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Le interviste impossibili - Umberto Eco incontra Beatrice

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Joni Mitchell Interview

CNN LARRY KING LIVE

Interview with Lauren Bacall Aired May 6, 2005 - 21:00   ET THIS IS A RUSH TRANSCRIPT. THIS COPY MAY NOT BE IN ITS FINAL FORM AND MAY BE UPDATED. LARRY KING, HOST: Tonight, an hour with an outspoken legend, an icon of sultry sensuality. Gracing the silver screen for more than half a century. She is one of Hollywood's greatest love affairs and she's one of my favorite people. She met Bogie at 19, married him at 20, later was involved Francis Albert, too. What a life, what a woman, what an hour, the one and only Lauren Bacall is next. We welcome Lauren Bacall to LARRY KING LIVE, a return visit. Hasn't been with us in six years. LAUREN BACALL, ACTRESS: No. Really? KING: You were but a tyke. BACALL: I was but a tyke, a tiny tyke. KING: And you were mad. I mentioned Francis Albert and didn't mention Jason Robards. BACALL: I wasn't mad, I just said Jason was very important in my life. Frank was Frank.

Cristiano Burlan, um relato de vida – 5

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JC – Como sua mãe foi para Uberlândia? CB – Morávamos no Capão Redondo, meu pai batia muito nela, bebia, mal sustentava a casa. Tinha um borracheiro em frente, onde eu fazia bicos. Fiquei amigo dele. Ele tinha um parente em Uberlândia. Ele e minha mãe começaram a ter um caso e ela fugiu com ele, me avisou, eu nunca julguei minha mãe por isso, ele a tratava muito bem e ela acabou indo para Uberlândia. Bom, meu pai foi e voltou a casar com ela. Ele morreu em Uberlândia, está enterrado lá. [...]. Um dia recebo uma ligação de minha irmã, minha mãe tinha um namorado, uma pessoa estranha. Em 2010 passei o Natal com ela. Voltei, fiz o Sinfonia [ de um homem só ]. Uma semana depois de terminar o filme, minha irmã me liga dizendo que ela foi assassinada pelo namorado, um homem soturno, ciumento. Ele a enforcou com um fio. Minha grande crise agora é se eu faço um filme sobre isso ou não. E a coisa mais sinistra é que talvez eu faça e com dinheiro púbico ainda, pela 1ª vez. Fic

Cristiano Burlan, um relato de vida – 4

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JC – O que ele faz? CB – Ele estudou jornalismo. Ele não tinha o 2º grau completo, comprou o diploma para fazer o vestibular. Ele se formou, com louvor até. Trabalhou em São Paulo e agora ele voltou para a Paraíba, Campina Grande. A família dele é de lá e de Pernambuco. Casou e leva uma vida aparentemente tranquila mas é uma pessoa transtornada por tudo o que passou, assim como eu. [...] É um grande amigo, sempre me coloca num lugar que não deixa cair no conforto, como essa agora de ganhar o prêmio ... JC – Vocês comentaram o sucesso do filme? CB – Eu o levei pro Rio, o É tudo verdade colocou a gente num lugar confortável. Ele saiu à noite, às 4 da manhã o porteiro avisa: seu amigo tá aqui com 4 putas e um traficante, querendo subir. Desci e resolvi. Ele subiu, falou: 2º não me dê lição de moral que lhe conheço muito bem; 2º se não fosse minha entrevista o seu longa que ganhou o prêmio seria um curta. Aí eu me calei! Eu sei que ele poderia fazer qualquer coisa e

Cristiano Burlan, um relato de vida – 3

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JC – Você chegou a essa situação? CB – Cheguei, me senti um lixo. Outra vez, foi quando agredi um garoto na escola, ele quebrou o nariz, saiu sangue, isso me machucou muito. Outra vez, ver uma pessoa congelada, apavorada, quando você aponta a arma para ela. Eu acho que é um clic, você tem medo de matar alguém, você não tem coragem e de repente você mata e isso vira um hábito. JC – Essas ações ocorriam onde? CB – Itaim, boutique, padaria, essas coisas. Várias vezes eu quase morri, isso para não dizer que vi o Diabo três vezes na minha frente e mandei um dedão pra ele. Mas eu não tenho orgulho disso, eu queria não ter passado por essas histórias. É tão pesado, tão trágico e dolorido o que aconteceu comigo, com minha família e com meus amigos, que para mim parece que é uma ficção, barata até, muito inventada. Se eu fizesse um documentário contando minha história realmente, as pessoas iam achar que sou louco, que parece um romance. JC – Dá um exemplo. CB – Esse exe

Cristiano Burlan, um relato de vida – 2

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JC – Volte ao Capão, essa história da escola, como foi? CB – Primeiro que as escolas na periferia têm sempre muitas grades e portões, quando você entra, as portas vão se fechando atrás de você. Quando pela primeira vez eu fui visitar meu irmão numa cadeia em São Paulo, eu tive a mesma sensação que tinha quando entrava na escola. Uma escola na periferia é sempre cinza, concreto, não tem cor nenhuma e parece que você está entrando numa cadeia. Não tem biblioteca nas escolas públicas, sempre tem alguns livros ali, restos que chegam, pelo menos na minha época, hoje não sei. Os professores iam ensinar meio forçados e não tinham interesse pelos alunos. Os alunos também não tinham interesse pelos professores. Assim pouca gente consegue se interessar pelos estudos. Muito cedo comecei a me interessar por literatura, música, teatro, cinema, por cinema principalmente, aí comecei a atravessar o rio para ir a Santo Amaro. JC – Isso revela que você tem energia, isso não vem do seu