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O Dicionário Biográfico de Cinema#126: Hugh Grant

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  Hugh Grant , n. Londres, 1962 C om seu queixo caído e lábios carnudos, sua cabeleira e maneiras hesitantes, Hugh Grant parece um refugiado do teatro dos anos 30 - ou um espirro incipiente procurando por um nariz vago. Que ele tenha seguido com isto - ou tenha ido tão longe - atesta o especial sentimentalismo americano de caramelo macio para britânicos. Naturalmente, e não é pequeno o papel de suas bem sucedidas comédias românticas, todos desistam do fantasma antes que acabem, como se tivessem sucumbido aos maneirismos irritantes que passam por atuação em Grant. F oi para Oxford e trabalhou no teatro. Seu primeiro filme - como Hughie Grant - foi o situado em Oxford, Privileged  (82, Michael Hoffman), como "Lord Adrian". Também interpretou Apsley Cherry-Garrard numa versão televisiva de The Last Place on Earth  (85, Ferdinand Fairfax). Sua carreira nas telas iniciou propriamente uns poucos anos após: Maurice (87, James Ivory ); White Mischief  [ Incontrolável Paixão ] (88, Mi

Filme do Dia: Florence: Quem é Essa Mulher? (2018), Stephen Frears

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  F lorence: Quem é Essa Mulher? ( Florence Foster Jenkins , Reino Unido, 2016). Direção: Stephen Frears.  Rot. Original: Nicholas Ferguson. Fotografia: Danny Cohen.  Música: Alexandre Desplat.  Montagem: Valerio Bonelli.  Dir. de arte: Alan MacDonald, Gareth Cousins, Patrick Rolfe & Christopher Wyatt. Figurines: Consolata Boyle. Com: Meryl Streep,  Hugh Grant , Simon Helberg, Rebecca Ferguson, Neve Gachev, Nina Arianda, John Kavanagh, David Haigh. Nova York, 1943. Florence Foster Jenkins (Streep) tem pretensões como cantora lírica, que seu marido, St.Clair Bayfield (Grant) consegue abafar comprando suas reduzidas plateias e igualmente os críticos. Ele chama para ser seu companheiro de palco, o pianista gay Cosme McMoon (Helberg) que gosta do dinheiro que recebe mas muito pouco da exposição de se apresentar com alguém tão completamente fora do tom. A situação se complica quando, dado o burburinho que uma gravação de Florence com Cosmo nas rádio  enquanto St. Clair se encontrava via

Guia Crítico de Diretores Japoneses#6: Yasuki Chiba

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  CHIBA, Yasuki (24 de junho, 1910 - 18 de setembro, 1985) 千葉泰樹 Ainda que lembrado grandemente por seus shomin-geki  do pós-guerra, Chiba se especializou inicialmente em filmes de época, antes de conquistar sucesso comercial, com romances populares tais como Hideko no Ôendanchô  ( Hideko the Cheerleader , 1940), um veículo para a adolescente Hideko Takamine. Entre seus filmes no período de guerra, Renga Jokō  ( Women's Brick Factory , 1940; lançamento 1946), uma história sobre trabalhadoras de fábricas, foi banido por seus sentimentos proletários, enquanto Shiroi Hekiga  ( The White Mural , 1942), filmado em locações em Okinawa, foi a narrativa humanista de um médico do continente, tratando de malária grave (*) em meio à população nativa.  A reputação de Chiba para histórias de amor levou-o a ser-lhe atribuído, após a guerra, Are Yo no Seppun ( A Certain's Night Kiss , 1946), no qual o muito antecipado primeiro beijo do cinema japonês é infamemente obscurecido por um guarda-ch

