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Filme do Dia: Jerry's Mother-in-Law (1912), James Young

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  J erry’s Mother-in-Law (EUA, 1912). Direção: James Young. Rot. Adaptado: Rogers Lytton, a partir de peça de Van Dyke Brooke. Com: Sidney Drew, Clara Kimball Young, Kate Price, L. Rogers Lytton, James Young. A vida amorosa e tranquila   que Jerry Brown (Drew) mantinha com a esposa (Young) é abalada com a morte de seu genro e a súbita chegada de sua sogra, de personalidade difícil, intrusiva e dominadora. Jerry, para fugir dela, sai de casa e frequenta noitadas, como a de uma festa à fantasia em que veste uma armadura que não sabia que havia sido roubada de um museu. A salvação para Jerry parece advir das lições que tem com um hipnotizador que assistira uma apresentação. Além de ser uma comédia, gênero aparentemente não muito incentivado pelo estúdio, trata-se de adaptação de uma peça teatral – algo que as cartelas, inclusive, demarcam, ao menos em relação ao primeiro ato na cópia sobrevivente. Para além do fato não muito comum de ser uma adaptação de uma peça, terreno familiar a D

Filme do Dia: Febre do Xadrez (1925), Vsevolod Pudovkin & Nikolai Shpikovsky

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    F ebre do Xadrez ( Shakhmatnaya , URSS, 1925). Direção: Vsevolod Pudovkin & Nikolai Shpikovsky. Rot. Original: Nikolai Shpikovsky. Fotografia: Anatoli Golovnya. Música: Roger White. Montagem: Vsevolod Pudovkin. Com: Vladimir Fogel, Anna Zemtsova, Sergei Komarov, Yakov Protazanov, Boris Barnet, Ivan Koval-Samborsky, Yuli Raizman, Mikhail Zarov. Namorada (Zemtsova) decide romper namoro, pois seu par (Fogel) é completamente obcecado apenas pelo xadrez, como todo mundo ao redor nesse curta-metragem completamente atípico na carreira de Pudovkin que, mesmo se encontrando distante de ser hilariante como as melhores produções do período, possui um certo charme na sua visão de mundo não muito distante do universo do desenho animado ou das histórias em quadrinhos, igualmente eqüidistante dos solenes dramas de propaganda que realizaria em longa-metragem imediatamente após. Uma das curiosidades no filme é a presença de boa parte dos campeões de xadrez do período em imagens de arquivo e

Filme do Dia: Em um Mundo Melhor (2010), Susanne Bier

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  E m um Mundo Melhor ( Hӕvnen , Suécia/Dinamarca, 2010). Direção: Susanne Bier. Rot. Original: Anders Thomas Jensen & Per Nielsen, a partir do argumento de Jensen & Susanne Bier. Fotografia: Morten Sᴓborg. Música: Johan Söderqvist. Montagem: Pernille Bech Christensen & Morten Egholm. Dir. de arte: Peter Grant & Naia Barrenechea.  Cenografia: Lene Ejlersen & Mathias Holmgreen. Figurinos: Manon Rasmussen. Com: William Jᴓhnk Nielsen, Markus Rygaard, Mikael Persbrandt, Trine Dyrholm, Ulrich Thomsen, Martin Buch, Toke Lars Bjarke, Annette Stᴓvelbæk, Simon Maagaard Holm. Recém-chegado na escola, Christian (Nielsen), que perdeu recentemente a mãe e possui uma relação tensa com o pai, Claus (Thomsen) busca a amizade de Elias (Rygaard), constantemente vítima das violências físicas e psíquicas que lhe são infligidas pela gangue liderada por um garoto mais velho, Sofus (Holm). Elias passa pelo processo de separação dos pais, sendo o pai um médico, Anton (Persbrandt) que ate

