Filme do Dia: Fuck Me, Richard (2023), Lucy McKendrick & Charlie Polinger
Fuck Me, Richard (Austrália/EUA, 2023). Direção Lucy McKendrick & Charlie Polinger. Rot. Original Lucy McKendrick. Figurinos Steven Breckon. Montagem Ollie Knocker. Dir. de arte Sariel Friedman. Figurinos Katharina Windemuth. Com Lucy McKendrick, Kam Metcalf, Nathan Wallace.
Jovem com
relativa limitação de mobilidade temporária, Sally (McKendrick) passa a se
comunicar e se emular sexualmente com um desconhecido, Richard (Wallace), de
quem apenas escuta a voz e viu uma fotografia no aplicativo. O contato,
iniciado com simpatias e trocas afetivas, começando a ficar tensionada quando
ele passa a pedir dinheiro para uma situação pretensamente envolvendo um
acidente automobilístico envolvendo sua mãe.
A
protagonista está com a perna engessada como o de Janela Indiscreta,
embora em menor extensão, e está mais interessada em bisbilhotar outro tipos de
“janelas” (a tv, o celular). Mesmo tendo
um início mais auspicioso do que poderia supor seu transcorrer, este curta
consegue driblar as duas únicas saídas para as quais parecia se afunilar: a
vulgar constatação de um golpe amoroso, aplicado aos montes, em tempos de
facilidade de contato à distância, pois o golpista é demasiado óbvio e pratica
falhas básicas (a determinado momento fala do fígado e não mais do rim da mãe
como motivo de complicação) ou a brincadeira sexualizada de alguém bastante
consciente do golpe. Tendo ela perdido ou não a quantia de dinheiro pedida, e o
mais provável é que não – ela afirmou sua mãe ter morrido no ano anterior, e
ela se encontra viva e a visita a determinado momento – tampouco o filme se
esgota no efeito-piada, pois parece haver algum envolvimento ao ponto da
decepção quando ele começa a xingá-la. Assim como os filmes românticos e
canções antigas aos quais Sally assiste e se envolve – devido aos custos para
se reportar aos direitos de uso das imagens destes, apenas as canções são
creditadas. Neste aspecto, também há um
evidente – e interessante – jogo de entrelaçamento e distanciamento com um
romantismo mais facilmente estruturado no cinema clássico. |15 minutos.![]()

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