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Mostrando postagens com o rótulo Cinema Mudo

Filme do Dia: Opening the Williamsburg Bridge (1904), G.W. Bitzer

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  O pening the Williamsburg Bridge (EUA, 1904). Fotografia: G.W. Bitzer Flagrante da inauguração formal da famosa ponte, à época a maior ponte suspensa do mundo, e uma das que se tornaria marca registrada da cidade de Nova York, embora longe da fama da sua colega do Brooklyn. Do fllme não se pode deparar grande coisa. Uma tropa de policiais montados à cavalo se segue um pequeno grupo de jornalistas fotográficos e logo quase colados a esses vem a comitiva do prefeito da cidade. Um dos trunfos dessa produção, ao menos para o provável propósito ao qual se adequa, é efetuar uma muito discreta panorâmica à esquerda, fazendo como quase que por encanto deixemos de observar os coadjuvantes do ritual do poder à distância para observarmos a comitiva do prefeito e autoridades de forma bem mais próxima do reconhecimento. O prefeito em questão é Seth Low, que à época do lançamento desse já havia sido derrotado por George McClellan (que pode ser observado em ação no contemporâneo Annual Parade, Ne

Filme do Dia: Children of the Age (1915), Yevgeny Bauer

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  C hildren of the Age ( Deti Veka , Rússia, 1915). Direção: Yevgeny Bauer. Rot. Original: M. Mikhailov. Fotografia: Boris Zavelev. Dir. de arte: Yevgeny Bauer. Com: Arseni Bibikov, V. Glinskaya, Ivan Gorskij, Vera Kholodnaya, S. Rassatov, A. Sotnikov. Maria (Kholodnaya) leva uma vida tranquila com o marido, Lobovich (Sotnikov) e o filho recém-nascido até reencontrar uma amiga da juventude, Lidija (Glinskaya), que a leva a um mundo desconhecido de festas, coqueterias, galanteios e flertes. Um dos mais insistentes é Lebedev (Bibikov), que é recusado enfaticamente por Maria em um parque e sobre quem Lidija afirma ter ascendência sobre o marido no banco em que esse trabalha. De fato, pouco tempo depois Lobovich é demitido. Lobovich conta tudo a Maria, mas essa, mesmo impactada com a notícia, não deixa de frequentar as reuniões de Lidija e seus amigos, cedendo aos galanteios incisivos de Lebedev, e decidindo abandonar o marido para ir morar com ele. Depois disso, não se dando por satisfe

Filme do Dia: Eleanor's Catch (1916), Cleo Madison

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  E leanor’s Catch (EUA, 1916). Direção: Cleo Madison. Rot. Original: William V. Mong. Com: Cleo Madison, Lule Warrenton, William V. Mong, Edward Hearn, Margaret Whistler, Ray Hanford, Harry Mann. Homem em boa situação financeira (Mong) auxilia uma senhora com a carga pesada de roupas para lavar (Warrenton) com o propósito de aproximar de sua filha, Eleanor (Madison), que também é lavadeira. E, quando vencidas as reservas de mãe e filha, já se encontrava dançando com Eleanor diante de sua casa, são flagrado por Red McGuire (Hearn), seu namorado. O “investimento” do homem em Eleanor não foi gratuito. Ele se encontra menos interessado nela enquanto mulher do que torna-la ladra para vítimas que engabela as levando para sua casa. A caracterização da mãe de Eleanor, tomando seu drinque em uma cadeira de balanço, num plano que a descreve de cima a baixo parece um avanço em relação à representação da pobreza pelo cinema até então – não que o filme seja exatamente algo incomum, teria que h

Filme do Dia: O Jardim dos Prazeres (1925), Alfred Hitchcock

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  O   Jardim dos Prazeres ( The Pleasure Garden , Reino Unido/Alemanha, 1925). Direção: Alfred Hitchcock. Rot. Adaptado: Eliot Stannard, a partir do romance de Oliver Sandys. Fotografia: Gaetano di Ventimiglia. Música: Lee Erwin. Dir. de arte: Ludwig Reiber. Com: Virginia Valli, Carmelita Geragthy, Miles Mander, John Stuart, Ferdinand Martini, Florence Helminger, George H. Schnell, Karl Falkenberg, Elizabeth Pappritz. Jill Cheyne (Geragthy) tem uma ascensão meteórica em sua carreira de corista, não mais escutando os conselhos de sua antiga companheira de quarto, Patsy (Valli), que a introduziu ao mundo da noite. Enquanto se torna uma peça da admiração do Príncipe Ivan (Falkenberg), Cheyne se envolve com Levet (Mander), que irá morar dois anos em uma administração colonial no estrangeiro, afastando-se por um bom tempo, como o noivo de Jill, o sinceramente apaixonado Hugh (Stuart). Levet vai para o mesmo local onde se encontra Hugh, e quase instantaneamente já passa a ter uma relação d

