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Filme do Dia: Arábia (2017), João Dumans & Affonso Uchoa

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  A rábia (Brasil, 2017). Direção e Rot. Original: João Dumans & Affonso Uchoa. Fotografia: Leonardo Feliciano. Música: Francisco César. Montagem: Rodrigo Lima & Luiz Pretti. Dir. de arte: Priscila Amoni. Com: Aristides de Sousa, Murilo Caliari, Renata Cabral, Renan Rovida, Gláucia Vandeveld, Wederson Neguinho, Adriano Araújo, Renato Novaes. André (Caliari) é um jovem que mora perto de um grande complexo industrial em Ouro Preto. Como os pais viajam com frequência, quem lhes dá assistência é uma tia (Vandeveld), que também presta auxílio a moradores enfermos da região. Certo dia a tia dá uma carona a Cristiano (Sousa), operário da fábrica. Pouco tempo depois, ele é encontrado subitamente desacordado e ela presta primeiros socorros até que a ambulância chegue. Ela então pede que André vá buscar uma muda de roupas do rapaz. Inicialmente parecendo algo simples, ele se mantém desacordado. André, que vira um caderno de notas quando lá estivera, retorna e percebe que Cristiano escr

O Dicionário Biográfico de Cinema#130: Mel Gibson

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  Mel (não Melvin) Gibson , n. Peekskill, Nova York, 1956 U m dentre onze filhos, Gibson foi o filho de um frenador ferroviário e de uma cantora de ópera australiana. Porém, ambos os lados da família possuíam origens na católica Irlanda (Santo Mel foi um santo irlandês). O ator, no entanto, destacou-se como um brutamontes com senso de humor irreverente. Gibson aparenta advir do lado errado dos trilhos, uma qualidade que poucos atores americanos hoje esperam possuir. Aparentam serem produtos do seguro de saúde, boas dietas e ternos cuidados, não importando as histórias de casas destruídas e tempos difíceis. Há algo de selvagem nos olhos de Gibson - um sentimento de farsa perigosa. Talvez seja Peekskill, ou o crescimento na Austrália, para onde sua família mudou quando tinha doze anos. Talvez seja apenas Mel. Seja qual for a resposta, seria maravilhoso pensar que algum papel poderia capturar o demônio melhor que um saco cheio de Lethal Weapons  ( Máquinas Mortíferas ) e Hamlet . Mel pode

Filme do Dia: Da Manjedoura à Cruz (1912), Sidney Olcott

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  D a Manjedoura à Cruz ( From the Manger to the Cross , EUA, 1912).  Direção: Sidney Olcott. Rot. Adaptado: Gene Gautier.  Fotografia: George K. Hollister. Dir. de arte: Henry Allen Farnhan. Com: Robert Henderson-Bland, Percy Dier, Gene Gautier, Alice Hollister, Samuel Morgan, James D. Ainsley, Robert G. Vignola, George Kellog, Sidney Babe, Montague Sidney, Jack J. Clark. A anunciação. A aparição de um anjo em sonho que anuncia a verdade para José (Sidney), que havia se afastado de Maria (Gautier), desde sua gravidez. O nascimento de Jesus. Sua visita pelos Reis Magos. A fúria de Herodes (Kellog). A fuga pelo Egito. A infância de Jesus (Dyer), com os pais, que o flagram discutindo entre os sábios. Já adulto (Henderson-Bland), sendo visitado por uma pecadora arrependida, Maria Madalena (Hollister). Pregando e arrebanhando apóstolos. A sucessão de milagres e curas, entre elas a ressureição de Lázaro (Baber). Expulsando os mercadores do templo. Caminhando sobre o mar. Antevendo a traição

