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Mostrando postagens de setembro, 2024

Filme do Dia: "49"-17 (1917), Ruth Ann Baldwin

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  " 4 9”-17 (EUA, 1917). Direção: Ruth Ann Baldwin. Rot. Adaptado Ruth Ann Baldwin. Fotografia Stephen S. Norton. Com Joseph W. Girard, Leo Pierson, Donna Drew, William Dyer, Mattie Witting, George C. Pearce, Jim Hersholt. O juiz Brand (Girard), há muito morando na Costa Leste, nostálgico de suas experiências juvenis no Velho Oeste, envia seu secretário Tom Reeves (Pierson) e lá contratar um grupo de pessoas para reviver os tempos da exploração do ouro. Reeves se apaixona à primeira vista por Peggy (Drew), motivo da cobiça igualmente do vilão Will Reynor (Hersholt), que faz de tudo para prejudicar Reeves. Não parece muito feliz a exposição da história, que soa confusa, mesmo que não se percam alguns dados centrais. Muitos detalhes da mesma podem passar batidos, como o momento de sobreposição na mala do juiz, que emergem o que seriam recordações de sua juventude. Em alguns momentos parece que Donna Drew consegue ser de uma voragem a exalar espontaneidade e vida – o que se torna

O Dicionário Biográfico de Cinema#249: Cate Blanchett

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  Cate (Catherine Elise)  Blanchett , n. Melbourne, Austrália, 1969 T enha ou não Anthony Minguella se provado correto - que Cate Blanchett pode fazer "qualquer coisa" - permanece a se ver. Mas será divertido se saber, penso, apenas por Minghella a ter descoberto em The Talented Mr. Ripley [ O Talentoso Mr. Ripley ] (99). Ela tem um impulso cômico anterior que pode transformar um elemento muito sutil em personagem. Sua Meredith Logue é alargada do romance de Highsmith para propósitos da trama de inquietação especial de uma mulher não tão bonita ou rica o suficiente. Ainda assim, ela se sente desconfortável se não estiver lidando com pessoas que têm dinheiro.  U ma estudante do Instituto Nacional de Arte Dramática da Austrália, Blanchett fez Miranda, Ofélia e a Nina de A Gaivota  na Austrália, assim como Plenty , de David Hare , em Londres. Sua estreia nas telas foi em Police Rescue  (94, Michael Carson); Parklands (96, Kathryn Millard); Paradise Road [ Um Canto de Esperança ]

Filme do Dia: Elizabeth: A Era de Ouro (2008), Shekhar Kapur

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 E lizabeth: A Era de Ouro ( Elizabeth: The Golden Age , Inglaterra/França/Alemanha, 2008).  Direção: Shekhar Kapur. Rot. Original: William Nicholson & Michael Hirst. Fotografia: Remi Adefarasin. Música: Craig Armstrong & A.R. Rahman. Montagem: Jill Bilcock. Dir. de arte: Guy Dias , David Allday & Frank Walsh. Cenografia: Richard Roberts. Figurinos: Alexandra Byrne. Com: Cate Blanchett , Clive Owen, Geoffrey Rush, Susan Lynch, Samantha Morton, Jordi Mollá, Eddie Redmayne, Adam Godley. A já Madura Elizabeth I (Blanchett) terá que se debater com problemas de foro íntimo, sua crescente solidão e ausência da figura masculina desde o amor de juventude, algo que se torna mais evidente quando surge Walter Raleigh (Owen), pirata que andara negociando pelas terras da América. E também com questões de política externa e interna. Tendo sofrido um atentado contra sua vida, Elizabeth também se depara com as forças do espanhol Felipe II da Espanha (Mollá) e com o assassinato de Mary Stua