Filme do Dia: Amarilly of Clothes-Line Alley (1918), Marshall Neilan

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  A marilly of Clothes-Line Alley (EUA, 1918). Direção: Marshall Neilan. Rot. Adaptado: Frances Marion, baseado no romance de Belle K. Maniates. Fotografia: Walter Stradling. Cenografia: Wilfred Buckland. Com: Mary Pickford, William Scott, Kate Price, Ida Waterman, Norman Kerry, Fred Goodwins, Margaret Landis, Tom Wilson. Amarilly (Pickford) vive com sua numerosa família em um cortiço trabalhando em ocupações improvisadas. Desempregada de seu emprego de faxineira de um teatro, ela é convidada pelo noivo, Terry McGowen (Scott) para trabalhar no mesmo clube no qual é barman. Amarilly conhece o janota Gordon (Kerry), que a convida para trabalhar de faxineira em sua mansão. Ela é utilizada como cobaia pela tia de Gordon, a Sra. David Phillips (Waterman), afetada socialite, que tenta transformar Amarilly em uma lady , para confirmar a idéia de que é o meio que modela o caráter e os hábitos de uma pessoa. Gordon acaba se apaixonando por Amarilly, mas a situação se torna socialmente constra

Filme do Dia: Special Delivery Messenger, U.S.P.O. (1903), A.E. Weed

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  S pecial Delivery Messenger, U.S.P.O (EUA, 1903). Fotografia: A.E. Weed. Encenação de evidente viés documental sobre a chegada de uma carta ou telegrama que é entregue e assinada por uma senhora nesse que é um das dezenas de filmes financiados pelos Correios norte-americanos. Destaque para o recurso, apropriado à exaustão por certos realizadores vinculados ao cinema moderno, como Júlio Bressane no Brasil, do plano iniciar sem nenhum elemento humano e apenas a presença da fachada da casa, ser atravessado pelo carteiro com sua bicicleta e permanecer na fachada da casa após a saída dos dois personagens, elemento comum no cinema da época. American Mutuoscope & Biograph. 40 segundos.

Filme do Dia: Burial of the 'Maine' Victims (1898), William C. Paley

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  B urial of the 'Maine' Victims (EUA, 1898). Fotografia: William C. Paley. Registro do cortejo fúnebre das vítimas do navio Maine, estopim para a Guerra Hispano-America que provocou grande comoção nacional nos Estados Unidos. Talvez o que mais chame atenção no plano da imagem seja a relativa simplicidade e falta de pompa do cortejo com coches abertos e os caixões expostos que circula por uma rua humilde. Como era prática comum à época, ao tomar a perspectiva do público que assiste o cortejo em um plano único e sem movimento, o cinegrafista não permite que se tenha uma idéia do público presente. Pelo catálogo da companhia se tem notícia que o evento ocorreu em Key West, na Flórida. Há uma dimensão de ambigüidade no comentário do catálogo que deixa espaço a indagações – “a cena é reproduzida como de fato ocorreu” – sobre se trataria de uma reencenação, porém que mais parece configurar a autenticidade do realismo do novo meio. Edison Manufacturing Co. 1 minuto e 53 segundos.

Filme do Dia: A Pequena Vendedora de Fósforos (1928), Jean Renoir & Jean Tédesco

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  A  Pequena Vendedora de Fosfóros ( La Petite Marchand d´Allumettes , França, 1928). Direção: Jean Renoir & Jean Tédesco.  Rot. Adaptado: Jean Renoir, baseado  no conto de Hans Christian Andersen. Fotografia: Jean Bachelet. Dir. de arte: Erik Aaes. Com: Catherine Hessling, Manuel Raaby, Jean Storm, Amy Wells. Jovem e pobre vendedora de cigarros (Hessling) sai numa noite de nevasca forte e não consegue vender uma unidade sequer. Atormentada por crianças, acaba buscando refúgio na ilusão de uma vitrine de loja. Sonha com um mundo fantástico de manequins de loja que se movimentam e cavalos que voam e vem a morrer no sono, sendo encontrada na manhã seguinte. Renoir realizou uma poética e inusitada incursão ao universo de Andersen. Um dos detalhes mais interessantes do filme é o fato do mundo “real” do qual surge a jovem costureirinha ser uma evidente maquete em estúdio, sugerindo a fantasia que se esconde por trás do que é descrito como “realidade” no  filme – e, indo um pouco mai

