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Mostrando postagens com o rótulo Cinema Britânico

Filme do Dia: O Jardim dos Prazeres (1925), Alfred Hitchcock

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  O   Jardim dos Prazeres ( The Pleasure Garden , Reino Unido/Alemanha, 1925). Direção: Alfred Hitchcock. Rot. Adaptado: Eliot Stannard, a partir do romance de Oliver Sandys. Fotografia: Gaetano di Ventimiglia. Música: Lee Erwin. Dir. de arte: Ludwig Reiber. Com: Virginia Valli, Carmelita Geragthy, Miles Mander, John Stuart, Ferdinand Martini, Florence Helminger, George H. Schnell, Karl Falkenberg, Elizabeth Pappritz. Jill Cheyne (Geragthy) tem uma ascensão meteórica em sua carreira de corista, não mais escutando os conselhos de sua antiga companheira de quarto, Patsy (Valli), que a introduziu ao mundo da noite. Enquanto se torna uma peça da admiração do Príncipe Ivan (Falkenberg), Cheyne se envolve com Levet (Mander), que irá morar dois anos em uma administração colonial no estrangeiro, afastando-se por um bom tempo, como o noivo de Jill, o sinceramente apaixonado Hugh (Stuart). Levet vai para o mesmo local onde se encontra Hugh, e quase instantaneamente já passa a ter uma relação d

Filme do Dia: O Lixo e a Fúria (2000), Julien Temple

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  O   Lixo e a Fúria ( The Filth and the Fury , Reino Unido/EUA, 2000). Direção: Julien Temple. Música: John Lydon (Johnny Rotten). Montagem: Niven Howie. Documentário que narra a passagem meteórica dos Sex Pistols pelo cenário pop. Auxiliado pelo material típico dos documentários como entrevistas com membros da banda e pessoas próximas, assim como material de arquivo e outros nem tanto como a utilização de desenhos animados criados pela própria produção e intervenções irônicas de Ricardo III (1954) de Laurence Olivier, interpretado pelo próprio, o filme apresenta momentos da   trajetória do grupo: seu surgimento, em meio a uma Inglaterra economicamente caótica de meados dos anos 70, sob a tutela do empresário Malcolm Mclaren; a baixa classe social dos membros da banda; a influência músical de Bowie, Roxy Music e Alice Cooper; o sucesso e a ojeriza de certos setores sociais; o jeito agressivo de lidar com a imprensa; a difusão da moda punk; o escandâlo nacional que proporcionou a gr

Filme do Dia: Noite Passada em Soho (2021), Edgar Wright

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  N oite Passada em Soho ( Last Night in Soho , Reino Unido, 2021). Direção Edgar Wright. Rot. Original Edgar Wright & Krysty Wilson-Cairns, a partir do argumento de Wright. Fotografia Chung Chung-hoo. Música Steven Price. Montagem Paul Machliss. Dir. de arte Marcus Rowland & Tim Blake. Cenografia Judy Farr. Figurinos Odile Dicks-Mireaux. Com Thomasin McKenzie, Anya Taylor-Joy,   Matt Smith, Michael Ajao, Diana Rigg, Rita Tushingham, Terence Stamp, Synnove Karlsen, Pauline McLynn, Margaret Nolan. Eloise “Ellie” (McKenzie), moradora da Cornualha com a avó (Tushingham) comemora seu aceite na mais prestigiada escola de moda londrina. Sua mudança para o bairro do Soho, no entanto, após um primeiro contato não muito agradável com colegas de curso, lhe reservará ainda mais problemas, a partir do momento que realidade e visões dos anos 60 passam a se confundir, de forma cada vez mais intensa, em sua vida. E ela se sente obcecada por uma personagem que surge repetidamente em s

