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Mostrando postagens com o rótulo Cinema Francês

Filme do Dia: Viagem Através do Impossível (1904), Georges Méliès

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  V iagem Através do Impossível ( Le Voyage à Travers l’Impossible , França, 1904). Direção: Georges Méliès. Rot. Adaptado: Georges Méliès, a partir da peça homônima de Jules Verne & Adolphe d’Ennery. Dir. de arte: Georges Méliès. Um grupo de cientistas da Sociedade Geográfica elabora uma expedição que parte dos Alpes para o Sol. Eles acabam sendo literalmente engolidos pelo Sol e somente conseguem sobreviver as altas tempertaturas devido ao gigantesco container de gelo trazido pelo líder da expedição. Do Sol caem no fundo do mar, e o submarino em que se encontram explode o que os leva de volta à Terra e a uma acolhida triunfal na Sociedade Geográfica. Mesmo que já não apresente o frescor que a novidade do bem mais famoso Viagem à Lua , de dois anos antes, trás, esta obra de Méliès certamente deve ser enquadrada entre suas obras-primas. Apelando menos para as trucagens básicas como a do aparecimento/desaparecimento de personagens e, por outro lado, apresentando com um vigor in

Filme do Dia: O Barba Azul (1901), Georges Méliès

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  O   Barba Azul ( Barbe-Bleue , França, 1901). Direção: Georges Méliès. Com: Georges Méliès, Jeanne D’Alcy, Bleuette Bernon. Maquiavélico sultão, Barba Azul chama todas as mulheres solteiras da região, para escolher sua oitava esposa. As mulheres não se encontram nem um pouco interessadas no homem velho e gordo que é, mas os pais ansiam por compartilhar de sua riqueza. A escolhida logo vê-se movida a tentação de entrar no único aposento proibido do castelo. Quando Barba Azul parte, ela entra no quarto e encontra as esposas anteriores mortas. Seu destino seria o mesmo, com o retorno de Barba Azul, porém ela é salva por cavaleiros que, após matarem Barba Azul, rompem com o feitiço e trazem de volta à vida as esposas mortas, que unem-se aos cavaleiros. A poesia visual de Méliès encontra aqui um de seus melhores resultados, unindo a bela cenografia e efeitos ópticos de rara descrição, em se tratando do cineasta,  para retratar a atmosfera de um conto que evoca a magia dos Irmãos Grimm

Filme do Dia: Ego (2006), Louis Blaise, Thomas Lagache & Bastien Roger

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  E go (França, 2006). Direção, Rot. Original, Fotografia e Montagem: Louis Blaise, Thomas Lagache & Bastien Roger. Música: Ton Driessens. Pretensiosa e aborrecida animação em 3D sobre homem que descobre uma imagem rebelde no espelho no momento em que escova os dentes e a sai perseguindo por um cenário de distopia futurista. Para completar o lugar-comum não faltava uma música eletrônica repetitiva tão aborrecida quanto a própria narrativa e sua precária utilização dos recursos do gênero. SupInfoCom. 6 minutos e 56 segundos.  

Filme do Dia: Les Vacances de Max (1914), Max Linder

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  L es Vacances de Max (França, 1914). Direção e Rot. Original: Max Linder. Com: Max Linder, Lucy d’Orbel, Georges Gorby, Gaby Morlay. Max (Linder) recebe um convite de um tio (Gorby) para se juntar a ele em suas férias, convite que não é estendido a sua esposa (d’Orbel), que chora inconsolável. Ao se despedir, ainda bastante desconsolada, ela permanece no trem que parte. Já na cidade do tio, decide-se que ela ficará na mala, no lugar das roupas, o que se torna uma bagagem bastante pesada, como comprova o empregado do tio. Esse último é quem finda por levar a pesada bagagem. Após fazer vários malabarismos para esconder a esposa, o tio a descobre na pior situação possível, quando entra em sua banheira. Exaltado, expulsa-a de casa. Após Max explicar que são casados, o tio a aceita. O estilo de encenação parece evocativo  da produtora norte-americana Vitagraph, com os personagens bastante próximos da câmera. A fotografia é de grandde limpidez, o que associada a boa preservação da cópi

Filme do Dia: Baignade dans le Torrent (1897), Alice Guy

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  B aignade dans le Torrent (França, 1897). Direção: Alice Guy. Quatro garotos, um adulto e um cachorro se divertem entre pedras de uma cachoeira. Ainda que todos estejam com trajes de banho listrados, como era comum na época, apenas com a parte da cintura para baixo – e um deles luta ocasionalmente contra a descida do seu que ameaça lhe deixar as nádegas expostas. Um dos garotos joga o cachorro, que estava sobre as pedras, nas águas e há uma aparente interação deles com o cão – que sai do enquadramento. Guy em início de carreira, iniciada no ano anterior. Société des Etablissements. 31 segundos.