Filme do Dia: Carlitos no Estúdio (1916), Charles Chaplin

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C arlitos no Estúdio ( Behind the Screen , EUA, 1916). Direção: Charles Chaplin . Rot. Original: Vincent Bryan, Charles Chaplin & Maverick Terrell. Fotografia: Roland Totheroh. Montagem: Charles Chaplin. Cenografia: George Cleethorpe. Com: Charles Chaplin, Edna Purviance, Eric Campbell, Lloyd Bacon, Henry Bergman, Charlotte Mineau, Wesley Ruggles, Leota Bryan. David (Chaplin) é um contra-regra explorado à exaustão por seu patrão, Golias (Campbell). Ele se apaixona por um dos trabalhadores do estúdio que ainda não sabe ser uma garota (Purviance). Os colegas de David entram em greve.  Os grevistas se aproximam do estúdio com dinamite como vingança, mas são observados pela garota. A simulação das tortas na cara escapa para a produção de outros filmes, incluindo um drama histórico. Mesmo o filme bem expressando a lógica dos cargos subordinados como efetivando todo o trabalho enquanto seus chefes levam vida mansa e com uma abordagem de gênero ousada, embora Shakespeare já fizesse uso

Filme do Dia: The Blacksmith's Love (1911), Francis Boggs

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  T he Blacksmith’s Love (EUA, 1911). Direção e Rot.Orginal: Francis Boggs. Com: Tom Santschi, Herbert Rawlinson, Eugenie Besserer, Frank Richardson, Frank Clark, Fred Huntley, Anna Dodge.   Inicia a Guerra da Secessão. Mace Brewer (Rawlinson) parte para a guerra, deixando sua jovem esposa Mary (Besserer) sozinha. Seu amigo, Joe Saunders (Santschi) também faz o mesmo com sua velha mãe (Dodge). Após a última batalha sangrenta, Joe encontra Mace aparentemente morto e conta para sua mãe. Ele, no entanto, encontra-se em estado de catatonia após o choque traumático da experiência da guerra e da proximidade da morte. Após a missa de um ano de luto pela perda de Mace, Joe Saunders pede a mão de Mary em casamento e é prontamente aceito. O casal vive feliz até que um recuperado Mace volta a surgir repentinamente. Mary opta pelo que acredita ser o certo, voltando ao marido que inicialmente casara, para a tristeza e desilusão de Joe. Embora capturados em ângulo diversos, esse filme inicia com

Filme do Dia: Raskolnikov (1923), Robert Wiene

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  R askolnikov (Alemanha, 1923). Direção: Robert Wiene. Rot. Adaptado: Robert Wiene, baseado no romance Crime e Castigo de F. Dostoievski. Fotografia: Willy Goldberger. Dir. de arte: Andrej Andrejew. Com: Gregori Chmara, Maria Kryshanovskaya, Elibeta Skulskaja, Alla Tarasova, Andrei Zhilinski, Mikhail Tarkhanov, Mariya Germanova, Pavel Pavlov. Após escrever uma tese em que defende a possibilidade de um crime, desde que realizado por pessoas extraordinárias, Rashkolnikov (Chmara) acaba assassinando a mulher para quem penhorava seus parcos objetos e sua irmã, que foi visitá-la no momento do crime. Ele se torna cada vez mais interessado em Sonja (Kryshanovskaya), filha de um alcoólatra, Marmeladow (Tarkhanov), que conheceu na mesa de um bar. Ainda que seja o principal suspeito do comissário de polícia, o fato de um outro homem ter confessado o crime, deixa-o livre. Porém a pressão do comissário e, principalmente de Sonja, fazem com que confesse-o. O filme demonstra que Wiene, ao cont

