães pela camareira francesa Mouche (Baxter), a solução que encontram é de passar a assumir uma nova identidade, a do alsaciano Paul Devos, garçom que morrera no bombardeio da véspera na adega do hotel. Pouco depois chega o grand

Filme do Dia: The Little Princess (1917), Marshall Neillan

Imagem
T he Little Princess (EUA, 1917). Direçao: Marshall Neillan. Rot. Adaptado: Frances Marion, a partir do romance de Frances Hodgson Burnett. Fotografia: Charles Rosher & Walter Stradling. Dir. de arte: Wilfred Buckland. Com: Mary Pickford, Norman Kerry, Zasu Pitts, Katherine Griffith, Anne Schaefer, W. E. Lawrence, Theodore Roberts, Gertrud Short. Sara Crewe (Pickford), filha do rico homem de posses que vive em Bombaim, Capitão Richard Crewe (Kerry), sente muito a separação do pai, que a põe em um internato londrino enquanto parte para a guerra. Lá, Sara fica muito próxima de uma ajudante da casa, Becky (Pitts) e sofre com os maus tratos da dona do local, a Srta. Minchin (Griffith), sobretudo quando essa fica sabendo que o pai de Sara morreu e não mais possui fortuna, supostamente furtada por seu melhor amigo. Sara entra em profunda depressão após saber da morte do pai. Na noite de natal, ela tem um jantar oferecido por um vizinho que se compadece do sofrimento dela. Quando no

The Film Handbook#214: Sidney Lumet

Imagem
Sidney Lumet Nascimento : 25/06/1924, Filadélfia, Pensilvânia, EUA Morte : 09/04/2011, Manhattan, Nova York, Nova York, EUA Carreira (como diretor): 1957-2007 Um diretor prolífico de material variado e irregular, Sidney Lumet apresenta muito frequentemente a enorme teatralidade e seriedade imatura de suas origens no drama televisivo.  Mas ocasionalmente, especialmente quando lida com o objeto do crime urbano, tem criado um universo deprimente, corrupto e aparentemente caótico, notável por seus personagens convincentes e os detalhes de suas observações. Ator desde criança, aos quatro anos, Lumet gradualmente se voltou para a direção, fazendo seu nome na televisão durante os anos 50. Sua estreia no cinema, 12 Homens e uma Sentença / 12 Angry Men > 1  (de uma peça de Reginald Rose), foi um algo controverso, mas notavelmente bem atuado, drama de ambiente único, com o liberal arquetípico Henry Fonda lenta, mas seguramente, persuadindo seus colegas de júri a se pronunciarem pela

Filme do Dia: Balance (1989), Christoph Laeunstein & Wolfgang Lauenstein

Imagem
Balance (Al. Ocidental, 1989). Direção:Christoph Lauenstein & Wolfgang Lauenstein. Um grupo de homens sobrevive em uma  plataforma sobre o espaço a partir de uma delicada operação de equilíbrio com  seus próprios pesos. A situação se transforma quando um deles encontra uma arca  e essa se torna o alvo de interesse de todos. Inicialmente a disputando com o  cuidado de não provocar o desequilíbrio da plataforma e dos companheiros, logo  esses se tornarão considerados como inimigos aos quais se tem que  desenvencilhar. Animação ganhadora do Oscar com evidente alusão a ganância  humana e a falta de propósitos decorrente da mesma. GHK Kassel/Hochschule für  Bidende Künste Hamburg. 7 minutos. Postado originalmente em 21/02/2014

Filme do Dia: A Árvore dos Frutos Selvagens (2018), Nuri Bilge Ceylan

Imagem
A   Árvore dos Frutos Selvagens ( Ahlat Agaci , Turquia/Macedônia/França/Alemanha/Bósnia-Herzogovínia/Bulgária/Suécia, 2018). Direção: Nuri Bilge Ceylan. Rot. Original: Akin Aksu, Ebru Ceylan & Nuri Bilge Ceylan. Fotografia: Gökhan Tiryaki. Montagem: Nuri Bilge Ceylan. Dir. de arte: Meral Aktan. Figurinos: Demet Kadizade. Com: Dogu Demirkol, Murat Cemcir, Bennu Yldirimlar, Hazar Ergüçlü, Serkan Keskin, Tamer Levent, Öner Erkan, Ahmet Rifat Sungar. Sinan (Demirkol), após finda uma graduação, volta ao seu vilarejo, onde descobre que seu pai, Idris (Cemcir), gasta o que ganha e o que não ganha em jogo, enquanto ele possui uma verba que pretende publicar o seu livro, A Árvore dos Frutos Selvagens , negado auxílio da autoridade local por ser uma ficção e não um livro de turismo ou de exaltação da região. Ceylan efetua um tour de force menos nas interpretações, menos carregadamente dramáticas que alguns filmes seus exigem, que nos intermináveis diálogos, na maior parte das vezes

