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Filme do Dia: Spatne Namalavaná Slepice (1963), Jirí Brdecka

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  S patne Namalavaná Slepice (Tchecoslováquia, 1963). Direção: Jirí Brdecka. Rot. Original: Jirí Brdecka, a partir do argumento de Milos Macourek. Fotografia: Ivan Masník. Montagem: Marta Latálová. Em uma aula de desenho na escola garoto é repreendido pela professora por apresentar um desenho demasiado original de uma galinha, enquanto a reprodução perfeita por outro aluno, tido como exemplar, é louvada. Escola fechada, o desenho feito em pedaços ganha vida e se torna uma atração da mídia com seu dono, que a descobre próxima de casa. Quando se encontram no museu, a professora ainda assim não reconhece que surgiu dos traços do garoto que desconsidera, e que parte pelos céus, com a amiga que é a única a perceber seu talento, não sem antes deixar uma lembrança sobre a cabeça do aluno preferido. Pode ser interpretado, de forma veladamente consciente, enquanto comentário sobre toda arte inovadora, que tem que se contrapor ao academicismo imperante de sua época e, particularmente, ao que

O Dicionário Biográfico de Cinema#182: Carl Theodor Dreyer

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Carl Theodor Dreyer   (1889-1968), Copenhague, Dinamarca 1 919: Praesidenten  [ O Presidente ]; Blade af Satans Bog  [ Páginas do Livro de Satã ]. 1920: Prastankan  [ A Quarta Aliança da Sra. Margarida ]. 1922: Die Gezeichneten . 1924: Mikael . 1925: Du Skal Aere Din Hustru [ A Queda do Tirano ]; Glomsdalsbruden  [ The Bride of Glomdal ]. 1928: La Passion de Jeanne d'Arc  [ O Martírio de Joana D'Arc ]. 1932: Vampyr [ Vampiro ]. 1943: Vredens Dag [ Dias de Ira ]. 1945: Tva Maniskor . 1954: Ordet [ A Palavra ] . 1964: Gertrud .  É facil, por conta de ser dinamarquês, formação luterana e a atenção visível às provações espirituais em seus filmes, considerar Dreyer  como um austero analista escandinavo da culpa psicológica e da absorção metafísica. Mas sua dinamarquesidade  é de relevância limitada; Dreyer realizou alguns de seus melhores filmes na Noruega, França e Alemanha. Nem é razoável aceitar a interpretação tradicional dele como um artista religioso visionário e transcendenta

Filme do Dia: Gertrude (1964), Carl Th. Dreyer

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Gertrude (Dinamarca, 1964). Direção:  Carl Th. Dreyer . Rot. Adaptado: Cart Th.Dreyer, baseado em peça homônima de Hjalmar Söderberg. Fotografia: Henning Bendtsen. Música: JǾrgen Jersild. Montagem: Edith Schlüssel. Dir. de arte: Kai Rasch. Figurinos: Fabielle & M.G.Rasmussen. com: Nina Pens Rode, Bendt Rothe, Ebbe Rode, Baard Owe, Axel Strǿbye, Vera Gebuhr, Anna Malberg, Edouard Mielche. No final do século XIX, Gertrud (Rode) decide se separar do marido, Gustav Kanning (Rothe), no momento em que ele se encontra em vias de se tornar Ministro do Estado, por conta da indiferença do mesmo com relação aos sentimentos, pretendendo se unir ao jovem pianista Erland Jansson, que é seu amante. Gertrud toma conhecimento através de um antigo amor, o renomado Gabriel Lidman (Rode), que Erland falara abertamente de sua relação com Gertrud em uma taverna de má fama. Ainda assim, Gertrud decide insistir com Erland, porém ele afirma que não iria acompanhá-la e que já possuía uma amante mais velha g

