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Mostrando postagens com o rótulo Walt Disney

Filme do Dia: A Dança dos Esqueletos (1929), Walt Disney

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A  Dança dos Esqueletos (EUA, 1929). Direção: Walt Disney. Música: Carl W. Stalling. Essa primeira das Silly Symphonies , mesmo não possuindo a virtuosidade técnica e as cores de alguns títulos posteriores da série, tais como Os Três Porquinhos (1933), apresenta um humor menos comportado e mesmo impensável em alguns momentos na produção posterior do estúdio. Como o momento no qual o esqueleto pioneiro literalmente abocanha toda a imagem do quadro. Aqui, um esqueleto resolve sair para se divertir após a meia-noite, seguido por um grupo. Entre os momentos mais divertidos, o que um esqueleto faz um de seus parceiros de xilofone, o que um deles faz o arremedo de passos do fox-trot ou o que um dos esqueletos se desfaz de um dos seus próprios ossos para se livrar do canto insistente de uma coruja. Stalling ficaria mais conhecido como realizador de trilhas musicais para os desenhos da Warner da série Pernalonga. Walt Disney Prod. para Columbia Pictures. 5 minutos e 20 segundos

Filme do Dia: Alice Gets in Dutch (1924), Walt Disney

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A lice Gets in Dutch (EUA, 1924). Direção: Walt Disney. Com: Virginia Davis, Mrs. Hunt, David F. Hollander, Marjorie Sewell, Spec O’Donnell. Alice e seus colegas de sala resolvem se vingar da inflexível e ríspida professora, a Sra. Hunt, enchendo o interior de um balão de tinta. Quando a professora percebe o balão e com olhar sádico, afirma que eles sabem qual será o destino do mesmo, os alunos imediatamente também sabe qual será o destino dela após o balão: ficar com o rosto e parte das vestes completamente sujas de tinta. Alice vai para o canto de castigo e com chapéu de burro. Lá, sonha com um mundo no qual interage pacificamente com os animais até ser perseguida pela Sra. Hunt e seus asseclas, livros. Quando se encontra numa situação difícil, sendo molestada pela Sra.Hunt, é acordada pela própria. Se em termos de técnica a mescla entre animação e ação ao vivo se encontra a anos-luz de distância da qualidade e tampouco se direciona para a inteligente auto-reflexividade posta

Filme do Dia: O Pequeno Havita (1937), David Hand

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O Pequeno Havita ( Little Hiawatha , EUA, 1937). Direção: David Hand. Música: Albert Hay Mallote. O Pequeno Hawita parte para a caça, mas acaba sendo motivo de mofa de todos os animais da floresta, assim como o herói deles quando resolve poupar o filhote de coelho. Os animais retribuirão seu gesto quando o jovem índio se deparar com um enorme e valente urso. À qualidade irrepreensível da animação da Disney se une a sua habitual excessiva docilidade e um auto-centramento de todo o universo em torno de seu protagonista-criança que supõem um diálogo com crianças de tenra infância. Avery parodiaria impiedosamente tudo isso com seu Big Heel-Whata (1944), protagonizado por um índio um tanto lento e de sexualidade pouco definida. Compõe a série Silly Simphonies . Walt Disney Prod. para United Artists.  9 minutos e 13 segundos.

Filme do Dia: Victory Vehicles (1943), Jack Kinney

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Victory Vehicles (EUA, 1943). Direção: Jack Kinney. Rot. Original: Web Smith & Ralph Wright. Música: Oliver Wallace. Tipo de animação em curta-metragem que, como um documentário institucional, segue mais um tópico que personagens dentro de uma situação narrativa “realista”, ao menos compreendendo esse termo para os padrões do universo da animação. Assim, observa-se aqui a questão da saturação que sofre a cultura automobilística, representada seja pela quantidade crescente de carros, seja pelo traçado cada vez mais alucinante que o solo sofre com os sulcos criados por novas estradas que ligam indivíduos morando em localidades distintas. Dentre as várias opções pensadas e estapafúrdias, uma espécie de pula-pula acaba sendo a considerado mais viável, em termos inclusive de estacionamento – a poluição ainda não é levada em conta aqui. Walt Disney Prod. para RKO Radio Pictures. 8 minutos e 4 segundos.

