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Filme do Dia: Ragtime Bear (1949), John Hubley

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  Ragtime Bear (EUA, 1949). Direção: John Hubley. Rot.Original: Millard Kaufman. Música: Del Castillo. Magoo vai passar uma temporada de férias em uma estância de inverno com o sobrinho Waldo. Próximo de chegar bate seu carro. O banjo do sobrinho cai nas mãos de um urso, que não se faz de rogado e demonstra ser um virtuoso músico de ragtime. Já o sobrinho cai no despenhadeiro, após ter salvo Magoo de sua própria miopia. Magoo então ingressa no hotel com o urso como sobrinho. Primeiro curta a ser realizado para a série dos 55 que seriam produzidos até o final da década seguinte, com o personagem, embora a série se chame, na verdade Jolly Frolics . Já fica expresso o diferencial nos traços modernistas da animação em relação aos seus contemporâneos de outras produtoras – uma característica que sua distribuidora insistia, embora se deva reconhecer que existem experiências ainda mais gritantes nesse sentido em produções anteriores a criação do personagem, como a inspirada nos traços de

O Dicionário Biográfico de Cinema#118: Mae West

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  Mae West (1893-1980), n. Brooklyn, Nova York N unca teria sido provável que uma gorda de quarenta anos, proveniente do vaudeville, pudesse ser a base para filmes. De fato, Mae West fez muitos poucos filmes - nove nos anos 30, um retorno indistinto em 1943 e, contra todas as expectativas, com a idade de 78, o terrível Myra Breckinridge [ Homem e Mulher Até Certo Ponto ] (70, Mike Sarne). Ironicamente, o romance de Gore Vidal foi o material mais rico que jamais teve, uma visão do extremismo sexual e confusão moral tão engenhosa quanto a sua própria. Mas o filme requeria um cruzamento entre Luis Buñuel e Russ Meyer, e foi arruinado pela inépcia da direção e nervosismo do estúdio.  M ae West emergiu intacta. Não importava quem dirigisse seus filmes. Ela parecia uma versão levemente borrada de seu antigo self , mas a voz permanecia imutável - nos anos 60 realizou um álbum de pop moderno, cantando "Day Tripper" dos Beatles, como uma Billie Holliday que houvesse sobrevivido. Mais

Filme do Dia: O Caso Mattei (1972), Francesco Rosi

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  O Caso Mattei (Il Caso Mattei, Itália, 1972). Direção: Francesco Rosi. Rot. Original: Tito Di Stefano, Tonino Guerra, Nerio Minuzzo & Francesco Rosi, a partir do argumento de Tonino Guerra. Fotografia: Pasqualino De Santis. Música: Piero Piccioni. Montagem: Ruggero Mastroianni. Dir. de arte: Andrea Crisanti. Figurinos: Franco Carretti. Com: Gian Maria Volontè, Luigi Squarzina, Gianfranco Umbuen, Edda Feronao, Peter Baldwin, Dario Michaelis, Franco Graziosi, Elio Jotta.  Enrico Mattei (Volontè) é um dos homens mais influentes da Itália nos idos dos anos 60. Seu passado de pobreza remete a resistência contra o nazi-fascismo e posteriormente o seu envolvimento em um dos grupos empresariais mais poderosos da Itália, A.G.I.P, detentor do  metano e por fim da poderosa ENI, em que ele se bate para manter sob o domínio público, contra todo um grupo de políticos liberais dispostos a fazerem negociatas com os poderosos trustes petrolíferos multinacionais. Seu cargo e suas posições abertame

Dicionário Histórico de Cinema Sul-Americano#62: Juan Pablo Rebella

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  REBELLA, Juan Pablo (Uruguai, 1974-2006). Um chocante suícidio com a idade de 32 anos, quando Juan Pablo Rabella e seu co-diretor, haviam finalmente posto a ficção uruguaia no mapa internacional com 25 Watts  (2001) e Whisky  (2004). Nascido em Montevideu estudou comunicação na Universidade Católica da cidade, onde conheceu seu colega de estudos Stoll. Passaram a dirigir curtas e a dupla também a trabalhar juntos na publicidade e na televisão. Co-escreveream e dirigiram um série de animação para a TV, El Service , e trabalharam em dois aclamados curtas, Buenos y Santos  (1997) e Victor e los Elejidos  ( Victor e os Escolhidos , 1999). Sua colaboração seguinte foi a comédia "preguiçosa" 25 Watts . Três jovens, Leche (Daniel Hendler), Javi (Jorge Temponi) e Seba (Alfonso Tort), ainda estão acordados da beberrança da noite anterior, e o filme segue-os por 24 horas de tédio, encontrando personagens esquisitos das vizinhanças, falando coisas sem nexo, bebendo, fumando, conversan

