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Filme do Dia: Nossa Cidade (1940), Sam Wood

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  N ossa Cidade ( Our Town , EUA, 1940). Direção: Sam Wood. Rot. Adaptado: Thornton Wilder, Frank Craven & Harry Chandlee, a partir da peça de Wilder. Fotografia: Bert Glennon. Música: Aaron Copland. Montagem: Sherman Todd. Dir. de arte: William Cameron Menzies & Lewis J. Rachmil. Cenografia: James W. Payne. Figurinos: Edward P. Lambert. Com: William Holden, Thomas Mitchell, Martha Scott, Fay Bainter, Beulah Bondi,   Guy Kibby, Stuart Erwin, Frank Craven, Doro Merande. Na provinciana Grovers Corner, New Hampshire, início do século, Emily Webb (Scott) decide se casar com seu colega de turma, George Gibbs (Holden). Impressiona por talvez trazer muitas das inovações (narrativas e mesmo especificamente visuais) que se tornarão marca registrada de algumas das obras mais lembradas da década. Isso vale para o domínio de um narrador, corporificado como farmacêutico da pequena cidade que, desde o início, fala-nos sobre de tudo um pouco relativo a mesma, retornando a 1901, quando a h

O Dicionário Biográfico de Cinema#218: Nathalie Baye

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  Nathalie Baye  (Judith Mesnil), n. Mainnerville, França, 1948 B aye não realizou um filme antes dos vinte e cinco. Treinou e trabalhou como dançarina primeiro. Mas o atraso ajudou, tornando-a um pouco mais madura que a maior parte das atrizes debutantes. O que ajuda a explicar porque não foi a mais bela que você já viu. Um personagem começou a emergir, ainda que somente por conta de ter interpretado uma versão da maternal continuísta de Truffaut, Helen Scott, em um filme do início de sua carreira, La Nuit Américaine  [ Noite Americana ] (73).  E la então fez La Gouele Ouverte [ Ferida Aberta ] (74, Maurice Pialat ); La Gifle (74, Claude Pinoteau); Mado (76, Claude Sautet); L'Homme qui Aimait les Femmes  [ O Homem Que Amava as Mulheres ] (77, Truffaut ); Monsieur Papa  (77, Philippe Monier); La Chambre Verte [ O Quarto Verde ] (78, Truffaut); Mon Premier Amour (78, Élie Chouraqui); La Mémoire Courte (79, Eduardo de Gregorio); Sauve qui Peut [ Salva-se Quem Puder (A Vida )] (80, Je

Filme do Dia: O Homem Que Amava as Mulheres (1977), François Truffaut

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  O  Homem Que Amava as Mulheres ( L’Homme qui aimait les femmes , França, 1977). Direção:  François Truffaut. Rot. Original: Michel Fermaud,  Suzanne Schiffman &  François Truffaut. Fotografia: Néstor almendros. Música: Maurice Jaubert. Montagem: Martine Barraqué.  Dir. de arte: Jean-Pierre Kohut-Svelko. Com: Charles Denner, Brigitte Fossey, Nelly Borgeaud, Leslie Caron, Geneviève Fontanel, Nathalie Baye , Sabine Glaser, Jean Dasté, Valérie Bonnier, Anna Perrier, Marie-Jeanne Montfajon, Martine Chassing, Rosylyne Puyo.            Bertrand Morane (Denner) é um cumpulsivo admirador das mulheres. Para procurar compreender melhor a si próprio, resolve escrever um livro que relata suas aventuras amorosas com um número considerável de mulheres: a anônima Marianne, que se apaixona pelas pernas e persegue através da placa do carro, numa longa operação, até ir de encontro com sua prima e não com ela;  a telefonista Aurore, de quem apenas conhece a voz; uma mulher de meia-idade, que o rejei

Dicionário Histórico de Cinema Sul-Americano#94: La Batalla de Chile: La Lucha de un Pueblo Sin Armas