Filme do Dia: La Femme Collante (1906), Alice Guy

Imagem
L a Femme Collante (França, 1906). Direção: Alice Guy. Empregada de uma senhora tem sua língua e saliva utilizadas por sua patroa para colar selos de cartas em uma agência dos correios. Um homem observa a movimentação e estimulado pela boca aberta e língua de fora da empregada resolve tascar-lhe um beijo na boca, ficando com os lábios grudados nos da empregada, provocando o assombro e diversão de todos os presentes, até que um empregado dos correios consiga separá-los com uma tesoura. A diminuta metragem desse filme, mesmo para os padrões contemporâneos da produção da época e de sua realizadora, poderia sugerir ter o filme sobrevivido incompleto. O mais provável, no entanto, é que seu efeito-piada  tenha levado a uma condensação que em pouco mais de dois minutos se conseguisse dar conta do que se queria. A disposição da encenação neste plano-sequencia é efetuada para que os guichês sejam mantidos ao fundo e que a senhora e sua empregada se aproximem de um móvel (e também da câm

Filme do Dia: As Mil e Uma Noites Arábes (1959), Jack Kinney

Imagem
A s M il e Uma Noites Arábes ( 1001 Arabian Nighs , EUA, 1959). Direção: Jack Kinney. Rot. Original: Czenzi Ormonde, Dick Shaw, Dick Kinney, Leo Salkin, Pete Burness, Lew Keller, Ed Nofziger, Ted Allan, Margaret Schneider & Paul Schneider. Música: George Duning. Montagem: Carl Bennett & Skip Craig. Dir. de arte: Abe Levitow. No mundo das 1001 noites, Abdul Aziz Magoo possui um sobrinho, Aladdin,   que se encanta pela filha do sultão, Yasminda, prometida por esse para o corrupto tesoureiro real Wazir, por ser o homem mais rico do reino. A situação começa a se transformar quando surge uma lâmpada encantada. Longa que procura tirar proveito, sem grande sucesso, da popularidade do personagem de Magoo que, nesse mesmo ano, por sinal, teria seu último episódio produzido para o cinema. A mescla entre o influente estilo de animação da UPA, que logo seria seguida, sem maiores escrúpulos que os do barateamento dos custos, pela animação televisiva, como regra, com toques de cert

Filme do Dia: Colored Troops Disembarking (1898), William C. Paley

Imagem
C olored Troops Disembarking (EUA, 1898). Fotografia: William C. Paley. Como praticamente todos os filmes da época que envolvem a questão da Guera Hispano-Americana e Cuba foi filmado por Paley. O próprio catálogo da companhia faz menção a uma certa hilaridade (involuntária, diga-se de passagem) do retorno dos soldados, no momento exato do desembarque, pois a prancha sobre a qual descem é bastante inclinada e repleta de pequenas saliências o que faz com que todos os soldados, carregando pesada bagagem e rifle nas mãos, desçam com bastante cuidado para não derraparem, o que um deles acaba fazendo ao final e esbarrando com o colega que ia na sua frente. É curioso pois o registro não somente é completamente despido de qualquer senso de heroísmo com a qual similares eventos eram reconstituídos ou mesmo registrados – algo, no entanto, que seria impossível de se pensar no caso do desembarque de uma grande autoridade – como tampouco de uma recepção acalorada, pelo menos por parte do peq

Filme do Dia: Barque sortant du port (1895), Louis Lumière

Imagem
B arque Sortant du Port (França, 1895). Direção: Louis Lumière . Provavelmente um dos mais belos filmes dos Lumière. A partida de um barco em um mar caudaloso é observado por algumas mulheres e crianças que se encontram ao fundo da imagem, ainda que perfeitamente visíveis.   Sua composição sofisticada e elegante demonstra o quão Lumière era conhecedor das artes da fotografia. Inicia com a canoa ainda não totalmente visível na moldura e a força das ondas provoca uma sensação de desequilíbrio que parece ecoar para a ponta do passeio em que mulheres e crianças observam tudo. A idéia de um senso de partida, motivo primevo do filme, acaba sendo prejudicado pelo inesperado: uma onda, que faz com que a canoa mude seu curso ao final. Lumière. 49 segundos.

