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Mostrando postagens de abril, 2024

Filme do Dia: El Coraje del Pueblo (1971), Jorge Sanjinés

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  E l Coraje del Pueblo (Bolívia/Itália, 1971). Direção: Jorge Sanjinés. Rot. Original: Óscar Soria. Fotografia: Antonio Eguino. Música: Nilo Soruco. Montagem: Juan Carlos Macías. Potente em sua mescla entre documentário e encenações, por mais que algumas dessas últimas, como a que representa o massacre de San Juan, sejam demasiado amadoras em sua reconstituição com a população local, que não escapa em registrar crianças sorrindo ou se importe em caracterizar os figurantes em trajes de época –a opção por uma aberta encenação como fará posteriormente Ruy Guerra em seu Mueda, Memória e Massacre , que flagra e se mistura a encenação organizada pelo próprio povo moçambicano é de longe mais efetiva. Momentos de pretensão realista, como o do massacre, mesclam-se a súbitas informações sobre todos os grandes massacres perpetrados contra trabalhadores bolivianos e também seus mandantes. E o povo é representado aqui na figura dos mineiros de cobre, a principal riqueza do país e motivo da maior

Filme do Dia: A Filha de Madame Betina (1973), Jece Valadão

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  A   Filha de Madame Betina (Brasil, 1973). Direção Jece Valadão. Rot. Original Jece Valadão, a partir do argumento de Marcos Rey. Fotografia Edson Batista. Música Erlon Chaves. Montagem João Ramiro Mello. Com Jece Valadão, Georgia Quental, Elza Gomes, Vera Gimenez, Otávio Augusto, Martim Francisco, Arthur Costa Filho, Paulo Fortes, Henriqueta Brieba. Otávio (Valadão), após ir ao enterro de Betina (Gomes), segundo ele a mais conhecida cafetina do Rio de Janeiro, fica sabendo dela ter lhe legado dois bilhões de cruzeiros. Porém, a herança somente será permitida caso ele se case com Margot (Quental), filha não reconhecida de um milionário, que ele e seu grupo de amigos sedentos pelo dinheiro, acidentalmente acabam por matar, em Londres. Recorrendo a todos os expedientes na tentativa de encontrar Margot, conseguem até conversar com o espírito da falecida. Quando Margot fica sabendo que não poderá ter acesso ao dinheiro da herança sem o cumprimento da cláusula, designa Selma (Gimen

O Dicionário Biográfico de Cinema#233: Robert Mitchum

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  Robert Mitchum   (1917-97), Bridgeport, Connecticut D iálogo de Out of the Past  [ Fuga do Passado ] (47), de Jacques Tourneur, de um motorista de táxi para um detetive particular:  "Você parece estar em apuros." "Por que?" "Porque você não parece estar." E ste é um homem zombado ao longo de toda sua carreira por apatia, inércia, olhos semi-cerrados e desinteresse. Palavras como "bolo de carne", "durão" e "lacônico" lhe foram penduradas, assim como uma sentença de prisão por porte de maconha em 1948 e brigas públicas, e sua notória infelicidade abandonada na península de Dingle, com o exuberante e lento Ryan's Daughter  [ A Filha de Ryan ], de David Lean .  Como posso oferecer este homem musculoso, como um dos melhores atores do cinema? Começo voltando a este diálogo: toca na intrigante ambiguidade do trabalho de Mitchum, a ideia de um homem pensando e sentindo, sob um plácido exterior, que não necessita instilar uma &qu

Filme do Dia: O Mensageiro do Diabo (1955), Charles Laughton

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  O Mensageiro do Diabo ( The Night of the Hunter , EUA, 1955). Direção: Charles Laughton. Rot. Original: James Agee & Charles Laughton, baseado no romance de  Davis Grubb. Fotografia: Stanley Cortez. Música: Walter Schumann. Montagem: Robert Golden. Dir. de arte: Hilyard M. Brown. Cenografia: Alfred E. Spencer. Figurinos: Jerry Bos & Evelyn Carruth. Com: Robert Mitchum , Shelley Winters, Lillian Gish, James Gleason, Evelyn Varden, Peter Graves, Don Beddoe, Billy Chapin, Sally Jane Bruce, Gloria Castillo.         Ben Harper (Graves) é preso após ter roubado dez mil dólares. Ele conta que o dinheiro será para os filhos, John (Chapin) e Pearl (Bruce) e não deve ser revelado nem para a mãe deles, Willa (Winters). No presídio, fala durante o sono e revela o segredo para o “Reverendo” Harry Powell (Mitchum), perigoso psicopata, antes de ser enforcado. Powell, quando sai da prisão, vai para a vila onde mora a família Harper e logo conquista a simpatia das mulheres. Desde o início, no

