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Filme do Dia: Bodakungen (1920), Gustaf Molander

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  B odakungen (Suécia, 1920). Direção e Rot. Original: Gustaf Molander . Fotografia e Montagem: Adrian Bjurman. Dir. e arte: Nils Whiten. Com: Hilda Castegren, Egil Eide, Frans Enwall, Josef Fischer, Uno Henning, Axel Högel, Harald Molander, August Palme, Wanda Rothgardt, Winifred Westover. Soren (Eide) é um agricultor autoritário, que destrata seus serviçais e possui uma longeva intriga familiar com outro agricultor, de perfil distinto, Marten (Palme). Com grandes dificuldades financeiras, o último parte desgostoso de sua propriedade, com a filha Eli (Westover). Quando sua própria filha, Gunnel (Rothgardt), única pessoa que ama e tem alguma influência sobre ele, afasta-se, abandona o local. Após um longo tempo distante de casa, Hans (Henning), irmão de Eli, retorna. Hans apaixona-se por Gunnel. Existe há barreira da tradicional intriga familiar a impedir que levem o seu amor adiante, no entanto. Até o momento em que um andarilho surge bastante adoecido e é acolhido por Hans, que con

Filme do Dia: No Decorrer do Tempo (1976), Wim Wenders

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  N o Decorrer do Tempo ( Im Lauf der Zeit , Alemanha, 1976). Direção e Rot. Original: Wim Wenders. Fotografia: Robby Müller & Martin Schäfer. Música: Axel Linstädt. Montagem: Peter Przygodda. Dir. de arte: Bernd Hirskom & Heidi Lüdi. Com: Rüdiger Vogler, Hanns Zischler, Lisa Kreuzer, Rudolf Schündler, Marquard Bohm, Dieter Traier, Franziska Stömmer, Patric Kreuzer. Bruno Winter (Vogler) é um técnico em projeção que percorre os cinemas provincianos da Alemanha fornecendo assistência técnica. Certo dia, ele se depara com um homem que se joga com seu carro em um lago. O homem, Robert Lander (Zischler), passa a viajar com ele. Enquanto Winter dorme com a bilheteira de um cinema pornô decadente, Pauline (Kreuzer), Robert vai de encontro ao seu pai (Schündler), dono de um jornal local. Bruno reencontra Robert e por sugestão do último acabam indo visitar a propriedade que Bruno vivera sua infância, hoje em ruínas. Após um desentendimento enquanto se embebedam em um posto de frontei

Filme do Dia: O Cinegrafista de Rondon (1979), Jurandyr Passos Noronha

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  O Cinegrafista de Rondon (Brasil, 1979). Direção: Jurandyr Passos Noronha. Repleto de stills e voz over , o memorialista ( Carmen Santos , Panorama do Cinema Brasileiro ) evoca a trajetória do Major Thomaz Reis ( Ao Redor do Brasil ) ao lado da Comissão Rondon,  comparando-a (um tanto apressadamente, diga-se de passagem, dado o caráter muito mais aprofundado e inevitavelmente extenso do material) com os cinegrafistas dos Lumière nos primórdios das imagens em movimento. Ainda que o filme siga os passos do documentarismo acadêmico, traz uma trilha sonora um tanto dissonante com algo mais convencional nesse campo. Os índios praticamente só surgem em suas imagens próximo ao final. Quanto a seu comentário sobre o pobre estado de preservação do material filmado por ele, boa parte desaparecido em incêndios, parece confirmar o estado cíclico, quando não quase sempre periclitante, do acervo fílmico nacional como um todo, tornando-se o material produzido depois de algum tempo verdadeiros so