Filme do Dia: Sobre a Violência (2014), Göran Olsson

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  S obre a Violência ( Om Vald , Suécia/Finlândia/Dinamarca/EUA, 2014). Direção: Göran Olsson. Rot Adaptado: Göran Olsson, a partir do livro de Frantz Fanon. Montagem: Michael Aaglund, Dino Jonsäter, Göran Olsson & Sophie Vukovic. Dir. de arte: Stefania Malmsten. Tem-se a incômoda sensação com esse documentário, que as interessantes considerações (nessa versão lidas em over por Lauryn Hill) ouvidas, assim como as palavras da intelectual que abre o filme, poderiam sobreviver, em sua extensa fala sobre o conceito de “descolonização”, vivenciando então o auge de sua inserção no campo acadêmico, sem ter a necessidade de, por sua vez, colonizar completamente as imagens de arquivo – inclusive literalmente, ao se apresentarem, gigantescas, sob a forma escrita e sobre a imagem em boa parte de sua metragem -  filmadas em Moçambique, Angola, Guiné-Bissau e Liberia, durante as guerras anti-coloniais ou em plena vida colonial. Primeiro, porque transforma todas as situações, às quais não temo

Filme do Dia: O Canto do Mar (1953), Alberto Cavalcanti

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  O   Canto do Mar (Brasil, 1953). Direção: Alberto Cavalcanti. Rot. Original: Hermilo Borba Filho, Alberto Cavalcanti & José Mauro de Vasconcelos. Fotografia: Cyril Arapoff & Paolo Reale. Música: Guerra Peixe. Montagem: José Cañizares. Com: Margarida Cardoso, Aurora Duarte, Cacilda Lanuza, Alfredo de Oliveira, Ruy Saraiva, Miriam Nunes, Glauce Bandeira, Débora Borba. Família de ex-retirantes vivendo em Recife, encontra-se em situação de desestruturação. O pai é mentalmente instável. A mãe (Cardoso) procura liderar a família, mas acaba testemunhando a entrada da filha no mundo da prostituição, mesmo com todos os esforços que fizera para mantê-la afastada. O filho mais novo se encontra gravemente enfermo e outro rouba uma venda para comprar a passagem de navio para   Santos e fugir com sua pretendente. Quando imagina que o filho partiu, o pai se lança ao mar e morre afogado. Já o filho desiste de partir quando descobre que sua jovem enamorada fugiu com outro homem, de mais pos

Filme do Dia: A Queda de Tróia (1911), Luigi Romano Borgnetto & Giovanni Pastrone

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  A   Queda de Tróia ( La Caduta di Troia , Itália, 1911). Direção: Luigi Romano Borgnetto & Giovanni Pastrone. Rot. Adaptado: Giovanni Pastrone, a partir de Homero & Publius Vergilius Maro. Com: Luigi Romano Borgnetto, Giovanni Casaleggio, Madame Davesnes, Emilio Gallo, Olga Giannini Novelli, Giulio Vinà. Helena, amor do bravo Menelau, cede a sedução de Páris, que a leva para Tróia. Os gregos tentam, sem sucesso, conquistar Tróia. Surge então a ideia do cavalo de Tróia, que é abandonado quando aparentemente as tropas desistem da conquista. Os troianos, pensando se tratar de um ícone religioso, trazem o gigantesco cavalo de madeira para dentro de suas portas. Os gregos que se encontravam dentro do cavalo ateiam fogo em vários pontos importantes do reino, enquanto um grupo de guerreiros invade pelas brechas de muro derrubadas para a passagem do cavalo. Páris morre. Surpreendente pela escala da produção (cenários e objetos de cena, quantidade de extras) um tanto incomum para