Postagens

Filme do Dia: Sra. Dalloway (1997), Marleen Gorris

Imagem
Sra. Dalloway ( Mrs.Dalloway , Reino Unido,1997) Direção: Marleen Gorris. Rot. Adaptado: Eileen Atkins, baseado no romance de Virginia Woolf. Fotografia: Sue Gibson. Música: Ilona Sekacz. Montagem: Michiel Reichwein . Com:Vanessa Redgrave, Natascha McElhone, Rupert Graves, Michael Kitchen, John Standing, Alan Cox, Lena Headey, Margaret Tyzack, Sarah Badel, Katie Carr, Oliver Ford Davies, Robert Portal .       Inglaterra, pós I-Guerra Mundial. Clarissa Daloway, casada com um político da Câmara dos Comuns, Richard (Standing), prepara uma festa para à noite. À medida que o dia passa, no entanto, Clarissa volta a se lembrar dos verdes anos de sua juventude (McElhone), quando sua afetividade se encontrava dividida entre o sufocante Peter Walsh (Cox), que queria lhe retirar do maçante mundo aristocrático em que vivia e fazer viagens pelo mundo e a amiga Sally Seton(Headey). Ambos passam a compartilhar antipatia para com Richard Dalloway (Portal), a quem achavam extremamente maçante e

Filme do Dia: 68 Não Para (2008), Fred Nigelmann

68 Não Para ( 68 Non-Stop , França, 2008). Direção: Fred Nigelmann. Rot. Original: Jean-Marc Cazenave & Marie-Anne Sorba. Fotografia: Jean-Marc Cazenave. Música: Mehni Amazouz, Eric Lavallade & Pascal Bricard. Montagem: Hélène Crouzillat. Documentário realizado por Cazenave e Sorba sob pseudônimo. Um dos méritos, talvez aliás o único, de um documentário que não pretende primar por qualquer qualidade formal, seja o de focar sobretudo no aspecto diretamente político de questões levantadas pelo Maio de 68. Com depoimentos de participantes do movimento e novas lideranças, além de algumas imagens de arquivo, o documentário não pretende ser uma reconstituição didática ou multifacetada do evento nem tampouco aprofunda questões relevantes que assomam como as fissuras internas do movimento entre intelectuais-estudantes de um lado e trabalhadores do outro. Há um tom visivelmente panfletário que, juntamente com sua estruturação um tanto quanto tosca menos o prejudicam do que apontam pa

Domingo à Tarde, Nelson Ned

Imagem
acabei de ver um filme moçambicano que tocava um trecho dessa canção.

Filme do Dia: O Mundo de Apu (1959), Satyajit Ray

Imagem
O Mundo de Apu ( Apur Sansar , Índia, 1959). Direção: Satyajit Ray . Rot. Adaptado: Satyajit Ray, baseado no romance Aparajito , de Bibhutibhushan Bandyopadhyay. Fotografia: Subrata Mitra. Música: Ravi Shankar. Montagem: Dulal Dutta. Dir. de arte: Bansi Chandragupta. Com: Soumitra Chatterjee, Sharmila Tagore, Alok Chakravarty, Swapan Mukherjee, Dhiresh Majumdar, Sefalika Devi, Dhiren Ghosh, Balarani.           Em Calcutá, Apu (Chatterjee) sonha com a carreira de escritor, ao mesmo tempo que é pressionado por seu locatário (Ghosh)  a pagar as mensalidades atrasadas. O amigo Pulu (Mukherjee) lhe oferece uma proposta de emprego, após alguns dias no campo, para o casamento de uma familiar sua. Surpreenedidos com a loucura do noivo, buscam Apu para se tornar o novo noivo, já que acreditam que se a filha não for casada receberá uma maldição. Inicialmente relutante, Apu casa-se com Aparna (Tagore). Como ela é filha de uma rica família, sofre com a súbita mudança para as precárias aco