Filme do Dia: O Piquenique (1930), Burt Gillett

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O Piquenique ( The Picnic ,   EUA, 1930). Direção: Burt Gillett. Esse curta, ainda que em p&b, no qual  Mickey e Minnie vão para um piquenique e levam também Pluto –aqui o cachorro de Minnie – enfrentando a chuva  e os animais que carregam toda a comida após um breve momento de diversão e dança demonstra a tendência que a animação pós-cinema sonoro enveredou, sendo Disney o modelo mais bem sucedido a apresentar a trilha a ser seguida por outros produtores, não tanto em termos dos traços dessa animação ainda um tanto toscos (o modelo de qualidade eram as Silly Simphonies ) ou na presença de uma certa dose de manifestações "eróticas" que se tornariam crescentemente dessexualizadas após o Código Hays, mas na soma de música, antropomorfização de animais longe de fazer menção ao universo social mais concreto (caso da série de Félix da década anterior) e um enredo mínimo, acrescentando posteriormente as cores. Aqui o número musical cantado pela dupla de ratos é seguido pe

Filme do Dia: Figaro & Cleo (1943), Jack Kinney

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Figaro and Cleo (EUA, 1943). Direção: Jack Kinney. Figaro foi um pequeno gato criado para o longa Pinoquio e nesse curta faz sua estreia solo. A partir de seu redirecionamento para o formato curta ele provavelmente, pretendia ser uma resposta para a dupla Tom & Jerry. Aliás toda a disposição visual e as situações são mais evocativas dos curtas dirigidos pela dupla Hanna & Barbera com seus dois personagens célebres do que propriamente da Disney. Aqui, não apenas os traços e a direção de arte são evocativos, mas até mesma as pernas da habitual empregada doméstica negra são entrevistos. Walt Disney Prod. para RKO Radio Pictures. 8 minutos e 22 segundos. 

Filme do Dia: Cat Nap Pluto (1948), Charles A. NIchols

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Cat Nap Pluto (EUA, 1948). Direção: Charles A. Nichols. Rot. Original: Eric Gurney. Música: Oliver Wallace. O visual lustroso de uma casa burguesa, com destaque para seu piso transparente de limpo e seus estofados e a implicância dos dois personagens principais um com o outro – sobretudo de Figaro em relação a Pluto traem provavelmente a influência da animação da dupla Hanna & Barbera para a Metro, sobretudo seus mais célebres personagens, Tom & Jerry. O diferencial aqui – em que todas as motivações partem do desejo de Pluto de dormir, após o que aparenta ter sido uma noite de farra encontrando resistência do gato Figaro, que quer brincar – é a maior suavidade com que tudo é tratado em relação a dupla do estúdio rival. Walt Disney Prod. para RKO Radio Pictures. 6 minutos e 32 segundos.

The Film Handbook#13: Walt Disney

Walt Disney Nascimento: 05/12/1901/Chicago, EUA Morte : 15/12/1966, Los Angeles, EUA Carreira (como diretor): 1920-66 Embora seja verdade que poucos dos filmes descritos como "Um filme de Walt Disney" sejam, de fato, animados ou dirigidos pelo próprio Walt, tais como sua visão criativa e seu controle sobre os artistas que trabalharam para ele que sua definição de autoria poderia se estender até mesmo para os produtos da Disney lançados após sua morte. Mesmo nunca tendo sido um grande artista, sua perspicácia para os negócios e compreensão do gosto do público tornam-o um grande contribuidor ao entretenimento e folclore populares. O jovem Walter Elias Disney deliciava-se em desenhar animais e após trabalhar como ilustrador comercial, entrou no mundo do cinema com as séries Alice in Cartoonland  e Oswald the Lucky Rabbit . Porém foram as Silly Simphonies e Mickey Mouse que o puseram no caminho da fama e da fortuna: um inovador técnico, ele fez os primeiros desenhos animad

Filme do Dia: Donald's Better Self (1938), Jack King

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Donald’s Better Self (EUA, 1938). Direção: Jack King. Rot. Original: Carl Barks & Harry Reeves. Música: Oliver Wallace. O estudante Donald se vê dividido entre as ações orientadas por sua consciência angelical, que o faz se levantar da cama e se preparar para ir à escola e sua rival, a diabólica, que o faz se desviar do caminho da escola para experimentar fumar um cachimbo e ir buscar outros prazeres. Quando Donald se encontra completamente mareado do fumo, um duelo entre as duas consciências se dá com a angelical vencendo definitivamente a diabólica e trazendo Donald novamente ao caminho da retidão, o da escola. Completamente esquemática em sua divisão de laivos protestantes entre o bem, representado por tudo que é odiosamente destituído de prazer e o mal, que seria justamente o mundo da experiência dos prazeres mundanos, é curioso como esse curta, como aliás a maior parte do cinema de ação ao vivo de sua época, para não dizer de hoje, extraía justamente a maior – e melhor

Filme do Dia: The Opry House (1929), Walt Disney

The Opry House (EUA, 1929). Direção: Walt Disney . Música: Carl W. Stalling. Mickey acaba participando de uma apresentação musical em um teatro (uma corruptela das casas de ópera comuns na passagem do século é o que faz menção o título), na qual a apresentação serve apenas como pretexto para que os movimentos e os sons articulados a esse pela música sejam a motivação central e praticamente única. Enquanto evocação da época do vaudeville, o mais convencional Nifty Nineties (1941) é de longe mais interessante. Embora uma certa dimensão anárquica acompanhe o personagem nessa sua primera fase (aqui se trata da primeira animação na qual surge com luvas), não se encontra à par da série com o   Gato Félix. Walt Disney Prod. para Celebrity Prod. 6 minutos.

