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O Dicionário Biográfico de Cinema#231: Arnold Schwarzenegger

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  Arnold Schwarzenegger , n. Graz, Áustria L embro como um amigo voltou de uma visita ao set de Stay Hungry  [ O Guarda Costas ] (76, Bob Rafelson) com relatos de que o nada desatento Rafelson  estava dizendo que este hulk de nome impossível era a pessoa mais inteligente no filme e que teria algum futuro. Quinze anos depois, penso que sabemos qual. Mas considerem: Arnold pode ter mais sonhos ainda por trás daquele sorriso sinuoso. N unca havia existido antes um astro americano com um nome que as pessoas temiam pronunciar, quanto mais soletrar. Nunca havia existido um "grande" Arnold no cinema. O que havia tido como mais próximo no passado de um fisiculturista no cinema foi Johnny Weissmuller, Steve Reeves ou Victor Mature - que é o mesmo que dizer, demasiado longe já. Por comparação, Arnold é um novo homem, um novo corpo, um verdadeiro bombado de aço onde o grande Mature raramente teria levantado qualquer coisa mais pesada que um copo ou um bebê agitado, para propósitos de sa

Filme do Dia: Um Perigoso Adeus (1973), Robert Altman

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  Um Perigoso Adeus (The Long Goodbye, EUA, 1973). Direção: Robert Altman. Rot. Adaptado: Leigh Bracket, a partir do conto homônimo de Raymond Chandler. Fotografia: Vilmos Szigmond.  Música: John Williams. Montagem: Lou Lombardo. Figurinos: Kent James & Marjorie Wahl.  Com: Elliott Gould, Nina Van Pallandt, Sterling Hayden, Mark Rydell, Henry Gibson, David Arkin, Jim Bouton, Warren Berlinger. O detetive particular Phillip Marlowe (Gould) acorda no meio da noite com seu gato miando por comida. Quando retorna das compras, o amigo Terry Lennox (Bouton) pede que ele vá lhe deixar na fronteira de Tijuana. Quando retorna  a  casa, Marlowe fica sabendo que Terry é suspeito da morte de sua esposa, Sylvia.  Marlowe é chamado por Eileen Wade (Van Pallandt) para que investigue o desaparecimento de seu marido, Roger (Hayden), escritor alcoólatra e confuso. Ao mesmo tempo Marlowe é ameaçado pelo mafioso Marty Augustine (Rydell) que afirma Terry ter lhe roubado. Marlowe encontra Roger e numa noi

Filme do Dia: Stanford University, California (1897), W. Bleckyrden

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  S tanford University, California (EUA, 1897). Fotografia: W. Bleckyrden. Registro de um grupo de acadêmicos saindo da referida universidade que dá título ao filme e onde se destaca um  pórtico, que viraria escombro após o terremoto de 1906 e nunca mais voltaria a ser reconstruído. Talvez se torne incomum o fato de lidar com uma coletividade que representa parte da elite americana e não o operariado, que geralmente era motivo de tais registros coletivos, desde os Lumière ( La Sortie de las Usines Lumière ), quando tal elite somente era flagrada em momentos de diversão e lazer.Edison Manufacturing Co. 27 segundos.

Filme do Dia: Mossane (1996), Safi Faye

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  M ossane (Alemanha/Senegal, 1996). Direção e Rot. Original: Safi Faye. Fotografia: Jürgen Jürges. Música: Yandé Codou Sène. Montagem: Andrée Davanture. Dir. de arte: Assane N’Doye. Com: Magou Seck, Isseu Niang, Moustapha Yade, Abou Camara, Alioune Konaré, Alpha Diouf, Ibou N’Dong, Moussa Cissé. Mossane (Seck) é uma garota de 14 anos de extraordinária beleza que a todos cativa. Ela possui vários pretendentes, e até seu próprio irmão, Ngor (Diouf) é apaixonado por ela. Prometida desde criança a Diogoye, está apaixonada pelo pobre estudante Fara (Konaré). Sua mãe (Niang) pela primeira vez entra em conflito com ela, pois ela recusa o casamento e quando todo o ritual se encontra em andamento, Mossane afirma que o casamento não é um negócio e que não ama Diogoye. O trato de casamento é feito de todo modo, com os pais abençoando a união. Mossane foge no meio da noite. Ela pega uma canoa e se lança na noite sombria. Seu cadáver é encontrado pela comunidade no dia seguinte, e sua morte chor