Filme do Dia: Como na Vida (1910), D.W. Griffith

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  C omo na Vida ( As It Is in Life, EUA, 1910). Direção: D.W. Griffith. Rot. Original: Stanner E.V. Taylor. Fotografia: G.W. Bitzer. Com: George Nichols, Gladys Egan, Mary Pickford, Marion Leonard, Charles West, Mack Sennet, William J. Butler, Kate Bruce. George (Nichols), velho viúvo pobre que trabalha numa fábrica de pombos tem que sustentar a si e a sua jovem criança (Egan). Ele abre mão de um velho amor de infância (Leonard) pois não poderá sustentar as duas e não se conforma quando, logo após retornar, a filha se enamora de um rapaz (West) e se casa, saindo de sua residência.            Esse melodrama griffithneano trai um tanto de patético, como lhe é habitual mas, ao mesmo tempo, com sua mescla de fatos dramáticos e divertidos – há uma seqüência bem humorada na qual Pickford não consegue atrair ninguém para auxiliar ela e seu bebê que soa extremamente moderna – parecendo antecipar basicamente melodramas envolvendo famílias até os dias de hoje, tocando na questão dos laços de

Filme do Dia: Coney Island at Night (1905), Edwin S. Porter

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  C oney Island at Night (EUA, 1905). Direção: Edwin S. Porter. Filmagem noturna que pretende valorizar a iluminação do monumental e gigantesco Luna Park, célebre atração local que já havia sido motivo, inclusive, para investidas com encenações que buscavam chamar a realidade do ambiente do parque para o seu universo de pretenso humor, em Rube and Mandy at Coney Island , de dois anos antes. Aqui, Porter faz uso do “panorama”, no caso em questão   proporcionadas por panorâmicas horozontais e verticais do equipamento urbano que forma o parque. No último dos “panoramas” se dstaca em detalhe, com a câmera subindo e descendo, o prédio mais alto e vistoso do complexo, em imagens que mais se assemelham a um culto fálico. Porter era mestre no gênero e nada do que fez depois nele talvez se compare a seu Panorama of Esplanade by Night (1901), seguindo o mesmo principio. Edison Manufacturing Co. 4 minutos.

Filme do Dia: Par le Trou de la Serrure (1901), Ferdinand Zecca

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  P ar le Trou de la Serrure (França, 1901). Direção Ferdinand Zecca. Voyeurismo e cinema são quase sinônimos, seja como metáfora (o ato expectatorial diante de uma obra que não acusa a existência de uma assistência), dispositivo de exibição (sobretudo no caso do quinetoscópio de Edison, observado individualmente) ou enredos mesmo, como é o caso em questão, a simular um homem a observar os arranjos de uma mulher pelo buraco da fechadura. Desnecessário se imaginar o ângulo ideal de observação e a generosidade da fechadura, emulada por uma máscara na imagem. A mulher se maquia, solta o cabelo. Em outro quarto, o homem, um faxineiro de uma provável pensão feminina, observa uma mulher de mais idade que a primeira, tirar um enchimento do corpete (a dimensão erótica está muito associada a estas produções, embora curiosamente na figura da mulher mais velha e não da jovem), os cílios   e tomar sua medicação. Como já se parecia adivinhar, a segunda “mulher” também tira a peruca, demonstrand

Filme do Dia: Salomé (1910), Ugo Falena

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  Salomé (Itália, 1910). Direção: Ugo Falena. Com: Vittoria Lepanto, Laura Orette, Ciro Galvani, Achille Vitti, Francesca Bertini, Gastone Monaldi. Salomé tenta seduzir João Batista (Galvani), que se encontra confinado, mas a recusa. Herodes (Orette) fica fascinado pela dança de Salomé (Lepanto) e pede qualquer desejo seu. Essa ordena-lhe então que seja decepada a cabeça de João Batista, que ela retira feliz do poço onde se encontrava e põe sob uma bandeja. Ao menos nesta versão incompleta (dos seus originais doze minutos) e também sem cartelas, esse filme de Falena, conhecido por seu interesse pelos épicos ( Romeo e Giulietta , de dois anos após, dentre eles), talvez chame mais atenção ao público de mais de um século após por sua dificuldade em tornar compreensível sua narrativa para aqueles não conhecedores do relato bíblico. Colorizado, para ressaltar os adereços cenográficos e de figurinos. A cena dos véus procura certamente explorar o apelo erótico. Lepanto, como as divas do c

Filme do Dia: Panoramic View of Newport (1900), James H. White

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P anoramic View of Newport (EUA, 1900). Fotografia: James H. White. Na verdade se trata menos de uma visao panorâmica de Newport, como afirma o título, do que uma longa cena na qual se percebe a movimentação extraordinária (devido a câmera os filmando?) de homens no convés de um barco. As poucas edificações da cidade ficam tão ao fundo e esparsas que tampouco condizem com o prometido pelo título. Cumpre ressaltar que o título o aproxima dos “panoramas”, um dos gêneros favoritos da época, ainda que aqui se tenha menos um movimento panorâmico da câmera, tal como habitualmente no gênero, que um travelling a partir de um barco. Edison Manufacturing Co. 1 minuto e 15 segundos.