Filme do Dia: 9 Canções (2004), Michael Winterbottom

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  9  Canções (9 Songs , Reino Unido, 2004). Direção e Rot. Original: Michael Winterbottom. Fotografia: Marcel Zyskind. Montagem: Mat Whitecross & Michael Winterbottom. Com: Kieran O`Brien, Margo Stilley. O jovem britânico Matt (O`Brien) relembra, na Antártida, os encontros amorosos com a estudante americana Lisa (Stilley), em meio aos shows de rock que assistiram, na Inglaterra. Certo dia, Lisa decide partir novamente para os Estados Unidos. Não faltam sexo, rock´n roll & drogas nesse filme, nessa ordem, mas está longe de ser interessante menos por sua temática e enredo, por si só praticamente inexistente, do que por sua opção por uma radical desdramatização do que apresenta. Pouco se sabe a respeito do casal protagonista e tampouco interessa. Pouco se sabe do passado de ambos e tampouco isso faz qualquer falta. Nesse sentido, quem acaba definindo melhor o filme, é Lisa quando afirma, a certo momento, lendo um livro que presenteia Matt sobre a Antártida, que é um verdadeiro

Filme do Dia: A Revolução dos Bichos (1954), Joy Batchelor & John Halas

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  A   Revolução dos Bichos ( Animal Farm , Reino Unido, 1954). Direção: Joy Batchelor & John Halas. Rot. Adaptado: Lothar Wolff, Borden Mace, Phillip Stapp, John Halas & Joy Batchelor, a partir do romance de George Orwell. Fotografia: Matyas Seiber. Animais cansados das sevícias sofridas por seu patrão, resolvem expulsá-lo da fazenda e gerir os próprios negócios da mesma. Os porcos acabam se destacando no movimento “revolucionário”, tendo sido seu mentor um idoso porco que morre antes de ver o levante posto em prática. O líder que se segue, Bola de Neve, organiza uma estrutura de trabalho, mas parece demasiado fraco aos olhos de Napoleão, sedento pelo poder. Fazendo uso dos cães para assassinar Bola de Neve, Napoleão toma o poder e instaura um regime de trabalho e exploração não muito diferenciado daquela vivido em tempos pré-revolucionários. Os animais se unem para se defenderem das ocasionais tentativas de retomar a fazenda por parte dos humanos, mas cansados da exploração

Filme do Dia: 21 Up (1977), Michael Apted

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  21 Up (Reino Unido, 1977). Direção: Michael Apted. Fotografia: George Jesse Turner. Montagem: Andrew Page. Sutis mudanças ocorrem no terceiro filme da série em relação a sua matriz ( Seven Up ). Elas são tanto tecnológicas (agora são imagens em cores, como as do segundo), estilísticas (reduz-se as imagens observacionais, aumenta-se a cota de entrevistas diretas, a voz over agora é também dos próprios depoentes, além do narrador) e também de recorte – agora as mulheres tem talvez um pouco mais destaque que na produção original. E coroando essas mudanças se encontra, evidentemente, a própria utilização massiva de imagens de arquivo do primeiro filme da série e, com bem menos frequência, do segundo, 7 Plus Seven (1970), inclusive sendo observados em telas por eles próprios, mas não discutidos propriamente (como fazem os atores naturais do célebre e precursor Crônica de um Verão de Rouch). As diferenças sociais se agudizam na forma em que os mais escolarizados tendem a ter uma capac

Filme do Dia: The True Story of Lili Marlene (1944), Humphrey Jennings

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    T he True Story of Lili Marlene (Reino Unido, 1944). Direção: Humphrey Jennings. Fotografia: H.E. Fowle . Música: Dennis Blood. Montagem: Sidney Stone. Dir. de arte: Edward Carrick. Contando com encenações abertas que reconstituem a gênese da célebra canção (que se tornaria título de um dos últimos filmes de Fassbinder , quatro décadas após), esse curta parece fugir um pouco da poética mais associada a Jennings. Aqui se somam a essas reconstituições encenadas imagens de arquivo (dentre outros, do inevitável O Triunfo da Vontade ) em contra-propaganda mais direta, de longe a opção mais utilizada (e mais bem-sucedida, diga-se de passagem) pelos britânicos. Aqui se encena, inclusive, o estabelecimento improvisado de uma rádio de propaganda nazista na Belgrado bombardeada e ocupada, em que se executa a canção cantada por Lale Andersen. Como o objetivo principal da rádio era atingir e levantar a moral de seus compatriotas soldados, observa-se (como em Fassbinder, embora de forma men