O Dicionário Biográfico de Cinema#186: Juliette Lewis

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  Juliette Lewis , n. Los Angeles, 1973 J uliette Lewis é uma verdadeira carreira, embora extrema, e posso lhe delinear os fatos. Mas não posso ajudar considerá-la como algo além do real - algo mítica ou um empreendimento de alerta. Pois ela é - parece-me - e tudo isso está nos olhos de quem vê - uma inquieta, fazendo beicinho, exemplo perfeito do que atrai o voyeurismo. Ela é uma imagem animada pela emoção perversa de ser vista, olhada, e sua própria emoção é gerada, por alguma métrica intuitiva de nosso prazer culposo. Ela é maior de idade agora, mas se estabeleceu primeiramente como uma espécie de Lolita, com um conhecimento que não era permissível, e como um tipo de espetáculo ilícito. Qual criança teve olhos mais escuros e cândidos, ou uma boca mais cheia e saciada com intimações de nossos desejos? S ei, não é comum ou apropriado falar de pessoas reais - profissionais! - como esta, muito menos em uma obra aparente de referência. Mas este é um livro sobre reações, e não posso escap

Filme do Dia: O Rei da Maquiagem (1904), Georges Méliès

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  O  Rei da Maquiagem (Le Roi du Maquillage, França, 1904). Direção: Georges Méliès. É cativante a simplicidade desse pequeno filme de Méliès, que apresenta um homem com um quadro negro. A partir do momento que ele desenha no quadro um novo visual para si próprio, logo sua cabeleira, bigode e barba se transformam. Esse filme demonstra sobretudo o talento do cineasta no uso da maquiagem, característica geralmente secundária na maioria de seus filmes. Também pode ser considerado dentro do estilo de filmes que priorizam o ilusionismo sobre qualquer outro elemento narrativ o, como  O Taumaturgo Chinês , tal e qual os números do famoso mágico Houdini, de quem Méliès foi assistente. Georges Méliès/Star Film para Star Film. 2 minutos e 45 segundos.  Postada originalmente em 04/06/2018

Filme do Dia: O Caso Richard Jewell (2019), Clint Eastwood

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  O   Caso Richard Jewell ( Richard Jewell , EUA, 2019). Direção: Clint Eastwood. Rot. Adaptado: Billy Ray, a partir do livro de Kent Alexander & Kevin Salwen e do artigo de Marie Brenner. Fotografia: Yves Bélanger. Música: Arturo Sandoval. Montagem: Joel Cox. Dir. de arte: Kevin Ishioka & Priscilla Elliott. Cenografia: Ronald R. Reiss. Figurinos: Deborah Hopper. Com: Paul Walter Hauser, Sam Rockwell, John Hamm, Kathy Bates, Olivia Wilde, Nina Arianda, Michael Otis, Brandon Stanley, Ryan Boz, Charles Green,   Mike Pniewski. 1996. Richard Jewell (Hauser) vive de bicos de segurança e faxina desde o momento em que foi demitido do emprego que tinha em uma universidade, quando foi agressivo com um grupo de estudantes que se divertia e fazia barulho em um quarto. Motivo de riso de todos, por ser um tanto atoleimado, gordo e desajeitado, ele chama a atenção de um homem que é uma referência em seu trabalho como faxineiro, o advogado Watson Bryant (Rockwell). Quando é segurança em um

Filme do Dia: Dimensões do Diálogo (1983), Jan Svankmajer

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  D imensões do Diálogo ( Moznosti Dialogu , Tchecoslováquia, 1983). Direção e Rot. Original: Jan Svankmajer. Fotografia: Vladímir Malik. Música: Jan Klusák. Montagem: Helena Lebudosková. Três sketches nessa animação que faz uso sobretudo das técnicas de stop motion e massinha acabam traçando relações satíricas sobre o que seria o diálogo. No primeiro seres que se entredevoram acabam gerando um processo de evolução em sua antropofagia. No segundo, e talvez mais interessante de todos, observa-se a relação de amor e de conflito entre um homem e uma mulher. No terceiro uma parceria de apoio nas ações entre duas cabeças gera as variações mais estapafúrdias. Uma das obras-primas do realizador. Krátký Film Praha. 12  minutos.