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O Dicionário Biográfico de Cinema#49: Debbie Reynolds

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Debbie Reynolds (Mary Frances Reynolds) n. El Paso, Texas, 1932 E ducada em Burbank, Debbie Reynolds foi  trompetista e fagotista na Orquestra Sinfônica Jovem de Burbank e Miss Burbank de 1948. Possuía poucas rivais em alegria e vivacidade. François Truffaut já havia eulogizado o momento em Singin' in the Rain [ Cantando na Chuva , 52, Stanley Donen e Gene Kelly] quando, ao final de uma vigorosa dança rotineira, teve a presença de espírito de arrumar sua bagunçada saia para que suas calcinhas não aparecessem. Foi sempre uma competente dançarina e cantora em uma sucessão de musicais: The Daughter of Rosie O'Grady [ Vocação Proibida ] (50, David Butler); dançando, mas sendo dublada por Helen Kane em Three Little Words [ Três Palavrinhas ] (50, Richard Thorpe); Cantando na Chuva e Give Girl a Break [ Procura-se uma Estrela ] para Donen; I Love Melvin [ É Deste que Eu Gosto ] e The Affairs of Dobie Gillis [ O Bonitão da Escola ] para Don Weiss; Susan

Filme do Dia: O Casamento (1976), Arnaldo Jabor

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  O Casamento (Brasil, 1976). Direção: Arnaldo Jabor. Rot. Adaptado: Arnaldo Jabor, baseado no romance de Nélson Rodrigues. Fotografia: Dib Lutfi. Montagem: Rafael Valverde. Cenografia e Figurinos: Francisco Altan & Mara Chaves. Com: Adriana Prieto, Paulo Porto, Camila Amado, Nélson Dantas, Érico Vidal, Fregolente, Mara Rúbia, Carlos Kroeber, André Valli, Cidinha Millan.  Glorinha (Prieto) se encontra às vésperas de de seu casamento quando uma série de revelações atormentam ela e seu círculo de familiares e amigos. Dr. Camarinha (Fregolente), amigo de Sabino (Porto), seu pai, afirma que o noivo de Glorinha é homossexual. Glorinha, por sua vez, revela para ele que fora amante de seu filho morto há um ano atrás, Antônio Carlos (Vidal). Sabino revela para Noêmia (Amado), sua secretária com quem acaba tendo uma relação sexual, que vivenciara uma prática homossexual quando criança e a chama pelo nome da filha. Noêmia, por sua vez, amante de Xavier (Dantas), que vive com uma mulher lepro

Filme do Dia: A Morte do Caixeiro Viajante (1951), Lazlo Benedek

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  A   Morte do Caixeiro Viajante ( Death of a Salesman , EUA, 1951). Direção: Lazlo Benedek. Rot. Adaptado: Stanley Roberts, a partir da peça de Arthur Miller. Fotografia: Franz Planer. Música: Alex North. Montagem: Harry W. Gerstad & William A. Lyon. Dir. de arte: Rudolph Sternad & Cary Odell. Cenografia: William Kiernan. Com: Fredric March, Mildred Dunnock, Kevin McCarthy, Cameron Mithcell, Howard Smith, Royal Beal, Don Keefer, Jesse White. Willy Loman (March) sempre possuíra sonhos de grandeza que também projetara no filho Biff (McCarthy) que, sem aguentar tanta pressão, torna-se errante em sua trajetória afetiva e profissional. Biff retorna a morar com os Loman e com o irmão Happy (Mithcell) e a mãe Linda (Dunnock), que procura com todas as suas forças não ser uma caixa de ressonância para as tensões familiares. Willy não aguenta mais o seu cotidiano e passa a ter alucinações visuais e auditivas. Biff não é bem sucedido na entrevista de emprego que o pai lhe sugerira. Os

