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Filme do Dia: Ardil 22 (1970), Mike Nichols

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Ardil 22 ( Catch-22 , EUA, 1970). Direção: Mike Nichols. Rot. Adaptado: Buck Henry, baseado no romance de Joseph Heller. Fotografia: David Watkin. Montagem: Sam O´Steen. Dir. de arte: Richard Sylbert & Harold Michelson. Cenografia: Ray Moyer. Figurinos: Ernest Adler.  Com: Alan Arkin, Martin Balsam, Richard Benjamin, Art Garfunkel, Jack Gilford, Buck Henry, Bob Newhart, Anthony Perkins, Paula Prentiss, Jon Voight, Martin Sheen,  Orson Welles.        Segunda Guerra Mundial. Capitão Yossarian (Arkin) tenta desesperadamente ser tido como louco para ser dispensado dos vôos militares. Durante a sua tentativa, todos os seus amigos morrem das mais diversas formas.           Nichols, joga-se de forma ousada na representação de uma história que fica sempre ambígua entre o real e o produto de uma alucinação de seu protagonista. E acaba, sem dúvida, pagando por sua ousadia, mesmo que essa seja em grande parte devida ao original literário, tendo sido não apenas fracasso de público q

Dicionário Histórico de Cinema Sul-Americano#10: Adrián Caetano

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Adrian Caetano (Uruguai/Argentina, 1969) Um dos mais bem sucedidos diretores do "novo" cinema argentino do final dos anos 90 e 2000, (Israel) Adrián Caetano co-dirigiu o divisor de águas  Pizza, Birra y Faso  [ Pizza, Cerveja, Cigarro , 1997], com Bruno Stagnaro. Nascido em Montevideu, mudou-se para a província de Córdoba, Argentina , quando adolescente. Estudou cinema em Barcelona e realizou seu primeiro curta em 1992, Visite Carlos Paz . Após dirigir mais dois curtas, mudou-se para Buenos Aires e teve apoio de uma bolsa do Instituto Nacional de Cine e Artes Audiovisuales (INCAA)  para realizar Cuesta Abajo (1995), que foi incluído na primeira antologia do instituto, Historias Breves . Em 1996, Caetano e Bruno Stagnaro receberam a doação de 187, 500 dólares para um telefilme do INCAA para realizarem seu primeiro longa, Pizza, Cerveja, Cigarro . Antes de realizá-lo, Caetano continou a receber subvenções, incluindo uma da Fundação Rockefeller (Nova York) e outra da Fundaci

Filme do Dia: O Assassinato do Duque de Guise (1908), André Calmettes & Charles Le Bargy

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O   Assassinato do Duque de Guise ( L’Assassinat du Duc de Guise , França, 1908). Direção: André Calmettes & Charles Le Bargy. Rot. Original: Henri Lavedan. Fotografia:  Émile Pierre. Música: Camille Saint-Säens. Dir. de arte: Émile Bertin. Com: Albert Lambert, Charles Le Bargy, Gabrielle Robinne, Berthe Bovy, Jean Angelo, Charles Dorrain, Huguette Duflos, Rolla Norman . França, final dos anos 1500. O Duque de Guise (Lambert), ignora o alerta enviado sob a forma de bilhete para sua amante (Robinne) de que existe uma conspiração contra sua pessoa na Corte, encontrando com o rei Henrique III (Le Bargy) e sendo posteriormente morto por seus asseclas. Mesmo se levando em conta se tratar de uma aproximação estilística conscientemente distinta da norte-americana e enfatizando, sobretudo, a encenação sob quadros fixos (algo a ser aprimorado por Feuillade) e ausência da movimentação de câmera, essa produção se torna bem menos vibrante, mais de 100 anos após sua realização, que

Filme do Dia: My Brother's Wedding (1983), Charles Burnett

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M y Brother’s Wedding (EUA/AL. Ocidental, 1983). Direção, Rot. Original e Fotografia: Charles Burnett. Montagem: Thomas Penick. Cenografia: Penny Barrett. Figurinos: Gaye Shannon-Burnett. Com: Everett Silas, Jessie Holmes, Gaye Shannon-Burnett, Ronnie Bell, Denis Kemper, Sally Easter, Angela Burnett, Monte Easter. Pierce Mundy (Silas) é tido como o irmão que “não deu certo”,   o contraponto de Wendell (Kemper), que se tornou advogado e casará com Sonia Dubois   (Shannon-Burnett), filha de uma família de posses. O grande amigo de Pierce, “Soldier” (Bell) é solto da prisão. A mãe dele (Easter) pede que Pierce o livre de voltar a se envolver em ações criminais. Pierce tenta, sem sucesso, entre os conhecidos, um emprego para o amigo. E também libera o espaço da loja de consertos de roupa da mãe (Holmes) para que o amigo faça sexo com uma garota, sendo ambos flagrados pela mãe ao retornar do culto. Em um jantar na casa dos Dubois, Pierce se torna inconveniente com sua espontaneidade,

