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Filme do Dia: Terra de Minas (2015), Martin Zandvliet

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T erra de Minas ( Under Sandet , Dinamarca/Alemanha, 2015). Direção e Rot. Original: Martin Zandvliet. Fotografia: Camilla Hjelm. Música: Sune Martin. Montagem: Per Sandholt & Molly Marlene Stensgaard. Dir. de arte: Gitte Malling & Seth Turner. Cenografia: Kay Anthony. Figurinos: Stefanie Bieker & Claudia Maria Braun. Com: Roland Moller, Louis Hoffman, Joel Basman, Mikkel Boe FØlsgard, Laura Bro, Zoe Zandvliet, Mads Riisom, Oskar Bökelmann, Leon Seidel, Emil Belton, Oskar Belton. Dentre os prisioneiros alemães na Dinamarca logo após o final da Segunda Guerra, um grupo de adolescentes é designado para ficar sob as ordens do tirano e brutal sargento Carl Rasmussen (Moller), para desarmar minas alemãs que infestam a costa. Junto deles vive apenas uma mãe (Bro) e sua filha pequena (Zandvliet). As condições são péssimas, os jovens não são alimentados, exercem uma rotina em que se defrontam diariamente com a morte ou a morte de um colega próximo e o sargento os tranca à noit

O Dicionário Biográfico de Cinema#36: Dean Martin

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Dean Martin ( Dino Paul Crocetti) (1917-1995), n. Steubenville, Ohio D ino: Living High in the Dirty Bussiness de Nick Tosche é uma das grandes biografias do showbiz. Sua pesquisa não é somente minuciosa, mas lunática e perversa, pois, claramente, Dean Martin havia levado a vida indiferente às recordações, a precisão ou aos fatos. Dino é brilhante sobre a associação Lewis-Martin, e inspirado em sua evocação da deriva, da obscuridade e, finalmente, da futilidade de ser Dino, ou se encontrar vivo. Foi em 1946 que o viril cantor, Dean Martin, encontrou Jerry Lewis. Eles despontaram primeiro em clubes noturnos antes de sua estreia no cinema com My Friend Irma [  A Amiga da Onça ] (49, George Marshall ). Juntos, realizaram dezesseis filmes (a maior parte com Norman Taurog), nos quais Martin apenas cantava as músicas, beijava as protagonistas femininas e geralmente afastava-se de Lewis, como se estivesse ao lado de um idiota em uma fila: At War With the Army [ O Palhaço do Batalhão ] (

Filme do Dia: A Palavra (1955), Carl Th. Dreyer

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A Palavra (Ordet, Dinamarca, 1955). Direção: Carl Th. Dreyer . Rot. Adaptado: Carl Th. Dreyer, baseado na peça de Kaj Munk. Fotografia: Henning Bendtsen. Música: Poul Schierbeck. Montagem: Edith Schlüssel. Dir. de arte: Erik Aaes. Com: Henrik Malberg, Birgitte Federspiel, Emil Hass Christhensen, Cay Kristiansen, Preben Lerdoff Rye, Gerda Nielsen, Ove Rud, Ejner Federspiel, Henry Skjær, Sylvia Eckhausen, Ann Elisabeth Rud.  O velho fazendeiro Morten Borgen (Malberg) sofre com as crises de insanidade do filho Johaness (Rye), com a falta de fé do filho mais velho Mikkel (Christensen), com o desejo do filho mais jovem Anders (Kristiansen) de casar com a filha de seu rival Peter Petersen (Ejner Federspiel), Anne (Nielsen). Porém, quando sabe que o filho Anders é rejeitado por Peter para casar com sua filha, vai até sua casa tomar satisfações. Eles brigam e não chegam a nenhum acordo. No momento que já se encontra de saída recebe a notícia de que Inger (Birgitte Federspiel), sua nora querida

