Filme do Dia: Mamma Mia! (2008), Phyllida Lloyd
Mamma Mia!
(EUA/Reino Unido/Alemanha, 2008). Direção: Phyllida Lloyd. Rot. Adaptado:
Catherine Johnson, baseado em seu musical. Fotografia: Haris Zambarloukos.
Música: Benny Andersson. Montagem: Lesley Walker. Dir. de arte: Maria
Djurkovic, Dean Clegg, Rebecca Holmes & Nick Palmer. Cenografia: Barbara Herman-Skelding. Figurinos: Ann
Roth. Com: Amanda Seyfried, Meryl Streep, Pierce Brosnan, Stellan Skarsgard,
Colin Firth, Rachel McDowall, Julie Walters, Christine Baranski, Dominic
Cooper.
Sophie (Seyfried) que
mora com a mãe Donna (Streep) em uma ilha grega decide chamar os três homens
que acredita que podem ser seu pai para seu casamento com Sky (Cooper). Os
três, Bill Anderson (Skargard), Sam Carmichael (Brosnan) e Harry Bright (Firth)
chegam praticamente no mesmo momento a ilha. Enquanto Sophie entra em conflito
com Sky, sua mãe fica confusa com a chegada inesperada de seus três ex-amantes.
O risco frágil de
narrativa apenas serve como pretexto para o principal chamariz do filme, ser
uma espécie de songbook ilustrado das
principais canções do ABBA. Talvez o maior problema dessa produção seja a falta
de um registro definido sobre sua apropriação do universo romântico do ABBA, ao
contrário de outras produções que utilizaram canções do grupo (As Aventuras de Priscilla, a Rainha do Deserto; O Casamento de Muriel),
assim como sua nem sempre orgânica (com relação a narrativa do filme)
utilização das canções que geram situações no enredo, que muitas vezes surgem
do nada e para o nada retornam, que deixa ainda mais a desejar do que a
efetivada pelo já fraco Across the Universe com relação aos Beatles. Tem-se a impressão, a certo momento, de
se assistir a um encavalamento de videoclipes, ainda que ao menos em um momento
o casamento entre canção e sua canhestra coreografia pareça ser contaminado por
uma certa espontaneidade comovente, por mais artificiosa e próxima do universo
da publicidade que seja de fato. É o de Dancing
Queen, quando todas as mulheres da ilha parecem ser encantadas pela música
e seguirem Donna, libertando-se de seu cotidiano opressivo, no que é de longe o
melhor momento do filme. Uma comoção que talvez se encontre igualmente associada ao patético e a
fragilidade exposta no trânsito entre o ator real e sua interpretação que o
musical tende a deixar mais vulnerável.
Como boa parte dos musicais recentes (ao menos desde Todos Dizem Eu Te Amo, de Allen), as
canções são interpretadas pelo próprio elenco do filme. Universal Pictures/Littlestar
Prod.//Playtone/Internationale Filmproduktion Richter para Universal Pictures. 108 minutos.
Comentários
Postar um comentário