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Filme do Dia: Ala-Arriba (1942), José Leitão de Barros

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  A la-Arriba! (Portugal, 1942). Direção: José Leitão de Barros. Rot. Adaptado: Alfredo Cortez, baseado nos poemas de Augusto de Santa-Rita. Fotografia: Octávio Bobone, Tavares da Fonseca & Salazar Dinis. Música: Ruy Coelho. Montagem: Jacques Saint-Leonard. Cenografia: Raul Faria da Fonseca & Leite Rosa. Com: João Moço, Elsa Bea-Flor,  Luís Pinto, Ilídio Rocha Silvestre, Maria Olguim, Nicolau, Madalena Vilaça. Numa aldeia de pescadores, a jovem Julha (Bea-Flor), filha do velho pescador de alto-mar Ti Saramago (Silvestre)   se encontra apaixonada pelo sardinheiro João Moço (Moço), considerado de categoria inferior. Seu noivado é oficializado. Um jovem também deseja Julha e acaba flagrando João Moço nos braços de uma cigana (Vilaça). Ele arranja testemunhas e logo João Moço cai em desgraça, sendo expulso de casa pelo pai e destituído da pesca em alto-mar por seu ex-futuro sogro.   Julha não dessiste de seu amor. O pároco local (Pinto) lhe dá animo para continuar a viver e lutar

O Dicionário Biográfico de Cinema#92: Jeremy Irons

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  Jeremy Irons , n. Cowes, Inglaterra, 1948 P or diversos anos, Irons foi mais conhecido como Charles Ryder na universalmente admirada adaptação para a TV de Brideshead Revisited [ Memórias de Brideshead ] (81, Charles Sturridge & Michael Lindsay-Hogg), de Evelyn Waugh. Parecia tão bem selecionado, como o esquelético e ligeiramente desambientado observador, cada vez mais melancólico, do declínio da grandeza. Sua voz, triste e sutil, foi utilizada para a narrativa over . Sua alma reticente era um sustento sem tensão para o sentido mais amplo da errática, mas vívida, aristocracia que reteve. Seu Charles Ryder foi adequado para Evelyn Waugh, e para Graham Greene . Se alguém prescrutar adiante, pode imaginar, talvez, Irons como Ricardo III, Tio Vanya, ou qualquer uma das testemunhas mortificadas de Greene, por sua própria ausência de qualidades.  F oi educado em Sherborne e na escola de teatro Old Vic de Bristol, e foi um daqueles atores britânicos que parecem ter observado e sentido a

Filme do Dia: Fúria Sanguinária (1949), Raoul Walsh

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  Fúria Sanguinária (White Heat, EUA, 1949). Direção: Raoul Walsh. Fotografia: Ivan Goff & Ben Roberts, sob argumento de Virginia Kellog. Fotografia: Sidney Hickox. Música: Max Steiner. Montagem: Owen Marks. Dir. de arte: Edward Carrere. Cenografia: Fred M. MacLean. Figurinos: Leah Rhodes. Com: James Cagney, Virginia Mayo, Edmond O´Brien, Margaret Wycherly, Steve Cochran, John Archer, Wally Cassell, Fred Clark.  O sanguinário assaltante Arthur “Cody” Jarrett (Cagney), mentor de um assalto a um trem postal que resultou em quatro mortes, entrega-se por conta de um assalto menor, conseguindo um álibi para o dia da ação no trem. No presídio torna-se amigo de Vic Pardo (O´Brien), codinome do policial infiltrado Fallon, que busca indícios de seu envolvimento com o crime. Enquanto Cody se encontra preso, sua mãe (Wycherly), figura de influência única, é assassinada por sua companheira e ex-prostituta,  Verna (Mayo), atual amante de um dos membros do bando de Cody,  Big Ed (Cochran), temen

