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Mostrando postagens com o rótulo Cinema Mudo

Filme do Dia: The Blacksmith's Love (1911), Francis Boggs

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  T he Blacksmith’s Love (EUA, 1911). Direção e Rot.Orginal: Francis Boggs. Com: Tom Santschi, Herbert Rawlinson, Eugenie Besserer, Frank Richardson, Frank Clark, Fred Huntley, Anna Dodge.   Inicia a Guerra da Secessão. Mace Brewer (Rawlinson) parte para a guerra, deixando sua jovem esposa Mary (Besserer) sozinha. Seu amigo, Joe Saunders (Santschi) também faz o mesmo com sua velha mãe (Dodge). Após a última batalha sangrenta, Joe encontra Mace aparentemente morto e conta para sua mãe. Ele, no entanto, encontra-se em estado de catatonia após o choque traumático da experiência da guerra e da proximidade da morte. Após a missa de um ano de luto pela perda de Mace, Joe Saunders pede a mão de Mary em casamento e é prontamente aceito. O casal vive feliz até que um recuperado Mace volta a surgir repentinamente. Mary opta pelo que acredita ser o certo, voltando ao marido que inicialmente casara, para a tristeza e desilusão de Joe. Embora capturados em ângulo diversos, esse filme inicia com

Filme do Dia: Raskolnikov (1923), Robert Wiene

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  R askolnikov (Alemanha, 1923). Direção: Robert Wiene. Rot. Adaptado: Robert Wiene, baseado no romance Crime e Castigo de F. Dostoievski. Fotografia: Willy Goldberger. Dir. de arte: Andrej Andrejew. Com: Gregori Chmara, Maria Kryshanovskaya, Elibeta Skulskaja, Alla Tarasova, Andrei Zhilinski, Mikhail Tarkhanov, Mariya Germanova, Pavel Pavlov. Após escrever uma tese em que defende a possibilidade de um crime, desde que realizado por pessoas extraordinárias, Rashkolnikov (Chmara) acaba assassinando a mulher para quem penhorava seus parcos objetos e sua irmã, que foi visitá-la no momento do crime. Ele se torna cada vez mais interessado em Sonja (Kryshanovskaya), filha de um alcoólatra, Marmeladow (Tarkhanov), que conheceu na mesa de um bar. Ainda que seja o principal suspeito do comissário de polícia, o fato de um outro homem ter confessado o crime, deixa-o livre. Porém a pressão do comissário e, principalmente de Sonja, fazem com que confesse-o. O filme demonstra que Wiene, ao cont

Filme do Dia: Como na Vida (1910), D.W. Griffith

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  C omo na Vida ( As It Is in Life, EUA, 1910). Direção: D.W. Griffith. Rot. Original: Stanner E.V. Taylor. Fotografia: G.W. Bitzer. Com: George Nichols, Gladys Egan, Mary Pickford, Marion Leonard, Charles West, Mack Sennet, William J. Butler, Kate Bruce. George (Nichols), velho viúvo pobre que trabalha numa fábrica de pombos tem que sustentar a si e a sua jovem criança (Egan). Ele abre mão de um velho amor de infância (Leonard) pois não poderá sustentar as duas e não se conforma quando, logo após retornar, a filha se enamora de um rapaz (West) e se casa, saindo de sua residência.            Esse melodrama griffithneano trai um tanto de patético, como lhe é habitual mas, ao mesmo tempo, com sua mescla de fatos dramáticos e divertidos – há uma seqüência bem humorada na qual Pickford não consegue atrair ninguém para auxiliar ela e seu bebê que soa extremamente moderna – parecendo antecipar basicamente melodramas envolvendo famílias até os dias de hoje, tocando na questão dos laços de

Filme do Dia: Coney Island at Night (1905), Edwin S. Porter

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  C oney Island at Night (EUA, 1905). Direção: Edwin S. Porter. Filmagem noturna que pretende valorizar a iluminação do monumental e gigantesco Luna Park, célebre atração local que já havia sido motivo, inclusive, para investidas com encenações que buscavam chamar a realidade do ambiente do parque para o seu universo de pretenso humor, em Rube and Mandy at Coney Island , de dois anos antes. Aqui, Porter faz uso do “panorama”, no caso em questão   proporcionadas por panorâmicas horozontais e verticais do equipamento urbano que forma o parque. No último dos “panoramas” se dstaca em detalhe, com a câmera subindo e descendo, o prédio mais alto e vistoso do complexo, em imagens que mais se assemelham a um culto fálico. Porter era mestre no gênero e nada do que fez depois nele talvez se compare a seu Panorama of Esplanade by Night (1901), seguindo o mesmo principio. Edison Manufacturing Co. 4 minutos.

