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Dicionário Histórico de Cinema Sul-Americano#48: Carlos Diegues

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  DIEGUES, CARLOS . (Brasil, 1940). O mais adaptável e, em última instância, o mais bem sucedido, dos diretores originais do Cinema Novo , Carlos Diegues, fez filmes interessantes mesmo nos anos mais sombrios da ditadura militar brasileira. Trabalhando constantemente à média de três ou mais filmes por década, foi capaz de completar até o momento 17 longas-metragem em mais de 50 anos como realizador. É uma figura bastante popular, conhecida carinhosamente como Cacá Diegues, e um autor comprometido que acredita na expressão pessoal em oposição ao autoritarismo tanto de direita quanto de esquerda. Diegues nasceu em Maceió, capital do estado nordestino de Alagoas. Quando tinha seis anos, sua família mudou-se para os subúrbios de Botafogo, no Rio de Janeiro, onde cresceu. Estudou Direito na PUC católica e lá fundou um cineclube. Ainda na universidade, começou a escrever crítica de cinema e se encontrar com amigos realizadores que também o faziam, no Museu de Arte Moderna, do Rio de Janeiro.

Filme do Dia: A Patriota (1979), Alexander Klüge

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  A   Patriota ( Die Patriotin , Al. Ocidental, 1979). Direção: Alexander Kluge. Rot. Original: Christel Buschmann, Alexander Kluge & Willi Segler. Fotografia: Guenter Hoermann, Werner Lüring, Thomas Mauch, Jörg Schmidt-Reitwein. Montagem: Beate Mainka-Jellinghaus. Com: Hannelore Hoger, Dieter Mainka, Alfred Edel, Alexander von Eschwege, Beate Hole, Kurt Jürgens, Willi Muench, Marius Müller-Westernhagen. Leva-se não menos que uma hora e quarenta dois minutos, até que Kluge exponha a sua perspectiva (impossível) de história, aquela história que não se encontra nos livros de história das bibliotecas, mas que reside com os mortos. A história que se encontra nas bibliotecas é a dos vencedores, até mesmo porque os que a transmitiram necessitavam se encontrar vivos. E é sob a forma de colagem, através dos olhos de uma professora de história da escola secundária (vivida pela atriz Hannelore Hoger, recorrente em sua filmografia e lembrada sobretudo por Os Artistas no Centro do Picadeiro:

Filme do Dia: Cuban Refugees Waiting for Rations (1898), William 'Daddy' Paley

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  C uban Refugees Waiting for Rations (EUA, 1898). Fotografia: William 'Daddy' Paley.  Oficiais norte-americanos e senhoras visitam refugiados cubanos vítimas da opressão hispânica nesse filme de propaganda e muito provável reconstituição que data da época da guerra hispano-americana, a primeira guerra a gerir esforços da produção cinematográfica na história do cinema. Como era típico da época, a movimentação de várias pessoas ao mesmo tempo no campo visual não permite discrimniar com maior atenção uma atividade específica. Edison Manufacturing Co. 27 segundos.

Filme do Dia: Roses Sing on New Snow (2003), Zhang Yuan

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  R oses Sing on New Snow (Canadá, 2003). Direção: Zhang Yuan. Rot. Adaptado: Sugith Varughese, a partir do romance de Paul Yee. Música: Normand Roger. Megan, garota que possui invejável dom culinário, não recebe os créditos pelo seu trabalho no restaurante do pai, sendo o mesmo gozado por dois de seus irmãos preguiçosos. Quando ocorre a visita do governador da província da China do Sul há uma corrida de todos os chefes de restaurantes com seus pratos para que a autoridade oficial e exímio degustador de pratos, caia no gosto de algo que lhes é oferecido. Ele escolhe o prato realizado por Megan. Seus irmãos assumem a autoria do mesmo, porém quando vão produzi-lo diante do governador, sucumbem à própria mentira. Megan é então trazida e convida o governador a realizar o prato a seu lado, com os mesmos ingredientes, o que ele faz com resultados desastrosos perante o dela. Ela é então agraciada com uma parada em seu tributo e o restaurante se torna uma das atrações da cidade. O que mais

Filme do Dia: Comedy Cake Walk (1897), Frederick S. Armitage

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  C omedy Cake Walk (EUA, 1897). Fotografia: Frederick S. Armitage. Grupo de cinco dançarinos negros – aparentemente não se trata do uso da técnica do blackface por atores brancos, mas de artistas de vaudeville negros (algo pouco comum e menos ainda registrado nos filmes) que executam números de danças extravagantes com pretensões cômicas. O grupo, composto por três homens e duas mulheres, trajam roupas elegantes estilo belle époque , os homens portando cartola, fraque e bengala fina. Inicia com os 5 postados diretamente para a câmera, com um precário toldo branco ao fundo – embora os cenários habituais de produções similares à época fossem escuros, aqui a escolha do branco parece ter como função ressaltar o contraste com os atores de pele escura. O homem que se encontra ao meio de dois casais inicia sua performance, aproximando-se da câmera e se aproxima igualmente do casal à esquerda, “provocando” que esse também saia do local onde se encontra, e todos passam a fazer seus números

Filme do Dia: Philomena (2013), Stephen Frears

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  P hilomena (Reino Unido/EUA/França, 2013). Direção: Stephen Frears. Rot. Adaptado: Steve Coogan & Jeff Pope, a partir do livro The Lost Child of Philomena Lee , de Martin Sixsmith. Fotografia: Robbie Ryan. Música: Alexandre Desplatt. Montagem: Valerio Bonelli. Dir. de arte: Alan MacDonald, Leslie McDonald, Rod McLean & Sarah Stuart. Cenografia: Barbara Herman-Skelding. Figurinos: Consolata Boyle. Com: Judi Dench, Steve Coogan, Sophie Kennedy Clark, Mary Winningham, Barbara Jefford, Ruth McCabe, Peter Hermann, Sean Mahon. Martin Sixsmith (Coogan) é um jornalista desempregado que tem como planos escrever a história da Rússia, sem conseguir muito interesse de qualquer editor. Em um evento que participa, é instigado por uma jovem que trabalha no evento a escutar a história de sua mãe, Philomena (Dench), que perdeu seu filho de uma relação fortuita, quando jovem (Clark), para as freiras da escola católica em que estudava, deixando de ter qualquer   contato com o filho Anthony. E

Filme do Dia: A Doce Vida (1960), Federico Fellini

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  A   Doce Vida ( La Dolce Vita , Itália/França, 1960). Direção: Federico Fellini . Rot. Original: Federico Fellini, Ennio Flaiano, Tulio Pinelli & Brunello Rondi, a partir do argumento de Fellini, Flaiano e Pinelli. Fotografia: Otello Martelli. Música: Nino Rota. Montagem: Leo Cattozzo. Dir. de arte e Figurinos: Piero Gherardi. Com: Marcello Mastroianni , Anita Ekberg, Anouk Aimée, Yvonne Forneaux, Walter Santesso, Magali Noël, Alain Cuny, Annibale Ninchi, Lex Barker, Nadia Gray, Nico, Riccardo Garrone. Marcello (Mastroianni) é um jornalista que frequenta o círculo social de celebridades e socialites em Roma. Ele se encontra envolvido, numa relação tempestuosa com a emocionalmente instável Emma (Forneaux), embora não deixe de flertar e ter relações fugazes com figuras como a rica Maddalena (Aimée), que se diz apaixonada por ele, mas logo se entrega aos braços de outro homem (Barker) ou a estrela de cinema Sylvia (Ekberg). Tendo como um de seus amigos mais próximos, o ávido fotóg