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Filme do Dia: A Balada de Narayama (1958), Keisuke Kinoshita

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  A   Balada de Narayama ( Narayama Bushiko , Japão, 1958). Direção: Keisuke Kinoshita. Rot. Adaptado: Keisuke Kinoshita, baseado nos contos de Shichirô Fukazawa. Fotografia: Hiroyuki Kusuda. Música: Chuji Kinoshita & Matsunosuke Nozawa. Montagem: Yoshi Sugihara. Dir. de arte: Kisaku Ito & Chiyoo Umeda. Com: Kinuyo Tanaka, Teiji Takahashi, Yukô Mochizuki, Danko Ichikawa, Keiko Ogasawara, Seiji Miyaguchi, Yûnusuke Ito, Ken Mitsuda. Em um vilarejo com grande escassez de comida, Orin (Tanaka) se aproxima dos 70 anos e, segundo a tradição, deve ser deixada em uma colina próxima. Ela se preocupa com o filho Tatsuhei (Takahashi), que ainda se encontra solitário e encontra uma moça com quem quer que ele case. Tatsuhei, no entanto, não deseja abandonar a mãe na colina. Porém, a força de tradição prevalece. É interessante como Kinoshita se afasta por completo do estilo de um de seus filmes mais populares no Japão, Sublime Dedicação (1954), ainda que o tema da dedicação irrestrita e

Filme do Dia: Mariutch (1930), Dave Fleischer

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M ariutch (EUA, 1930). Direção: Dave Fleischer. Imigrante italiano se despede choroso de sua Mariutch apenas para descobrir que a mesma se apresenta em um espetáculo de vaudeville. Como é habitual na série, ocorre uma interrupção da ação, mais ou menos em sua metade, para que se acompanhe a letra e a canção, aqui prenunciada pela voz de um narrador. O número que Mariutch se encontra em vias de se apresentar sugere ser nada menos que de strip-tease , o que juntamente com os prolongados beijos molhados do casal quando de sua despedida demonstra o quão mais ousados tais desenhos eram do que se tornariam ao longo da década com a imposição do padrão Disney de animação e a vigência do Código Hays . Fleischer Studios para Paramount Pictures. 6 minutos e 50 segundos.    

Filme do Dia: The Last Two Days (1963), Thomas M. Atkins & Robert L. Knudsen

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T he Last Two Days (EUA, 1963). Fotografia: Thomas M. Atkins & Robert L. Knudsen. Documentário apócrifo (produzido para a TV?) que acompanha os dois últimos dias do presidente John F. Kennedy em sua viagem fatal ao Texas (San Antonio, Houston, Ft. Worth e Dallas). Entre palestras, apertos de mão e recepções de boas-vindas em aeroportos, grupos de jornalistas e cinegrafistas, vastas multidões acompanhando o cortejo presidencial de ambos os lados das ruas, tudo parece seguir o mesmo aborrecido trânsito burocrático-político que também é a tônica desse curta, e do qual não se sabe a fonte das imagens, embora provavelmente sejam de uma mesma produção (a do próprio documentário), já que consistentemente equalizadas em termos de cores e iluminação. Curiosamente desde o dia anterior Jacqueline Kennedy portava seu tailleur cor de vinho, com chapéu de idêntica cor que traria manchado de sangue pouco depois. Fugindo do rotineiro, o documentário faz uso de uma foto fixa de pai e mãe protegen

Filme do Dia: Macbeth: Ambição e Guerra (2015), Justin Kurzel

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  M acbeth: Ambição e Guerra ( Macbeth , Reino Unido/França/EUA, 2015). Direção: Justin Kurzel. Rot. Adaptado: Jacob Koskoff, Michael Lesslie & Todd Louiso, a partir de peça de William Shakespeare. Fotografia: Adam Arkapaw. Música: Jed Kurzel. Montagem: Chris Dickens. Dir. de arte: Fiona Cromble & Nick Dent. Cenografia: Alice Felton. Figurinos: Jacqueline Durran. Com: Michael Fassbender , Marion Cotillard, Paddy Considine, Lynn Kennedy, David Thewlis, David Hayman, Jack Reynor, Brian Nickels, Sean Harris. Macbeth (Fassbender) recebe a visita de três feiticeiras que   afirmam que ele virá a ser um dia o Rei da Escócia. Ambicioso e volúvel, é incentivado pela esposa (Cotillard), Macbeth esfaquei até a morte o atual rei (Thewlis), sagrando-se rei. Porém, passa a se remoer de remorsos e também de paranóia, aumentando seus atos violentos. Apresentando a história de forma segura e destituída de sentimentalismo, o filme não descarta sequencias sanguinolentas como a observada ao in