Filme do Dia: Roma (2018), Alfonso Cuarón

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  R oma (México/EUA, 2018). Direção,   Rot. Original e Fotografia: Alfonso Cuarón. Montagem: Alfonso Cuarón & Adam Gough. Dir. de arte: Eugenio Caballero, Carlo Benassini & Oscar Tello. Cenografia: Barbara Enriquez. Figurinos: Anna Terrazas. Com: Yalitza Aparicio, Marina de Tavira, Diego Cortina Autray, Carlos Peralta, Marco Graf, Daniela Demesa, Nancy García García, Verónica García, Andy Cortés, Fernando Grediaga, Clementina Guadarrama, Jorge Antonio Guerrero. 1970-1. Cleo (Aparicio) é empregada na casa da Sra. Sofía (de Tavira), com seus muitos filhos. O marido da patroa, Sr. Antonio (Grediaga), progressivamente ausente, resolve sumir de vez. Cleo, que havia tido um envolvimento romântico com Fermin (Guerrero), é abandonada por esse na sala de cinema ao afirmar para ele que se encontra grávida.  Sua gravidez é aceita por Sofía, mas quando Cleo se encontra  com a mãe de Sofía, Sra. Teresa (García), escolhendo um berço para seu filho, estudantes que participavam de um protest

Filme do Dia: A Infância Nua (1969), Maurice Pialat

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      A  Infância Nua ( L´Enfance Nue , França, 1969). Direção: Maurice Pialat . Rot. Original: Maurice Pialat & Arlette Langmann. Fotografia: Claude Beausoleil. Com: Michel Terrazon, René Thierry, Marie-Louise Thierry, Henri Puff, Raoul Billerey, Linda Guttemberg, Marie-Marc, Pierette Deplanque. François (Terrazon) é um problemático garoto de 10 anos abandonado pelos pais e cujos pais adotivos (Billerey e Guttremberg) decidem abrir mão da guarda por conta do excesso de problemas provocados pelo garoto e por acreditarem que ele está influenciando mal a filha adotiva Josette (Deplanque). A seguridade social leva François para o sítio do casal de meia-idade, os Minguet (René e Marie-Louise Thierry), onde François divide espaço com um adolescente mais velho, Raoul (Puff) e se apega grandemente com a bisavó. Envolvendo-se sempre em pequenas confusões, François acaba sentindo bastante a morte da bisavó. Com outras crianças, provoca um sério acidente de trânsito pelo qual é levado ao

Filme do Dia: As Novas Aventuras de Tarzan (1935), Edward A. Kull & Wilbur McGaugh

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  A s Novas Aventuras de Tarzan ( The New Adventures of Tarzan , EUA, 1935). Direção: Edward A. Kull & Wilbur McGaugh. Fotografia: Edward A. Kull & Ernest F. Smith. Música: Mischa Bakaleinikoff. Montagem: Harold Minter, Thomas Neff, Edward Schroeder & Walter Thompson. Dir. de arte: Charles Clague. Com: Bruce Bennett, Ula Holt, Ashton Dearholt, Frank Baker, Lewis Sargent, Harry Ernest, Dale Walsh, Jiggs. Tarzan (Bennett) viaja a selva guatamalteca para encontrar o amigo desaparecido D´Arnot. Ele junta-se a expedição de Matling (Baker) que busca uma cidade perdida onde se encontra o ícone de uma deusa valiosa. Os planos de ambos despertam a cobiça do inescrupuloso Raglan (Dearholt). Esta série para o cinema, produzida pelo próprio Bourrughs, parece ser o lado B das produções para a Metro que eram efetuadas na mesma época com Johnny Weissmuller encarnando Tarzan. Aqui tudo é mais precário, das interpretações canhestras ao sistema de sonorização de péssima qualidade. Restam

Filme do Dia: Lost Lotus (2019), Shu Liu

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  L ost Lotus (Hong Kong/Holanda, 2019). Direção e Rot. Original: Shu Liu. Fotografia: Zheng Yi. Montagem: Patrick Minks. Com: Yan Wensi, Zhao Xuan, Yuan Liguo, Ji Dan, Zhang Kai, Zhao Wei. A professora Wu Yu (Wensi) passa a dedicar praticamente o tempo todo, que não está ministrando aulas, a que justiça seja feita pelo atropelamento de sua mãe por alguém que vem a descobrir ser um poderoso homem de negócios, ao qual sequer consegue ter acesso. No processo, vai não apenas se tornando crescentemente próxima do budismo como igualmente se sentindo sem apoio, já que o próprio marido acredita que ela deve aceitar a gorda indenização que lhe é oferecida e não terá a menor chance de ter sucesso em um processo judicial criminal. Mesmo que lide com um tema espinhoso e uma produção (ao menos, em termos econômicos) independente, o resultado se torna bem canhestro devido a vários motivos, que incluem, sobretudo,   a incipiência do elenco e uma dificuldade de melhor conseguir uma expressão dram