Filme do Dia: Shirins Hochzeit (1976), Helma Sanders-Brahms

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S hirins Hochzeit (Alemanha Ocidental, 1976). Direção e Rot. Original: Helma Sanders-Brahms. Fotografia: Thomas Mauch. Música: Omer S. Livanelli. Montagem: Margot Lohlein. Dir. de arte: Manfred Luetz. Com: Ayten Erten, Jürgen Prochnow, Aras Ören, Aliki Georgouli, Janis Kiriakidis, Peter Franke, Hans Peter Hallwachs, Ortrud Beginnen. Shirin (Erten) é completamente dedicada ao noivo Mahmud (Ören), que se tornou um trabalhador emigrado na Alemanha. Ela tem um casamento arranjado com outro homem, mas acaba fugindo e improvisadamente indo morar na Alemanha. Inicialmente trabalhando em uma fábrica e morando numa pensão para mulheres, Shirin é demitida quando a produção entra em queda. Ela vai morar com a família grega que lhe deu suporte e arranja um emprego como faxineira. Vem a ser estuprada pelo dono de um dos apartamentos onde faz faxina. Com a família grega tendo voltado ao país de origem, Shirin se vê sem emprego ou apoio e se prostitui para o cafetão Ainda (Prochnow), com mais d

Filme do Dia: Metido a Bacana (1957), J.B. Tanko

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M etido a Bacana (Brasil, 1957). Direção: J.B. Tanko. Rot. Original: J.B. Tanko & Victor Lima. Fotografia: Amleto Daissé. Música: Gustavo de Carvalho & Haroldo Eiras. Montagme: Rafael Justo Valverde. Dir. de arte: Alexandre Horvat. Com: Ankito, Grande Otelo, Renato Restier, Nelly Martins, Joyce de Oliveira, Celeneh Costa, Waldir Maia, Carlos Costa, Wilson Grey. O Príncipe Anacleto (Ankito) da Araquelândia, vem passar o carnaval no Rio. Quando descobre na figura de Hilário (Ankito), um pipoqueiro, sósia seu, decide ir curtir a festa na companhia do lacaio Coalhada (Otelo), enquanto Hilário, de forma muito atabalhoada, assume suas funções diplomáticas. Sua semelhança com Hilário engana até a namorada dele, Irene (Martins), companhia sua na noite carnavelesca que termina em tumulto e na revelação da identidade do Príncipe. Em meio a divertida troca de papéis, para ambos, pairam as sombras da corrupção dos assessores próximos do princípe e dos terroristas que pretendem elimin

Filme do Dia: Mandabi (1968), Ousmane Sembene

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M andabi (Senegal/França, 1968). Direção e Rot. Original: Ousmane Sembene. Fotografia: Paul Soulignac. Montagem: Gilbert Kikoïne & Max Saldinger. Com: Makhouredia Gueye, Ynousse N’Diaye, Isseu Nyang, Serigne Sow, Serigne N’Diayes,  Mustapha Ture, Farba Sarr, Moudon Faye, Mouss Diouf. Ibrahim Dieng (Gueye) é um senhor iletrado e desempregado que vive com dificuldades, alimentando-se e sendo cuidado por suas duas esposas (N’Diaye e Nyang) a partir de compras fiadas. Certo dia um carteiro (Faye) chega com uma missiva de um sobrinho (Diouf) de Ibrahim, que mora em Paris, com uma ordem de pagamento para Ibrahim. Rapidamente a notícia se espalha pelo bairro. Porém, quando Ibrahim vai tentar sacar a ordem, não possui identidade ou qualquer documento com foto. Na peregrinação para conseguir seus documentos é enganado por várias pessoas, incluindo o fotógrafo que pretensamente tira as fotos para o documento e um homem letrado a quem recorre, que lhe afirma ter assaltado e não lhe deix