Filme do Dia: Blank Narcissus (2022), Peter Strickland

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  B lank Narcissus (Passion of the Swamp) (Reino Unido/Austrália, 2022). Direção e Rot. Original Peter Strickland. Fotografia Tim Sidell. Música Xylitol.  Montagem Inibo Manby. Dir. de arte Felicity Hickson. Figurinos Saffron Cullane. Com Michael Brandon, Sebastien Kapps. Realizador de uma produção queer lanaçada meio século antes desta, redescoberta, efetua seu comentário over , trazendo detalhes sobre a produção e seu protagonista, então amante do realizador, e do qual não possui mais notícia, nem mesmo sabendo se se encontra vivo. O maior trunfo deste curta é provavelmente sua criatividade, ao elaborar uma fabular produção recuperada – bem de acordo com uma política de recuperação à sua época, acompanhada de comentários, como ocorre nas faixas de DVDs de filmes notórios por integrantes de sua equipe – que visivelmente não existe, mas é uma construção visual elaborada pelo próprio Strickland, fazendo uso de uma tradição de realizações de baixo custo mais ou menos próxima do

Filme do Dia: Laranja Mecânica (1971), Stanley Kubrick

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  L aranja Mecânica ( A Clockwork Orange , Reino Unido, 1971) Direção: Stanley Kubrick . Rot.Adaptado: S.Kubrick, baseado no romance de Anthony Burguess. Fotografia: John Alcott. Montagem: William Butler. Com: Malcolm Macdowell, Patrick Mcgee, Michael Bates, Carl Duering, James Marcus, Sheyla Reynor, Philip Stone, Anthony Sharp. Alex (Macdowell) é um jovem delinqüente que tem como passatempos prediletos, ouvir Beethoven e sair a noite com seu grupo de amigos, desviando carros da beira da estrada e estuprando mulheres. Após a morte de uma de suas vítimas, o grupo abandona-o quando a polícia se aproxima. Preso e julgado para uma sentença de 14 anos, acaba ganhando as boas graças de um padre ao comportar-se disciplinadamente e, quando da visita do Ministro do Interior (Sharp), seu comportamento indisciplinado, leva-o a ser escolhido como cobaia para o tratamento Ludovico, uma espécie de lavagem cerebral que o torna impotente perante à violência e ao sexo. Posto rapidamente em liberdade,

Filme do Dia: Macbeth: Ambição e Guerra (2015), Justin Kurzel

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  M acbeth: Ambição e Guerra ( Macbeth , Reino Unido/França/EUA, 2015). Direção: Justin Kurzel. Rot. Adaptado: Jacob Koskoff, Michael Lesslie & Todd Louiso, a partir de peça de William Shakespeare. Fotografia: Adam Arkapaw. Música: Jed Kurzel. Montagem: Chris Dickens. Dir. de arte: Fiona Cromble & Nick Dent. Cenografia: Alice Felton. Figurinos: Jacqueline Durran. Com: Michael Fassbender , Marion Cotillard, Paddy Considine, Lynn Kennedy, David Thewlis, David Hayman, Jack Reynor, Brian Nickels, Sean Harris. Macbeth (Fassbender) recebe a visita de três feiticeiras que   afirmam que ele virá a ser um dia o Rei da Escócia. Ambicioso e volúvel, é incentivado pela esposa (Cotillard), Macbeth esfaquei até a morte o atual rei (Thewlis), sagrando-se rei. Porém, passa a se remoer de remorsos e também de paranóia, aumentando seus atos violentos. Apresentando a história de forma segura e destituída de sentimentalismo, o filme não descarta sequencias sanguinolentas como a observada ao in