Dicionário Histórico de Cinema Sul-Americano#99: Whisky

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  WHISKY  (Uruguai, 2004). O primeiro grande sucesso global do cinema uruguaio foi Whisky , que seguiu sua dupla premiação na Mostra Un Certain Regard, do Festival de Cannes, sendo distribuído em vinte países, ganhando outras prêmios em oito festivais internacionais de cinema, e recebendo os prêmios Ariel (México) e Goya (Espanha) da indústria cinematográfica.  Juan Pablo Rebella   e Pablo Stoll seguiram a seu primeiro longa divisor de águas, 25 Watts  (2001), Whisky   (pronuncia Weekee em espanhol), sendo o equivalente uruguaio para a exortação de língua inglesa "cheese", para fazer o sujeito de uma fotografia sorrir. Os realizadores, juntamente com o produtor Fernando Epstein, montaram sua própria companhia, Control Z Films, para distribuir 25 Watts  e co-produzir outros. Conseguiram administrar recursos do Fondo Montevideo para El Fomento y Desarollo de la Producción Audiovisual (FONA) e então atraíram co-produtores da Espanha (Wanda Visión S.A.), Rizoma Filmes ( Argentina

Filme do Dia: O Sal da Terra (2014), Juliano Ribeiro Salgado & Wim Wenders

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  O   Sal da Terra ( The Salt on Earth , 2014, França/Brasil/Itália). Direção: Juliano Ribeiro Salgado & Wim Wenders.  Rot. Original: Juliano Ribeiro  Salgado, Wim Wenders & David Rosier. Fotografia: Hugo Barbier & Juliano Ribeiro Salgado. Música: Laurent Petitgrande. Montagem: Maxine Goedick & Rob Myers. Documentário que por conta de seu objeto – a vida e sobretudo a obra do fotógrafo Sebastião Salgado – faz uso de um recurso  raramente explorado pelo cinema, que é a foto fixa, habitualmente utilizada como cacoete estilístico pelos cinemas novos dos anos 60 ou até mesmo como material para um curta quase completamente sustentado por ela ( La Jetée , de Chris Marker). Aqui se analisa cronologicamente os livros e extensas pesquisas fotográficas em áreas habitualmente inóspitas que levaram anos e que resultaram naqueles. Wenders, embora parta de um olhar pessoal, o descobrimento de uma foto de Salgado por acaso de uma mulher cega tuareg que guarda até hoje sobre sua escr

Filme do Dia: Oppenheimer (2023), Christopher Nolan

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  O ppenheimer (EUA/Reino Unido, 2023). Direção : Christopher Nolan. Rot. Adaptado Christopher Nolan, baseado no livro de Kai Bird & Martin Sherwin. Fotografia Hoyte Van Hoytema. Música Ludwig Göransson. Montagem Jennifer Lame. Dir. de arte Ruth De Jong & Samantha Englender. Cenografia Jake Cavallo, Olivia Peebles & Adam Willis. Figurinos Ellen Mirojnick. Maquiagem e Cabelos Jamie Hess & Ahou Mofid. Com Cilian Murphy, Emily Blunt , Robert Downey Jr., Matt Damon , Florence Pugh, Tom Conti, Kenneth Branagh, Matthew Modine, Rami Malek, Casey Affleck, Gary Oldman, Macon Blair, Bennie Safdie, Dylan Arnold. Em 1926, em Cambridge, o estudante J. Robert Oppenheimer (Murphy), frustrado com seu superior, que lhe ordena ficar no laboratório, quando o aluno é que lhe alertara sobre a palestra do célebre Niels Bohr (Branagh), envenena a maçã que se encontra sobre a mesa do professor e quase vem a ser comida justamente por Bohr. Ao retornar aos Estados Unidos, encontra sua

