Filme do Dia: Peixe Educado (1937), Dave Fleischer




Peixe Educado (Educated Fish, EUA, 1937). Direção: Dave Fleischer.


Hora da lição. A professora peixe badala o sino para que seus alunos venham. E todos eles respondem ao chamado, inclusive um polvo com um livro em cada tentáculo, um peixe-serra e um grupo de sardinhas em lata, com exceção de um pequeno peixe mal humorado que se desfaz de seus livros. A professora o captura à força, porém ele faz com que o peixe-espada espirre cortando sua própria mesa e uma traquinagem envolvendo a própria professora que o deixa de castigo na sala ao lado. A lição é sobre iscas, anzóis e como evita-los como modo de sobrevivência. O peixinho rebelde observa uma saída na sala e vai passear, observando uma atrativa isca e a mordendo, sendo capturado e escapando por pouco de ser objeto de pesca. Ele retorna a jato à sala de aula, falando ininterruptamente sobre o assunto.
Animação um pouco demasiado óbvia em seu tom fabular dirigido ao público infantil de tenra idade. Com o acréscimo de uma canção, faz-se uma caricatura do que seria uma sala de aula primária à época, sendo a caricaturada mais óbvia a professora, em seus trajes evocativos das algo amargas solteironas dos filmes de ação ao vivo. A motivação da fábula está posta praticamente desde o início – a fuga do peixe rebelde da modorrenta aula que posteriormente se depara, na prática, com o assunto discutido em sala – ainda que, mesmo ao custo quase da própria vida, o peixe rebelde não apenas vivenciou na prática o que os outros conheceram na teoria como seu ato de rebeldia foi que praticamente motivou a própria animação, ao contrário dos enjoativos momentos dos “peixes educados”. Indicado ao Oscar da categoria no ano que venceu a produção da Disney O Velho Moinho. Fleischer Studios para Paramount Pictures. 7 minutos e 29 segundos.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Filme do Dia: Der Traum des Bildhauers (1907), Johann Schwarzer

Filme do Dia: El Despojo (1960), Antonio Reynoso

Filme do Dia: Quem é a Bruxa? (1949), Friz Freleng