Dicionário Histórico de Cinema Sul-Americano#85: David José Kohon

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  KOHON, DAVID JOSÉ  (Argentina, 1919-2004). Ainda que tenha realizado somente dez filmes, David José Kohon foi talvez o mais formalmente talentoso da importante gerações de realizadores argentinos do nuevo cine  do final dos anos 50 e idos dos 60. Seus filmes são tanto experimentais quanto socialmente engajados; ainda que fosse todos bem recebidos, particularmente na Europa, estão quase esquecidos hoje. Kohon nasceu em Buenos Aires e se tornou interessado em literatura, teatro e cinema quando jovem, particularmente como representavam sua cidade natal. Em 1950 trabalhou como assistente de direção para um filme dirigido por Echenique Enio e também fez seu primeiro filme, o curta La Flecha y el Compass . Em 1952 trabalhou como assistente de direção de Leopoldo Torres Ríos , e escreveu sua primeira peça em 1955. Por esta época era ativo na cena cineclubística e também foi crítico de cinema. Incapaz de dirigir outro filme antes de 1958, após o governo militar argentino iniciar uma cobrança

Filme do Dia: Le Frotteur (1907), Louis Feuillade & Alice Guy

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  L e Frotteur (França, 1907). Direção: Louis Feuillade & Alice Guy. No mais puro espírito anárquico do primeiro cinema, este filme, tido por alguns como dirigido por Alice Guy, apresenta um faxineiro estabanado que faz um buraco no apartamento que limpa que provocará  uma sucessão de quedas de destroços e, posteriormente, gente nos andares inferiores. Caso tenha sido efetivamente dirigido por Guy, diverge bastante do estilo de outros filmes dirigidos por ela no mesmo período.|Société des Etablissements L. Gaumont. 3 minutos e 36 segundos.

Filme do Dia: O Frango (1963), Claude Berri

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  O   Frango ( Le Poulet , França, 1963). Direção: Claude Berri. Rot. Original: Charles Nastat. Fotografia: Ghislain Cloquet. Música: René Utreger. Montagem:  Sophie Coussein. Com: Jacques Marrain, Viviane Bourdonneux, Martin Serre. Casal (Marrain e Bourdenneux) vive feliz com seu filho pequeno (Serre). Certo dia vão a granja de conhecidos e de lá trazem um frango. O filho se afeiçoa do animal e, temendo sua morte iminente, começa a pôr ovos próximo dele, para que seja confundido com um galinha e não possua o fim esperado pelos pais. Certo dia, no entanto, o frango começa a cantar de manhã cedo. Singelo curta dirigido por um Berri que também produziu filmes em que a infância era retratada de forma bem menos rósea (tal como A Infância Nua , de Pialat ), em que o retrato da província, as modestas posses de seus personagens, acrescido a papéis vividos por amadores – o pai é o único profissional – a fotografia em p&b de Cloquet e a música sutilmente jocosa de sua trilha sonora, ass

Filme do Dia: Acordar para a Vida (2001), Richard Linklater

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  A cordar para a Vida ( Waking Life , EUA, 2001). Direção e Rot. Original: Richard Linklater. Fotografia: Richard Linklater & Tommy Pallotta. Música: Glover Gill. Montagem: Sandra Adair. Dir. de arte: Bob Sabiston. Com: Wiley Wiggins, Glover Gill, Robert C. Solomon,   Richard Linklater, Ethan Hawke, Julie Delpy, J.C. Shakespeare, Bill Wise. O que mais chama a atenção nesse filme de Linklater, certamente pouco convencional e por vezes cansativo em sua proposta original, é o modo radical que sua animação em rotoscópio a partir de material integralmente e previamente filmado em ação ao vivo não apenas borra os limites entre essa e a animação que posteriormente foi produzida a partir daquela e consegue ser uma boa representação para o estado de “consciência onírica” vivenciado por seu protagonista, uma espécie de Pequeno Príncipe pós-moderno. Abdicando de uma estrutura dramática como também muito lhe convém, o filme parece propositalmente também burlar o que seria sonho e o que seri