The Lonely City by Olivia Laing

Imagem
“An otherwise unreachable experience of reality.”   Credit Todd Heisler/The New York Times THE LONELY CITY Adventures in the Art of Being Alone By Olivia Laing Illustrated. 315 pp. Picador. $26. The Book of Common Prayer offers an intercession for “our families, friends and neighbors, and for those who are alone.” We tend to put the alone in this separate category, but for Olivia Laing, “the essential unknowability of others” means that to be human is to be lonesome, at least sometimes. So why don’t we talk about it more openly? “What’s so shameful,” she asks, about “having failed to achieve satisfaction, about experiencing unhappiness?” This daring and seductive book — ostensibly about four artists, but actually about the universal struggle to be known — raises sophisticated questions about the experience of loneliness, a state that in a crowded city provides an “uneasy combination of separation and exposure.” “The Lonely City,” like Laing’s previous books — “The Trip to Ec

Filme do Dia: O Sabor da Melancia (2005), Tsai Ming-liang

Imagem
O Sabor da Melancia ( Tian Bian Yi Duo Yun , 2005, França/Taiwan). Direção e Rot. Original: Tsai Ming-Liang. Fotografia: Liao Peng-Jung. Montagem: Chen Sheng-Chang. Dir. de arte: Timmy Yip & Tian Jue Lee. Cenografia: Mei Ching Huang. Figurinos: Huey Mei Sun. Com: Lee Kang-Sheng, Chen Shiang-Chyi, Lu Yi-Ching, Yang Kuei-Mei, Sumomo Yozakura, Hsiao Huan-Wen, Lin Hui-Xun, Jao Kuo-Xuan. Em um tórrido verão em Taiwan onde as melancias se tornam mais comuns e baratas que a própria água, a jovem dona de locadora de vídeo Shiang-Chyi (Shiang-Chyi) somente recupera sua chave com a ajuda de um ex-amante, Hsiao Kang (Kang-Sheng), que volta a se relacionar com Shiang-Chyi. Hsiao descobre que no andar de cima do apartamento da namorada são produzidos filmes pornôs e se torna astro dos mesmos. Quando procura ajudar uma mulher que encontra sem sentidos no elevador e levá-la para seu apartamento, Shiang descobre se tratar de uma atriz pornô japonesa (Yozakura). Porém, a sua maior surpresa

The Film Handbook#67: Sam Peckinpah

Imagem
Sam Peckinpah Nascimento : 21/02/1925, Fresno, Califórnia, EUA Morte : 28/12/1984, Inglewood, Califórnia, EUA Carreira (como diretor): 1961-83 Ainda que menos da metade de seus filmes seja propriamente westerns, David Samuel Peckinpah é amplamente reconhecido como o realizador mais importante a trabalhar com o gênero nos anos 60. Infelizmente, suas explorações profundamente elegíacas dos valores da fronteira foram frequentemente ofuscados por seu controvertido uso gráfico da violência. Mais perturbador, no entanto, é o modo como sua visão da independência viril sitiada por uma sociedade industrial em mudança deu origem a uma exaltada misoginia. Tendo crescido em um rancho, Peckinpah trabalhou em uma profusão de funções no teatro e na televisão antes de se tornar assistente de Don Siegel . Ao final dos anos 50 ele se estabeleceu como roteirista e diretor de séries clássicas de TV como Gunsmoke , O Homem do Rifle/ The Rifleman e The Westerner , e em 1961 realizou sua estreia na

Filme do Dia: O Garoto Selvagem (1969), François Truffaut

Imagem
O Garoto Selvagem ( L’Enfant Sauvage , França, 1969). Direção: François Truffaut. Rot. Adaptado: Jean Grault & François Truffaut, baseado no romance de Jean Itard, Mémoires et rapport sur Victor de l'Aveyron. Fotografia: Néstor almendros. Montagem: Agnés Guillemot. Dir. de arte: Jean Mandaroux. Figurinos: Gitt Magrini. Com: Jean-Pierre Cargol, François Truffaut, Françoise Seigner, Jean Dasté, Annie Miller, Claude Miller, Paul Villie.          Um garoto (Cargol) de cerca de dez anos é visto nas imediações de um vilarejo francês no final do século XVIII. Aprisionado pelos moradores locais, é internado em uma instituição para surdos-mudos e objeto de curiosidade do Dr. Itard (Truffaut), que o consegue transferir para sua residência. Contrapondo-se ao eminente psiquiatra de então, Pinel (Dasté), que acredita ser o garoto um demente, Itard pensa que seu comportamento estranho é decorrente da falta de convívio com outros seres humanos. Com o auxílio de sua governanta, Madame