Filme do Dia: Dias de Amor (1954), Giuseppe De Santis

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  D ias de Amor ( Giorni d’Amore , Itália/França, 1954). Direção: Giuseppe De Santis. Rot.Original: Libero De Libero, Giuseppe De Santis, Elio Petri & Gianni Puccini, a partir de argumento coletivo. Fotografia: Otelllo Martelli. Música: Mario Nascimbene. Montagem: Gabriele Varriale. Dir. de arte & Figurinos: Domenico Purificato.  Cenografia: Giovanni Chechi.  Com: Marcello Mastroianni , Marina Vlady, Giulio Cali, Angelina Longobardi, Dora Scarpetta, Fernando Jacovolta, Renato Chiantoni, Lucien Gallas, Pina Gallini. No campo e sem muitas posses, o casal de namorados Pasquale (Mastroianni) e Angela (Vlady), labutam incessantemente para conseguir o dinheiro necessário para providenciar o seu casamento, seguindo todos os rituais convencionais. Quando percebem que não o conseguirão tão cedo, resolvem fugir. No meio da fuga acabam decidindo se casar secretamente. As famílias, que temiam que algo do tipo ocorresse, chegando até a aprisionar Pasquale em um quarto, tornam-se automatic

Filme do Dia: Pinóquio (1940), Norman Ferguson, T.Hee, Wilfred Jackson, Jack Kinney, Hamilton Luske & Ben Sharpsteen

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  P inóquio ( Pinocchio , EUA, 1940). Direção: Norman Ferguson, T.Hee, Wilfred Jackson, Jack Kinney, Hamilton Luske & Ben Sharpsteen. Rot. Adaptado: Ted Sears, Otto Englander, Webb Smith, William Cottrell, Joseph Sabo, Erdman Penner & Aurelius Battaglia. Títere de madeira, batizado por um velho artesão, Gepeto, como Pinóquio, ganha vida, através da magia da Fada Azul, concretizando o grande sonho de Gepeto. Se o títere for obediente se transformará em garoto de verdade. Logo ao início de sua vida, no entanto, ele discorda de sua consciência, e segue a má influência de João Honesto, passando a fazer parte de uma trupe teatral, onde é aprisionado por seu ganancioso dono. Esse segundo longa de animação do estúdio é que abre uma linha de produção de longas em sequência como nunca se havia visto no universo da animação e que persiste, com poucos hiatos, quase 8 décadas após seu início. Mesmo com eventuais piscadelas ao público adulto  em alguns ocasionais diálogos engenhosos a m

O Dicionário Biográfico de Cinema#177: Rupert Everett

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  Rupert Everett , Norfolk, Inglaterra, 1959 E m outra época, Rupert Everett poderia ter sido confundido pelo Flashman, o cruel valentão em Tom Brown's Schooldays [ Aprendendo a Ser Homem ], ou ser tido como um descendente daquele ator inglês maravilhosamente lânguido, James Villiers . Everett transpira classe, ainda que fosse mais plausível como ovelha negra de alguma família pomposa. Ele é autenticamente belo, e um dos poucos atores principais que admitiu e apreciou sua homossexualidade.Tem tido uma carreira audaciosa e notavelmente brava, numa época que se começava a admitir a confusão de gênero - e apreciá-la. A bandonou a escola (Ampleforth) e foi para a Central School of Speech and Drama e fez uma espalhafatosa estreia na produção teatral londrina de Another Country . Por sua vez, isto levou-o a  iniciar no cinema: na TV em Princess Daisy  (83, Warris Hussein); Another Country [ Memórias de um Espião ] (84, Marek Kanievska); como Lancelot em Arthur the King [ Merlin e a Espad