Filme do Dia: Is That All There Is? (1995), Lindsay Anderson

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  I s That All There Is? (Reino Unido, 1995). Direção e Rot. Original: Lindsay Anderson. Música: Alan Price.   Montagem: Nicolas Gaster . Singelo documentário, dedicado a duas atrizes que haviam se suicidado, Jill Bennett e Rachel Roberts, sendo a última atriz que marcou os anos mais produtivos do drama realista kitchen sink britânico dos idos de 1960, e que tem suas cinzas (simbólicas ou reais) jogadas ao vento em um passeio no Tâmisa (algo evocativo do final de Lightining Over Water , porém destituído do tom algo fake daquele). Evidentemente também foi pensado como um filme-testamento pelo próprio Anderson, que morreria antes de vê-lo lançado. É singelo, sobretudo, por apresentar o cotidiano do realizador, destituído do glamour e/ou sentimentalismo habitualmente oferecidos quando se refere ao mundo dos astros e realizadores do cinema. Aqui, ao contrário, o cineasta se observa com fleugma e dignidade britânicas, de roupão e despejando redoxon para ingerir com algumas pílulas,   na

Filme do Dia: The Debutante (2022), Elizabeth Hobbs

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  T he Debutante (Reino Unido, 2022). Direção Elizabeth Hobbs. Rot. Adaptado Elizabeth Hobbs, a partir de conto de Leonora Carrington. Música Hutch Demouilpied. Montagem Mark Jenkins. Moça que não se sente inclinada a se tornar próxima de colegas de estudo e vai com frequência visitar o zoo, cria uma relação de intimidade com uma hiena. Esta, travestida com o rosto da criada morta, vai ao baile de debutantes ao lado da moça e lá, para o terror de todos, revela sua própria face. Sofisticado ensaio, sob forma igualmente elegante de animação, com pinceladas ou rabiscos e colagens em meio a um quadro branco, de nossos instintos mais primais tomando a forma fantasiosa de um animal, a lembrar sob este aspecto, obras como Sangue de Pantera . Música e voz over possuem seu quinhão assegurado no efeito final. |Animate Projects Limited para BFI. 8 minutos.

Filme do Dia: Spring Offensive (1940), Humphrey Jennings

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  S pring Offensive (Reino Unido, 1940). Direção: Humphrey Jennings. Rot. Original: Hugh Gray, com comentários de A.G. Street. Fotografia: Eric Cross, H.E.Fowle & Jonah Jones. Montagem: Geoffrey Foot. Dir. de arte: Edward Carrick. Todo esse curta vinculado à Escola Documental Britânica, dirigido por seu realizador talvez mais talentoso, ao menos no que diz respeito ao esforço de guerra empreendido pelo órgão, tem como objetivo provavelmente transformar os agricultores, e gente do campo em geral, em duplos daqueles que escutam o comentário radiofônico da BBC, sobre as propostas do ministro da agricultura e a necessidade de incrementar a produção;  que no, plano imagético, após certo tempo, ocorre através de uma substituição da imagem da família que escuta à transmissão para cenas de campos viçosos e destituídos da presença humana.  O curta apresenta, de forma didática, a divisão de áreas para cada responsável no Comitê de Guerra para a Agricultura. Ainda que a presença no título

Filme do Dia: As Aventuras de Tom Jones (1963), Tony Richardson

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    A s Aventuras de Tom Jones ( Tom Jones , Reino Unido, 1963). Direção: Tony Richardson. Rot. Adaptado: John Osborne, a partir do romance homônimo de Tom Fielding. Fotografia: Walter Lassally. Música: John Addison. Montagem: Antony Gibbs. Dir. de arte: Ralph W. Brinton & Ted Marshall. Cenografia: Josie MacAvin. Figurinos: John McCorry. Com: Albert Finney, Susannah York, Hugh Griffith, Edith Evans, Joan Greenwood, Diane Cilento, George Devine, David Tomlinson, George A. Cooper, Rosalind Knight, David Warner, Jack MacGowran. No início do século XVIII, numa propriedade burguesa, Tom Jones (Finney) é o filho bastardo de uma criada que acaba sendo adotado pelo senhor Alllworthy (Devine) como filho. Apesar de sua boa índole, o garoto sempre trouxe também problemas para Allworthy. Tendo sido flagrado com a camponesa Molly, ao mesmo tempo ele passa a despertar a atenção da filha do vizinho, Sophie Western (York), desde que a salvou de um galope tresloucado de cavalo. A tia de Sophie

