Filme do Dia: Daffy - The Commando (1943), Friz Freleng
Daffy – The Commando (EUA, 1943). Direção: Friz Freleng. Rot.
Original: Michael Maltese. Música: Carl W. Stalling. Montagem: Treg Brown.
Patolino embaraça as baterias anti-aéreas dos soldados
nazistas – na verdade um comandante tirano e um atrapalhado soldado,
antropormifizados devidamente como gaviões. Utilizando truques e saídas
espirituoso-sádicas mais aproximadas da caracterização de seu rival,
Pernalonga, a animação, de evidente
propaganda de guerra tem como um de seus maiores trunfos as falas em alemão dos
personagens nazistas, e a composição clichê de seu oficial, com direito a
monóculo e um tom de voz extremamente arrogante, assim como Patolino fazendo
uso de cartelas na própria mão para traduzir para o inglês o que fala em alemão
para o oficial numa cabine telefônica. Assim como um telegrama timbrado em que
ocorre mais uma alusão irônica a Vinhas
da Ira, romance de Steinbeck há um punhado de anos levado às telas. O
telegrama é assinado pelos “Apes of Wrath”, título original de outro curta
animado dirigido por Freleng ao final da década seguinte, assim como referência
igualmente do hilariante Gorilla My
Dreams (1948), de Robert McKinson. O final é decepcionante pela explícita
(e desnecessária) cena em que Patolino acaba sendo lançado pela bala de um
canhão e vindo a cair justamente no palanque onde Hitler discursa. É abrupto
tanto em termos de fuga dos motivos do universo diegético prévios como pela
própria imagem ultra-realista (fazendo uso da técnica de rotoscopia) do
ditador, ambos destoantes do conjunto. Destaque para o momento no qual Patolino
aparentemente sai do universo da própria animação ou do “quadro
cinematográfico”, como era comum habitualmente, mas se fica sabendo
posteriormente que estava, na verdade, adentrando um canhão. Leon Schlesinger
Studios para Warner Bros. 7 minutos e 23 segundos.
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