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Filme do Dia: O Matador de Hollywood (1942), Walter Lantz & Alex Lovy

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  O   Matador de Hollywood ( The Hollywood Matador , EUA, 1942). Direção: Walter Lantz & Alex Lovy. Rot. Original: Lowell Elliot & Ben Hardaway. Música: Darrell Calker. Numa arena de touros, Pica-Pau enfrenta um valente touro e várias situações de risco transformando o animal em pedaços de carne que oferece à venda. Animação da fase clássica do personagem, na qual a qualidade do desenho se alia a uma certa organicidade narrativa que parece não ser tão intensa nos curtas posteriormente dirigidos por outros realizadores. Um dos poucos momentos verdadeiramente histriônicos é o que Pica-Pau produz um som de berrante no próprio chifre do touro que enfrenta. Há uma menção paródica a Por Quem os Sinos Dobram que viraria filme no ano seguinte. Walter Lantz Prod. para Universal Pictures. 6 minutos e 55 segundos.

Filme do Dia: Isto Não é um Filme (2011), Motjaba Mirtamasb & Jafar Panahi

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  I sto Não é um Filme (Irã, 2011). Direção: Motjaba Mirtamasb & Jafar Panahi. Rot. Original: Jafar Panahi. Acompanha-se o cineasta Jafar Panahi em sua prisão domiciliar em Teerã. Ele chama um documentarista, Mirtamasb, para retratar os momentos tensos ou entediados que antecedem a resolução sobre sua condenação a seis anos de prisão pela justiça do país. No restrito espaço-tempo que se resume ao seu apartamento e um único dia, que por sinal é o que se comemora uma festa tradicional iraniana, Panahi troca mensagens com sua advogada, recebe o documentarista, esboça e depois desiste de efetuar uma representação de seu último projeto, censurado, no qual uma jovem confinada, como Panahi, a sua casa, vê-se impedida de efetuar sua matrícula para um curso universitário de arte. O que mais importa nesse documentário é o modo como acaba se voltando para opções que dizem respeito à própria trajetória desse que é um dos cineastas de maior reputação internacional do país. Sobretudo o olhar a

O Dicionário Biográfico de Cinema#101: Alan Bennett

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  Alan Bennett , n. Leeds, Inglaterra, 1934 E m 1960, quando Beyond the Fringe estreou no Festival de Edimburgo, e nos seus anos gloriosos após, Alan Bennett era o menos conhecido e espetacular da equipe. Hoje, uma consideração poderia ser feita que sua obra e influência cresceram bem acima da dos outros. Mas, como é conhecido...Bennett é a própria imagem da privacidade, e isso por si só o qualificaria para um lugar notável, nessa pesquisa da mais gritante e expositória das mídias.  N os idos dos anos 60 havia arrogância, juventude e energia em Peter Cook, Dudley Moore, e Jonathan Miller. Miller era tão plenamente elétrico; Moore estava tonto ao ter vencido a timidez, o piano e o diabo manco da provocação; e Cook não estava tão longe de ser um Don Juan, pronto para ser um bandido. Nessa companhia - e Bennett estava somente nessa companhia então - o homem de Yorkshire de cabelos arenosos parecia alguém que nunca havia conhecido a juventude. Era cauteloso e precavido, um hábil ator de ca

Filme do Dia: Iracema - Uma Transa Amazônica (1975), Jorge Bodanzky & Orlando Senna

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  Iracema - Uma Transa Amazônica (Brasil, 1975). Direção: Jorge Bodanzky & Orlando Senna. Rot. Original: Orlando Senna, Jorge Bodanzky & Hermano Penna. Fotografia: Jorge Bodanzky. Música: Jorge Bodanzky & Achim Tappen. Montagem: Eva Grundman e Jorge Bodanzky. Cenografia: Orlando Senna. Com: Paulo César Pereio, Edna de Cássia, Conceição Senna, Rose Rodrigues, Sidney Piñon, Elma Martins, Wilmar Nunes, Lúcio dos Santos.               Em 1970, auge do otimismo com o “milagre econômico” brasileiro, Tião Brasil Grande (Pereio), um sulista que resolveu trabalhar como transportador de madeiras na região da Transamazônica, encarna como ninguém os ideais de progresso. Em uma de suas andanças ele dá carona a uma prostituta de 15 anos, Iracema (Cássia). Quando Iracema começa a se afeiçoar ao caminhoneiro, esse a abandona em um lugarejo perdido do mapa. Iracema passa então a ter que enfrentar uma situação ainda mais instável que a vivenciada até então. Tempos depois, Tião a reencontra,