Filme do Dia: Mogli, o Menino Lobo (1942), Zoltan Korda

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  M ogli, o Menino Lobo ( Jungle Book , Reino Unido/EUA, 1942). Direção Zoltan Korda . Rot. Adaptado Laurence Stallings, a partir do romance de Rudyard Kipling. Fotografia Lee Garmes & W. Howard Greene. Música Miklós Rózsa. Dir. de arte Vincent Korda, J. McMillan Johnson & Jack Okey. Figurinos Joseff-Hollywood. Com Sabu, Joseph Calleia, John Qualen, Frank Puglia, Rosemary DeCamp, Patricia O’Rourke, Ralph Byrd, John Mater. Uma pequena criança desaparece na floresta em um assentamento hindu. Ele será adotado por uma família de lobos. Posteriormente, batizado como Mowgli (Sabu), irá se deparar com o mesmo e será motivo de temor e curiosidade de seus habitantes, que acreditam se tratar do filho desaparecido de Messua (DeCamp), já adolescente. Ele se sente atraído por uma garota de idade próxima, Mahala (O’Rourke), filha do inescrupuloso e ganancioso Buldeo (Calleia), que fica sabendo de um tesouro que foi visitado pela filha e Mowgli na floresta, sentindo-se imediatamente c

Filme do Dia: Sunshine - Alerta Solar (2007), Danny Boyle

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  S unshine – Alerta Solar ( Sunshine , Reino Unido/EUA, 2007). Direção: Danny Boyle. Rot. Original: Alex Garland. Fotografia: Alvin H. Küchler. Música: John Murphy. Montagem: Chris Gill. Dir. de arte: Mark Tildesley & David Warren. Cenografia: Michelle Day. Figurinos: Suttirat Anne Larlarb. Com: Cillian Murphy, Chris Evans, Benedict Wong, Cliff Curtis, Michelle Yeoh, Hiroyuki Sanada, Rose Byrne, Troy Garity, Mark Strong. 2057. Uma equipe de cientistas tenta a bastante arriscada missão de tornar que o sol continue a ser o principal astro de nosso sistema solar. Tudo se torna mais tenso, quando ocorre um desvio da rota inicial da gigantesca espaçonave Icarus II. Uma explosão posterior provoca um racionamento de oxigênio, que exigirá a difícil tarefa de selecionar dentre os astronautas, quais devem ser sacrificados para que sua missão seja cumprida e a Terra seja salva. Um dos mais aguerridos defensores da missão é Robert Capa (Murphy), que possui sérias desavenças quase que absolu

Filme do Dia: O Beijo no Túnel (1899), G.A. Smith

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  O  Beijo no Túnel ( The Kiss in the Tunnel ,   Reino Unido, 1899). Direção e Fotografia: G.A. Smith. Com: G.A. Smith, Sra. G.A. Smith. Esse filme em três planos é tido como uma dos primeiros a fazer uma articulação da montagem mais próxima de um viés narrativo tradicional. Entre dois planos de imagens captadas a partir de um trem em movimento, uma cena evidentemente filmada em estúdio (o contraste não poderia ser maior e, de fato, se trata da junção de planos da encenação em estúdio com um filme já anteriormente produzido em locação), na qual um homem toma coragem de beijar a mulher que o acompanha no vagão, justamente no momento em que o trem adentra em um túnel. Duas tradições temáticas do período igualmente aqui se entrecruzam, a do erotismo dos “filmes de beijo” ( The Kiss , de Edison, sendo o exemplo mais conhecido) e de filmes sobre trilhos ou envolvendo trens. Detalhe curioso: o próprio realizador e sua esposa interpretam o casal. G.A.S. Films/Warwick Trading Co. 1 minuto e