Filme do Dia: Uma Noite no Rio (1941), de Irving Cummings

Imagem
Uma Noite no Rio ( That  Night in Rio , EUA, 1941). Direção: Irving Cummings. Rot. Adaptado: Jessie Ernst, George Seaton, Bess Meredyth & Hal Long, baseado na peça The Red Cat , de Rudolph Lothar & Hans Adler. Fotografia: Ray Rennahan & Leon Shamroy. Música: Mark Gordon & Harry Warren. Montagem: Walter Thompson. Dir. de arte: Richard Day & Joseph C. Wright. Cenografia: Thomas Little. Figurinos: Travis Banton. Com: Alice Faye, Don Ameche, Carmen Miranda , S.Z. Zakall, J. Caroll Naish, Curt Bois, Leonid Kinsey, Bando da Lua. O Barão Manuel Duarte (Ameche) encontra em um teatro de revistas um ator que o personifica tão bem, Larry Martin (Ameche), que seus assessores recorrem a Martin para personificar o desaparecido barão quando um importante investidor, Machado (Naish), passa a desconfiar de que os negócios do barão não vão tão bem assim. Irritada com as constantes traições de Larry, Carmen (Miranda), sua noiva, decide ir visitar o Barão, cuja esposa, Cecilia (F

Filme do Dia: O Aniversário (2004), Kari Juusonen

Imagem
O Aniversário ( Syntymäpäivä , Finlândia, 2004). Direção: Kari Juusonen. Funcionário de uma firma que transforma gado em carne industrializada passa a ter problemas com uma vaca que se recusa terminantemente a ser exterminada. Conseguindo driblar todos os esquemas de segurança, ela ameaça o homem ficando próxima a sua residência. Após inúmeras tentativas de vencê-la, o homem presencia seu velho e solitário pai acalmar a vaca e o produto de sua atenção para com ela, um filhote. De um aparente motivação tão ideologicamente restrita quanto a de se fazer uma crítica da indústria de carne bovina e seus cruéis meios de sacrificar os animais, essa animação em bonecos consegue transcender tal crítica – banalizada por outra animação com iguais propósitos Frankenchicken – numa bela e hilariente metáfora sobre o quão pouco pode a força bruta e os meios tecnológicos e racionais puros diante da sabedoria da tradição. E o quanto se perde na falta de comunicação com as gerações que nos

Filme do Dia: El Hijo del Crack (1953), Leopoldo Torres Ríos & Leopoldo Torre Nilsson

Imagem
El Hijo del Crack (Argentina, 1953). Direção: Leopoldo Torres Ríos & Leopoldo Torre Nilsson. Rot. Original: Leopoldo Torres Ríos, Leopoldo Torre Nilsson & Rafael Garcia Ibañez. Fotografia: Enrique Wallifisch. Música: Alberto Gnecco & José Rodríguez Faure. Montagem: Rosalino Caterbeti. Com: Armando Bo, Óscar Rovito, Miriam Sucre, Francisco Pablo Donadio, Pedro Laxalt, Héctor Armendáriz, Alberto Rinaldi, Roland Dumas. Em vias de se aposentar, o ídolo do futebol Balazo (Bo), acaba sendo demovido da ideia pelo amado filho, Mario (Rovito), que chega a deixar na casa da ex-esposa, Maria del Carmen (Sucre). Seu retorno, no entanto, provoca-lhe a morte. Essa pérola da pieguice na forma como retrata o amor entre pai e filho apresenta ainda cenas de futebol constrangedoramente amadoras para fazerem crer serem parte de jogos de times de grande destaque no cenário nacional – nas cenas apresentadas em planos mais próximos, de fato, os jogadores parecem vir do nada e se dirigire