Filme do Dia: Par le Trou de la Serrure (1901), Ferdinand Zecca

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  P ar le Trou de la Serrure (França, 1901). Direção Ferdinand Zecca. Voyeurismo e cinema são quase sinônimos, seja como metáfora (o ato expectatorial diante de uma obra que não acusa a existência de uma assistência), dispositivo de exibição (sobretudo no caso do quinetoscópio de Edison, observado individualmente) ou enredos mesmo, como é o caso em questão, a simular um homem a observar os arranjos de uma mulher pelo buraco da fechadura. Desnecessário se imaginar o ângulo ideal de observação e a generosidade da fechadura, emulada por uma máscara na imagem. A mulher se maquia, solta o cabelo. Em outro quarto, o homem, um faxineiro de uma provável pensão feminina, observa uma mulher de mais idade que a primeira, tirar um enchimento do corpete (a dimensão erótica está muito associada a estas produções, embora curiosamente na figura da mulher mais velha e não da jovem), os cílios   e tomar sua medicação. Como já se parecia adivinhar, a segunda “mulher” também tira a peruca, demonstrand

Filme do Dia: Salomé (1910), Ugo Falena

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  Salomé (Itália, 1910). Direção: Ugo Falena. Com: Vittoria Lepanto, Laura Orette, Ciro Galvani, Achille Vitti, Francesca Bertini, Gastone Monaldi. Salomé tenta seduzir João Batista (Galvani), que se encontra confinado, mas a recusa. Herodes (Orette) fica fascinado pela dança de Salomé (Lepanto) e pede qualquer desejo seu. Essa ordena-lhe então que seja decepada a cabeça de João Batista, que ela retira feliz do poço onde se encontrava e põe sob uma bandeja. Ao menos nesta versão incompleta (dos seus originais doze minutos) e também sem cartelas, esse filme de Falena, conhecido por seu interesse pelos épicos ( Romeo e Giulietta , de dois anos após, dentre eles), talvez chame mais atenção ao público de mais de um século após por sua dificuldade em tornar compreensível sua narrativa para aqueles não conhecedores do relato bíblico. Colorizado, para ressaltar os adereços cenográficos e de figurinos. A cena dos véus procura certamente explorar o apelo erótico. Lepanto, como as divas do c

Filme do Dia: Panoramic View of Newport (1900), James H. White

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P anoramic View of Newport (EUA, 1900). Fotografia: James H. White. Na verdade se trata menos de uma visao panorâmica de Newport, como afirma o título, do que uma longa cena na qual se percebe a movimentação extraordinária (devido a câmera os filmando?) de homens no convés de um barco. As poucas edificações da cidade ficam tão ao fundo e esparsas que tampouco condizem com o prometido pelo título. Cumpre ressaltar que o título o aproxima dos “panoramas”, um dos gêneros favoritos da época, ainda que aqui se tenha menos um movimento panorâmico da câmera, tal como habitualmente no gênero, que um travelling a partir de um barco. Edison Manufacturing Co. 1 minuto e 15 segundos.

Filme do Dia: Bodakungen (1920), Gustaf Molander

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  B odakungen (Suécia, 1920). Direção e Rot. Original: Gustaf Molander . Fotografia e Montagem: Adrian Bjurman. Dir. e arte: Nils Whiten. Com: Hilda Castegren, Egil Eide, Frans Enwall, Josef Fischer, Uno Henning, Axel Högel, Harald Molander, August Palme, Wanda Rothgardt, Winifred Westover. Soren (Eide) é um agricultor autoritário, que destrata seus serviçais e possui uma longeva intriga familiar com outro agricultor, de perfil distinto, Marten (Palme). Com grandes dificuldades financeiras, o último parte desgostoso de sua propriedade, com a filha Eli (Westover). Quando sua própria filha, Gunnel (Rothgardt), única pessoa que ama e tem alguma influência sobre ele, afasta-se, abandona o local. Após um longo tempo distante de casa, Hans (Henning), irmão de Eli, retorna. Hans apaixona-se por Gunnel. Existe há barreira da tradicional intriga familiar a impedir que levem o seu amor adiante, no entanto. Até o momento em que um andarilho surge bastante adoecido e é acolhido por Hans, que con

