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Filme do Dia: Woodland Café (1937), Wilfred Jackson

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  W oodland Café (EUA, 1937). Direção: Wilfred Jackson. Rot. Original: Isadore Klein, Bianca Majolie & Dick Rickard. Música: Leigh Harline. Noite de muita dança e jazz no café predileto dos insetos. Inicialmente tomando partido da adaptação antropomórfica do baile dos insetos, em que suas muitas patas fazem as vezes de múltiplas mãos, em termos de chapelaria, músicos, garçons e dançarinos, esse curta – provavelmente do auge do talento senão criativo, pictórico, do estúdio – envereda a determinado momento por uma situação singular, envolvendo um “casal”, em que a grosseira misoginia da figura masculina é sobrepujada pela feminina em seu último momento, sem deixar de lado as alusões racistas bastante comuns no período, das quais praticamente todos os estúdios praticaram. Parte das Silly Symphonies , 75 curtas metragens produzidos entre 1929 e 1939. Walt Disney Prod. para RKO Radio Pictures. 7 minutos e 39 segundos.

Filme do Dia: Parabola d'Oro (1955), Vittorio De Seta

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  P arabola d’Oro (Itália, 1955). Direção, Rot. Original e Fotografia: Vittorio De Seta. Já se inicia com duas recorrências que acompanham a série de curtas que dirigiu na Sicília, um letreiro explicativo, que procura dar uma contextualização ampla do local abordado, afirmando se tratar da Sicília central, enquanto observamos imagens de camponeses a colher o trigo. A outra recorrência, que trespassa ao menos em algum momento, todos os curtas, são os cantos tradicionais. Fazendo com que a trilha sonora convencional, enquanto elemento “exógeno” do que a imagem retrata, seja substituída por cantos provenientes da própria comunidade. Assim como pela ausência da voz over enquanto signatária habitual de um pacote de estratégias, e talvez uma das principais, a evocar a voz do saber de quem organiza as imagens de um documentário. E o filme parece emergir no tempo próprio desses trabalhadores e da atividade repetitiva que exercem, como o homem que instiga duas parelhas de cavalos a realizare

Filme do Dia: A Dança Rubra (1928), Raoul Walsh

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  A   Dança Rubra ( The Red Dance , EUA, 1928). Direção: Raoul Walsh. Rot. Adaptado: James Ashmore Creelman, Philip Klein, Pierre Collins, Malcolm Stuart Boylan a partir do conto de Henry Leyford Gates & Eleanor Brown.  Fotografia: Charles G. Clarke & Jack A. Marta. Música: Erno Rappee & S.L. Rothafel. Montagem: Louis R. Loeffler. Cenografia: Bem Carré & David S. Hall. Com: Dolores del Rio, Charles Farrell, Ivan Linow, Boris Charsky, Dorothy Revier, Andrés de Segurola, Demetrius Alexis. Rússia, 1918. Enquanto o jovem e charmoso oficial, o Grão-Duque Eugene (Farrell) tem como missão ordenada pelo Tzar a se casar com a Princesa de Orenburg, Varvara (Revier), a jovem camponesa Tasia (del Rio) é prometida pela rude família de campônios com quem vive, a se casar com Ivan Petroff (Linow), um não menos rude e alcóolatra membro do Exército. Tasia conhece Eugene, no entanto, e o amor entre ambos rapidamente se expressa, após a fuga dessa de casa em uma noite de chuva. Quando r

Filme do Dia: The Dot and the Line: A Romance in Lower Mathematics (1965), Chuck Jones & Maurice Noble

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  T he Dot and the Line: A Romance in Lower Mathematics (EUA, 1965). Direção: Chuck Jones & Maurice Noble.  Rot. Original: Norton Juster, a partir de seu próprio argumento. Música: Eugene Poddany. Dir. de arte: Maurice Noble. Esse curta animado demonstra o quanto o talento de Jones não se resumia às clássicas animações que havia desenvolvido para a Turma do Pernalonga. Seu tom irônico, já antecipado no primeiro comentário do narrador a respeito de uma “sensível e viril linha que se apaixonara perdidamente por um ponto”, não garante, no entanto, um humor espontâneo, e tampouco parece ser esse o seu objetivo. As características gráficas do ponto e da linha se tornam motivo que os amigos da linha acusem a “falta de profundidade” do ponto ou que, deprimido com a falta de receptividade do ponto, a linha acabe se contorcendo em vários ângulos, até quase perder sua característica original. Porém, linha refeita, uma aproximação acaba ocorrendo, proporcionando senão um vida feliz desde en

Filme do Dia: Ousmane (2006), Dyana Gaye

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  O usmane (Senegal/França, 2006). Direção: Dyana Gaye. Ousmane é um garoto de 7 anos que pede esmolas nas ruas de Dacar. Articulado e carismático, ele consegue convencer até mesmo adultos aparentemente pouco interessados em colaborar, tocando em seus pontos fracos. Posteriormente, vai aos Correios e pede numa carta ao Papai Noel que ele ajude às pessoas que lhe beneficiaram com as esmolas. Esse espirituoso curta-metragem consegue apresentar um retrato mais complexo de seu protagonista, ao apresentar uma outra faceta do mesmo que fica encoberta no momento de sua ação, que é o fato dele realizar mesmo o prometido. Andolfi/Ika 964. 15 minutos.

O Dicionário Biográfico de Cinema#88: Louise Brooks

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  Louise Brooks (Mary Louise Brooks) (1906-85), n. Cherryvale, Kansas E m seus últimos anos, Louise Brooks fez de tudo que uma mulher idosa, frequentementea acamada, podia fazer para assegurar sua reputação enigmática. Tornou-se reclusa em Rochester, Nova York, foi o que se disse. Suas paixões eram a artrite e a enfisema. Mas ela acabou lá em grande parte por causa do entusiasmo de James Card, curador da Eastman House. E ela ainda conseguia atrair homens para o interior do estado de Nova York: Kenneth Tynan esteve lá para escrever um ensaio apaixonado e bastante influente para The New Yorker ; Richard Leacock foi lá para filmá-la. E houve outros. Antes dela morrer, Lulu in Hollywood  foi publicado (com uma introdução de William Shawn). Aquela reunião de ensaios foi inteligente, fascinante, enigmática, fria, e certamente além do que a maioria das estrelas pensaria tentar. Mas fidedigna, completa, honesta? Ela havia escrito uma autobiografia, assim foi defendido - Naked On My Goat  - mas

Filme do Dia: Morro dos Prazeres (2013), Maria Augusta Ramos

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  Morro dos Prazeres (Brasil/Holanda, 2013). Direção: Maria Augusta Ramos. Fotografia: Leo Bittencourt & Guy Gonçalves. Montagem: Karen Akerman. Fechando a trilogia iniciada com  Justiça  (2003) e  Juízo  (2007), o filme traça um intenso retrato das tensões subterrâneas (e não tão subterrâneas) da relação entre moradores e a polícia no morro que dá nome ao título, onde foi instalada uma Unidade de Polícia Pacificadora (UPP). De forma pouco usual, o documentário consegue se aproximar tanto de um núcleo quanto de outro, trazendo “personagens” ricos de ambos os lados e momentos bastante interessantes que se sobrepõe ao que é flagrado mais ao cotidiano e tampouco deixa de revelar muito do que há de humano, desde a jovem traficante falando sobre quando havia sido flagrada pela polícia em um jorro interminável de palavras até o chefe do comando das UPPs que faz um discurso em que associa a virilidade dos policiais ao armamento que carregam consigo “como uma extensão do próprio pênis”.  S