Filme do Dia: The Whole Dam Family and the Dam Dog (1905), Edwin S. Porter

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  T he Whole Dam Family and the Dam Dog (EUA, 1905). Direção: Edwin S. Porter. Mesmo que a motivação desse filme já tivesse um extenso repertório iconográfico que lhe serviu como inspiração, como os cartões postais e o próprio vaudeville , Porter parece destilar certa ironia ou ao menos preservar a que havia eventualmente no vaudeville no modo como descreve essa família americana típica enquadrada pela moldura não menos   típica de uma fotografia. Plano a plano   se observa todos os componentes da família Dam e até sua cozinheira e seu cachorro, com as devidas indicações do nome acrescidas a moldura e o modo como pretendem ser representados.   O motivo do filme parece um tanto atípico em relação aos gêneros que se encontravam mais em evidência à sua época, sendo a referida tradição iconográfica exterior ao universo do cinema o seu parentesco mais próximo. Esta apresentção dura cerca de metade de sua metragem. Os atores olhando diretamente para a câmera e fazendo movimentos repetitiv

Filme do Dia: The Queen of Basketball (2021), Ben Proudfoot

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  T he Queen of Basketball (EUA, 2021). Direção Ben Proudfoot. Fotografia Brandon Somerhalder. Música Nicholas Jacobson-Larson. Montagem Stephanie Owens & Ben Proudfoot. Documentário sobre um destaque no basquetebol feminino estadunidense dos anos 1970, a carismática Lucy Harris. Além de ter todos os elementos valorativos para um tributo revisionista, mulher e negra, Lusia “Lucy” Harris, ainda foi capturada pela voga militante da época. Então, conseguiu ajudar a implantar um time de basquete feminino na universidade para onde foi, e se tornou a única negra no time. Desde o início já prevemos se tratar dela, quando fala dela em terceira pessoa. Além dos depoimentos da própria Lucy, abundam imagens de arquivo de jogos e reportagens televisivas. Ela participou da primeira equipe feminina a jogar uma olimpíada, em Montreal. No terço final do curta vem a já esperada parte mais dolorosa de uma trajetória resumida em sorrisos por Lucy: a impossibilidade de crescimento profissional quand

O Dicionário Biográfico de Cinema#248: William Wyler

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  William Wyler   (1902-81), n. Mulhouse, Alemanha 1 926: Lazy Lightning ; Stolen Ranch [ A Fazenda Roubada ]. 1927: Blazing Days [ Lá no Oeste ]; Hard Fists [ O Remido ]; Straight Shootin'  [ Reto como o Dever ]; The Border Cavalier ; Desert Dust [ Pó do Deserto ]; Shooting Straight (*). 1928: Thunder Riders [ A Prova de Coragem ]; Anybody Here Seen Kelly?  [ À Caça de um Marido ]. 1929: The Shakedown  [ O Trapaceiro ]; The Love Trap [ Cilada Amorosa ]. 1930: Hell's Heroes [ Os Três Padrinhos ]; The Storm [ A Invernada ]. 1931: A House Divided . 1932: Tom Brown of Culver  [ Cadete de Honra ]. 1933: Her First Mate  [ O Piloto d'Água Doce ]; Counsellor at Law  [ O Conselheiro ]. 1934: Glamour [ Fascinação ]. 1935: The Good Fairy  [ A Boa Fada ]; The Gay Deception [ Sua Alteza o Garçon ]. 1936: Come and Get It  [ Meu Filho é Meu Rival ] (co-dirigido com Howard Hawks); Dodsworth [ Fogo de Outono ]; These Three [ A Revolta do Colégio ]. 1937: Dead End [ Beco sem Saída ]. 1938:

Filme do Dia: O Galante Aventureiro (1940), William Wyler

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  O Galante Aventureiro ( The Westerner , EUA, 1940).  Direção:  William Wyler . Rot.Original: Niven Bursch & Jo Swerling, sob argumento de Stuart N. Lake.  Fotografia: Gregg Toland. Música: Dimitri Tiomkin.  Montagem: Daniel Mandell. Dir. de arte: James Basevi.  Cenografia: Julia Heron. Com:  Gary Cooper , Walter Brennan, Doris Davenport, Fred Stone, Forrest Tucker, Paul Hurst, Chill Wills, Lilian Bond. Em um Texas recém-colonizado por caubóis, um grupo de agricultores recém-chegados acaba sendo hostilizado pelos moradores locais, comandados pelo “juiz” local, o dono da taverna Roy Bean (Brennan). Os vaqueiros afirmam que os agricultores ocupam a região que era pasto para o gado deles. Os agricultores que o gado invade suas plantações. A situação parece mudar de figura com a chegada do caubói Cole Harden (Cooper). A muito custo, Harden consegue aparentemente conciliar os dois grupos, a partir da fixação de Roy Bean por uma atriz de teatro, Lily Langhty (Bond). Harden se apaixona p

Dicionário Histórico de Cinema Sul-Americano#104: José María Velasco Maidana

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VELASCO MAIDANA, JOSÉ MARÍA. (Bolivia, Ca. 1900-1989). O mais significativo pioneiro do cinema boliviano, cuja obra serve como inspiração para os realizadores socialmente conscientes para as regiões montanhosas andinas da América do Sul, José María Velasco Maidana, havia esquecido, ele próprio, tudo sobre seus filmes quando entrevistado, em 1978, por Alfonso Gumucio-Dagron, e sua obra havia desapercido por completo até a restauração de seu segundo longa, Wara Wara   (1930), foi completada em 2010. Nascido na Bolivia, Velasco Maidana estudou composição musical e conduziu o Conservatório Fontonva de Buenos Aires, e ao retornar ao seu país natal, tornou-se um professor de história da música no Conservatório Nacional de La Paz. Seu primeiro longa foi o famoso La Profecia del Lago  (1923-25) que se tornou um filme desaparecido antes mesmo de sua estreia, por conta da censura. Em 1927 realizou um curta documental sobre a inauguração do estádio de futebol Hernando Silles, e em 1928 fundou sua

Filme do Dia: The Garden of Earthly Delights (1981), Stan Brakhage

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  T he Garden of Earthly Delights (EUA, 1981). Direção: Stan Brakhage. Colagem de imagens de plantas sobrepostas em velocidade a se assemelhar por vezes ao registro de imagens em movimento. Embora a colagem tenda a apresentar um parentesco com os filmes abstratos que o realizador efetivou através de experimentações com a própria película, tanto o processo como o resultado final apontam igualmente para as dessemelhanças, inclusive ao apresentar imagens facilmente identificáveis a todo o momento.  E o que inicialmente sugere ser extraído de gravuras (negativos) vai se tornando mais aproximado de uma reprodução mimética mais “fiel” dos motivos em questão. Ao final os motivos mais próximos da gravura (ou da imagem em negativo?) retornam ao padrão observado ao início. 1 minuto e 44 segundos.

