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Filme do Dia: Elegia de Osaka (1936), Kenji Mizoguchi

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Elegia de Osaka ( Naniwa Ereji , Japão, 1936). Direção: Kenji Mizoguchi.  Rot. Adaptado: Tadashi Fujiwara, Kenzi Mizoguchi & Yoshikata Yoda, baseado no conto Mieko , de Saburo Okada. Fotografia: Minoru Miki. Montagem: Tatsuko Sakane. Com: Isuzu Yamada, Seeichi Takegawa, Chiyoko Okura, Shinpachiro Asaka, Benkei Shinagoya, Yoko Umemura, Kensaku Hara, Shizuko Takizawa, Eitarô Shindô. Ayako (Yamada), após sair da casa da família, continua sendo secretária e recebe propostas de seu chefe, Asai (Shiganoya) de se tornar sua amante, com direito a um apartamento seu e não mais precisar trabalhar. Ayako aceita, mas sobretudo visando pagar o furto cometido pelo pai. Ayako também ajuda o irmão, Hiroshi (Asaki), enviando ao pai o dinheiro necessário para que ele consiga se graduar na universidade. O pai, no entanto, fica com o dinheiro. Ela engana o Sr. Fujino (Shindô), recebendo dele a quantia com o qual, na verdade, pretende se casar com seu jovem namorado Nishimura. Este não a perdoa e

The Film Handbook #7: D.W. Griffith

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Lilian Gish e Richard Barthelmess em Inocente Pecadora , de Griffith D.W. Griffith Nascimento: 23/01/1875/La Grange, Kentucky, EUA. Morte: 23/07/1948, Los Angeles, Califórnia, EUA Carreira: 1908-31 Muito frequentemente, o olhar retrospectivo pode ser uma vantagem diferenciadora na tentativa de avaliar o status artístico de um criador popular em certo momento; porém no caso de David Wark Griffith é, talvez, um entrave. Considerado o grande inovador que se erguia acima dos outros diretores nos anos do cinema mudo, muitos de seus filmes mais conhecidos, entretanto, hoje soam piegas, datados e, até mesmo, em diversos casos, ofensivos. Crescido numa fazenda do Kentucky, Griffith foi um quase arquetípico cavalheiro sulista, cortês, determinado e liberal, ainda que marcado pelas experiências da escravidão e da Guerra Civil. Após viver seus anos de formação atuando junto a trupes teatrais, passou a trabalhar como roteirista e diretor para os estúdios Biograph onde, nos próximos c

Filme do Dia: O Menino da Floresta (2012), Jean-Christophe Dessaint

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O Menino da Floresta ( Le Jour des Corneilles , França/Bélgica/Canadá, 2012). Direção: Jean-Christophe Dessaint. Rot. Adaptado: Amandine Taffin. Música: Simon Leclerc.           França, segunda década do século XX. Clourge torna-se um velho ermitão desde a morte da companheira no parto que nasce seu filho. Ele havia fugido para a floresta para evitar a ira da comunidade por ter se unido com a jovem que morre. Criando o filho sozinho, torna-se um selvagem. Quando a criança se encontra maior, fica curiosa para ultrapassar os limites da floresta.  Após uma primeira tentativa frustrada, ela o faz de fato quando o pai se encontra bastante doente, com a perna quebrada. A comunidade reage negativamente pelo retorno do ermitão. Pai e filho, no entanto, são acolhidos pelo médico local e a criança se torna próxima da filha do médico, Manon. Com a recuperação de Clourge, esse retorna para a floresta. Seu filho, no entanto, encontra-se dividido entre o amor pelo pai e a forma como foi trat
As a little girl in Vietnan, the writer Christiane Sacco, who was a very dear friend of mine, experienced the horrors of both war and nature at the same time (alone, her mother dead and her father a prisioner, she wandered through the hostile forest, eating roots and hiding from Japanese soldiers driven mad by war). She told me that for her, the only film to tell the truth about nature was John Boorman's  Deliverance  (1972), in which nature does not humanize human beings. She is no longer with us, but I think she would have liked The Thin Red Line . Michel Chion, The Thin Red Line , p. 72.

