Posteriormente nessa tarde, eu estava na piscina quando Christine esgueirou-se sobre mim e me passou três cigarros de maconha. "Acabei de enrolar esses para você", ela disse, "curta, curta, curta."
Foi a última vez que qualquer um de nós a viu.
Ela saiu na van de Crosby com sua amiga Barbara Lang, levando os gatos para o veterinário. No caminho, na rua principal de Novato, um dos gatos pulou em seu colo, arranhando-a. Ela inclinou-se para tirar o gato de seu colo e desviou-se para a faixa oposta, sendo abalroada por um ônibus escolar e tendo morte instantânea.
Assisti uma parte de David morrer esse dia. Ele era um homem forte, sem dúvida, mas a morte de Christine foi bastante traumática para ele.Quando ela morreu, um pedaço dele se foi. Ela havia sido uma de suas musas e mais que isso. Ele a amava mais do que admitia. Perguntou-se em voz alta o que o universo estava fazendo com ele. E saiu dos trilhos; nunca mais foi o mesmo.
Depois da tragédia, de alguma maneira continuamos a fazer Déjà Vu, mas David frequentemente chegava em lágrimas ao estúdio. As drogas ajudavam-no no sofrimento - ou assim ele pensava - enquanto, na verdade, apenas tornavam as coisas piores. Ele estava inconsolável, caindo aos pedaços. O amor e a energia radiante que havia sido o primeiro álbum de Crosby, Stills & Nash desaparecera de Déjà Vu porque, de uma maneira ou de outra, estávamos todos atormentados, todos miseráveis, todos desequilibrados. David havia perdido Christine, Stephen havia rompido com Judy Collins e minha relação com Joan [Joni Mitchell] estava se deteriorando. Neil também estava tendo seus problemas com sua esposa, Susan.
(...)
Então, estávamos todos lutando com seus romances, confusos porque o mundo repentinamente não estava dando certo, daí o porque de Déjà Vu ser muito mais sombrio que o primeiro disco.
(Grahan Nash, Wild Tales, pp. 172-3).

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