Filme do Dia: Unto Us a Child is Born (1966), Bill Morgan & Jerry Strawbridge

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  U nto Us a Child is Born (EUA, 1966). Direção: Bill Morgan & Jerry Strawbridge. Um dos exemplos pioneiros de utilização da técnica de kinestasis , ou seja, utilização expressiva de imagens em foto fixa, através da montagem, uso do zoom e associação com uma trilha sonora que, não raras vezes, como aqui, torna-se o fio condutor do ritmo – o título em questão, refere-se ao prólogo do Messias de Haendel. Fotos de crianças extraídas de contextos diversos são utilizadas e como o título do filme e a canção também sugerem implicitamente, deve-se atentar para que a “criança que nasce entre nós”,   pode não ser tomada assim tão literalmente e se referir ao próprio espectador e seja motivado pelo seu despertar diante da(s) realidade(s) observada(s). Seu trabalho pioneiro, onde se percebe ainda algumas fragilidades técnicas, seria tecnicamente aprimorado por realizadores como Charles Braverman posteriormente ( Kinestasis 60 , American Time Capsule ). 4 minutos e 51 segundos .

Filme do Dia: Baño de Caballos (1896), Gabriel Veyre

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  B año de Caballos (México, 1896). Direção: Gabriel Veyre. No ano seguinte após a primeira exibição pública do cinematográfo dos Lumière na França, Veyre já realizava diversos “flagrantes” semelhantes aos dirigidos e produzidos pelos irmãos franceses para quem Veyre já havia trabalhado mas que, aparentemente, já se encontrava dissociado no momento em que chega ao México, fundando sua própria companhia. Aqui se trata de um frenético banho de cavalos numa fazendo, tendo  ao lado do tanque homens que seguram as rédeas dos cavalos e cachorros latindo, enquanto os cavalos se agitam incessantemente. Inicia com a entrada dos cavalos no tanque, mas sua saída demasiado ligeira, mesmo para os padrões de tão breve filme, talvez tenha sido motivo de controvérsia entre os homens – um deles puxa um dos cavalos de volta ao tanque e parece escutar o que outro grita da margem. Gabriel Veyre. 33 segundos.

Filme do Dia: Bonequinha de Seda (1936), Oduvaldo Vianna

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  B onequinha de Seda (Brasil, 1936). Direção e Rot. Original Oduvaldo Vianna. Fotografia Edgar Brasil. Música Francisco Mignone. Montagem Luciano Trigo. Cenografia Hippólito Colombo, Murilo Lopes & Manoel Rocha. Figurinos Alcebíades Monteiro Filho & Armando Pontes. Com Gilda de Abreu, Delorges Caminha, Conchita de Moraes, Dea Selva, Wilson Porto, Darcy Cazarré, Mira Magrassi, Apolo Correia. Marilda (de Abreu) é uma garota com dificuldades materiais, até ser ajudada por amiga rica e se tornar uma verdadeira bonequinha de seda, e na mansão da avó, Madame Valle (Moraes) da amiga (Selva), que faz passar por dela própria, é apresentada ao jovem João Siqueira (Caminha), primeiro através da voz, posteriormente presencialmente. O mesmo janota que sempre a destratara, assim como seu amigo, quando iam atrás de ajuda financeira. E que voltará a fazê-lo, quando Marilda volta a se vestir como pobre, modificar o cabelo e usar óculos, encarnando a filha do alfaiate, vindo a ser protegida d

Filme do Dia: Sinhá Moça (1953), Tom Payne & Oswaldo Sampaio

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  S inhá Moça (Brasil, 1953). Direção Tom Payne & Oswaldo Sampaio. Rot. Adaptado Fabio Carpi, Tom Payne, Oswaldo Sampaio, Carlos Vergueiro & Guilherme de Almeida, a partir do romance de Maria Camila Dezonne Pacheco Fernandes. Fotografia Ray Sturges. Música Francisco Mignone. Montagem Edith Hafenrichter & Oswald Hafenrichter. Dir. de arte João Maria dos Santos. Figurinos Sophia Magno de Carvalho. Com Eliane Lage, Anselmo Duarte, Esther Guimarães, José Policena, Ruth de Souza, Eugenio Kusnet, Marina Freire, Lima Neto, Henricão. Quando retorna à fazenda do pai escravocrata, Sinhá Moça (Lage) se interessa no trem pelo jovem que a galanteia, Rodolfo (Duarte). Fugas de escravos estão ocorrendo no momento da chegada deles. Pouco tempo depois, Sinhá Moça recebe a caixinha de música que Rodolfo lhe apresentara no trem. Ela volta de São Paulo com ideias abolicionistas, para o desgosto familiar, já que o pai possui uma fazenda escravista. Seu interesse por Rodolfo entra em conflito