Filme do Dia: Senza Mostra (2011), Jean-Claude Rousseau

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  S enza Mostra (França, 2011). Direção: Jean-Claude Rousseau. Veneza enevoada. Turistas e moradores trafegam por ruas de calçada estreita. Postam-se ao redor de um monumento. Esperam, não sem certa ansiedade, o barco. Um barco apita várias vezes. Gôndolas estacionadas e vazias. Feito aparentemente com os ruídos que captou do ambiente filmado, mesmo que retrabalhados posteriormente, o curta de Rousseau evoca talvez as filmagens dos pioneiros Lumière, ainda destituídos do afã de registrar algo “digno de nota”. E, é claro, através de vários planos, porém todos, como na maior parte daquelas produções, fixos. É a poética do cotidiano, do momento que se sente, provavelmente mais intensamente que naqueles – talvez devido ao distanciamento temporal daqueles? A subjetividade também estará mais presente que nas imagens dos irmãos franceses de mais de um século antes desse? Quase certamente, mesmo que não ao ponto das intenções (aparentemente obscuras) de seu realizador. 11 minutos.

Filme do Dia: Domicílio Conjugal (1970), François Truffaut

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  D omicílio Conjugal ( Domicile Conjugal , França/Itália,1970). Direção:  François Truffaut. Rot. Original:  François Truffaut,  Claude de Givray &  Bernard Revon. Fotografia: Néstor almendros. Música: Antoine Duhamel. Montagem: Agnès Guillemot. Dir. de Arte: Jean Mandaroux. Cenografia: Jean Mandaroux. Figurinos: Françoise Tournafond. Com: Jean-Pierre Léaud ,  Claude Jade,   Daniel Ceccaldi, Claire Duhamel,  Hiroko Berghauer, Daniel Boulanger,   Sylvana Blasi, Barbara Laage,  Danièle Girard,   Claude Véga. Antoine (Léaud), leva o doce cotidiano da vida de recém-casado com Christine (Jade). Ele, como florista, ela como dona de casa, vivendo em um subúrbio parisiense. Sua rotina inclui ainda visitas ocasionais aos pais de Christine e o convívio com os tipos populares que vivem nas cercanias. O único a destoar, pela estranheza, é o misterioso vizinho que todos chamam de estrangulador (Véga), embora posteriormente se torne popular, quando aparece fazendo fazendo imitações na TV. Log

Filme do Dia: Estranhas Coisas de Paris (1956), Jean Renoir

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  E stranhas Coisas de Paris ( Elena et les Hommes , França/Itália, 1956). Direção: Jean Renoir. Rot. Adaptado: Jean Renoir & Jean Serge. Fotografia: Claude Renoir. Música: Joseph Kosma. Montagem: Borys Lewin. Dir. de arte: Jean André. Figurinos: Rosine Delamare. Com: Ingrid Bergman, Jean Marais, Mel Ferrer, Jean Richard, Juliette Gréco, Pierre Bertin, Dora Doll, Albert Rémy. Paris, anos anteriores a I Guerra Mundial. A polonesa Elena (Bergman) desperta a paixão de Rollan, um popular general com aspirações a ditador, ao mesmo tempo que também mexe com o coração do aristocrata que a apresentou a Rollan, o Conde Henri de Chevincourt (Ferrer). O tempo e o reconhecimento relativamente precoce de suas obras mestras não parece ter sido muito saudável para Renoir . Ao contrário do rigor de um Rossellini , quase empertigado em um projeto de cinema (e de tv) muito cioso e pouco aderente à publicidade ou fama, ele enveredou por aventuas nas quais se saúda a vitalidade das cores, quase co