Filme do Dia: The Raw Ones (1965), John Lamb

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  T he Raw Ones (EUA, 1965). Direção: John Lamb. Fotografia: Jack Hill & Robert Wilson. Montagem: Jack Hill. Sob o pretexto de se tratar de uma produção com propósitos “educacionais” sobre o nudismo, o filme talvez tenha se tornado o mais ousado – e provavelmente disputado à época – dos célebres nudies , produções que exploravam a nudez, aqui quase indiscriminadamente entre rapazes e moças (essas se encontram em maior quantidade), e aparentemente o primeiro no formato longa-metragem. Não falta a voz over para trazer comentários que pretenderiam um verniz intelectual que vão de Freud a Rousseau, assim como Thomas Jefferson (no que diz respeito à liberdade de expressão). E que afirma se tratarem de famílias (em muitos poucos momentos se observa crianças, menos que animais) que viajam centenas de quilômetros para compartilharem desse momento de despojamento coletivo, passando por como diversas sociedades e culturas lidam com a nudez, quando, na verdade, os espectadores da época deve

Filme do Dia: O Ovo da Galinha (1947), Dick Lundy

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  O   Ovo da Galinha ( Solid Ivory , EUA, 1947). Direção Dick Lundy. Rot. Original Ben Hardaway & Milt Schaffer. Música Darrell Calker. Pica-pau, exímio jogador de bilhar, tem suas jogadas fenomenais interrompidas quando a bola vai cair no galinheiro, e uma mãe galinha passa a defender com penas e bicos, como se de um futuro filho seu tratasse. E ele usa de toda artimanha e truque baixo na guerra com a galinácea, de enfeitiça-la com meias de nylon para que saia do ninho até se fazendo passar por um galo galã. Repleto de boas tiradas, como a da galinha, mãe ciosa, lendo O Ovo e Eu e levantando sua saia de penas para acomodar a bola de bilhar, como se um ovo fosse a ser chocado com os outros. No momento de sedução, com Pica-pau travestido como galo, apela-se a uma imitação do ídolo romântico francês Charles Boyer e há um tema musical célebre, para o recém-formado casal valsar. E ainda há a piada implícita do pintinho diferenciado que ao nascer canta igual ao Pica-Pau, sugerindo

Filme do Dia: Islands Alting Besøg i København (1906), Peter Elfelt

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  Islands Alting Besøg i København (Dinamarca, 1906). Direção e Fotografia Peter Elfelt. Neste registro de alguns momentos do forte número de islandeses (políticos e diplomatas é de se supor) em Copenhague, com o objetivo de abrir fronteiras para um processo de autonomia política há “quadros” com momentos desta visita, mas que planos e uma noção de continuidade mais sólida – a chegada em um navio, uma recepção concorrida, um grande cortejo de carruagens provavelmente os levando, etc. Com relação a esta última situação há de se frisar um efeito típico do Primeiro Cinema, com o registro da passagem de todas as carruagens, embora aparentemente existam alguns cortes na cena, e o aceno das autoridades direcionados ao que indica a imagem mais para a câmera que para os transeuntes a observarem o cortejo. Há um caráter cíclico no filme, a iniciar e findar com a chegada e partida da comissão em uma embarcação de porte médio. |Peter Elfert. 6 minutos e 43 segundos.

Filme do Dia: Som da Liberdade (2023), Alejandro Monteverde

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  S om da Liberdade ( Sound of Freedon , EUA/México, 2023). Direção Alejandro Monteverde. Rot. Original Rod Barr & Alejandro Monteverde. Fotografia Gorka Gómez Andreu. Música Javier Navarrete. Montagem Brian Scofield. Dir. de arte Carlos Lagunas & Sandro Valdez. Cenografia Rafa Withingham. Figurinos Isabel Mandujano & Juliana Poveda. Maquiagem e Cabelos Olga Turrini Bernardoni & Waldo Sanchez. Com Jim Caviezel, Bill Camp, José Zuñiga, Yassica Borroto, Kurt Fuller,  Lucas Ávila, Cristal Aparicio, Gerardo Taracena, Kris Avedisian, Gary Basaraba, Mira Sorvino. O agente especial Tim Ballard (Caviezel), até então envolvido em operações vinculadas exclusivamente a captura de pedófilos como Oshinsky (Avedisian), que chegou a escrever um livro defendendo a prática, sente-se amplamente afetado quando testemunha a tentativa de entrada nos Estados Unidos de um pedófilo levando em seu carro o pequeno Miguel (Ávila), filho do hondurenho Roberto (Zuñiga), agenciados por um