Dicionário Histórico Sul-Americano#3: Félix Monti

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MONTI, Félix. (Argentina/Brasil, 1938). Vencedor de mais de trinta prêmios por seu trabalho de direção de fotografia e numerosos outros por sua obra no teatro, Félix Monti produziu algumas das mais belas imagens na história do cinema argentino . Nascido no Brasil , seu primeiro crédito como diretor de fotografia foi em 1964, em um curta, Los que Trabajan  e seus primeiros esforços em um longa no documentário Juan Carlos Onetti, un Escritor  (1973). Levou algum tempo para que Monti fizesse reputação como estilista visual. Sua primeira tarefa em um longa de ficção foi La Civilización está Haciendo Masa y no Deja Oir  (1974), mas Monti escolheu não incluir nenhum de seus seis primeiros filmes em sua própria página da internet, escolhendo para citar Espérame Mucho  (1983), dirigido por Juan José Lucid, como seu primeiro filme. Seu filme seguinte, La História Oficial  [ A História Oficial , 1985], que pôs o cinema argentino no mapa ao ganhar o Oscar de Melhor Filme em Língua Estrangeira, e

Filme do Dia: A Fonte da Donzela (1960), Ingmar Bergman

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A   Fonte da Donzela ( Jungfrukällan , Suécia, 1960). Direção: Ingmar Bergman. Rot. Original: Ulla Isaksson. Fotografia: Sven Nikvist. Música: Erik Nordgren. Montagem: Oscar Rosander. Dir. de arte: P.A. Lundgren. Figurinos: Marik Vos-Lundh. Com: Max von Sydow , Birgitta Valberg, Gunnel Lindblom, Birgitta Pettersson, Axel Düberg, Tor Isedal, Allan Edwall, Ove Porath. Karin (Petterson) é praticamente o único motivo de prazer em uma rígida família cristã medieval. Numa bela manhã ensolarada, Märeta (Valberg), sua mãe, tenta justificar sua ausência da mesa ao café da manhã, mas não consegue dobrar a disposição ferrenha do pai, Töre (Sydow), de que ela leve as velas para a missa. Tanto o pai quanto a mãe cedem facilmente à doçura de Karin, a mãe concordando com sua exigência de ir vestida em seda, vestimenta apropriada apenas para o final de semana, e o pai que ela leve sua irmã de criação Ingeri (Lindblom),   grávida, que quase nunca sai de casa. Logo no início da jornada Ingeri pe

Filme do Dia: Body Rice (2006), Hugo Vieira da Silva

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B ody Rice (Portugal, 2006). Direção e Rot. Original: Hugo Vieira da Silva. Fotografia: Paulo Ares. Montagem: Paulo Milhomens. Figurinos: Maria Gambina. Com: Sylta Fee Wegmann, Alice Dwyer, André Hennickle, Luís Guerra, Julika Jenkins, Pedro Hestnes, Luis Soveral. Nesse filme que tem como mote uma  jovem alemã, Katrin (Wegmann) que é enviada para o sul de Portugal  para um programa de “reeducação” e acaba se envolvendo com jovens portugueses Julia e (Dwyer) e Pedro (Guerra), igualmente viciados em drogas, vivendo de pequenos furtos e raves em meio a imensidão deserta do Alentejo,  o que menos importa é a trama por si própria. Merece muito mais atenção a rara habilidade do realizador de conseguir traduzir todo o hedonismo suicida dos personagens (metáforas de boa parte de uma geração) através muito menos de diálogos que de três atributos bastante caros ao cinema: imagem, montagem e som. Ao optar por tal estratégia, Silva, em seu longa de estréia, não apenas consegue se aproximar mais

Filme do Dia: Últimas Conversas (2015), Eduardo Coutinho

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Ú ltimas Conversas (Brasil, 2015). Direção e Rot. Original: Eduardo Coutinho. Montagem: Jordana Berg. Uma série de entrevistas realizadas com estudantes que estão concluindo o nível secundário de estudos é o tema desse que é um documentário póstumo de Coutinho , finalizado por João Moreira Salles. Fazendo uso de dispositivo semelhante ao presente em seus últimos filmes, há uma câmera fixa que flagra depoimentos de pessoas que falam para Coutinho sobre questões envolvendo seus desejos mais prementes, a maior parte relacionados visceralmente com as figuras parentais. Como se trata de estudantes de escolas públicas há um perfil que sublinha em geral um contato mais próximo com a mãe, a ausência ou completo desconhecimento da figura paterna.   Mesclando lágrimas e histrionismo, às vezes nos mesmos depoimentos, Coutinho ouve sonhos, desabafos, incertezas e também silêncios – no caso de um dos depoentes, existe um visível constrangimento dele próprio com as lacunas de seu discurso.   A mol