Filme do Dia: La Femme Image (1959), Guy Borremans

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  L a Femme Image (França, 1959). Direção: Guy Borremans. Música: Ornette Coleman. Com: Roger Blay. O longo improviso jazzístico corresponde menos a uma tentativa de equivalência nas imagens do que a sonoridade traz, tal como nas vanguardas da década de 20 (aqui lembradas pelo toque surreal do jogo de xadrez a la Entr’acte ) que da deambulação errante de seu jovem protagonista, um tanto desvairado em sua sede de encontrar uma mulher (real? Irreal? Alucinação ou demasiado sólida ao ponto de lhe lançar um olhar de interrogação reprovativa quando a toca em uma rua?). A determinado momento, quando esbarra em outro transeunte, a câmera talvez desperte mais atenção do que o próprio, provocandoo retorcesso de algumas pessoas que vinham atrás. E é sintomático que isso se dê à época em que Acossado se preocupasse ainda menos com o flagrante de quem se vê sendo filmado (como na cena em questão) ou observa uma dupla de atores em plena ação (a célebre cena do Champs-Elisées do filme-marco de Go

Filme do Dia: L'utilité des Rayons X (1898), Alice Guy

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  L ’ utilité des Rayons X (França, 1898). Direção Alice Guy. Mulher desce escadaria e é abordada por homens que tiram um raio-x da mesma. A cópia digitalizada deste filme se encontra, infelizmente, em tão péssimo estado, que fica difícil se compreender qual o efeito cômico buscado. Provavelmente, a mulher é um homem travestido, desengonçada como uma das “estrelas” das produções britânicas de pouco depois ( Mary Jane’s Mishappy ), embora visualmente o filme seja bem mais convencional às convenções da época, sem os cortes para planos mais fechados, como é o caso dos britânicos. |Societé des Etablissements L. Gaumont. 56 segundos.

Filme do Dia: A Mãe e a Puta (1973), Jean Eustache

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  A   Mãe e a Puta ( Le Mamain et la Putain , França, 1973). Direção e Rot. Original: Jean Eustache.  Fotografia: Pierre Lhomme. Montagem: Denise de Casabianca & Jean Eustache. Figurinos: Catherine. Com: Jean-Pierre Léaud, Bernadette Lafont, Françoise Lebrun, Isabelle Weingarten, Jacques Renard, Jean-Noël Picq. Alexandre (Léaud), sem emprego ou dinheiro, vive com a dona de boutique Marie (Lafont), ao mesmo tempo que passa a se interessar pela enfermeira Veronika (Lebrun), com quem não estabelece um contato sexual de imediato. Alexandre compartilha suas investidas com Marie, com reações variáveis. Quando Marie viaja, Alexandre mantém relações com Veronika no apartamento de Marie. Essa, que aparentemente possui uma relação pragmática com o sexo, torna-se   confusa com os sentimentos que estabelece com Alexandre. A determinado momento, o personagem vivido por Jean-Pierre Léaud (senão aberto alter-ego do cineasta, exemplar próximo de toda uma comunidade geracional e de classe próx

Filme do Dia: Le Voyage sur Jupiter (1909), Segundo de Chomón

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  L e Voyage sur Jupiter (França, 1909). Direção: Segundo de Chomón. Mais uma das inúmeras variações de Chomón sobre temas como o de Viagem à Lua (1902), de Méliès. Não se trata exatamente de uma das mais inspiradas. Colorizado artesanalmente como a maior parte dos filmes que o realizador dirigiu no período, apresenta um astrônomo de uma corte medieval que apresenta ao rei o planeta Júpiter. O rei acaba sonhando com uma série de peripécias em Júpiter. Curiosamente, ao contrário da maior parte das produções do gênero, o mundo fantástico possui um “álibi realista”. Pathè Fréres. 10 minutos e 11 segundos.