Filme do Dia: Le Theatre du Hula Hula (1925)

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  L e Theatre du Hula Hula (Dinamarca, 1925). Essa particularmente curta animação evoca o espírito do vaudeville não apenas nos números apresentados em um palco ao fundo, com uma banda tocando em primeiro plano, como na insistência em que não modifica uma vez sequer a perspectiva que acompanha suas figuras observadas como silhuetas e a partir do palco, numa dimensão que voluntariamente ou não mimetiza igualmente as primeiras produções cinematográficas que descreviam números de vaudeville, como as de Edison. 3 minutos e 2 segundos.

Filme do Dia: Convict 13 (1920), Edward F. Cline & Buster Keaton

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  C onvict 13 (EUA, 1920). Direção & Rot. Original: Edward F. Cline & Buster Keaton. Fotografia: Elgin Lessley. Com: Buster Keaton, Sybil Seely, Joe Roberts, Edward F. Cline, Joe Keaton. Buster (Keaton) é motivo de riso dos grã-finos do clube de golfe, quando pretende ser um jogador do esporte. Um foragido da prisão, aproveitando que o encontra desmaiado com a própria bola, troca de indumentária com ele, que logo se vê não apenas numa penitenciária, mas com uma condenção à morte por enforcamento. Porém, torna-se vítima dos maus-tratos de um prisioneiro (Roberts) após se vestir como guarda. Quando consegue, uma vez mais, sair-se da confusão, reencontra a garota do clube de golfe (Seely), mas antes mesmo que a corteje, explode uma rebelião. Quando tudo parecia perdido, e a socialite tornada refém do intempestivo grandalhão, Buster transforma um soco de boxe em uma besta diabólica, que nocauteia todos os rebelados em segundos. Todos, exceto o grandalhão, para quem Buster precisa

Filme do Dia: A Sociedade Anonyma Fábrica Votorantim (1922), Armando Pamplona

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  A   Sociedade Anonyma Fabrica Votorantim (Brasil, 1922). Direção e Fotografia: Armando Pamplona. Há evidentes recordações dos primeiros anos do cinema nas imagens iniciais dessa produção. E que também vão para além dele, no caso dos longos, insistentes e belos travellings que apresentam aspectos da paisagem da viagem de trem entre Votorantim e Sorocaba. Ainda mais tipicamente localizado no Primeiro Cinema são os lentos “panoramas” descritivos que pretendem ressaltar a monumentalidade do complexo fabril da Votorantim. Porém, em meio a tanta demonstração de modernidade, incluindo bondes elétricos e a abertura das comportas de uma barragem, ou ainda a enormidade das roldanas em planos propositalmente pensados para se dispor em escala em relação aos seres humanos, convivem elementos mais prosaicamente triviais, como são os moradores locais, os trabalhadores de beira de estrada (evocativos do célebre Black Diamond Express ) ou o cachorro que passeia pelas comportas. Sem utilização de mú

Filme do Dia: O Solar Enfeitiçado (1906), Segundo de Chomón

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  O Solar Enfeitiçado ( La Maison Ensorcelée , França, 1906). Direção, Rot. Original e Fotografia: Segundo de Chomón. Numa noite de tempestade, um trio se refugia numa casa abandonada e que logo também demonstra ser assustada. Esse fiapo de argumento conduz ao universo do fantástico, já bastante temporão no momento de sua realização, seja na Europa, seja na América. Eles testemunham de tudo um pouco, roupas que se movem sozinhas, um quadro que se transforma em algo vivo, a casa que chacoalha e neva e fogos que voam pelo ar, assim como talheres e utensílios de café da manhã que servem sozinhos. No momento em que a mesa é servida por si só, nossos heróis desistem de lutar contra os feitiços e procuram tirar partido dele, porém logo situações menos cômodas se seguirão. Torna-se interessante, retrospectivamente, por sua observação de como o fantástico logo se torna “domesticado” por quem o testemunha, numa referência que bem caberia ao próprio espectador, assim como por trazer uma referê

