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Filme do Dia: Absolutamente Certo (1957), Anselmo Duarte

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  A bsolutamente Certo (Brasil, 1957). Direção: Anselmo Duarte. Rot. Original: Anselmo Duarte, a partiro do argumento dele próprio, Jorge Dória, Jorge Ileli & J. Miguel Thalma de Oliveira. Fotografia: H.E. Fowle. Música: Enrico Simonetti. Montagem: José Cañizares. Dir. de arte: Pierino Massenzi. Com: Anselmo Duarte, Dercy Gonçalves, Odete Lara, Aurélio Teixeira, Maria Dilnah, José Policena,  Fregolente. Zé do Lino (Duarte) é um humilde linotipista em uma gráfica, que há dez anos é noivo de Gina (Dilnah) e não casa por não ter condições econômicas suficientes e cuidar do pai   (Policena) semi-inválido. A mãe de Gina, Dona Bela (Gonçalves), embora viva escorraçando o namorado da filha de sua casa, na verdade, gosta do rapaz. O filho de seu patrão (Fregolente), Raul (Teixeira), propõe que Zé do Lino faça fortuna com sua capacidade extraordinária de memória, capaz de saber de cor toda a lista telefônica da cidade de Sâo Paulo. Tem a ideia de leva-lo à produção do programa de TV Absol

Filme do Dia: Gente del Po (1943), Michelangelo Antonioni

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  G ente del Po (Itália, 1943). Direção e Rot. Original: Michelangelo Antonioni. Fotografia: Piero Portalupi. Música: Mario Labroca. Montagem: Carlos Alberto Chiesa. Esse documentário em curta-metragem foi o primeiro filme dirigido por Antonioni . Apesar de sua simpatica lírica e por vezes fatalista e paternalista descrição da pobreza da região dos moradores da região italiana referida em seu título se aproximar, de modo antecipativo, aos temas desenvolvidos por boa parte da produção ficcional neo-realista posterior, seu estilo parece mais lembrar o misto de forte encenação e poesia presente em obras tão diferentes quanto as de documentaristas como Flaherty ( A História de Louisiana ) ou Joris Ivens. Narrado por uma voz off  do início ao final como todo documentário mais clássico que se preze, mesmo que aqui feminina, o filme parece bastante distante do universo ficcional e estilístico posterior do realizador, a não ser por uma certa melancolia, muitas vezes buscada em seu olhar par

O Dicionário Biográfico de Cinema#199: Jack Nicholson

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  Jack Nicholson , n. Neptune, Nova Jersey, 1937 E m 1975 e 1980, escrevi:  Houve uma vez um livro de referência que reivindicou Nicholson como o filho de James H. Nicholson, executivo-chefe da American International Pictures. Pesquisas futuras revelaram que era filho de um alcóolatra da província, de descendência irlandesa. E é uma prova da sugestiva flexibilidade de Nicholson que ambas as versões pudessem ser plausíveis; de fato ambas podem ser admissões - meio arrastadas, meio choramingas - de um sonolento, impassível à provocação. A fonte do charme de Nicholson reside em sua doce evasão. Isto caminha com a magistral sutileza de sua própria aparição, portanto ele nunca apresenta a mesma aparência de um filme ao próximo, ainda que seja sempre o mesmo divertido e tristemente alegre enigmático Nicholson. Lembrem o truculento cabelo ondulado de  Five Easy Pieces  [ Cada Um Vive Como Quer ], mais desbastado em um homem de meia-idade em  The King of Marvin Gardens  [ O Rei da Ilusão ], o

Filme do Dia: Duelo de Gigantes (1976), Arthur Penn

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  D uelo de Gigantes ( The Missouri Breaks , EUA, 1976). Direção: Arthur Penn. Thomas McGuane. Fotografia: Michael C. Butler.  Música: John Williams. Montagem: Dede Allen, Gerald B. Greenberg & Stephen A. Rotter. Dir de arte: Albert Brenner & Stephen Miles Berges. Cenografia: Marvin March. Figurinos: Patricia Norris. Com: Jack Nicholson , Marlon Brando , Randy Quaid, Kathleen Lloyd, Frederic Forrest, Harry Dean Stanton, John McLiam, John P. Ryan.             Tom Logan (Nicholson) é um ladrão de cavalos que após assaltar um trem instala um rancho no local em que o fazendeiro David Braxton (McLiam) dita as leis. A filha de Braxton, Jane (Lloyd), apaixona-se por Tom. Braxton contrata o  excêntrico “homem da lei” Robert E. Lee (Brando) para exterminar com o bando de Logan, o que ele vai fazendo um por um, restando somente Logan. Esse faroeste dirigido por  Penn  talvez seja o último filme digno de nota com  Brando . Aqui, inexiste o maniqueísmo entre quem se encontra dentro e fora