Filme do Dia: Bodakungen (1920), Gustaf Molander

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  B odakungen (Suécia, 1920). Direção e Rot. Original: Gustaf Molander . Fotografia e Montagem: Adrian Bjurman. Dir. e arte: Nils Whiten. Com: Hilda Castegren, Egil Eide, Frans Enwall, Josef Fischer, Uno Henning, Axel Högel, Harald Molander, August Palme, Wanda Rothgardt, Winifred Westover. Soren (Eide) é um agricultor autoritário, que destrata seus serviçais e possui uma longeva intriga familiar com outro agricultor, de perfil distinto, Marten (Palme). Com grandes dificuldades financeiras, o último parte desgostoso de sua propriedade, com a filha Eli (Westover). Quando sua própria filha, Gunnel (Rothgardt), única pessoa que ama e tem alguma influência sobre ele, afasta-se, abandona o local. Após um longo tempo distante de casa, Hans (Henning), irmão de Eli, retorna. Hans apaixona-se por Gunnel. Existe há barreira da tradicional intriga familiar a impedir que levem o seu amor adiante, no entanto. Até o momento em que um andarilho surge bastante adoecido e é acolhido por Hans, que con

Filme do Dia: Le Theatre du Hula Hula (1925)

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  L e Theatre du Hula Hula (Dinamarca, 1925). Essa particularmente curta animação evoca o espírito do vaudeville não apenas nos números apresentados em um palco ao fundo, com uma banda tocando em primeiro plano, como na insistência em que não modifica uma vez sequer a perspectiva que acompanha suas figuras observadas como silhuetas e a partir do palco, numa dimensão que voluntariamente ou não mimetiza igualmente as primeiras produções cinematográficas que descreviam números de vaudeville, como as de Edison. 3 minutos e 2 segundos.

Filme do Dia: Convict 13 (1920), Edward F. Cline & Buster Keaton

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  C onvict 13 (EUA, 1920). Direção & Rot. Original: Edward F. Cline & Buster Keaton. Fotografia: Elgin Lessley. Com: Buster Keaton, Sybil Seely, Joe Roberts, Edward F. Cline, Joe Keaton. Buster (Keaton) é motivo de riso dos grã-finos do clube de golfe, quando pretende ser um jogador do esporte. Um foragido da prisão, aproveitando que o encontra desmaiado com a própria bola, troca de indumentária com ele, que logo se vê não apenas numa penitenciária, mas com uma condenção à morte por enforcamento. Porém, torna-se vítima dos maus-tratos de um prisioneiro (Roberts) após se vestir como guarda. Quando consegue, uma vez mais, sair-se da confusão, reencontra a garota do clube de golfe (Seely), mas antes mesmo que a corteje, explode uma rebelião. Quando tudo parecia perdido, e a socialite tornada refém do intempestivo grandalhão, Buster transforma um soco de boxe em uma besta diabólica, que nocauteia todos os rebelados em segundos. Todos, exceto o grandalhão, para quem Buster precisa

Filme do Dia: A Sociedade Anonyma Fábrica Votorantim (1922), Armando Pamplona

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  A   Sociedade Anonyma Fabrica Votorantim (Brasil, 1922). Direção e Fotografia: Armando Pamplona. Há evidentes recordações dos primeiros anos do cinema nas imagens iniciais dessa produção. E que também vão para além dele, no caso dos longos, insistentes e belos travellings que apresentam aspectos da paisagem da viagem de trem entre Votorantim e Sorocaba. Ainda mais tipicamente localizado no Primeiro Cinema são os lentos “panoramas” descritivos que pretendem ressaltar a monumentalidade do complexo fabril da Votorantim. Porém, em meio a tanta demonstração de modernidade, incluindo bondes elétricos e a abertura das comportas de uma barragem, ou ainda a enormidade das roldanas em planos propositalmente pensados para se dispor em escala em relação aos seres humanos, convivem elementos mais prosaicamente triviais, como são os moradores locais, os trabalhadores de beira de estrada (evocativos do célebre Black Diamond Express ) ou o cachorro que passeia pelas comportas. Sem utilização de mú