Filme do Dia: Onde os Homens São Homens (1971), Robert Altman

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  O nde os Homens São Homens ( McCabe & Mrs. Miller , EUA, 1971). Direção: Robert Altman. Rot. Adaptado: Robert Altman & Brian McKay, a partir do romance de Edmund Naughton. Fotografia: Vilmos Zsigmond. Montagem: Lou Lombardo. Dir. de arte: Leon Ericksen, Al Locatelli & Philip Thomas. Figurinos: Leon Ericksen. Com: Warren Beatty , Julie Christie, René Auberjonois, William Devane, John Schuck, Corey Fischer, Bert Remsen, Shelley Duvall, Keith Carradine, Michael Murphy, Antony Holland, Hugh Millais. John McCabe (Beatty) é um forasteiro que chega em uma cidade mineira, com o prestígio de ter abatido um perigoso valentão. O que McCabe se interessa, no entanto, é em criar um prostíbulo barato para os mineiros. Pouco depois chega a Sra. Miller (Christie), que pretende profissionalizar o negócio, tornando-se sua sócia e fazendo com que invista na melhoria das instalações   e do que será oferecido à clientela. Os negócios vão bem, e o prostíbulo se torna referência local, até o m

Filme do Dia: Oh'phelia (1919), Anson Dyer

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  O h’phelia (Reino Unido, 1919). Direção e Rot. Adaptado Anson Dyer, a partir de William Shakespeare. Oh’phelia é abordada por Amlet, que lhe rouba os cachos. Oh’phelia chora desolada, e seu irmão Laertes, vem em seu socorro, expulsando Amlet. A rainha, mãe de Amlet, lhe entrega uma poção mágica para enfeitiçar a sua amada. Polonius, pai de Oh’phelia, escuta toda a interação entre os dois. Fazendo uso da técnica pouco comum de stop motion em papel cortado ( cut-out ), que alguns enxergam Lotte Reiniger como pioneira. E antes de adentrarmos no universo propriamente ficcional se movendo por si, observamos o que seria uma representação da mão do animador dando os retoques finais na figura da Ofelia shakespeariana (Dyer retornaria a outros temas shakespearianos fazendo uso dessa técnica). E tal técnica é mesclada com o desenho animado tradicional. É interessante a brincadeira que é feita com o uso das cartelas, não apenas inserindo gradativamente as palavras, como ainda as ocasionalm

Filme do Dia: Vitalino - Lampião (1969), Geraldo Sarno

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  V italino – Lampião (Brasil, 1969). Direção: Geraldo Sarno. Fotografia: Thomas Farkas & Geraldo Sarno. Nesse documentário que retrata um dos filhos de Mestre Vitalino continuando a tradição de feitura de bonecos de barro o que mais chama a atenção é a ênfase no aspecto manual da feitura dos bonecos, associado com um verdadeiro caráter artístico do artesanato, cada vez mais massificado por formas que produzem dezenas “ou até mesmo um cento” como afirma seu protagonista de bonecos de cada vez. Para afiançar ainda mais esse caráter peculiar do modo de produção o filme segue a feitura de um único boneco, justamente o de Lampião, sendo atento a muitos dos detalhes na elaboração do mesmo, que vão dos riscos que darão forma aos fios de cabelo ao gatilho do bacamarte. Como em outros documentários do que ficou conhecido como Caravana Farkas, não existem entrevistas ou interpelações diretas. O áudio pós-sincronizado mescla cantorias de repente, narração (na voz de Othon Bastos) e a própr

Filme do Dia: Doña Bárbara (1943), Fernando de Fuentes & Miguel M. Delgado

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  D oña Bárbara (México, 1943). Direção: Fernando de Fuentes & Miguel M. Delgado. Rot. Adaptado: Fernando de Fuentes & Rómulo Gallegos, baseado no romance homônimo do segundo. Fotografia: Alex Phillips. Música: Francisco Domínguez. Montagem: Charles L. Kimball. Dir. de arte: Jesús Bracho. Com: María Félix, Julián Soler, María Elena Marqués, Andrés Soler, Charles Rooner, Agustín Isunza, Miguel Inclán, Eduardo Arazomena. Doña Bárbara (Félix), traumatizada com o estupro e também com o assassinato do namorado vivido em sua juventude, transformou-se na mais temida latifundiária da região de savanas. A situação muda de figura quando Santos Luzardo (Julián Soler) aparece para investigar as irregularidades e propor novos limites para suas terras. Recuperado, o alcoólatra Lorenzo Barquero (Andrés Soler), seu tradicional rival, assim como Marisela (Marqués), antes tida como louca, que se apaixona por ele. Doña Bárbara pela primeira vez desde o assassinato de seu namorado se sente efeti