Filme do Dia: Os Deuses e os Mortos (1970), Ruy Guerra

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  O s Deuses e os Mortos (Brasil, 1970). Direção: Ruy Guerra . Rot. Original: Ruy Guerra, Flávio Império & Paulo Jose. Fotografia: Dib Lutfi. Música: Milton Nascimento. Montagem: Ruy Guerra & Sérgio Sanz. Dir. de arte e Figurinos: Marcos Weinstock. Com: Othon Bastos, Norma Bengell, Ítala Nandi, Nelson Xavier, Ruy Polanah, Jorge Chaia, Freddy Kleeman, Mara Rúbia, Milton Nascimento, Dina Sfat. Sul da Bahia, anos 1930. Homem sem nome (Bastos) que foi baleado 7 vezes e sobreviveu luta para conseguir as terras de cacau do Coronel Santana (Chaia), morrendo bastante gente envolvida na peleja. Se ainda havia alguma dúvida da influência do Gláuber do recente O Dragão da Maldade contra o Santo Guerreiro após a encenação épica em locações naturais (e áridas), os figurinos,   as cores do processo fotográfico, a presença de Othon Bastos, a fala direcionada para a câmera e os planos sequencias orquestrados por Lutfi, a descrença radical se desfaz com a presença do símbolo da Shell, ent

Filme do Dia: Tudo Entre Nós (2000), Michael Lindsay-Hogg

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  T udo Entre Nós ( Two of Us , EUA, 2000). Direção: Michael Lindsay-Hogg. Rot. Original: Mark Stanfield. Fotografia: Miroslaw Baszak. Montagem: Norman Buckley. Dir. de arte: Jasna Stefanovic & Ingried Jurek. Cenografia: Peter Atto. Figurinos: Maxyne Baker. Com: Aidan Quinn, Jared Harris. Nova York, 1975. Paul McCartney (Quinn) decide fazer uma visita surpresa a John Lennon (Harris). Ao longo de um dia, sem a companhia das respectivas esposas e filhos. Conversam sobre a morte dos pais de ambos, discutindo sobre o fim dos Beatles e os ressentimentos de Lennon sobre como McCartney tratara Yoko. Lennon demonstra uma certa amargura e culpa pela morte dos pais e acaba praticamente expulsando Paul. Porém, esse decide retornar e sugere que   dêem um passeio pelo Central Park disfarçados, escutando um grupo de reggae e fumando maconha, até serem dispersos por dois policiais a cavalo. Depois vão até uma lanchonete próxima e retornam ao edifício Dakota, morada de Lennon, onde sobem ao telh

Filme do Dia: Edward Hopper (2006), Gavin Lawson

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E dward Hopper (EUA, 2006). Direção: Gavin Lawson. Através de uma comedida narração in off (do próprio realizador?) se tem acesso a um pouco do universo do grande pintor norte-americano que dá título a esse curta-metragem. Pena que Lawson poucas vezes vá além da mera exibição de um quadro, passeando dentro dele e observando certos detalhes. As únicas cenas que não são das obras do artista são planos, por vezes longos, como o recorrente plano dos raios de sol em meio a árvores, enfatizando a importância da iluminação e do jogo de contrastes na obra de Hopper. Uma decisão acertada foi a opção de não ter utilizado material iconográfico diretamente biográfico como fotografias ou cartas, fugindo de uma tendência mais tradicional de documentarismo e preservando um certo tom intimista e subjetivo na sua aproximação com o artista. 10 minutos e 17 segundos.