Filme do Dia: Boat Race (1903), G.W. Bitzer & Wallace McCutcheon

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  B oat Race (EUA, 1903). Fotografia G.W. Bitzer & Wallace McCutcheon. Registro de uma corrida entre duas equipes de canoagem. Em vários momentos a câmera, acaba perdendo do enquadramento uma das canoas e, por um breve momento, até mesmo as duas, à guisa de exibir um navio de guerra que se encontra ancorado em determinado trecho do percurso (seu final? Ou apenas o final do filme?). American Mutoscope & Biograph.1 minuto e 42 segundos.  

Filme do Dia: Felix Dines and Pines (1927), Otto Mesmer

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  F elix Dines and Pines  (EUA, 1927). Direção: Otto Mesmer. Um Felix esfomeado sonho com a refeição de seus sonhos criando um menu que por vezes ele consegue realizar, porém a maior parte das vezes não, sofrendo a reação dos animais que persegue. Desesperado acaba engolindo uma bota e uma lata velhas que encontra no lixo e tendo pesadelos. Esse curta animado, que faz evidente referência a um certo universo da pobreza americana, possui ao menos duas seqüências antológicas. Na primeira atraído pelo ruído que um velho barbudo faz ao degustar sua sopa, tornando-se literalmente música aos ouvidos do esfomeado herói, Felix invade sua residência, extrai sua barba e a torce para sorver toda a sopa nela acumulada. A segunda é a seqüência dos pesadelos, alucinógena ao representar todos os motivos de desejo ou ameaça vivenciados pelo herói ao longo do seu atribulado dia, com destaque para um Papai Noel que acaba se transformando em um horrendo monstro, notável metáfora para os excluídos dess

Filme do Dia: Le Frotteur (1907), Louis Feuillade & Alice Guy

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  L e Frotteur (França, 1907). Direção: Louis Feuillade & Alice Guy. No mais puro espírito anárquico do primeiro cinema, este filme, tido por alguns como dirigido por Alice Guy, apresenta um faxineiro estabanado que faz um buraco no apartamento que limpa que provocará  uma sucessão de quedas de destroços e, posteriormente, gente nos andares inferiores. Caso tenha sido efetivamente dirigido por Guy, diverge bastante do estilo de outros filmes dirigidos por ela no mesmo período.|Société des Etablissements L. Gaumont. 3 minutos e 36 segundos.

Filme do Dia: Vaudeville (1924), Dave Fleischer

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  V audeville (EUA, 1924). Direção Dave Fleischer. Com Max Fleischer. Koko se torna mestre de cerimônias e faz-tudo (bilheteiro, músico) de um cinema que apresenta igualmente números de vaudeville. Guindado a tal função por seu desenhista, Max Feischer (Fleischer). O jogo de espelhamentos dos frames iniciais deste curta já apontam para o quão antenados eram os Fleischer, alguns anos antes de, em um contexto empresarial outro, produzirem as soporíferas animações coloridas da década seguinte. Aqui o próprio tema de Max Fleischer em sua mesa de trabalho, em plena interação com os seres animados que cria, surge primeiramente como desenho, antes de observarmos seu equivalente em ação ao vivo. Este jogo persiste mais adiante, como Koko se tornando bilheteiro de um cinema, onde imita o ídolo do western de então Will Rogers , em um espetáculo que remete ao título do curta. Os números que são exibidos nos filmetes exibidos no cinema sob mediação de Ko-Ko, são versões animadas nada distan