Filme do Dia: Julieta (2016), Pedro Almodóvar

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  J ulieta (Espanha, 2016). Direção: Pedro Almodóvar. Rot. Adaptado: Pedro Almodóvar, a partir de contos de Alice Munro. Fotografia: Jean-Claude Larrieu. Música: Alberto Iglesias. Montagem: José Salcedo. Dir. de arte: Antxón Gómez, Carlos Bodelón & Federico García Cambero. Figurinos: Sonia Grande. Com: Adriana Ugarte, Rossy de Palma, Inma Cuesta, Emma Suárez, Michelle Jenner, Daniel Grao, Darío Grandinetti, Nathalie Poza, Priscilla Delgado, Blanca Páres. Julieta (Suárez) vive o drama de há 12 anos não encontrar a filha (Delgado/Pares), pouco tempo após a tragédia que se abateu sobre a família, com a morte de seu pai e companheiro de Julieta, Xoan (Grao). Talvez o maior mérito dessa produção seja o efeito de estranhamento com que a narrativa é desvelada, intensificado por sua construção atmosférica e montagem. Sua atmosfera misteriosa, aliás, embora suscite comparações com  um filme que envolva investigação criminal, aplica estratégia algo similar para o reinado do melodrama. E

Filme do Dia: Gymnasium Exercises and Drill at Newport Training School (1900), James H. White

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  G ymnasium Exercises and Drill at Newport Training School (EUA, 1900). Fotografia: James H. White. Exercícios de um grupo de cadetes da marinha tendo ao fundo um píer e colinas do outro lado da margem. Talvez seja mais curioso o registro de atividades leves, mas que fazem operar as articulações e partes do corpo que normalmente não necessitam serem utilizadas do que atléticas, que poderiam potencialmente despertar maior efeito no público. A filmagem de grupos realizando atividades esportivas em colégios, universidades ou forças armadas são bastante comuns no período. Edison Manufacturing Co. 1 minuto e 20 segundos.

Filme do Dia: Ressureição (2009), Pablo Larraín

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    R essureição ( Resurrección , Chile, 2009). Direção: Pablo Larraín. Fotografia: David Bravo. Montagem: Isidora Marras & Paulina Rojas. Com: Felipe Braun, Isidora Cabezón. Dois irmãos (Braun e Cabezón) viajam de avião até a Ilha de Páscoa, onde o pai faleceu, aparentemente acidentalmente. Reconhecem juntos o corpo e organizam seus traslado de volta ao continente, não sem que fique presente, de forma algo sufocada, uma tensão, sobretudo da irmã em relação ao irmão. Larraín, que conquistou projeção internacional com No , aposta na contenção e na elipse, assim como em uma situação algo básica, com resultado um tanto inócuo, formalista, exangue em sua cuidadosa produção, cujas primeiras imagens belas e em p&b são as de um avião cortando o céu – e, por consequência, o plano. Facultad de Comunicaciones Dirección Audiovisual.  9 minutos e 19 segundos.

Filme do Dia: The Post: A Guerra Secreta (2017), Steven Spielberg

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  T he Post: A Guerra Secreta ( The Post , EUA/Reino Unido, 2017). Direção: Steven Spielberg . Rot. Original: Liz Hannah & Josh Singer. Fotografia: Janusz Kaminski. Música: John Williams. Montagem: Sarah Broshar & Michael Kahn. Dir. de arte: Rick Carter, Kim Jennins & Deborah Jensen. Cenografia: Rena DeAngelo. Figurinos: Ann Roth. Com: Meryl Streep, Tom Hanks, Sarah Paulson, Bob Odenkirk, Tracy Letts, Bradley Whitford, Bruce Greenwood, Matthew Rhys. 1971. Ainda insegura quanto ao comando do prestigiado jornal The Washington Post desde o suicídio de seu marido, Katharine   “Kay” Graham (Streep), que recentemente abriu o capital da empresa para negociar ações na Bolsa de Valores, depara-se com a decisão mais tensa até então em sua vida, publicar ou não os documentos do Pentágono que haviam sido vazados de forma relativamente superficial pelo concorrente The New York Times , que inclusive está sofrendo processo judicial por parte do governo. Para piorar tudo, o documento fo