Filme do Dia: Charlie Chaplin, o Gênio da Liberdade (2020), Yves Jeuland

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  C harlie Chaplin, o Gênio da Liberdade ( Charlie Chaplin, le Génie de la Liberté , França, 2020). Direção Yves Jeuland. Rot. Original  François Aymé, Yves Jeuland & Aude Vassallo. Montagem Sylvie Bourget. Embarca sem reservas numa recuperação de uma apologia a Chaplin . E o faz, talvez apropriadamente, no formato documental mais convencional possível: voz over (por Mathieu Amalric) e imagens de seus filmes de todos os períodos, com inicialmente algumas raras imagens documentais do próprio Chaplin (como o que, já idoso, revisita os arrabaldes pobres de sua infância, sendo observado com curiosidade pelas crianças de então). Com o passar do documentário, tais registros documentais, como se imaginava, tornam-se mais frequentes, como os que ele surge, ao lado de Douglas Fairbanks e Mary Pickford, a incentivar a campanha para os bônus da I Guerra Mundial, pouco depois das críticas sofridas por seu não engajamento ao exército britânico, que o deixam magoado. O fio que sustenta o velo

Filme do Dia: Entente Cordiale (1912), Max Linder

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  E ntente Cordiale (França, 1912).  Direção e Rot. Original Max Linder . Com Max Linder, Jane Renouardt, Stacia Napierkowska, Harry Fragson. O amigo de Max (Linder), Fragson (Fragson), afirma que terá um emprego durante um mês em Paris, e pede que o amigo o receba na estação ferroviária. Max vai recepcionar o amigo na Gare du Nord. Porém, quando já se encontrava para entrar na carruagem, o amigo lhe alerta que está trazendo um piano de cauda. Os dois sobem no piano e a carruagem parte deixando uma perna do piano e os amigos pelo chão. Quando chegam na moradia de Max, seu amigo tenta, sem sucesso, seduzir sua criada. E o mesmo faz Max, em outro aposento. A situação se inverte. Enquanto a criada tem sonhos românticos languidamente deitada em um sofá, Max improvisa seu paletó como avental para limpar a sala, e o amigo se vê com a louça a ser limpa. Os dois amigos dão uma trombada, destruindo o que carregavam e discutem. A noite, após se recolherem aos seus quartos,   flagram um ao out

Filme do Dia: Uma Noite Sobre o Monte Calvo (1933), Alexander Alexeieff & Claire Parker

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  U ma Noite Sobre o Monte Calvo ( Une Nuit sur le Mont Chauve , França, 1933). Direção: Alexander Alexeieff & Claire Parker. Clássico da animação, evoca as sensações de uma criança em um ambiente inóspito, no caso o sombrio Monte Calvo, onde cavalos, sombras e bruxos parecem se confundir. Longe de pretensões realistas, o filme funde e transforma seres, demonstrando a capacidade de invenção da animação e sua recusa ao cânone de servir como mera antropormofização de animais que já estava se instituindo no momento com as produções Disney. Até mesmo a percepção de se tratar da fantasia de uma criança é uma liberdade para com o filme, pois esse não apresenta nenumha ordem de hierarquia, entre humanos, animais e natureza física. A música de Mussorgski é o elemento rítimico central. Sua técnica de alfinetes em tela suscita uma imagem não de todo definida, fundamental para a atmosfera onírica resultante.| 8 minutos e 22 segundos.

Filme do Dia: Ars (1959), Jacques Demy

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  A rs (França, 1959). Direção e Rot. Original: Jacques Demy. Fotografia: Lucien Joulin. Música: Elsa Barraine. Ainda que o título possa sugerir que se trata de um filme sobre a pequena cidade homônima, é mais especificamente sobre um cidadão ilustre dela, Jean-Marie Vianney, o cura que viveu no século XVIII e logo seria reconhecido como santo, tendo seu corpo sido encontrado em perfeitas condições quando de sua exumação, em 1904. Dois elementos chamam a atenção nesse curta em p&b (o último antes de seu primeiro longa) de Demy : 1) a utilização da Ars contemporânea, não apenas em suas edificações, boa parte delas ainda herdeira dos tempos do cura, mas a própria população, como ilustração para a trajetória do polêmico cura que, dada a sua crescente severidade, torna-se inimigo da população local; 2) o fato de tudo ser narrado por uma voz over (do próprio Demy?) que aparentemente respalda não apenas as informações históricas referidas, mas o próprio comportamento rigoroso do cura.