Filme do Dia: Filho de Boi (2019), Haroldo Borges & Ernesto Molinero

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  F ilho de Boi (Brasil, 2019). Direção: Haroldo Borges & Ernesto Molinero. Rot. Original: Haroldo Borges & Paula Gomes. Fotografia:  Montagem: Juliano Castro & Ernesto Kleinman. Dir. de arte Marcos Bautista. Com: João Pedro Dias, Vinícius Bustani, João Carlos Dias, Luiz Carlos Vasconcelos, Avelino Santos, Itamar Cavalcante, Jonas Laborda, Sílvio Junior, Wilma Macêdo, Rita de Cássia Fernandes, AGivanilson Santos, Bruno Araújo, Bernardo Silva. João (Dias), garoto tímido, que vive ajudando o pai vaqueiro (Vasconcelos), sofre discriminação de outros garotos da cidade, por sua mãe não viver com o pai, e o próprio pai é bastante grosseiro e opressivo com o garoto. Sobretudo quando esse se encanta com o circo comandado por Salsicha (Bustani) e fica inclinado a seguir o grupo, como palhaço. Nenhuma cena traduz melhor a disposição e a tenacidade, apesar de todos os contras que a paisagem rústica e o meio social acanhado possibilitam, do circo que a do anão fazendo seus exercíci

Diretoras de Cinema#1: Alile Sharon Larkin

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  LARKIN, Alile Sharon (1953). Estados Unidos . Nascida em 6 de maio de 1953, Alile Sharon Larkin cresceu em Pesadena, Califórnia. Estudou escrita criativa na sua graduação na University of Southern California e uma pós-gradução em artes em produção de cinema e televisão na University of California - Los Angeles. Enquanto co-fundadora do Black Filmmakers Collective, Larkin é uma realizadora, educadora, ativista e roteirista sem reservas. É ativa como realizadora desde 1979. Soma-se as suas conquistas como diretora, ser uma defensora de uma televisão educativa infantil. Em 1984 dirigiu a produção para tv a cabo "My Dream is to Marry an African Prince" (1984), que demonstrava o quanto os esteréotipos racistas afetam as crianças. Em 1989, Larkin formou a NAP Productions, que produz filmes e vídeos para crianças afro-americanas.  O filme mais conhecido de Alile Sharon Larkin é A Different Image  (1982). Nesse filme, uma jovem chamada Alana, interpretada por Margot Saxton-Federell

Filme do Dia: Malombra (1917), Carmine Gallone

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  M alombra (Itália, 1917). Direção: Carmine Gallone. Rot. Adaptado: a partir do romance de Antonio Folgazzaro. Fotografia: Giovanni Grimaldi. Com: Lyda Borelli, Amleto Novelli, Augusto Mastripietri, Amedeo Ciaffi, Francesco Cacace, Consuelo Spada, Giulia Cassini-Rissoto, Berta Nelson. Marina de Malombra (Borelli) vai viver no palacete do tio, o Conde Cesare (Mastripietri), após se tornar órfã. Ela ocupa o quarto que pertencera a falecida mãe do Conde, Cecilia. Uma vida praticamente isolada a faz ter como principal fonte de diversão fantasiar sobre a figura da falecida Cecilia, com quem passa a se identificar cada vez mais, ao ponto da brincadeira se transformar numa perigosa obsessão. Tenta-se arranjar um casamento dela com o Conde Salvador (Cacace), mas ela pretende que Corrado Silla (Novelli)   seja a reencarnação do amado de Cecilia. Esse, no entanto, volta seus olhos para jovem Edith (Spada), filha do funcionário que é o braço direito do Conde. Cada vez mais atormentada por suas