Filme do Dia: Esse Momento (2006), Vítor Leite

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  E sse Momento (Brasil, 2006). Direção: Vítor Leite. Rot. Original: André Pereira. Fotografia: João Atala & Julio Constantini. Montagem: Livia Arbex. Dir. de arte: Marcela Bettega & Letícia Magalhães. Com: Sophia Reis, Luiza Carvalho, Pedro Franco. Duas amigas que há muito tempo não se viam, Manuela e Bebel se encontram. Uma delas convida a outra para um sebo de livros. Durante esse breve encontro, já se inserem momentos futuros de um relacionamento mais profundo, inclusive sexual. Ainda que o curta de Leite tenha feito um bom uso de artifícios narrativos – no caso o flashforward – para antecipar, de um modo ambíguo, uma possibilidade de futuro (algo que poderia estar em germe na cabeça de uma das garotas no próprio momento do encontro) o resultado final é bastante canhestro. Suas pretensões se tornam prejudicadas pela fraqueza de interpretações, pela dispersão narrativa (uma desnecessária evocação ao irmão adolescente de uma delas) e pela própria insuficiência no plano do

Filme do Dia: Babies Rolling Eggs (1902)

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  B abies Rolling Eggs (EUA, 1902). Fotografia: Edwin S. Porter. Um grupo de pais comanda o jogo de ovos (provavelmente de chocolate na Páscoa) que rolam pela grama e se tornam motivo de disputa acirrada entre muitas crianças que aguardam o momento para pegá-los. Segundo o catálogo da companhia, faz parte de um evento realizado dentro dos portões da Casa Branca e que atraiu uma multidão de mais de 40 mil mulheres e crianças, com a presença inclusive dos filhos do presidente. Percebe-se que duas vezes o campo visual da câmera fica completamente tomado pelas crianças em disputa, gerando inclusive altercações que fogem ao controle de um evento previamente organizado para ser filmado. Edison Manufacturing Co. 1 minuto e 8 segundos.

Filme do Dia: The Affair (1967), Yoshishige Yoshida

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  T he Affair ( Jôen , Japão, 1967). Direção: Yoshishige Yoshida. Rot. Original: Tsotomu Tamura & Yoshishige Yoshida. Fotografia: Mitsuji Kanau. Dir. de arte: Chiyoo Umeda. Com: Mariko Okada, Yoshie Minami, Tadahiko Sugano, Shigako Shimegi, Isao Kimura, Etsashi Takahara. Casada com um rico empresário, Oriko (Okada) não esquece o passado, relembrando sempre a morte trágica da mãe (Minami), atropelada e bêbada, e um dos últimos amantes que ela teve, contra sua vontade, o escultor Mitsuhuru (Kimura), com quem volta a encontrar para falar sobre a mãe. Vivendo um casamento de aparências Oriko, certa noite, faz sexo com um desconhecido (Takahashi), a quem fora admoestar por ter tentado estuprar sua irmã. Em uma das visitas que faz a Mitsuhuru, o marido (Sugano) surge inesperada e intempestivamente. A tensão somente se desfaz quando Oriko relata seu encontro com o homem anônimo. Oriko então assume sua relação com Mitsuhuru. Pouco depois, esse sofre um acidente que possui grandes chances

Filme do Dia: Carica Eroica (1952), Francesco De Robertis

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  C arica Eroica (Itália, 1952). Direção e Rot. Original: Francesco De Robertis. Fotografia: Carlo Bellero. Música: Enzo Masetti. Montagem: Franco Fraticelli. Dir. de arte: Piero Filippone. Com: Franco Fabrizi, Dario Michaellis, Alfredo Rizzo, Tania Weber, Gigi Reder, Domenico Modugno, Nino Milano, Edward Fleming. Em 1941, batalhões de cavaleiros são enviados para auxiliar a invasão da União Soviética pela Alemanha. Eles atravessam uma vasta região do território soviético até chegarem a uma vila aparentemente deserta. Da torre do campanário são recebidos com balas pela revoltada Kalina (Weber), que logo se tornará em objeto de desejo de vários soldados e da paixão dos capitães Franchi (Fabrizi) e Valli (Michaellis), tendo ela sido poupada da execução para evitar animosidades com a população local. Kalina demonstra sua preferência por Valli, mas pouco tempo depois o batalhão terá que partir para sua inglória tarefa de enfrentar um contingente quatro vezes maior que o deles. Bravamente