Filme do Dia: Você Já Foi à Bahia? (1944), Norman Ferguson

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    V ocê Já foi à Bahia? ( The Three Caballeros , EUA, 1944). Direção: Norman Ferguson. Esse desenho-animado da Disney, desmembrado em curtas quando exibido na TV, trata-se juntamente com o nunca completado It´s All True , de Welles , o mais célebre exemplo do esforço de interação (na verdade, influência) na chamada política de boa vizinhança, quando o governo Roosevelt se sentia ameaçado pela atração que a ideologia nazi-fascista exercia então no continente. O resultado final é grandemente pífio, tedioso mesmo, já que completamente centrado na recente técnica que mescla ação ao vivo e animação, nas coreografias a la Busby Berkeley , longe do mesmo talento, e numa explosão de cores e sons de estilo freneticamente  kitsch . Em termos ideológicos, no entanto, a situação ainda é pior, já que ocorre menos uma tentativa de interação de via dupla, que um olhar americano (via Pato Donald) sobre o México (representado por Panchito) e o Brasil (por Zé Carioca). Donald é um convidado de hon

Filme do Dia: Woody Allen: Um Documentário (2014), Robert B. Weide

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  W oody Allen: Um Documentário ( Woody Allen: A Documentary ,   EUA, 2014). Direção e Rot. Original: Robert B. Weide. Fotografia: Neve Cunningham, Anthony Savini, Nancy Schreiber, Bill Sheehy & Buddy Squires.  Montagem: Karoliina Touvinen & Robert B. Waide. Documentário algo burocrático sobre a prolífica carreira de Woody Allen cobrindo desde a sua precoce vinculação a nomes da comédia como Sid Caesar, passando pelo stand up e as dezenas de convites para participações em televisão, incluindo o célebre Dick Cavett, que se tornou seu amigo pessoal, todas orquestradas pelo seu longevo produtor e antes empresário, o centenário Jack Rollins até as suas primeiras participações no universo do cinema, com comédias que estabeleceram de vez sua persona clownesca, para seu próprio desgosto. O divisor de águas que foi Noivo Neurótico, Noiva Nervosa (1977), não apenas para a filmografia do realizador, mas para a própria comédia cinematográfica americana. O retumbante (e algo exagerado

Filme do Dia: Angelina, a Deputada (1947), Luigi Zampa

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  A ngelina, a Deputada ( L’onorevole Angelina , Itália, 1947). Direção: Luigi Zampa. Rot. Original: Piero Tellini, Suso Cecchi D’Amico, Luigi Zampa & Anna Magnani, sob argumento de Tellini, D’Amico & Zampa. Fotografia: Mario Craveri. Música: Enzo Masetti. Montagem: Eraldo Da Roma. Dir. de arte: Piero Filippone. Com: Anna Magnani, Nando Bruno, Ave Ninchi, Ernesto Almirante, Agnese Dubbini, Armando Migliari, Maria Donati, Maria Grazia Francia, Franco Zefirelli, Gianni Musy. Angelina (Magnani) começa a observar a força ao conseguir, junto com outras mulheres do bairro humilde onde mora, invadir um estabelecimento comercial e trazer víveres para suas casas. Após se envolver em outras reinvindicações para a comunidade, incluindo a falta de água, Angelina e suas amigas se encontram diante de um obstáculo mais árduo, um complexo de apartamentos não ocupados. Ela tenta ser cooptada pelo magnata Calisto Garrone (Migliari), cujo filho, Filippo (Zefirelli), encontra-se apaixonado pela

Filme do Dia: Para Sempre Mozart (1996), Jean-Luc Godard

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  P ara Sempre Mozart ( For Ever Mozart , França/Suiça,1996). Direção: Jean-Luc Godard. Rot. Original: Jean-Luc Godard. Fotografia: Katell Djian,  Jean-Pierre Fedrizzi & Christophe Pollock. Música: Ketil Bjornstad,  David Darling, Ben Harper & György Kurtág Jr. Montagem: Jean-Luc Godard. Dir. de arte: Ivan Niclass. Figurinos: Marina Zuliani. Com: Madeleine Assas, Frédéric Pierrot, Ghalia Lacroix, Vicky Messica, Harry Cleven. Ao apresentar como mote a viagem de um grupo de artistas franceses até Sarajevo, liderado pela neta de Albert Camus, Camille (Assas), para a montagem de uma peça de Mousset, ao mesmo tempo que apresenta os bastidores da filmagem de um produção chamada Bolero Sedutor , dirigida pelo cineasta  Vicky Messica (Vitalis), Godard na verdade acaba retrabalhando algumas de suas inquietações. Com uma linguagem grandemente fragmentária e distante de qualquer pretensão naturalista, o filme se apresenta mais preocupado antes com as idéias. E na realização de seu cinem