Filme do Dia: Eu Sou o Senhor do Castelo (1989), Régis Wargnier
Eu Sou o Senhor do
Castelo (Je Suis Le Seigneur du Château,
França, 1989) Direção: Régis Wargnier. Rot.Original: Alain Le Henry&Régis
Wargnier. Fotografia: François Catonné. Música: Serguei Prokofiev. Montagem:
Geneviéve Winding. Com: Jean Rochefort, Dominique Blanc, Régis Arpin, David
Behar.
Thomas Breud (Arpin), vive sozinho - após a
perda da mãe - em um grandioso castelo
com seu pai (Rochefort), porém Monsieur Breud resolve contratar uma governanta,
para que de certa forma supra a carência afetiva do jovem. Madame Vernet
(Blanc), e seu filho Charles (Behar), cujo pai provavelmente morreu na
Indochina, juntam-se a eles. Atraído logo à primeira vista por Madame Vernet,
Monsieur Breud faz de tudo para que a convivência entre eles seja a mais
agradável, porém a insistente perseguição de seu filho a Charles culmina com a
decisão de sair do castelo. Charles, por sua vez, empreendera uma
expedição a floresta que cerca o castelo, onde subjuga o frágil e mimado
Thomas. Porém, para não ficar por baixo, este mostra a Charles, após sair do
hospital (já que quebrara a perna na aventura), que sua mãe anda se encontrando
furtivamente com Monsieur Breud e elabora uma representação em que ele faz o
papel do pai e Charles o de sua mãe, sendo flagrados por Madame Vernet.
Procurando
realizar um pretensioso estudo psicológico do espírito infantil à altura da
elaborada fotografia, Wargnier descamba para o esquematismo fácil seja na
construção dos personagens e facilidades do roteiro (a paixão à primeira vista
de Monsieur Breud por Madame Vernet, o caráter dual extremamente rígido da
personalidade dos garotos, o fato de um não ter o pai, enquanto o outro carece
de mãe, etc. ) seja na montagem abrupta de efeito aliada a música de Prokofiev
que pode até causar algum impacto à primeira vista, mas que não se sustenta em
uma revisão. O filme arrasta-se de forma extremamente aborrecida e procurando
sempre destacar todos os tiques quanto a ser um “filme de arte”. Bem melhor
resultado conseguiu Yves Robert do universo infantil, embora com a vantagem de
lidar com material superior (a obra de Marcel Pagnol), com seus A
Glória de Meu Pai (1990) e, principalmente, O Castelo de Minha Mãe (1991). Prêmio do Júri nos festivais de
Cannes e San Sebastian. AAA Productions. 90 min.
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