Filme do Dia: Coelhinhos Engraçadinhos (1934), Wilfred Jackson

Coelhinhos Engraçadinhos ( Funny Little Bunnies , EUA, 1934). Direção: Wilfred Jackson. Música: Frank Churchill & Leigh Harline. Aos olhos contemporâneos, mesmo a produção da década de 30 da série Silly Simphonies , modelo que de certa forma padronizou a estética e a ética da animação comercial de seu tempo nos Estados Unidos, e por extensão em boa parte do mundo, pode ter suas variantes. O mesmo Jackson, por exemplo, assinou títulos, por variados motivos, bem mais interessantes ( Music Land , The Old Mill ). Aqui se rende completamente a conjunção canções, números de dança com animais antropomorfizados e cores saturadas, com absoluta ausência de uma linha narrativa que evidencie alguma evolução ou conflito, pelo contrário contentando-se no caráter descritivo de um universo de coelhos e suas técnicas de fabricação e acondicionamento de ovos de páscoa. Walt Disney Prod. para United Artists/RKO Radio Pictures. 6 minutos e 52 segundos.

Filme do Dia: African Diary (1945), Jack Kinney

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African Diary (EUA, 1945). Direção: Jack Kinney. Rot. Original: Bill Peet. Música: Oliver Wallace.        Pateta vai a África e embarca em um safári que somente acaba, de forma radical, com a presença de uma furiosa especime de rinoceronte, que os expulsa não apenas da expedição como do próprio continente africano.       Narrado, ao menos inicialmente, sob um formato que faz evidente menção aos exploradores africanos do século XIX e seus célebres diários, o filme tampouco deixa de reforçar imageticamente clichês associados a tais expedições como revisitados, igualmente, pela produção cinematográfica de ação ao vivo, sobretudo em sua primeira metade. Assim, os nativos africanos são representados enquanto uma versão idêntica do Pateta porém trajando adereços e sendo demasiado subservientes em relação ao norte-americano, observados tais como pulgas atravessando as montanhas. Com relação a essa última representação, pode-se atenuar tal traço quando se observa uma certa massificaçã

Filme do Dia: Social Lion (1954), Jack Kinney

Social Lion (EUA, 1954). Direção: Jack Kinney. Rot. Original: Milt Schaffner & Dick Kinney.  Música: Oliver Wallace. Este admirável curta de animação de Kinney, relativamente menos conhecido e/ou apreciado que outros títulos do mesmo realizador (por exemplo,  Pigs is Pigs  ou  Lambert the Sheepish Lion , ambos indicados ao Oscar) apresenta um notável senso de ironia para com a sociedade norte-americana, para não falar de seu próprio humor surreal, ambas características longe de marcas comumente associadas ao estúdio que o produziu. Um leão, capturado na África para um zôo de Nova York, acaba acidentalmente indo parar nas ruas da cidade. Da majestade real na floresta se torna um anônimo ser ignorado e vilipendiado na floresta de concreto. Aqui, Kinney não apenas parodia o senso de individualismo moderno, como as regras de comportamento coletivas – o felino volta acuado ao ter que aprender a respeitar o momento correto que os pedestres devem atravessar a rua – e mesmo algumas insti

Filme do Dia: Mogli, O Menino Lobo (1967), Wolfgang Reitherman

Mogli, O Menino Lobo ( The Jungle Book , EUA, 1967). Direção: Wolfgang Reitherman. Rot. Adaptado: Larry Clemmons, Ralph Wright, Ken Anderson & Vance Gerry, inspirado nas histórias de Mowgli escritas por Rudyard Kipling. Música: George Bruns. Montagem: Tom Acosta & Norman Carlisle. Mogli é um garoto criado na selva por lobos após ter sido recolhido pela pantera Baguera. Uma reunião dos lobos fica decidido que ele não mais poderá pertencer ao círculo e Balu, um urso destrambelhado, passa a ser o seu “tutor”. Mogli deve ter cuidado com animais perigosos como a serpente hipnotizadora Kaa e o malicioso tigre Shere Kan. Sequestrado por um grupo de macacos, com muito esforço é salvo por Baguera e Balu. Quando Balu finalmente é convencido por Baguera de que Mogli deve voltar ao convívio dos humanos, Mogli se rebela e foge. Ele acaba caindo sob a influência de Kaa, até conseguir se livrar dela e, sozinho e tristonho, ser reanimado por um grupo de 4 divertidos abutres. Balu avisa a pa