Filme do Dia: Jeux des Reflets et de la Vitesse (1925), Henri Chomette

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    J e ux des Reflets et de la Vitesse (França, 1925). Direção e Rot. Original Henri Chomette. Inicialmente observa-se superfícies de vidro rodopiando em efeito caleidoscópico e quase próximo da abstração. Depois tem-se um trem se aproximando de Paris, em velocidade supersônica (provocada pelo efeito de montagem acelerada). A partir de um determinado momento, passa-se para as águas e um barco em velocidade similar, que se aproxima da Cidade-Luz, beira a Catedral de Notre-Dame e passa por baixo de várias de suas pontes. Quando ocorre de passar por uma que passa um trem, voltamos a perspectiva férrea. Mais próximo do final há um efeito de sobreposição de imagens (algumas vezes duplicada) e também de ângulos exóticos ou invertidos. Brincadeira que se iniciará com o trem sobre os trilhos e logo passará a motivos como a Torre Eiffel, que vemos virar de ponta cabeça. As imagens de veículos ferroviários observados de baixo de ângulos incomuns, assim como os próprios efeitos de sobreposiç

Filme do Dia: O Casarão Isolado (1909), D.W. Griffith

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  O   Casarão Isolado  ( The Lonely Villa , EUA, 1909). Direção: D.W. Griffith. Rot. Adaptado: Mack Sennet, baseado na peça de André de Lorde. Fotografia: G.W. Bitzer & Arthur Marvin. Com: David Miles, Marion Leonard, Mary Pickford, Gladys Egan, Adele DeGarde, Mack Sennet Talvez o que mais chame a atenção, dentre as muitas coisas significativas, nesse filme de Griffith, seja a sua economia narrativa. Tudo é contado em seu exíguo tempo, com uma dinâmica proporcionada pela continuidade das ações e com inclusive tempo suficiente para dois momentos de montagem paralela – no primeiro deles, fazendo uso do que se tornaria habitual, o telefone, como motivação para acentuar o suspense: a mulher com invasores em casa conta tudo ao marido pelo telefone; no segundo, alterna-se o carro se aproximando com o marido, policiais e voluntários e a ação dos bandidos. Mas talvez nenhuma cena signifique melhor sua economia narrativa do que o plano final no qual não apenas é representada a captura dos

Filme do Dia: Cabíria (1914), Giovanni Pastrone

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  C abíria (Itália, 1914). Direção: Giovanni Pastrone. Rot. Adaptado: Gabriele D´Annunzio & Giovanni Pastrone baseaedo no livro de Tito Lívio. Fotografia: Augusto Battagliotti, Eugenio Bava, Natale Chiusano, Segundo de Chomón, Carlo Franzeri & Giovanni Tomatis. Música: Manlio Mazza & Ildebrando Pizzetti. Com: Carolina Catena, Lidia Quaranta, Gina Marangoni, Dante Testa, Umberto Mozzato, Bartolomeo Pagano, Raffaele di Napoli, Emilio Vardannes, Edoardo Davesnes, Italia Almirante-Manzini, Alessandro Bernard, Luigi Chelini, Vitale Di Stefano. 300 A.C. Durante uma forte erupção do Etna, Cabíria (Catena), ainda criança e sua ama Croessa (Marangoni) são sequestradas por piratas e vendidas como escravas em Cartago, sendo a primeira escolhida para servir como sacríficio para o deus Moloch. Acaba sendo salva, no entanto, pelo nobre romano Fulvio (Mozzato) e seu escravo Maciste (Pagano). O último é   feito prisioneiro, enquanto a criança fica aos cuidados da Rainha Sophonisba (Almir

Filme do Dia: A Vida e Paixão de Jesus Cristo (1905), Ferdinand Zecca & Lucien Nonguet

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  A   Vida e Paixão de Jesus Cristo ( La Vie et la Passion de Jésus Christ , França, 1905). Direção: Ferdinand Zecca & Lucien Nonguet. Com: Madame Moreau, Monsieur Moreau. Esse filme do célebre realizador Zecca consiste na ampliação de uma realização sua de três anos antes e é tido como o filme mais longo que sobreviveu desse período. De fato, sua duração inusitada para os padrões da época, quando a maior parte dos filmes não ia além dos 5 minutos é digna de nota. Zecca, que não introduz nenhum cartela representando diálogo, dispõe antes das passagens mais célebres e visualmente chamativas da trajetória de Jesus. Assim, revive-se desde o seu nascimento até sua trágica morte, passando pela fuga do Egito e uma representação quase inédita de cenas de sua infância, trabalhando com os pais ou pregando junto aos homens mais velhos, assim como passagens famosas de sua vida adulta. Entre essas últimas o encontro com Maria Madalena, a ressureição de Lázaro, o seu caminhar sobre as ondas d