Filme do Dia: L'Inde Fantôme: On the Fringes of Indian Society (1969), Louis Malle

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  L ’Inde Fantôme: On the Fringes of Indian Society (França, 1969). Direção: Louis Malle. Rot. Original: Guy Bechtel & Louis Malle.  Fotografia: Etienne Becker. Montagem: Suzanne Baron. Mesmo quando aborda algo como os párias dos párias na Índia, já que nem mesmo fazendo parte da cosmovisão da socidade indiana, os aborígenes bondos, Malle em nenhum momento nos pretende iludir quanto ao seu isolamento completo dessa. Algo que primeiro é sugerido quando se sabe que também queimam seus mortos, fazendo-nos nos imaginar algum vínculo de cruzamento entre as culturas, desde o passado ou mais recentemente,  independente de qual influencie qual. E, posteriormente nos apresentando imagens do dia em que os bongos vão à feira, e vendem o que produziram trocando por rúpias que, segundo Malle, as mulheres rapidamente trocam, pelos inumeráveis colares que carregam – longe de serem produzidos pela própria aldeia. Apresentando primeiro, inclusive, a troca por dinheiro, antes de apresentar as tro

Filme do Dia: Um Domingo no Campo (1984), Bertrand Tavernier

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  U m Domingo no Campo ( Un Dimanche à la Campagne , França, 1984). Direção: Bertrand Tavernier. Rot. Adaptado: Bertrand Tavernier & Colo Tavernier, baseado no romance Monsieur Ladmiral Va Bientot Mourir, de Pierre Bost. Fotografia: Bruno de Keyzer. Música: Louis Ducreux, Gabriel Fauré &  Marc Perrone. Montagem: Armand Psenny. Dir. de arte: Patrice Mercier. Figurinos: Yvonne Sassinot de Nesle.   Com Louis Ducreoux, Sabine Azéma, Michel Aumont, Geneviéve Mnich, Monique Chaumette, Thomas Duval, Quentin Ogier, Katia Wostrikoff. Monsieur Ladmiral (Ducreoux) é um pintor impressionista viúvo que vive no início do século tendo como companheira Mercedes (Chaumette), que toma conta da casa há anos. Todos os domingos seu filho, Gonzague (Aumont) visita-o com a família, composta da mulher, Marie-Therése (Mnich) que Ladmiral nunca acreditou ser adequada para o mesmo e que também possui suas reservas quanto ao sogro, e os netos. Menos freqüentemente também recebe a visita da filha Irène (

Filme do Dia: Nível Cinco (1997), Chris Marker

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  N ível Cinco ( Level Five , França, 1997). Direção, Rot. Original e Música: Chris Marker. Fotografia: Yves Angelo, Gérard de Battista & Chris Marker. Com: Catherine Belkhodja. De uma forma próxima, mais talvez liberta do excessivo cerebralismo e mesmo obscuridade, de Godard , Marker empreende uma jornada no estilo filme-ensaio, no qual uma programadora de computadores, Laura (Belkhodja), indaga do computador sobre uma das mais sangrentas batalhas da Segunda Guerra, a de Okinawa. A partir de imagens diversas, desde filmagens da época até curtos e entrecortados depoimentos como os do cineasta Nagisa Oshima , passando por idiossincrasias visuais voltadas para as obsessões do realizador com as figuras de gatos e corujas, o vídeo é construído a partir de uma forma que demonstra sua proximidade com a nova forma de interação computacional. É através da moldura do computador e de seu formato “menu” que se intercalam todas as imagens que entremeiam os monólogos, ocasionalmente cansativo

Filme do Dia: L'Anglais Tel que Max le Parle (1914), Max Linder

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  L ’Anglais Tel que Max le Parle (França, 1914). Direção: Max Linder. Com: Max Linder e Cécile Guyon. Max (Linder) se apaixona à primeira vista por uma inglesa (Guyon) que viaja com ele no trem. Eles se comunicam entre si através de desenhos em um caderno. Já em Paris, Max vai encontrá-la em seu trabalho. Quando finalmente ela se encontra disponível a beijá-lo chega um cliente na loja e Max se refugia em um chuveiro. O chuveiro, no entanto, é justamente um dos objetos que o comprador parece se encontrar mais interessado. Esse filme é um dos que deixa marcada a influência de Linder sobre a obra de Chaplin . Isso fica demonstrado através de tiradas como a do chuveiro, onde um equipamento acabará por flagrar o herói em apuros – aqui completamente encharcado após ter sido ligado o chuveiro para teste, ainda que sua aproximação da questão da relação entre gêneros seja bem mais picante e ousada que a de Chaplin , sendo a mulher também parte ativa no jogo.  E  o homem, por mais que se de