Filme do Dia: Beyond Sleep (2016), Boudewijn Koole

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  B eyond Sleep (Holanda/Noruega, 2016). Direção Boudewijn Koole. Rot. Adaptado Koole, a partir do romance de Willem Frederik Hermans. Fotografia Melle van Essen. Música Alex Simu. Montagem Gys Zevenbergen. Dir. de arte e  Figurinos Merete Boström. Cenografia Stini Mari Andreassen. Com Reinout Scholten van Aschat, Pal Sverre Hagen, Anders Baasmo Christiansen, ThorbjØrn Harr, Marie Annette TandarØ Berglyd, Jakop Ahlbom, Per Tofte, Nina Takvannbukt. Alfred (van Aschat) é um jovem geólogo a se aventurar em vasta região desértica de tundra na Noruega, pesquisando crateras produzidas por meteoros, com outro jovem, Arne (Hagen), e dois homens mais velhos, Mikkelsen (Christiansen) e Qvigstad (Harr). Sempre o mais deslocado no quarteto, embora próximo e dormindo na mesma barraca que Arne, que o ajuda em vários momentos de apuros que Alfred se depara, ele tem que lidar com o fantasma do pai, também geólogo, e morto quando ainda era criança. Seu estado mental apenas deteriora ao longo

Filme do Dia: Reversal of the Heart (2011), Carolyn Chrisman

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  R eversal of the Heart (EUA, 2011). Direção , Rot. Original e Montagem Carolyn Chrisman. Música Dave Volpe. Uma mãe dragão perde sua cria, por conta de uma peça brilhante que possui em seu próprio corpo, na altura do coração. Quem a matou, levou-a para uma princesa. Ela se transforma em um dragão, provocando um enorme susto no príncipe. Ela foge, após ser confrontada pela espada do mesmo. Sua fuga é para o campo. Refugiada em um paiol, assusta um jovem, que além de trabalho no campo é aprendiz de mago. Porém, quando percebe-o como inofensivo, monta nele procurando ir de encontro à montanha que fica o reinado dos dragões. Após uma primeira transformação de um animal numa lagoa, este adere a dupla e partem na continuação da jornada, interrompida por um cavaleiro que, em meio ao combate, fere mortalmente a dragão fêmea. E quando o cavaleiro vingativo chega ao local onde acredita se encontrar o dragão ferido ou morto, depara-se com a princesa que lhe estava prometida.   Esta não pa

Filme do Dia: Still: Ainda Sou Michael J. Fox (2023), David Guggenheim

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  S till: Ainda Sou Michael J. Fox ( Still , EUA, 2023). Direção Davis Guggenheim. Rot. Adaptado Michael J. Fox, a partir de livros escritor por ele próprio. Fotografia Julia Liu, C. Kim Miles & Clair Popkin. Música John Powell. Montagem Michael Harte. Dir. de arte Matthew Budgeon & Sean Carvajal. Figurinos Beverley Huynh. Acentua-se aqui ainda mais o egocentrismo destinado a documentários envolvendo a aproximação biográfica de personalidades, embora por um viés original, inclusive na lida com o material de arquivo e, sobretudo as imagens dos filmes de um ator, aqui utilizados em diálogos com situações descritas por Fox, somados a encenação de situações e entrevistas constantes com ele próprio. Caso, por exemplo, dos difíceis anos iniciais de tentativa de ganhar a vida em Los Angeles. E, como o próprio título (sobretudo brasileiro) dá pistas, boa parte desta conjunção biográfica tem como norte o fato conhecido do ator ser vítima acentuada do Mal de Parkinson. A leitura f