Filme do Dia: Enquanto Durou o Nosso Amor (1966), Florestano Vancini

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  E nquanto Durou o Nosso Amor ( Le Stagione del Nostro Amore, Itália, 1966). Direção: Florestano Vancini.  Rot. Original: Elio Bartolini & Florestano Vancini. Fotografia: Dario di Palma. Música: Carlo Rustichelli. Com: Enrico Maria Salerno, Anouk Aimée, Jacqueline Sassard, Gastone Moschin, Valeria Valeri, Gian Maria Volonté, Massimo Giuliani, Pietro Tordi. Vittorio (Salerno) é um jornalista de meia-idade desesperançado e sem expectativas para o futuro, após o final de seu relacionamento com a jovem Elena (Sassard) e sem mais sentir nada pela esposa (Valeri). Vittorio visita a sua cidade de nascimento, Mantua, após muito tempo sem por lá andar. Reencontra pessoas que fizeram parte do seu passado, como Tancredi, apelido de Carlo di Giusti (Moschin), hoje vigilante, Leonardo Varzi, que quando criança (Giuliani) fora expulso da casa do pai de um colega deles, por citar Matteotti, o líder político socialista morto pelos fascistas nos idos da década de 20 e hoje (Volonté) um homem ama

O Dicionário Biográfico de Cinema#247: Hans-Jürgen Syberberg

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  Hans-Jürgen Syberberg , n. Nossendorf, Alemanha, 1935 1 968: Skarabea  [ How Many Earths Does a Man Need? ]. 1972: Ludwig II - Requien für einen Jung Fräulichen König  [ Ludwig - Réquiem para um Rei Virgem ]. 1973: Theodor Hierneis oder Wie Man ein Ehemaliger Hofkoch Wird [ Ludwig's Cook ]. 1974: Karl May . 1975: Winifred Wagner und die Geschichte des Hauses Wahnfried 1914-1975  [ The Confessions of Winnifred Wagner ]. 1977: Hitler, ein Film aus Deutschland [ Hitler - um Filme da Alemanha . 1982: Parsifal . 1984: Die Nacht . 1990: Ein Traum, Was Sonst . S yberberg é talvez o mais ausente e absorvente dos diretores modernos. Mesmo quando se lista seus filmes, é um enigma se são ficção, documentário ou retalhos de um teatro épico em um cinema que excede rótulos. Nenhum diretor alemão foi tão conscientemente assaltado pelo passado recente de seu país, e ninguém, à parte Rosselini, explorou tanto uma relação discípula do cinema com a história. O filme de Syberberg de Hitler é não ap

Filme do Dia: Parsifal (1982), Hans-Jürgen Syberberg

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  Parsifal (Alemanha Ocidental, 1982). Direção: Hans-Jürgen Syberberg . Rot. Adaptado: baseado na ópera de Richard Wagner. Fotografia: Igor Luther. Montagem: Jutta Brandtstaedter & Marianne Fehrenberg. Cenografia: Werner Achmann.  Figurinos: Veronicka Dorn & Hella Wolter.  Com: Armin Jordan, Robert Lloyd, Martin Sperr, Michael Kutter, Edith Clever, Karin Krick, David Luther, Rudolph Gabler. Por mais abusiva que possa ser essa adaptação da última ópera escrita por Wagner (tendo como matriz o mito do Cálice Sagrado na corte do Rei Arthur), em termos de metragem, principalmente para o espectador não familiarizado com o gênero – e talvez até mesmo para os conhecedores – o filme de Syberberg ganha uma dimensão quase hipnótica por seus suntuosos cenários e por sua impecável  mise-en-scene . Quanto à última há um esmero raro com as cores e a iluminação na composição da imagem, assim como um magnífico trabalho de câmera. Suas cenas, por vezes monumentais, são evocativas dos antigos fi