Filme do Dia: Cidade Tenebrosa (1953), André De Toth

Imagem
C idade Tenebrosa ( Crime Wave , EUA, 1953). Direção: André De Toth. Rot. Adaptado: Crane Wilbur, Bernard Gordon & Richard Wormser, a partir do conto de John Hawkins & Ward Hawkins, Criminal’s Mark . Fotografia: Bert Glennon. Música: David Buttolph. Montagem: Thomas Reilly. Dir. de arte: Stanley Fleischer. Cenografia: William L. Kuehl. Figurinos: Moss Mabry. Com: Gene Nelson, Phyllis Kirk, Sterling Hayden, Ted de Corsia, Charles Bronson, Jay Novello, Nedrick Young, James Bell. Fugitivos de San Quentin assassinam um policial em meio a um assalto a um posto de gasolina. Um deles, Gat Morgan (Young), ferido pelo policial, tenta refugiar-se na casa de Steve Lacey (Nelson), que abandonou a vida criminal e agora apenas pretende levar uma pacata existência ao lado da esposa Ellen (Kirk). Morgan chamara o médico veterinário e escroque Hessler (Novello), que já o encontra morto ao chegar. Logo chegará igualmente o Tenente Sims (Hayden), que faz uso de métodos heterodoxos para tent

Peter Fonda (1940-2019)

Imagem
O que posso afirmar de Peter Fonda? Ator limitado, mas um tanto icônico da New Hollywood, provavelmente devido a sua participação em um único filme, " Sem Destino /Easy Rider" (1969). Proveniente de um dos clãs mais bem sucedidos da indústria do cinema norte-americano, filho de Henry Fonda , irmão de Jane Fonda e pai de Bridget Fonda, Peter já tinha tido participações menores em filmes relevantes como “Os Vitoriosos/The Victors” (1963), de Carl Foreman e o excelente “ Lilith ” (1964), de Robert Rossen , antes mesmo que embarcasse na onda dos filmes jovens cujo protagonismo maior talvez fosse da cultura da motocicleta – cultura essa ironizada em um dos clássicos da vanguarda do período que os antecede, inclusive, “ Scorpio Rising ” (1964), de Kenneth Anger – e que renderia filmes baratos produzidos por Corman como “ Anjos Selvagens /The Wild Angels”   (1966) e “Viagem ao Mundo da Alucinação/The Trip” (1967). Jonathan Rosenbaum credita o rompimento com uma estrutura dramát

The Film Handbook#213: Oliver Stone

Imagem
Oliver Stone Nascimento: 15/09/1946, Nova York, EUA Carreira (como diretor): 1973- No final dos anos 80, Oliver Stone subitamente ganhou destaque como um sério e controvertido diretor de supostas simpatias liberais. Uma fria avaliação de sua carreira, no entanto, revela uma figura mais complexa e artisticamente mais incoerente. Veterano do Vietnã, Stone escreveu vários roteiros não filmados antes de realizar sua esteia em 1973 com Seizure , sobre um escritor de histórias de horror atormentado e destruído por pesadelos. De fato tanto esse quanto   A Mão / The Hand , uma banal incursão ao sobrenatural, realizada em 1981, atraíram menos atenção que os roteiros que Stone escreveu para O Expresso da Meia-Noite/Midnight Express , de Parker , Conan, o Bárbaro/Conan, the Barbarian , de Milius , Scarface , de De Palma e O Ano do Dragão / Year of the Dragon , de Cimino - o primeiro e o último desses provocando acusações de racismo em sua inabilidade de se distanciar das emoções de seus

Filme do Dia: A Culpa é do Filho (2012), Daniele Ciprì

Imagem
A Culpa é do Filho ( È Stato il Figlio , Itália, 2012). Direção: Daniele Ciprì. Rot. Adaptado: Daniele Ciprì, Massimo Gaudioso & Miriam Rizzo, a partir do romance de Roberto Alaimo. Fotografia: Daniele Ciprì. Música: Carlo Crivelli. Montagem: Francesca Calvelli. Dir. de arte: Marco Dentici. Cenografia: Cristiana Possenti. Figurinos: Grazia Colombini. Com: Toni Servillo, Giselda Volodi, Giuseppe Vitale, Alfredo Castro, Aurora Quattrocchi, Mauro Spitaleri, Alessia Zammiti, Fabrizio Falco, Benedetto Raneli, Pier Giorgio Bellochio.       F amília de classe média baixa italiana típica de um bairro popular de Palermo vive sua vida banal e sem maiores percalços além da dificuldade financeira e dos reclamos habituais do pai, Nicola (Servillo), único trabalhador da casa, até que a filha mais jovem, Serenella (Zammiti) é assassinada numa ação equivocada de pistoleiros que queriam matar o sobrinho de Nicola,    envolvido com o mundo do crime. A família se desespera, mas fica saben