O Dicionário Biográfico de Cinema#232: Gig Young

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  Gig Young (Byron Elsworth Barr), n. 1913-78, St. Cloud, Minnesota " Gig Young" foi o nome que o personagem Byron Barr interpretou em The Gay Sisters [ As Três Herdeiras ] (42, Irving Rapper), e muito pode ser concluído desta transição. "Gig Young" é hiperbolicamente gracioso e imediato - imagina-se um Gig Young aos quarenta ou cinquenta? Não provoca um riso rastejante naqueles que assistem? Por outro lado, "Byron Barr" parece igualmente fabricado, mas gentilmente romântico, elevado a esperanças mais altas que a vida sequer chega próxima de realizar. "Byron Barr", poderia ser o horrível e zombeteiro nome para o aturdido mestre de cerimônias em They Shoot Horses, Don't They? [ A Noite dos Desesperados ] (69, Sydney Pollack), um homem que conhece melhor o bom negócio dos cavalos.  F uncionou por um tempo. Gig Young manteve-se ocupado como o amigo de cara limpa ou o irmão de homens mais problemáticos - em Young at Heart  [ Corações Enamorados ]

Filme do Dia: Degradação Humana (1951), Gordon Douglas

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  D egradação Humana ( Come Fill the Cup , EUA, 1951). Direção: Gordon Douglas. Rot. Adaptado: Ivan Goff & Ben Roberts, a partir do romance de Harlan Ware. Fotografia: Robert Burks. Música: Ray Heindorf. Montagem: Alan Crosland Jr. Dir. de arte: Leo K. Kuter. Cenografia: William L. Kuehl. Figurinos: Lea Rhodes. Com: James Cagney, Phyllis Taxter, Raymond Massey, James Gleason, Gig Young , Selena Royle, Larry Keating, Charlita, Sheldon Leonard. O jornalista alcóolatra Lew Marsh (Cagney) é demitido. Ele passa a viver com um ex-alcóolatra, Charley (Gleason), que consegue ajuda-lo na reabilitação. Após reassumir seu emprego, contrata outros em situação semelhante a sua. Seu patrão, John Ives (Massey) no entanto, almeja que ele reabilite o seu sobrinho dileto, Boyd (Young), que pretende que seja seu herdeiro. Boyd é casado com Paula (Taxter), um amor do passado de Lew, mas seu alcoolismo o levou a abandonar a esposa e se envolver com Maria Diego (Charlita), que possui ligações muito próx

Filme do Dia: Os Crimes de Diogo Alves (1909), João Freire Correia & Lino Ferreira

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O s Crimes de Diogo Alves (Portugal, 1909). Direção: João Freire Correia & Lino Ferreira. Com: Carlos Leal, Maria da Luz Veloso, Nascimento Fernandes, Lino Ferreira, João Tavares, Thomas Vieira. A cópia sobrevivente, aparentemente com menos da metade de sua metragem original e sem nenhuma cartela, dessa que para muitos é considerada a primeira produção ficcional portuguesa, torna-se, tal como sobreviveu, um apanhado condensado de alguns crimes do grupo de Diogo Alves (saber quem ele é em meio ao grupo é um exercício de adivinhação), seguido pelo julgamento – em um momento no qual esse poderia ser apresentado isoladamente, mais uma vez é o grupo que ganha proeminência, em perfeita síntese com uma cinematografia ainda bastante vinculada ao chamado “cinema de atrações”, imperativo   anos antes nas indústrias cinematográficas de proa. Enquanto pela época o suspense já começava a ser potencializado através do uso da montagem paralela, aqui a cena que se pressupõe ter o mais interesse

Filme do Dia: Bout-de-Zan vole un Élephant (1913), Louis Feuillade

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  B out-de-Zan vole un Éléphant (França, 1913). Direção e Rot. Original: Louis Feuillade. Com: René Poyen. Jeanne Saint-Bonnet, Renée Carl, Juliette Malherbe. Uma criança e seu elefante de estimação provocam confusão em uma cidade. O carisma do animal talvez seja o maior destaque nesse filme, onde a criança não se escusa em acenar diretamente para a câmera em seu início. A interação do elefante com seus amigos humanos provoca algunas momentos surreais, como a cena final, na qual come na mesa do jantar com a criança e uma mulher que os “adotou”. Destaque para a quantidade variada de cenários e para o pouco caso com sua verosimilitude, típica sobretudo de um período pouco anterior – como é o caso da cena na qual o elefante não apenas derruba um soldado que tentara se afastar dele como na sua ação acaba também fazendo tremer o cenário que representa o portão de um quartel militar. Société des Etablissement L. Faumont. 9 minutos e 19 segundos.