Filme do Dia: Banditi a Orgosolo (1961), Vittorio De Seta

Imagem
Banditi a Orgosolo (Itália, 1961). Direção: Vittorio De Seta. Rot. Original: Vittorio De Seta & Vera Gherarducci. Fotografia: Vittorio De Seta, Marcello Gallinelli & Luciano Tovoli. Música: Valentino Bucci. Montagem: Jolanda Benvenuti. Figurinos: Marilú Carteny. Com: Michele Cossu, Pepeddu Cossu, Vittorina Pisano. Pastor de ovelhas que vive numa pobre região da Sardenha chamada Orgosolo, Michele (Michele Cossu) sofre uma reviravolta na sua vida quando um grupo de criminosos se hospeda temporariamente em sua choupana com um bando de porcos roubados. Com a polícia em seu encalço, Michele prefere partir com o irmão mais novo, Pepeddu (Pepeddu Cossu) para um outro local carregando seu rebanho. Quando se encontram próximos de lá chegar, o irmão começa a passar mal e o rebanho todo não aguenta a sacrificada trajetória. Michele retorna a cidade e sabe que a sua situação é crítica, pois além da polícia, ele deve pagar o que empenhou no rebanho ou perderá a própria casa. Desesp

Filme do Dia: Relatório de um Homem Casado (1974), Flávio Tambellini

Imagem
Relatório de um Homem Casado (Brasil, 1974). Direção: Flávio Tambellini. Rot. Adaptado: Flávio Tambellini & Rubem Fonseca, a partir do conto O Relatório de Carlos , de Fonseca. Fotografia: Fernando Amaral & Carlos Egberto. Música: Luiz Eça. Montagem: Leon Cassidy. Com: Nery Vitor, Françoise Forton, José Lewgoy, Cláudia Fontenele, Fábio Sabag, Paulo César Pereio, Otávio Augusto, Haydée Miranda, Fernando Amaral, Lícia Magna. Carlos (Vitor), advogado bem sucedido, é um homem casado que leva um vida relativamente normal com a esposa, até que é procurado por uma jovem, Norma (Forton), que ao ganhar sua causa, convida-o para almoçar e passam a viver um tórrido relacionamento. Ela o abandona a partir do momento que ele não se separa da esposa, e vai viver com um rico homem na Bahia. Ele entra em crise, buscando outras amantes e até prostituas, sem conseguir se satisfazer. Busca os conselhos de seu amigo e colega de escritório (Augusto), que afirma que ela voltará para ele em

Filme do Dia: Constantino (2011), Otávio Cury

Imagem
Constantino (Brasil/Irã/Líbano/Turquia/Síria, 2011). Direção e Rot. Original: Otávio Cury. Fotografia: Raquel Burst & Otávio Cury. Numa viagem da família a Damasco, em pleno setembro de 2001, o realizador se depara com um livro com as obras completas de seu bisavô, figura renomada no mundo das artes e da religião ao final do século XIX. A partir daí passa a investigar sobre o seu bisavô e avô, traduzindo para o português as obras de Daud Constantino Al-Khoury. Prejudicado pela forma conscientemente atravessada e confusa com que constrói sua narrativa, entremeando tempos e acontecimentos, o filme se torna uma aborrecida e auto-complacente incursão a algo que não parece representar nada nem mesmo para o próprio realizador, quanto mais ao espectador. Reúne desde as imagens filmadas pelos percursos traçados por Cury e algumas entrevistas,  evidentemente pela própria equipe, até em menor escala fotos fixas, imagens de arquivo e encenações de trechos de peças de Khoury que tampo

The Film Handbook#66: Ernst Lubitsch

Imagem
Ernst Lubitsch Nascimento : 28/01/1892, Berlim, Alemanha Morte : 29/11/1947, Hollywood, C a lifórnia, EUA Carreira  (como diretor): 1914-47 Muito elogiado pela aparência de uma inteligente sofisticação européia que trouxe aos musicais e comédias americanas, Ernst Lubitsch se tornou uma força de destaque em Hollywood durante os anos 30. É digno de ser questionado, no entanto, que os filmes dessa década, louvados como apresentando os melhores exemplos do "toque de Lubitsch" sejam, em última instância, rasos em seu cinismo e alusões sutis, enquanto que sua obra posterior, frequentemente observados como relativamente inferiores, exibem uma maior pungência. Na Alemanha Lubitsch deixou de atuar para Max Reinhardt para dirigir ele próprio vários curtas de comédia pastelão como um herói chaplinesco. Em 1918 iniciou uma série de longas que ofereciam evidências de um talento mais ambicioso, combinando comédias românticas destacando intrigas íntimas com dramas históricos ext

charge

Imagem