Filme do Dia: O Homem de Papel (1976), Carlos Coimbra

Imagem
O   Homem de Papel (Brasil, 1976).  Direção: Carlos Coimbra. Rot. Original: Carlos Coimbra & Ezaclir Aragão. Fotografia: Oswaldo de Oliveira. Música: Ezaclir Aragão & Beto Strada. Montagem: Carlos Coimbra. Dir. de arte: Carlos Coimbra & Flávio Phoebo. Cenografia: Pedro Rossi. Com: Milton Moraes, Vera Gimenez, Zbiegniew Ziembinski, José Lewgoy, Teresa Sodré, Ezaclir Aragão, Jece Valadão, Esdras Guimarães. Carlos (Moraes) é um repórter policial que se vê enredado em um complô para mata-lo, desde que passou a investigar o perigoso – e poderoso -   traficante de drogas Rivoni (Ziembinski). Ele insiste na investigação e é demitido do jornal em que trabalha, sequestrado por homens a serviço de Rivoni e deixado ao lado de um cadáver. Porém, não desistirá da investigação. Tosca produção dirigida por Coimbra, profícuo realizador de filmes destinados ao consumo popular imediato. Produção rara a ser filmada no Ceará no momento, utiliza-se de suas locações na cidade de Fortalez

Filme do Dia: Eleição (2005), Johnnie To

Imagem
E leição ( Hak Seh Wui , Hong Kong, 2005).Direção: Johnnie To. Rot. Original: Yau Nai-Hoi & Yip Tin-Shing. Fotografia: Cheng Siu-keng. Música: Lo Tayu. Montagem: Patrick Tam. Dir. de arte: Yu Toni. Com: Simon Yan, Tony Leung, Louis Koo, Nick Cheung, Siu-Fai Cheung, Suet Lam, Ka-Tung Lam, Tian-lin Wang, Maggie Siu. Dois grupos rivais, liderados respectivamente por Lok (Yan) e Big D (Leung) brigam esganiçadamente pelo controle da Tríade, poderosa e centenária organização criminal de Hong Kong. Ainda que Lok, mais cerebral, tenha ganho a eleição, necessita pôr as mãos no ícone que sacraliza o poder do eleito.Big D, mais impetuoso, não se rende a derrota e a briga entre as facções rivais acaba chamando a atenção da polícia que prende todos os seus elementos importantes. Finalmente, num pretenso acerto, Big D parece ter se rendido à submissão de Lok, o que logo se demonstrará enganoso. To é mais um dos realizadores do muito tradicional filme de ação de Hong Kong que já produzi

Filme do Dia: A (1965), Jan Lenica

Imagem
A   (Al. Ocidental, 1965). Direção e Rot. Original: Jan Lenica. Fotografia: Georges Maillet & Renate Rühr. Música: Georges Delerue & Bernard Parmegiani. Homem passa a ser constantemente atormentado pela presença constante da letra A em seu apartamento. Após tentar frustradamente se livrar por diversos meios da mesma, quando essa finalmente some e ele acorda de um longo período de inconsciência, festeja o sumiço da letra, mas logo se vê sem saber o que fazer e surge a letra B. Partindo de uma frase de Ionesco, apresentada ao final, essa animação curta bem poderia sinalizar para as evocações do totalitarismo, como boa parte da produção do Leste Europeu da época, incluindo o próprio Lenica, mas aqui parece primordialmente focar nos próprios medos e temores humanos introjetados e paralisantes. Não saindo do ambiente claustrofóbico do apartamento de seu personagem, bastante detalhado em termos de objetos, mas trabalhado de forma plana sobre a imagem em p&b, o filme conta

Filme do Dia: O Homem de Mármore (1977), Andrzej Wajda

Imagem
O   Homem de Mármore ( Czlowiek z Marmuru , Polônia, 1977). Direção: Andrzej Wajda. Rot. Original: Aleksander Scibor-Rylski. Fotografia: Edward Klosinski. Música: Andrzej Korzynski. Montagem: Halina Prugar-Ketling. Dir. de arte: Wojciech Majda & Allan Starski. Cenografia: Maira Osiecka-Kuminek. Figurinos: Lidia Rzeszewska. Com: Jerzy Radziwilowicz, Krystyna Janda, Tadeusz Lomnicki, Jacek Lomnicki, Michal Tarkowski, Piotr Cieslak, Wieslaw Wójcik, Krystyna Zachwatowicz. A documentarista Agnieszka (Janda) se encontra disposta a realizar um filme sobre um tema nada amistoso no momento em questão: investigar a trajetória e o misterioso desaparecimento do ex-líder e figura emblemática do operariado Mateusz Birkut (Radziwilowicz), protagonista de um desafio sobre a produtividade na quantidade de tijolos e que participa de uma tentativa de recorde de assentar 28 mil tijolos em um único dia. Após a súbita fama, Mateusz passa a se desentender com as autoridades, depois do desaparecimen