Filme do Dia: Victoria e Abdul - O Confidente da Rainha (2017), Stephen Frears

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  V ictoria e Abdul – O Confidente da Rainha ( Victoria and Abdul , Reino Unido/EUA, 2017). Direção: Stephen Frears. Rot. Adaptado: Lee Hall, a partir do livro de Shrabani Basu. Fotografia: Danny Cohen. Música: Thomas Newman. Montagem: Melanie Oliver. Dir. de arte: Alan MacDonald, Sarah Finley & Adam Squires. Figurinos: Consolata Boyle. Com: Judi Dench, Ali Fazal, Tim Pigott-Smith, Eddie Izzard, Adeel Akhtar, Michael Gambon, Paul Higgins, Olivia Williams, Simon Callow. Abdul Karim (Fazal) foi escolhido de ter a honraria de entregar uma moeda em sinal de oferenda à Rainha Vitória (Dench), então considerada autoridade máxima na Índia igualmente. Ele viaja em   condições precárias com o também indiano Mohammed (Akhtar). No dia da cerimonia formal, mesmo alertado diversas vezes a não fazer nenhum contato visual com a Rainha, ele o faz quando se afasta e é correspondido. Posteriormente, a Rainha decide que os dois farão parte do cerimonial dela durante os dias de celebração. O contat

Filme do Dia: A Primavera de uma Solteirona (1969), Ronald Neame

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  A   Primavera de uma Solteirona ( The Prime of Miss Jean Bodie , Reino Unido, 1969). Direção Ronald Neame. Rot. Adaptado Jay Presson Allen, baseada em sua peça, por sua vez baseada no romance de Muriel Sparke Fotografia Ted Moore. Música Rod McKuen. Montagem Norman Savage. Dir. de arte John Howell & Brian Herbert. Figurinos Joan Bridge & Elizabeth Haffenden   Com Maggie Smith, Robert Stephens, Pamela Franklin, Gordon Jackson, Celia Johnson, Diana Grayson, Jane Carr, Shirley Steedman. Jean Bodie (Smith) é uma professora muito benquista por suas alunas, em Edimburgo, nos anos 1930. Jean teve uma relação com outro professor da mesma escola, o intempestivo Teddy Llloyd (Stephens),   atualmete flerta com outro, Gordon Lowther (Jackson), sempre possuindo uma resposta na ponta da língua quando interrogada pela diretora da escola,   a srta. McKay (Johnson). Jean também é fã confessa dos regimes totalitários de Franco e Mussolini, e compartilha tanto seu ardor com suas alunas q

Filme do Dia: Behind the Lines (1971), Margaret Dickinson

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  B ehind the Lines (Reino Unido, 1971). Direção: Margaret Dickinson. Fotografia: John Fletcher. Montagem: Margaret Dickinson & Ellen Adams. Documentário que, apesar de em suas cartelas iniciais afirmar ter sido filmado integralmente em Moçambique, o que não necessariamente é desmentido pelo que se segue inicia, na verdade, com uma contextualização das lutas de libertação dos países subjugados por Portugal, cujo presidente Marcelo Caetano afirma que Portugal somente se torna “poderoso” com seu império africano, que evidentemente são imagens de arquivo. Desde os créditos iniciais seu engajamento – a realizadora foi envolvida com a luta armada da FRELIMO -   já se faz perceber, ao apresentar artesanato de material tradicional adequado aos motivos contemporâneos de guerra (guerrilheiros armados, representações do colonialismo tradicional como um grupo de africanos a transportar um bebê branco, etc.). Apresenta soldados cantando e se motivando em grupo e logo sendo recebidos com aleg