Filme do Dia: Caméra d'Afrique (1983), Férid Boughedir

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  C améra d’Afrique (Tunísia/França, 1983). Direção e Rot. Original: Férid Boughedir. Fotografia: Charly Meunies & Sékou Ouedraogo. Montagem: Andrée Davanture & Juliana Sanchéz. Med Hondo, cineasta argelino, traz uma das melhores tiradas desse documentário  ao afirmar que na África  o cinema e as imagens do continente ainda estão “no estágio de desenvolver o subdesenvolvimento”. Já Souleymane Cissé, realizador malinense, afirma que a luta pela África e pelo cinema são uma única coisa. Cenas de seu Baara demonstra uma politização ainda mais acentuada que a de Sembene, com um grupo de operários carregando o cadáver de um companheiro morto até o choro de sua viúva, iniciando posteriormente uma revolta contra seus superiores, flagrada pela polícia. Nada adivinharia a partir dessa produção o crescente encantamento posterior do realizador por um cinema “dentro do mito”, tal e qual presente em seu filme mais famoso ( Yeelen ).  Amparado entre trechos de filmes célebres do cinema af

Filme do Dia: Kyanq (1993), Artavadz Pelechian

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    K yanq (Armênia, 1993). Direção, Rot. Original e Montagem: Artavadz Pelechian. Fotografia: Vahagn Ter-Hakobyan. Um parto é acompanhado pelo rosto de angústia, sofrimento ou tranqüilidade da mãe. Filmado em cores, ao contrário do habitual, esse curta de Pelechian pode ser considerado também sua última realização (ao menos até 2008), ainda que tenha sido lançado antes de Verj . Parece haver uma relação entre ambos no sentido de que esse significa “Vida” e o outro “Fim”- ainda que seja um fim que promete igualmente ser um momento de iluminação tal e qual o fim do túnel apresentado em seu final. Seus filmes, mesmo tratando por vezes de motivos filmados mais banais que sejam, sempre acrescentem uma dimensão que vai além do meramente retratado, poética, configurada aqui por sua maestria em enquadrar o rosto humano. Essa produção de meados da década de Pelechian mesmo mantendo sua constante de não explorar diálogos e fazer uso de imagem e som, como habitual uma canção lírica, distanci

Filme do Dia: Show de Calouros do Mickey (1937), Pinto Colvig, Erdman Penner & Walt Pfeiffer

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  S how de Calouros do Mickey ( Mickey’s Amateurs ,   EUA, 1937). Direção: Pinto Colvig, Erdman Penner & Walt Pfeiffer. Música: Oliver Wallace. Num concurso de calouros que tem como apresentador Mickey, surgem os candidatos. Bafo de Onça apresenta um péssimo vocal e é eliminado de imediato.   Donald se atrapalha todo com a letra da canção e é desclassificado sem querer sair do palco. Clarabela e Clara de Ovos fazem um duo, com a primeira ao piano e a segunda cantando (e procurando o microfone). Pateta surge como homem-banda “explosivo”. Curta rotineiro do estúdio que embora apresente a ingenuidade característica do estilo de animação da década, distancia-se, de certo modo, do universo de irrestrita fantasia e musical de boa parte dos estúdios rivais e que impregna a própria série da Disney Silly Symphonies que, aliás, serviu de farol para essas. Parece servir também como “veículo” para que os espectadores não esqueçam de personagens coadjuvantes. O público é quase sempre apres

O Dicionário Biográfico de Cinema#57: Sir David Lean

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Sir David Lean  (1908-91) n. Croydon, Inglaterra 1 942: In Which We Serve  [ Nosso Barco, Nossa Alma ] (co-dirigido com Noël Coward ); 1944: This Happy Breed [ Este Povo Alegre ]. 1945: Blithe Sprit [ Uma Mulher do Outro Mundo ]; Brief Encounter [ Desencanto ]. 1946: Great Expectation [ Grandes Esperanças ]. 1948: Oliver Twist . 1949: The Passionate Friends [ A História de uma Mulher ]; Madeleine  [ As Cartas de Madeleine ]. 1952: The Sound Barrier  [ Sem Barreira no Céu ]. 1954: Hobson's Choice [ Papai é do Contra ]. 1955: Summer Madness [ Quando o Coração Floresce ]. 1957: The Bridge on the River Kwai [ A Ponte do Rio Kwai ]; 1962: Lawrence of Arabia [ Lawrence da Arábia ]. 1965: Dr. Zhivago  [ Dr. Jivago ]. 1970: Ryan's Daughter  [ A Filha de Ryan ]. 1984: A Passage to India  [ Passagem para a Índia ]. A morte de Lean foi próxima de um evento de Estado para muitos no cinema britânico. Sua reputação permaneceu bastante elevada, apesar da inatividade, apesar também da tr