Filme do Dia: O Homem Forte (1926), Frank Capra

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O Homem Forte ( The Strong Man , EUA, 1926). Direção: Frank Capra. Rot. Original: Hal Conklin, Robert Eddy & Arthur Ripley. Fotografia: Glenn Kershner & Elgin Lessley. Montagem: Harold Toung & Arthur Ripley. Com: Harry Langdon , Priscilla Bonner, Gertrude Astor, William V. Mong, Robert McKim, Arthur Thalasso, Brooks Benedict. Paul Bergot (Langdon), soldado belga nas trincheiras da I Guerra Mundial, recebe uma foto de uma garota, Mary Brown (Bonner), que ele nunca viu. Com o término da guerra ele parte para os Estados Unidos. Lá tenta trabalhar no teatro de variedades com Zandow (Thalasso), outro emigrado. Bergot, no entanto, quase se torna vítima da astúcia da ladra, Lily (Astor), que se faz passar por Brown. Ao partir para o interior, para lá se apresentar com Zandow, Bergot conhece a verdadeira Mary Brown, que é cega, e se apaixona por ela. Um movimento religioso liderado pelo pastor Joe (Mong) pretende banir o teatro de variedades e com as confusões armadas por Berg
Alone. Each and every one of us is alone before the world, and death. Michel Chion. The Thin Red Line , p. 25.

King Crimson - Live in Hyde Park (1969) - Complete Performance

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Filme do Dia: Paris Vu Par... (1965), Jean Douchet, Jean Rouch, Jean-Daniel Pollet, Eric Rohmer, Jean-Luc Godard & Claude Chabrol

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Paris Vu Par... (França, 1965). Direção e Rot.Original: Jean Douchet, com colaboração de Georges Keller nos diálogos ( Saint German- des-Prés ), Jean Rouch ( Gare du Nord ), Jean-Daniel Pollet ( Rue Saint-Denis ), Eric Rohmer ( Place de L´Etoile ), Jean-Luc Godard ( Montparnasse-Levallois ), Claude Chabrol ( La Muette ). Fotografia: Nestor Almendros ( Saint German- des-Prés , Place de L´Etoile ), Étienne Becker ( Gare du Nord , Place de L´Etoile ), Alain Levent ( Rue Saint-Denis ), Albert Maysles ( Montparnasse-Levallois ), Jean Rabier. Montagem: Jacquie Reynal & Dominique Villain ( Gare du Nord ). Dir. de arte: Eliane Bonneau ( La Muette ) & André Perraud ( Saint German-des-Prés ). Com: Jean-Pierre Andréani, Jean-François Chappey, Barbara Wilkin ( Saint German-des-Prés ), Stéphane Audran, Claude Chabrol, Giles Chusseau, Dany Saril ( La Muette ), Nadine Ballot, Barbet Schroeder, Gilles Quéant ( Gare du Nord ), Serge Davri, Phillippe Hiquilly, Joanna Shimkus ( Montparnasse-Le
In Malick's work, war is close to play: there be seems no profund difference between children who take the world or a corner of the earth for their playground, and put borders round it, and someone who decides that a hilltop is a strategic point. Michel Chion, The Thin Red Line , p.47

Filme do Dia: Azul é a Cor Mais Quente (2013), Abdellatif Kechiche

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Azul é a Cor Mais Quente ( La Vie d’Adèle , França/Bélgica/Espanha, 2013). Direção: Abdellatif Kechiche. Rot. Adaptado: Abdellatiff Kechiche & Ghalia Lacroix, a partir da história em quadrinhos Le Bleu est une Coleur Chaude , de Julie March. Fotografia: Sofian El Fani. Montagem: Sophie Brunet, Ghalia Lacroix, Albertine Lastera, Jean-Marie Langelle & Camille Toubkis. Cenografia: Coline Débée & Julia Lemaire. Com: Adèle Exarchopoulos, Léa Seydoux, Salim Kechiouche, Aurélien Recoing, Catherine Salée, Benjamin Siksou, Mona Walravens, Alma Jodorowski. Adèle (Exarchopoulos) leva uma vida algo insossa de colegial, tentando engatar, sem muita convicção, uma relação com um dos jovens mais desejados do colégio.  Tudo se transforma, no entanto, a partir do momento que cruza na rua com uma garota de cabelos pintados de azul. Rompendo com o jovem,  Adèle se aventura pela noite gay, com um amigo da escola e reencontra a garota, a estudante de arte Emma (Seydoux). Uma paixão nasce en
A good place to start is with the title, taken from James Jones' novel The Thin Red Line  (1962). Although the words officially refer to the line between life and death, they surely also speak to us of barriers and limits, those mysterious limits that we sense everywhere around us and do not know how to cross. In this film, voices are continually asking questions that it is not our role to answer, but which must be listened to and allowed to resonate. Michel Chion, The Thin Red Line , p. 8