Filme do Dia: Nu (1993), Mike Leigh

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  N u ( Naked , Reino Unido, 1993). Direção e Rot. Original: Mike Leigh. Fotografia: Dick Pope. Música: Andrew Dickson. Montagem: Jon Gregory. Dir. de arte: Alison Chitty &   Eve Stewart. Figurinos: Lindy Hemming. Com: David Thewlis, Lesley Sharp, Katrin Carlidge, Greg Crutwell, Claire Skinner, Peter Wight, Ewen Bremmer, Susan Vidler, Deborah Maclaren, Gina Mckee. Fugindo de Manchester, onde praticara estupro, o sem rumo Johnny (Thewlis) vai para Londres, onde busca refúgio na casa da ex-namorada Louise (Sharp). Porém, ela não se encontra e ele acaba se engraçando por sua amiga Sophie (Cartlidge), com quem pratica sexo violento. Johnny ganha as ruas, incomodado com a presença constante de Sophie e em sua odisséia encontra figuras como o vigia Brian (Wight), com quem discute questões existenciais, o sem teto Archie (Bremmer) e sua namorada Maggie (Vidler), uma mulher (MacLaren) mais velha, com quem se recusa a fazer sexo e uma atendente de café (McKee), que inexplicavelmente o exp

Filme do Dia: Os Buddenbrook (1959), Alfred Weidenmann

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  O s Buddenbrook ( Buddenbrooks – 1.Teil , Alemanha, 1959). Direção: Alfred Weidenmann. Rot. Adaptado: Harald Braun, Jacob Geis & Erika Mann, baseado na obra Die Buddenbrooks , de Thomas Mann. Fotografia: Friedl Behn-Grund. Música: Werner Eisbrenner. Montagem: Caspar van der Berg. Dir. de arte: Arno Richter, Robert & KurtHerlth. Figurinos: Herbert Ploberger. Com Liselotte Pulver, Hansjörg Felmy, Hanns Lothar, Lil Dagover, Werner Hinz, Rudolf Platte, Robert Graf, Günther Lüders, Nadja Tiller, Wolfgang Wahl. Em meados do século XIX, a família do ilustre cônsul de Lubeck (Hinz), que orienta todos os filhos segundo a ascética tradição familiar voltada para os negócios, começa a entrar em decadência após sua morte. Thomas (Felmy), o primogênito, que assume os negócios da família, mesmo buscando persistir com a tradição, não consegue romper com os elos mais diversos que arrastam a família para a decadência moral e econômica.   A irmã emocionalmente instável e geniosa Tony (Pulver)

Filme do Dia: The Police After Me (2021), Kayahan Kaya

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  T he Police After Me ( Pesimdeki Polis , Turquia, 2021). Direção Kayahan Kaya. Rot. Original M. Seref Ozsoy. Fotografia Kayahan Kaya. Música Derya Türkan. O poeta Orhan Veli consegue alguma notoriedade enquanto poeta. Um policial segue seus passos. E, numa taverna que comumente frequenta, fica sabendo       que o poeta se encontra na praia de Caddebostan.   Quando Orhan, alertado pelos amigos nas areias da praia,   vai tomar satisfações com o homem, esse corre com suas notas. O que Orhan não sabe é que o homem é um tímido admirador seu, que possui suas próprias pretensões enquanto poeta. Quando fica sabendo da misteriosa morte do poeta, dois poetas morrem naquele dia. Incomumente orgânico em sua articulação dos traços realistas, voz over, sua trilha sonora a um passo da melancolia, sua reconstituição da época e questões de provável cunho político idem (há uma referência a se tratar de uma história baseada em fatos reais, o que nos insufla a procurar informações pelo Orhan Ve