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  LA BATALLA DE CHILE: LA LUCHA DE UN PUEBLO SIN ARMAS (Chile/Cuba, 1974-1979). Dizer que La Batalla de Chile: La Lucha di un Povo sin Armas ( A Batalha do Chile: A Luta de um Povo Sem Armas ) é o filme mais significativo realizado sobre a história do Chile  é um eufemismo. Concebido pelo diretor Patrício Guzmán  ao final de 1972 como um registro dialético das lutas da minoria no governo da Unidade Popular de Salvador Allende, a equipe Tercer Año continuou filmando de fevereiro de 1973 até o golpe de 11 de setembro. Notavelmente, todo o material foi contrabandeado para fora do país por um navio sueco, e o exilado Guzmán, com o valoroso auxílio do montador Pedro Chaskel , levou cinco anos para finalizar o monumental  tríptico documentário no Instituto Cubano de Arte e Cultura Cinematográfica (ICAIC). Como o filme político modelar para a esquerda, La Hora de los Hornos  foi filmado semi-clandestinamente mas, ao contrário de seu predecessor, o filme de Guzmán foi bem recebido pelos críti

Filme do Dia: Guerra$ (2005), Luiz Rosemberg Filho

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  G uerra$ (Brasil, 2005). Direção: Luiz Rosemberg Filho. Rot. Original: Luiz Rosemberg Filho & Sindoval Aguiar. Fotografia: Renaud Leenhardt. Montagem: Sidney Olivetti. Com: Olívia Zisman Bolliger As obsessões desse momento final da carreira do realizador se encontram muito presentes nesse curta (a guerra, o poder, a dificuldade da humanidade de lidar com o gozo) e também se refletem em uma postura estética também com muitas similaridades. Aqui não se faz uso da colagens tão frequentes em sua produção (em Auschwitz e Desobediência , por exemplo), mas se encontra presente uma ruptura ao longo da duração do vídeo, que aqui substitui as imagens de guerras (e da guerra particular brasileira, com tanques do exército nas favelas) americanas no Iraque e Afeganistão, fazendo uso de imagens de arquivo, e ao som da célebre Tocata e Fuga em Ré Menor BWV 565 de Bach a fala de alguém que apresenta um texto. Novamente uma mulher, novamente um texto de colarações nietzscheanas, ainda que sem

Filme do Dia: Com o Oceano Inteiro Para Nadar (1997), Karen Harley

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  C om o Oceano Inteiro Para Nadar (Brasil, 1997). Direção: Karen Harley. Curta que se apoia sobretudo nos “diários gravados” pelo artista plástico Leonilson entre 1990 e 1993, antes de sucumbir ao vírus HIV. Oscilando entre momentos de alegria e melancolia, sua fala percorre desde descrições de situações que ele vivenciara a pouco em suas viagens até observações sobre trabalhos de outros artistas e sua incompetência em fazer marketing de si próprio e seu desgosto com o mercado de arte e “os filhos da puta” que fazem parte dele. Ao contrário do longa que volta a esses mesmos depoimentos tempos depois ( A Paixão de JL , de 2015) parece haver menor aderência ou tentativa de ilustração das palavras de Leonilson com imagens sobre o que ele faz referência. Não existe aqui a grande quantidade de menções televisivas e/ou cinematográficas presentes no longa, até mesmo por provavelmente se contar com recursos bem mais modestos que não dariam conta do uso autorizado dessas imagens. Por outro l

Filme do Dia: A Midsummer Day's Work (1939), Alberto Cavalcanti

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  A   Midsummer Day's Work (Reino Unido, 1939). Direção: Alberto Cavalcanti. Fotografia: Jonah Jones. Montagem: R.Q McNaughton. Simpático curta de Cavalcanti que acompanha não apenas Oxford, centro de reconhecida universidade, mas sobretudo os trabalhadores que se encontram a serviço das comunicações. A música e o tom ensolarado e límpido que acompanha os planos iniciais logo irão ceder a uma certa apreensão prosaica  da realidade, porém sem invalidar uma certa propensão épica em pleno prosaico. Sua referência jocosa a Shakespeare já no título, em aberto contraste com a inclusão de um aspecto do cotidiano – e ainda por cima operário -  é acompanhada por outras das residências de Francis Drake e de William Blake.13 minutos.