Filme do Dia: O Lobo Atrás da Porta (2013), Fernando Coimbra

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O Lobo Atrás da Porta (Brasil, 2013). Direção e Rot. Original: Fernando Coimbra. Fotografia: Lula Carvalho. Música: Ricardo Cutz. Montagem: Karen Akerman. Dir. de arte: Tiago Marques. Figurino: Valeria Stefani. Com: Leandra Leal, Milhem Cortaz, Fabíula Nascimento, Tamara Taxman, Juliano Cazarré, Paulo Tiefenthaler, Thalita Carauta, Isabelle Ribas, Thalita Carauta, Emiliano Queiroz.          Com o desaparecimento súbito da filha, Sylvia (Nascimento), vai em busca de ajuda policial. O investigador (Cazarré) ouve o pai da criança, Bernardo (Cortaz), que de imediato pensa que foi ação de sua amante, Rosa (Leal), com quem manteve até recentemente uma relação extra-conjugal. A partir do relato de Rosa, aos poucos o quebra-cabeças vai fazendo sentido.          Com roteiro relativamente virtuoso e uma narrativa que é traçada a partir de flashbacks – sem se esquivar do chamado “corredor do logro”, ou seja, apresentando informações “falsas” em alguns desses – o filme pode ser enqua

J.S. Bach - BWV 639 - Ich ruf' zu dir, Herr Jesu Christ

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No primeiro aniversário do blog, volto com um dos meus temas musicais prediletos, que estava presente dentre as primeiras postagens do mesmo.
Perhaps in a visual culture, the truth of an individual fact is less important than the overall truth of the metaphors we create to help us to understand the past. Robert A.Rosenstone, History on Film/Film on History , p. 148

Um ano de Blog

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Comemorando o primeiro aniversário do blog, destaco a lista de filmes cujas resenhas foram publicadas ao longo do ano (na coluna ao lado), que foi a espinha cervical do mesmo. Ressalto a diversidade de épocas, estilos, nacionalidades, visões de mundo que os filmes trazem. Parto do princípio de que todo produto audiovisual é passível de um olhar. E é esse olhar, o meu olhar, parcial, ideologizado, trespassado igualmente de leituras que me influenciaram nos diversos campos e não apenas o do cinema, e também datado, que se encontra aqui presente. Datado, inclusive, no sentido de que tais resenhas foram escritas ao longo de mais de uma década e meia. Ou seja, que é possível que muitas das impressões de um filme que vi em 1998, por exemplo, não seja mais a mesma hoje, quase vinte anos depois. E que o termo datado, não é utilizado aqui de forma necessariamente pejorativa, como habitual. Escrever hoje é algo datado igualmente, é óbvio. O que elas possuem em comum é, na sua maciça maior

Jorge Cafrune - Zamba de mi esperanza - Argentinisima I

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Filme do Dia: À Flor da Pele (2005), Antony Cordier

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À Flor da Pele ( Douches Froides , França, 2005). Direção: Antony Cordier. Rot. Adaptado: Antony Cordier & Julie Peyr. Fotografia: Nicolas Gaurin. Música: Nicholas Lemercier. Montagem: Emmanuelle Castro. Dir. de arte e Cenografia: François Girard. Figurinos: Sophie Goudard. Com: Johan Libéreau, Salomé Stévenin, Jean-Phillipe Écoffey, Florence Thomassin, Pierre Perrier, Claire Nebout, Aurelien Recoing, Magali Woch. Mickael (Libéreau) é um jovem talento do judô que é observado de perto pelo empresário Louis Steiner (Recoing), que pretende que ele se torne exemplar para seu filho, Clément (Perrier). Mickael, de família pobre, namora com Annie (Thomassin) desde sempre, deixa que ela se envolva também com o agora amigo Clément. Porém, após observarem os dois se encontrando em um hotel e pedindo para ele entrar posteriormente, Mickael rompe com Annie e a esmurra quando essa o provoca se aproximando de Clément, justamente no dia da competição pelo qual fizera todos os esforços pa

Air - Remember

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